University of Helsinki

Panels, Workshops and Special Events

Panels, Posters, Workshops, Special Events, Films, Book launches

SALSA 2025 Biennial Conference

University of Helsinki

Sala / room: F3017

Organizadores/ organizers

Artionka Capiberibe

Beatriz Labate

Reciprocidad indígena: Reflexiones y controversias

El debate sobre la reciprocidad indígena está rodeado de retos y controversias. El genocidio histórico de los pueblos indígenas y otras tácticas coloniales, como la supresión de sus lenguas, prácticas y tradiciones, han creado un legado de opresión que no puede borrarse ni superarse mediante ninguna forma de reparación. No obstante, estamos asistiendo a un aumento de iniciativas dedicadas a promover la reciprocidad hacia los pueblos indígenas. Aunque a menudo se critica a estos proyectos como nuevas formas de colonialismo, se han realizado serios intentos por establecer parámetros y definiciones actualizados para la noción de reciprocidad indígena, reconociendo las tradiciones indígenas y su autonomía para estipular sus propios objetivos y prioridades en la ejecución de proyectos y el uso de fondos. A raíz del creciente interés mundial por las plantas medicinales, los rituales y las tradiciones indígenas, estas iniciativas están ganando protagonismo en el Renacimiento Psicodélico. Teniendo en cuenta estas cuestiones, el presente panel aborda temas apremiantes, tales como: ¿Puede considerarse la «reciprocidad indígena» como el resultado de un diálogo entre las cosmologías indígenas y las teorías occidentales de los derechos humanos, la reparación histórica y la decolonialidad? ¿De qué manera siguen influyendo los legados coloniales en los esfuerzos por establecer relaciones recíprocas? ¿Qué propone el movimiento psicodélico mundial para construir relaciones de reciprocidad con el Sur Global? ¿Cómo afectan las propuestas de reciprocidad de los indígenas a sus estructuras comunitarias? ¿Cómo pueden actores con visiones del mundo diferentes y desigualmente posicionados en términos políticos y económicos establecer una relación recíproca que vaya más allá de los intercambios puramente mercantiles y promueva nuevas formas de justicia social?

Reciprocidade Indígena: Reflexões e Controvérsias

Desafios e controvérsias cercam o debate sobre a reciprocidade indígena. O genocídio histórico dos povos indígenas e outras táticas coloniais, como a supressão de idiomas, práticas e tradições indígenas, criaram um legado de opressão que não pode ser apagado nem superado por nenhuma forma de reparação. No entanto, estamos testemunhando um aumento nas iniciativas dedicadas a promover a reciprocidade em relação aos povos indígenas. Embora esses projetos sejam frequentemente criticados como novas formas de colonialismo, tem havido sérias tentativas de estabelecer parâmetros e definições atualizados para a noção de reciprocidade indígena, reconhecendo as tradições indígenas e sua autonomia para estipular suas próprias metas e prioridades com relação à implementação de projetos e ao emprego de fundos. Seguindo o crescente interesse global em remédios vegetais, rituais e tradições indígenas, essas iniciativas estão ganhando destaque no Renascimento Psicodélico. Considerando essas questões, o presente painel aborda temas urgentes, como: A “Reciprocidade Indígena” pode ser vista como o resultado de um diálogo entre as cosmologias indígenas e as teorias ocidentais de direitos humanos, reparação histórica e decolonialidade? De que forma os legados coloniais continuam a afetar os esforços para estabelecer relações recíprocas? O que o movimento psicodélico global propõe para construir relações recíprocas com o Sul Global? Como as propostas de reciprocidade indígena afetam suas estruturas comunitárias? Como atores com diferentes visões de mundo, posicionados de forma desigual em termos políticos e econômicos, podem estabelecer uma relação de reciprocidade que melhore as trocas puramente baseadas no mercado e promova novas formas de justiça social?

Indigenous Reciprocity: Reflections and Controversies

Challenges and controversies surround the debate on indigenous reciprocity. The historical genocide of Indigenous peoples and other colonial tactics such as suppression of Indigenous languages, practices, and traditions have created a legacy of oppression that cannot be erased nor overcome by any form of reparation. Nevertheless, we are witnessing a rise in initiatives dedicated to promoting reciprocity towards Indigenous people. Although these projects are often criticized as new forms of colonialism, there have been serious attempts to establish updated parameters and definitions for the notion of Indigenous reciprocity, acknowledging Indigenous traditions and their autonomy to stipulate their own goals and priorities regarding the implementation of projects and employment of funds. Following the growing global interest in Indigenous plant medicines, rituals, and traditions, these initiatives are gaining prominence in the Psychedelic Renaissance. Considering these issues, the present panel addresses pressing issues, such as: Can “Indigenous Reciprocity” be seen as the result of a dialog between Indigenous cosmologies and Western theories of human rights, historical reparation, and decoloniality? In what ways do colonial legacies continue to impact efforts to establish reciprocal relationships? What does the global psychedelic movement propose to build reciprocal relations with the Global South? How do the proposals of Indigenous reciprocity affect their community structures? How can actors with different worldviews unequally positioned in political and economic terms establish a reciprocal relationship that improves upon purely market-based exchanges and promotes new forms of social justice?


SESSION / SESIÓN 1

Martes/ terça / Tuesday 8:20-10:00

1. Por que estás aqui? Uma perspetiva sobre o valor do conhecimento na reciprocidade indígeno-acadêmica

Felix Uhl

Siã Fernando Barbosas Huni Kuin

Na nossa palestra, abordamos a reciprocidade como um processo de escuta, compartilhamento e negociação constante entre pesquisadores e povos indígenas. Situamos a nossa discussão em nosso projeto comum, a documentação das canções rituais Huni Kuin no Acre, Brasil, para auxiliar as tentativas contínuas de professores Huni Kuin de transmitir e preservar o conhecimento indígena para as gerações futuras. Nosso diálogo começa com uma reflexão sobre o campo de poder moldado pelo colonialismo no qual a nossa pesquisa se insere e, em seguida, passa à questão sobre quais práticas de pesquisa são desejáveis para os povos indígenas que co-criam com antropólogos não-indígenas. Assim, queremos destacar o que poderia significar para estes últimos não trabalharem sobre, nem apenas com, mas para seus co-criadores indígenas. Refletindo sobre nosso próprio projeto, discutimos como entendemos a reciprocidade, a parceria e, finalmente, as implicações éticas de pesquisar juntos sobre canções rituais como conhecimento tradicional sensível.       

2. Epistemologias interseccionadas: a experiência de um projeto de autonomia energética entre povos indígenas na Amazônia

Artionka Capiberibe

A primeira ideia de projeto que visasse trabalhar uma energia sustentável e limpa surgiu de uma demanda por autonomia energética feita a mim, em 2017, por lideranças do povo Palikur-Arukwayene, que vive na região do baixo rio Oiapoque, Amazônia brasileira. Em 2022, foi criado o projeto “Energia Limpa, Vida Sustentável” que trata a energia solar como um meio de melhoria da qualidade de vida por eliminar a poluição causada pelo uso do óleo diesel, que é a principal fonte para gerar energia elétrica nas aldeias na Amazônia; por sua sustentabilidade, visto que, é renovável; e pela potencialidade de fomentar a economia dos povos da região, fortalecendo as cadeias produtivas locais. O projeto foi elaborado juntamente com uma linguista e uma arqueóloga, professoras nas universidades federais do Amapá (Unifap) e do Oeste do Pará (Ufopa), construído em parceria com pessoas indígenas do baixo Oiapoque e da Calha Norte, e é financiado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP, processo no 2022/10458-3). Partindo da experiência de um projeto científico com viés aplicado, que está sendo desenvolvido num diálogo intercultural e transdisciplinar, esta apresentação tem por objetivo refletir sobre os sentidos das parcerias estabelecidas nele, tendo como fio condutor as seguintes questões: essas parcerias seriam caminhos para estabelecer uma relação de reciprocidade entre a academia e os povos indígenas? Se sim, em que termos se daria essa reciprocidade? E, por fim, poderíamos dizer que essas parcerias têm potencial de desenvolver uma ciência compósita, formada por diferentes epistemologias?

3. Cosmopolíticas da Reciprocidade: buscando vestígios decoloniais nas relações entre humanos e não humanos entre os Palikur-Arukwayene do Baixo Oiapoque e os Xikrin do Bacajá

Duvan Escobar

Esta comunicação propõe uma reflexão sobre práticas de reciprocidade e alianças multiespécies a partir de duas etnografias realizadas com os Xikrin do Bacajá e os Palikur do Baixo Oiapoque, na Amazônia brasileira. Em tempos de crise ecológica, marcados por dinâmicas globais do Capitaloceno, as experiências aqui discutidas evidenciam formas de vida que não apenas resistem à destruição ambiental, mas também oferecem alternativas de existência enraizadas em ontologias indígenas, epistemologias decoloniais e relações de cuidado com a floresta e seus habitantes. Entre os Xikrin, investigo as práticas de caça e o manejo da floresta como modos de interação com não humanos, que desafiam os binarismos modernos entre natureza e cultura. Inspirado na noção de híbrido, de Bruno Latour, argumento que essas relações revelam uma multiplicidade de agências e intencionalidades que colocam em xeque os dispositivos ontológicos da modernidade ocidental. Entre os Palikur-Arukwayene, acompanho um processo colaborativo de fortalecimento da produção de artefatos elaborados com materiais da floresta, no qual se articulam conhecimentos indígenas e técnicas contemporâneas de forma horizontal (processo FAPESP no 2024/05113-2). Em ambas as situações, a reciprocidade com seres não humanos é central — não apenas como valor cosmológico, mas como princípio ativo de criação, continuidade e reinvenção de mundos. A categoria de cosmopolítica, nesse sentido, permite compreender como esses modos de fazer e saber constituem ecologias emergentes e projetos de vida decoloniais que questionam os fundamentos do Antropoceno e anunciam outros futuros possíveis.

4. Plant Medicine and Reciprocity

Henrique Antunes

This presentation explores the concept of “reciprocity” as a response to the colonial structures shaping increasingly globalized plant medicine spaces. It focuses on the uneven participation in the so-called “psychedelic renaissance,” particularly the marginalization of Indigenous peoples within a complex ecosystem involving diverse stakeholders and contrasting ontological worldviews. Through a biocultural lens, the discussion will examine political, economic, ecological, and cultural dynamics to interrogate what reciprocity can meaningfully represent in this context. Special attention will be given to partnerships between Global North investors and Global South communities, which often reproduce extractive patterns, commodifying cultural resources in precarious economic settings. The limitations of market-based models—whether corporate, nonprofit, or NGO-led—will be critically assessed in relation to access and benefit-sharing mechanisms. Rather than treating reciprocity as a transactional ideal, this presentation invites a reimagining of its potential as a decolonial and relational ethic. This reflection aims to move beyond cynicism and toward concrete practices of accountability and solidarity in the psychedelic field.


SESSION / SESIÓN 2

Tuesday / martes / terça 10:20-12:00

5. “Indigenous Reciprocity” Amid Contemporary International Shamanic Networks

Lígia Platero

A large number of non-Indigenous people from the USA, Canada, and European countries are heading in an exodus to Latin American countries to take part in shamanic tourism retreats, seeking authentic experiences with ayahuasca and so-called forest medicines. In the case of Brazil, the focus of this shamanic tourism has been among the Pano-speaking peoples of the State of Acre. Many of these non-Indigenous people seek out shamanic experiences as a way to enhance their spiritual and therapeutic practices and experiences. Many of them also wish to become partners and participate in activities of “Indigenous reciprocity,” aiming to engage in practices that encourage Indigenous cultures, rather than those seen as cultural appropriation. In light of this, this presentation seeks to understand what can be considered practices of “Indigenous Reciprocity” in the context of contemporary international shamanic networks, focusing on the relations between non-Indigenous and Indigenous peoples in Acre. What is considered by both as “partnership” or “exchanges”? We will argue that these relationships typically involve exchanges of value in ritual, shamanic, political, kinship and economic dimensions; they also involve both humans and non-humans. Are they philanthropic initiatives resulting from a dialog between Indigenous cosmologies and native theories of reciprocity with Western theories of human rights, historical reparation, and decoloniality? Are these economic partnerships between Indigenous and non-Indigenous people concerned with Indigenous autonomy and social justice? The presentation will also incorporate concepts that emerged appearing in the declaration from the Ayahuasca Indigenous Conferences, held in Indigenous territories in Acre since 2017.

6. Indigenous Peoples, Indigenous Reciprocity and the Psychedelic Movement: An analysis of the construction of the process

Osiris Garcia Cerqueda

Indigenous Reciprocity, in general, is a concept originating from the Global North. Its goal is to address the issues caused by years of exploitation of and domination over Indigenous peoples and their lands. However, it is not a proposal that emerged from within Indigenous territories and their peoples themselves. Its popularity is increasing within Western societies, and the global psychedelic movement has integrated it into the topics of interest to its audience. For their part, Indigenous organizations and groups approach Indigenous Reciprocity as a new way of building relationships with the Global North. At the same time, it permeates the community organization, generating new dynamics among its inhabitants. With this in mind, this presentation will address Indigenous Reciprocity as an unfinished historical process in which numerous proposals converge for the benefit of Indigenous biocultures; the ones most often proposed by the global psychedelic movement are for the protection of the so-called “sacred medicines” through financial donations to Indigenous organizations. The analysis will present the challenges and problems that emerge within Indigenous territories due to the development of this new form of Western philanthropy, which risks the reproduction of neocolonial practices on Indigenous peoples and their biocultures. What are the realistic proposals of the global psychedelic movement to build fair and reciprocal relationships with Indigenous peoples? How does Indigenous Reciprocity affect the community structures of Indigenous peoples? Is Indigenous Reciprocity being integrated into the dynamics of psychedelic capitalism? These are some of the questions that will guide the presentation.

7. “Vocês conseguem nos ouvir? – Vozes indígenas e diálogo intercultural no Museu das Culturas Indígenas – São Paulo, Brasil”

Adriana Cristina Calabi

O Museu das Culturas Indígenas (MCI), criado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo em 2022, conta com um sistema de governança participativa que inclui o Conselho Aty Mirim, com 36 representantes indígenas de seis etnias que participam da gestão do museu. Eles utilizam o conceito de Tava, palavra Guarani-Mbya que significa “Casa da Transformação”, para orientar a criação de um museu capaz de transformar pessoas por meio de experiências e relações sensíveis. A apresentação destacará como esse modelo de gestão compartilhada promove a solução de conflitos, problemas e diferenças por meio do intercâmbio de práticas e princípios culturais diversas, e como a desconstrução de hierarquias permite que todas as partes percebam, respeitem e se conectem com os outros, aprendendo assim novas formas de reciprocidade. A experiência durante os primeiros anos da Tava/MCI também nos alerta para os desafios e complexidades da construção dessas relações interétnicas e interculturais, e aponta para a necessidade de valorizar o conhecimento e a autonomia indígenas para promover a justiça social.


SESSION / SESIÓN 3

Tuesday / martes / terça 13:10-14:50

8. Entre a academia e o ativismo: formas de engajamento numa pesquisa com o movimento indígena no Brasil

Marina A. R. de Mattos Vieira

Neste trabalho pretendo refletir sobre fatores que influenciam o engajamento em uma relação de colaboração com o movimento indígena no Brasil, a partir das posições de pesquisadora e de assessora indigenista. As abordagens da antropologia implicada, etnografia ativista e pesquisa-ação reconhecem diferentes formas de interação entre sujeitos envolvidos numa pesquisa, enfatizando a contribuição desta para determinada luta política. Porém, os deslocamentos entre as duas maneiras de atuação – ativista e acadêmica – desafiam o desenvolvimento da pesquisa propriamente engajada devido a uma série de fatores que delimitam o estabelecimento da relação e os alcances da contribuição. Sugiro que a colaboração acontece na medida em que é possível estabelecer uma relação de confiança e, ao mesmo tempo, um acordo pragmático entre os envolvidos, o qual pode ser influenciado por fatores pessoais (posicionalidade, vínculo institucional), relacionais (interesse compartilhado, acesso), materiais (recursos, projetos disponíveis) e contextuais (demandas, necessidades).                                                                                                                          

9. Fazer etnografia e se fazer gente: dilemas teórico-metodológicos da aproximação identitária em pesquisa

Iara Baldan Laurindo

Como antropóloga indígena que nasceu distante da aldeia, minha pesquisa de Iniciação Científica acompanhou a minha aproximação com o território pelo motivo identitário. Estudar a interação da formação da pessoa guarani com o espaço acompanhou as minhas questões de autopercepção como pessoa guarani, entendendo essa minha formação em conjunto com o território. Pesquisar e me aproximar dos interlocutores é, simultaneamente, me aproximar de mim mesma, minha identidade étnica. Meu posicionamento me faz repensar a lógica do narrador distanciado da etnografia clássica. O tempo arbitrário demandado pelas instituições acadêmicas diverge do tempo ancestral da forma de aprendizado guarani.  As ponderações éticas e políticas dos interlocutores adentram o diálogo metodológico, na medida em que refletem os conflitos subjacentes entre diferentes tempos e epistemologias. Então, reflito, como minha posição no território influencia minhas relações em campo? Quais as limitações éticas dessa pesquisa? Como não reproduzir a conhecida violência colonialista de apropriação desses saberes?

10.Ecologizing Ethics: Learning from Indigenous Reciprocity with Other-than-Human Beings

Nicholas Spiers            

Productive exchange between humans and a contiguous world of metapersons—earth lord beings, forest spirits, animistic spirits, ancestors, species and place masters, animal masters—is a common feature of Amerindian Indigenous societies. These reciprocal alliances ensure collective well-being. Amidst escalating ecological crises and the erosion of traditional relationships with the land, such alliances are becoming both objects and vehicles of political action. This presentation will explore how posthuman and multispecies conceptual frameworks can illuminate Indigenous practices with other-than-human beings, what these practices reveal about their ontological status, and how their existence may not be entirely confined to sociocultural contexts. In turn, these insights will be connected to broader efforts to ecologize ethics in the Anthropocene and inform emerging reciprocity initiatives in the Global North. 

Sala / room: F3006

Organizers / organizadores

Elizabeth Ewart

João Paulo Denófrio

Cosmologías jê: del silenciamiento metafísico a la colaboración cosmopolítica 

Inicialmente, los Jê se hicieron conocidos por la complejidad de sus organizaciones sociales. Así, en la década de 1960, la cuestión era entender cómo pueblos considerados tecnológicamente simples podían poseer organizaciones sociales tan complejas. A pesar de que la mitología jê fue fundamental en los análisis estructurales de Lévi-Strauss, y de que se publicaron dos libros enteros dedicados a parte de su mitología, los Jê terminaron siendo caracterizados más como un objeto de estudio sociológico que cosmológico. Esta percepción pudo haber resultado de un interés inicial en la sociología de estos pueblos, lo que estableció una tradición de estudios centrados en la organización social. Consecuentemente, la priorización de temas sociológicos derivó en una menor teorización de otros aspectos, como el chamanismo, la brujería, los espíritus, los sueños, la mitología y el cosmos. Aunque estos contenidos han estado presentes desde el inicio de la constitución del corpus etnográfico jê, en las últimas dos décadas han comenzado a recibir mayor atención teórica y conceptual. Esta mesa redonda busca profundizar en este movimiento creciente, que combina la observación participante con una escucha minuciosa, permitiendo que el pensamiento metafísico de estos pueblos emerja en un diálogo colaborativo con el nuestro.

Cosmologias jê: do silenciamento metafísico à colaboração cosmopolítica

Inicialmente, os Jê se tornaram conhecidos pela complexidade de suas organizações sociais. Assim, nos anos 1960, a questão era entender como povos considerados tecnologicamente simples possuíam organizações sociais tão complexas. Apesar da mitologia jê ter sido fundamental nas análises mitológicas de Lévi-Strauss, e de dois livros inteiros com parte de sua mitologia terem sido publicados, os Jê terminaram caracterizados como mais sociológicos do que cosmológicos. Essa percepção pode ter resultado de um interesse inicial na sociologia desses povos, que estabeleceu uma tradição de estudos focados na organização social. Consequentemente, a priorização de temas sociológicos resultou em uma menor teorização de outros temas, como xamanismo, feitiçaria, espíritos, sonhos, mitologia e cosmos. Embora esses conteúdos estejam presentes desde o início da constituição do corpus etnográfico jê, nas últimas duas décadas eles começaram a receber maior atenção teórica e conceitual. Esta mesa-redonda busca aprofundar esse movimento crescente, que alia a observação participante a uma escuta minuciosa, permitindo que o pensamento metafísico desses povos emerja em um diálogo colaborativo com o nosso.

Jê Cosmologies: From Metaphysical Silencing to Cosmopolitical Collaboration

Initially, the Jê peoples became known for the complexity of their social organisations. In the 1960s, the central question was how peoples considered technologically simple could possess such intricate social structures. Despite Jê mythology being fundamental to Lévi-Strauss’ mythological analyses, and even though two entire books featuring parts of their mythology were published, the Jê were ultimately characterised as more sociological than cosmological. This perception may have stemmed from an early focus on the sociology of these peoples, which established a tradition of studies centred on social organisation. As a result, the emphasis on sociological themes led to less theorisation on other subjects, such as shamanism, witchcraft, spirits, dreams, mythology, and the cosmos. Although these topics have been present since the early constitution of the Jê ethnographic corpus, over the past two decades, they have begun to receive increased theoretical and conceptual attention. This roundtable seeks to deepen this growing movement, which combines participant observation with close listening, allowing the metaphysical thinking of these peoples to emerge in a collaborative dialogue with our own.


SESIÓN / SESSION 1 

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. Informal participation as a special guest

Laura Graham

2. Sensory modalities of some objects in Bororo funeral: on the creation and transformation of social beings

Sylvia Caiuby Novaes    

Among the Bororo death and funerals mark one of the most important social transformations that occur over the course of a person’s lifetime. Certain material objects play a crucial role in bringing these about. The focus are the sensory modalities – visible, material and sonic – through which it is possible to understand the role played by the manufacture and social relations engendered by these objects in the creation and transformation of social beings among the Bororo. I hope that my analysis of the Bororo case will not only illuminate similar ritual processes elsewhere in indigenous lowland South America but will contribute to the enrichment of anthropological understanding of these transformations more generally.

3. Cosmological Palimpsests, or the Rise of Heaven in Boe (Bororo) Eschatology

João Kelmer

In regional debates, the Boe people — widely known in the ethnographic record as the Bororo — have traditionally been situated within the Jê landscape, from Lévi-Strauss’s early comparative work to the Harvard-Central Brazil Project led by Maybury-Lewis. Yet the sociological kinship often drawn between the Jê and the Boe seemed to give way to a contrast regarding the latter’s other-world-oriented ritual life. Much has changed, both in regional anthropology and in the lived worlds of these peoples, since these classic portrayals. In this presentation, I examine how Boe ritual and cosmology both register and reflexively elaborate historical change, particularly regarding the adoption of Christian eschatological motifs. In doing so, it seeks to invite reflection on alternative comparative frameworks for situating the Boe within the broader historical experience of Indigenous peoples in Central Brazil.

4. The Eclipse, the Rainbow: Omen Interpretation and Kajkwakhratxi (Tapayuna) Political Autonomy 

Clara Fortes Brandao          

The presentation aims to examine how interpreting omens has impacted the recent consolidation of political autonomy among the Kajkwakhratxi indigenous people. It begins by exploring the meaning of the verb kuhwĩrĩ (‘to omen’) as an event that significantly disrupts expectations of normality. Such strange phenomena are seen as harbingers of a sequence of other abnormalities likely to affect the individual who witnessed them or their family. Examples of these ‘strange phenomena’ include eclipses and rainbows – the focus of our presentation. By analyzing the community’s response to these celestial omens in two key moments of their history, we illustrate how omen interpretation acted in the efforts to reverse the horrifying aberration of the mass deaths and land dispossession suffered in the 1960s, contributing to the current revitalization of Kajkwakhratxi political autonomy.


SESIÓN / SESSION 2 

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5.Life trajectories, cosmological practices and social actions among the Mebengokré

Paride Bollettin

In this presentation, I will describe the intertwined experiences of life trajectories, cosmological practices, and social actions among the Mebengokré of the Trincheira-Bacajá Indigenous Land. Through a reciprocal knowledge acquired over more than twenty years, the differing positions of individuals reveal a panorama in which ancestral times connect with future ones across multiple social and cosmic dimensions. These interrelations are mobilised across various spheres of daily life and current resistance against growing socio-environmental pressures from the broader society. By focusing on specific individual trajectories, I trace how these illuminate the complex and creative affective politics that exist amongst and beyond the human, through which the Mebengokré actively participate in their collective lives. My thesis posits that the social and cosmological landscapes are mutually shaped and embodied within individual trajectories.

6. Friends and Lovers: Ramkokamekra-Canela Shamanic People-Plant Relationships

Theresa Miller

Human-plant multispecies engagements are integral to the Ramkokamekra-Canela life-world, yet the cosmological ways in which Jê communities engage with plants have received less analytical attention. This paper explores how Ramkokamekra shamans engage with plants and more-than-human “plant people” as friends, lovers, and more. The gendered aspects of these relationships will be explored, as will the connection between shamanic engagements with plants and other human-plant relationships in the Ramkokamekra bio-sociocultural life-world. The paper posits that Jê cosmology is multispecies and that plants play a central role in Ramkokamekra cosmological thinking.

7. Aukê and the Northern Jê Sorcery Duality: Innate or Acquired?               

João Paulo Denófrio 

One of the most well-known Jê myths is the Timbira-Apinayé narrative of Aukê, an atypical child of uncertain paternity who repeatedly enters and exits the maternal womb, converses with his mother, possesses metamorphic abilities, terrifies his fellow villagers, is cremated, and ultimately gives rise to non-Indigenous people. This myth received significant analysis, contributing to the identification of an Amerindian philosophy marked by a dualism in perpetual imbalance. In this presentation, I will examine the Timbira-Apinayé versions of Aukê alongside the Panará and Mẽbêngôkre versions. I argue that Aukê is one variant of the northern Jê origin myth of enemies, structured as follows: a) a woman copulates with a non-human, resulting in the conception of an atypical and potentially harmful child, analogous to a sorcerer; b) the characters associated with the non-human father transform into enemies. This broader analysis reveals two modalities of sorcery in northern Jê thought: innate and acquired. 

8.Parts and Wholes: some thoughts on relations between origin stories and Panará village life

Elizabeth Ewart        

This paper will take a number of Panará origin stories and explore the extent to which space and the organisation of social groups (e.g. clans) are connected through these narratives. If historically, Jê societies have been understood primarily in terms of complex forms of social organisation, as opposed to elaborate cosmological relations, this paper will investigate what forms of continuity exist when attention moves from a more sociological to a more cosmological approach to understanding Panará life. Is the distinction between sociopolitics and cosmopolitics driven more by trends in anthropological analysis than by ethnographic realities of Jê societies?

Sala / room: U4075

Organizadores / organizers

Nathaly Pinto

Tuija Veintie

Vida comunitaria y cocreación en acción: Repensando la colaboración en la investigación con comunidades y territorios amazónicos 

El comunitarismo es una forma de conocer y ser de los pueblos indígenas de la cuenca amazónica. Este enfoque colectivo se alinea con el paradigma de investigación predominante de la cocreación e incluye a ancianos, jóvenes, líderes, hombres y mujeres, así como al territorio, todos como participantes activos. En este marco, los miembros de la comunidad comparten responsabilidades e identidades, y desarrollan capacidades y conocimientos en diversas esferas sociales, educativas y políticas. Históricamente, los procesos comunitarios indígenas han sido fundamentales para resistir las ideologías coloniales y neoliberales y sostener la producción de conocimiento. Sin embargo, en entornos de investigación, el comunitarismo a menudo se considera un contexto implícito en lugar de una metodología explícita para trabajar con comunidades amazónicas. Este panel analiza el comunitarismo, los procesos y prácticas comunales, junto con la cocreación como herramientas para desarrollar estrategias de investigación sostenibles y colaborativos que contrarresten los métodos extractivistas de resolución de problemas y la instrumentalización de la participación en la investigación que involucra a las comunidades y territorios amazónicos. El panel invita a presentaciones de investigadores que trabajan con comunidades amazónicas, centrándose en la justicia epistémica y enfoques socioambientales, decoloniales y participativos para la construcción de conocimiento, así como académicos, activistas y líderes indígenas, reactualizando y movilizando prácticas comunitarias en contextos modernos, particularmente en educación, activismo político y producción de conocimiento.

Vida comunitária e cocriação em ação: repensando a colaboração em pesquisa com comunidades e territórios amazônicos

O comunitarismo é uma forma de conhecimento e serviço dos pueblos indígenas da Cuenca Amazônica. Esta abordagem coletiva se alinha com o paradigma de investigação predominantemente da cocriação e inclui idosos, jovens, líderes, homens e mulheres, assim como no território, todos como participantes ativos. Neste marco, os membros da comunidade compartilham responsabilidades e identidades, e desenvolvem capacidades e conhecimentos em diversas esferas sociais, educativas e políticas. Historicamente, os processos comunitários indígenas foram fundamentais para resistir às ideologias coloniais e neoliberais e sustentar a produção de conhecimento. No entanto, em ambientes de investigação, o comunitarismo no menu é considerado um contexto implícito em vez de uma metodologia explícita para trabalhar com comunidades amazônicas. Este painel analisa o comunitarismo, os processos e práticas comunitárias, juntamente com a cocriação como ferramentas para desenvolver estratégias de investigação sustentáveis e colaborativas que contrariam os métodos extrativistas de resolução de problemas e a instrumentalização da participação na investigação que envolve as comunidades e territórios amazônicos. O painel convida apresentações de pesquisadores que trabalham com comunidades amazônicas, centrando-se na justiça epistémica e abordando socioambientais, decoloniales e participativos para a construção de conhecimento, assim como acadêmicos, ativistas e líderes indígenas, reatualizando e mobilizando práticas comunitárias em contextos modernos, especialmente em educação, ativismo político e produção de conhecimento

Communitarian living and co-creation in Action: Rethinking collaboration in research with Amazonian communities and territories

Communitarianism is a way of knowing and being of Indigenous peoples in the Amazon basin. This collective approach aligns with the predominant research paradigm of co-creation, and includes elders, youth, leaders, men and women, as well as the territory as active participants. Within this framework, community members share responsibilities and identities, and build capacities and knowledge across various social, educational and political spheres. Historically, Indigenous communal processes have been central to resisting colonial and neoliberal ideologies and sustaining Indigenous knowledge production. However, in research settings communitarianism is often treated as an implicit background rather than an explicit methodology for working with Amazonian communities. This panel discusses communitarianism, communal processes and practices, along with co-creation as tools for developing sustainable, collaborative research approaches that counter extractivist, problem-solving methods and the instrumentalization of participation in research involving Amazonian communities and territories. The panel invites presentations from researchers working with amazonian communities, with focus on epistemic justice, and socio-environmental, decolonial, and participatory approaches to knowledge construction as well as Indigenous scholars, activists and leaders, reactualizing and mobilizing communitarian practices to modern contexts, particularly in education, political activism, and knowledge production.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1.Una cuadrilla que teje y casea 

Andrea Botero, andrea.botero@aalto.fi

Susana Patricia Chiqunque Agreda

Este artículo reflexiona sobre nuestra experiencia aprendiendo de las prácticas en torno al tšombiach, una faja tradicional tejida por el pueblo Kamëntŝa (Colombia). Nos centramos en desentrañar los límites y las posibilidades de tres decisiones metodológicas tomadas en nuestro intento de desarrollar un enfoque de investigación sostenible y colaborativo que pudiera tomar en serio el proceso de creación de expertas jecoyeng (tejedorass) y el tejido del tšombiach como articulador del conocimiento Kamëntŝa. La primera decision es la de actuar como cuadrilla, una forma kamëntŝa de trabajo colectivo y ayuda mutua. La segunda es la de articular nuestra investigación a través del tejido, donde las jecoyeng tejieron un tšombiach para el proyecto y nosotras también tejimos algunas prendas especulativas de tipo tšombiach. En tercer lugar, estos tejidos se han usado de anclaje para el intercambio con las jecoyeng y con otras personas, organizando los encuentors como una forma de casear, una práctica común entre Kamëntŝa e Inga que consiste en pasar de casa en casa para pedir consejo, ayudar o celebrar.

2. Co-designing Indigenous autonomous education in Pastaza, Ecuador

Margherita Scazza

Indigenous movements in Ecuador have long demanded access to culturally pertinent education that ensures the transmission of traditional or ancestral knowledge. This demand has gained new traction amidst extractive expansion, with Indigenous organisations developing formal schooling programmes aimed at maintaining territorial knowledge and supporting young people’s identity formation. This contribution will reflect on a five years-long collaboration between Waorani activists, community members, NGOs, universities and academics in the Amazonian province of Pastaza, Ecuador. Since 2019 the Waorani of Pastaza have worked to reform local schooling programmes, by adopting new pedagogical approaches and co-designing a new curriculum. Central to this initiative have been collaborations across generations and systems of knowledge. The paper will look back at this process, examining the acts of translation and accommodation that it entailed and discussing the role of academic researchers in supporting community-led education projects.

3. Research in support of collective resilience in times of crises

Tuija Veintie

This presentation discusses Amazonian Indigenous communal practices that foster collective resilience in the face of adversity. The presentation portrays Indigenous communities in Pastaza, Ecuador, coping with intersecting covid-19 outbreak and extreme flooding in a time of national economic crises. In the midst of multiple crises, the community resilience was built on ancestral knowledge, reciprocity, working together for the good of the community, and self-management with regard to health care, food security, reconstruction efforts and education. The presentation will address the development of participatory research approaches and methods aligned with such Indigenous community practices that foster collective resilience. Research is conceptualised as a “minga,” a collaborative, reciprocal effort for the benefit of the community, which creates a space for sharing knowledge and learning through shared experiences of coping with multiple crises.


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

4. Pictogramas en la Amazonía ecuatoriana: investigación en comunidad para cuestionar prácticas extractivistas

Lizbeth Tánguila

Nathaly Pinto

Efrén Nango

Los pictogramas en la Amazonía son lenguajes visuales desarrollados y utilizados por las comunidades indígenas para representar sus identidades históricas, sociales y políticas, íntimamente vinculadas con sus territorios. A diferencia de los pictogramas convencionales de la cultura visual dominante, los pictogramas de la Amazonía ecuatoriana, conocidos por diferentes nombres locales, sirven como herramientas alternativas de apoyo cognitivo, que respaldan el desarrollo de conocimientos y habilidades.Esta presentación explora el proceso de creación de pictogramas con juventud indígena amazónica, centrándose en cómo esta práctica se nutre y se alinea con las epistemologías indígenas, sustentadas en formas de vida basadas en la comunidad. Utilizando el comunitarismo como metodología central, examinamos cómo la creación de pictogramas se basa en las relaciones entre la comunidad y el territorio. Esto incluye trabajo comunitario, conocimientos compartidos, prácticas que involucran a la selva y sus seres y espacios organizativos en el territorio. Argumentamos que este enfoque construye una praxis colectiva que se opone a las prácticas extractivas, al redistribuir constantemente los procesos y resultados de investigación con las comunidades indígenas y sus territorios, descentrando la investigación de los espacios académicos.

5.  O monitoramento baseado na comunidade revela os impactos da seca permanente do rio imposta pela Usina Hidrelétrica de Belo Monte em Volta Grande do Xingu, Amazonia / Community-based monitoring reveals the impacts of the permanent river drought imposed by the Belo Monte Hydroelectric Power Plant at Volta Grande do Xingu, Amazonia

Josiel Juruna 

As hidroelétricas, outrora vistas como fontes de energia limpas e renováveis, têm sido objeto de investigação, particularmente no que diz respeito aos seus impactos socioambientais. A Usina Hidrelétrica (UHE) de Belo Monte depende da operação de duas barragens, desviando água de um trecho de 130 km do Rio Xingu, interrompendo o ciclo natural de cheias ao longo da região da Volta Grande do Xingu (VGX) e criando uma condição hidrológica equivalente a uma estação de seca extrema prolongada na bacia hidrográfica. Antes da UHE Belo Monte, as comunidades locais dependiam da previsibilidade da floresta sazonalmente inundada e da sincronia do ciclo reprodutivo de uma comunidade de peixes altamente diversificada. Os residentes da VGX observaram a transformação, notando a escassez de água que prejudicou gravemente a capacidade do rio de sustentar processos ecossistémicos vitais que são a base do estilo de vida da população local. O processo de licenciamento ambiental da UHE Belo Monte ignorou a ligação vital entre o pulso de cheias do rio, os ecossistemas aquáticos e sazonalmente inundados e os estilos de vida tradicionais dos residentes da VGX. As comunidades locais reagiram e procuraram parcerias, estabelecendo o Programa Independente de Monitorização Ambiental Territorial (MATI-VGX). Os dados adquiridos pelo MATI-VGX evidenciaram transformações drásticas nos estilos de vida tradicionais, alterações nas práticas de pesca e um declínio significativo da produtividade pesqueira, pondo em risco a soberania e a segurança alimentar. Aqui, apresentamos evidências de perturbações induzidas por fatores hidrológicos nos ciclos ecológicos ao longo do VGX, que estão intrinsecamente ligadas aos modos de vida das populações locais. Para garantir a sustentabilidade ecológica do VGX, a operação da UHE Belo Monte deve adaptar-se para suportar as principais áreas de desova, manter a qualidade da água, evitar flutuações do caudal de água de curto prazo e emular a variabilidade natural interanual do caudal, mitigando a interrupção do pulso de cheia. O conhecimento ecológico local nunca deve ser ignorado em projectos onde as comunidades locais são as mais afetadas. Estas comunidades devem ser centrais na tomada de decisões sobre a avaliação de impacto socioambiental, mitigação e monitorização.

6. Agroecology and Indigenous food markets as spaces of knowledge and resistance

Paola Minoia

This presentation focuses on the agroecological cycle of persistent Indigenous territorialities in the Ecuadorian Amazon, focusing on the relationship between protection, cosmologies, production, markets, storytelling, and food. It presents the fundamental unit of this relationship, which is the chakra, an integrated model of crops and spontaneous plant species from the Amazon rainforest; its integrity enables ecological regeneration with high biodiversity and allows Indigenous communities to nurture their role as guardians of nature, aligned with the cosmologies of sumak kawsay. With migration from rural to urban areas, cities’ demand for typical forest products is increasing. Indigenous markets in Puyo respond with more supply of edible plants and fruits, seeds, leaves, shrubs, extracts, and artifacts, with stories and instructions on how to use them; thus, markets contribute as spaces of intergenerational knowledge that support the persistence of Amazonian cultures, biodiversity, and food sovereignty.

Sala / room: U3039

Organizers

James Andrew Whitaker

Elisa Frühauf Garcia

Discussant

Beth Conklin

Lendo os Silêncios na Historiografia das Terras Baixas da América do Sul: Agência Indígena e Apagamento

Este painel tem como objetivo ler os “silêncios” que estão frequentemente presentes nos estudos com foco histórico nas terras baixas da América do Sul. Incluirá antropólogos e historiadores e examinará histórias e historiografias em toda a região. Questionará o uso de uma variedade de fontes diferentes, incluindo documentos de arquivo, dados etnográficos e objetos materiais, para descobrir e revelar novas perspectivas em relação às narrativas históricas. Perguntará o que foi deixado de fora dos relatos históricos anteriores e explorará formas de avançar na cocriação de conhecimento histórico. Também identificará essas colaborações no passado. Considerará como diferentes fontes e interpretações às vezes ofuscam ou até mesmo apagam os povos indígenas e suas vozes. Em particular, este painel examinará a agência estratégica histórica e contemporânea e os objetivos dos povos indígenas nas suas relações com outros grupos indígenas e não indígenas. Contribuirá para uma crescente virada historiográfica em direção à atuação indígena nos estudos históricos das terras baixas da América do Sul. Irá identificar lacunas nas narrativas históricas com foco central nas injustiças sofridas pelos povos indígenas e nos apagamentos violentos de suas cosmologias, terras e vidas. Encorajamos propostas de comunicações de antropólogos e historiadores engajados com esses temas. Propostas de acadêmicos indígenas que trabalham com as terras baixas da América do Sul serão especialmente bem-vindas.

Leyendo los silencios en la historiografía de las tierras bajas de América del Sur: Agencia indígena y eliminación

Este panel tiene como objetivo analizar los “silencios” que a menudo están presentes en los estudios históricamente centrados en las tierras bajas de América del Sur. Contará con la participación de antropólogos e historiadores y examinará historias e historiografías de toda la región. Cuestionará el uso de diversas fuentes, incluidos documentos de archivo, datos etnográficos y objetos materiales, para descubrir y revelar nuevas perspectivas en relación con las narrativas históricas. Se preguntará qué ha quedado excluido de relatos históricos anteriores y explorará formas de avanzar en la cocreación del conocimiento histórico, así como identificará colaboraciones previas en este campo. Se considerará cómo diferentes fuentes e interpretaciones a veces confunden o incluso borran a los pueblos indígenas y sus voces. En particular, este panel examinará la agencia y los objetivos estratégicos, tanto históricos como contemporáneos, de los pueblos indígenas en sus relaciones con otros grupos indígenas y no indígenas. Contribuirá a un creciente giro historiográfico hacia la agencia indígena en los estudios históricos de las tierras bajas de América del Sur, identificando lagunas en las narrativas históricas y poniendo énfasis en las injusticias sufridas por los pueblos indígenas, así como en las eliminaciones violentas de sus cosmologías, tierras y vidas. Se alientan propuestas de ponencias de antropólogos e historiadores comprometidos con estos temas. Las propuestas de académicos indígenas que trabajan en las tierras bajas de América del Sur serán especialmente bienvenidas.

Reading the Silences in the Historiography of Lowland South America: Indigenous Agency and Erasure

This panel aims to read the “silences” that are often present in historically-focused scholarship on lowland South America. It will include anthropologists and historians and will examine histories and historiographies throughout the region. It will question the use of a variety of different sources, including archival documents, ethnographic data, and material objects, in uncovering and revealing new perspectives in relation to historical narratives. It will ask what has been left out of prior historical accounts and will explore ways to advance the co-creation of historical knowledge. It will also identify these collaborations in the past. It will consider how different sources and interpretations sometimes obfuscate or even erase Indigenous people and their voices. In particular, this panel will examine the historical and contemporary strategic agency and goals of Indigenous people in their relations with other Indigenous and non-Indigenous groups. It will contribute to a growing historiographical turn towards Indigenous agency in historical scholarship in lowland South America. It will identify gaps in historical narratives with a central focus on the injustices suffered by Indigenous people and the violent erasures of their cosmologies, lands, and lives. We encourage paper proposals from anthropologists and historians engaged with these topics. We especially welcome proposals from Indigenous scholars working in lowland South America.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. Indigenous Women, Agency, and Colonial Memories in the History of Brazil

Elisa Frühauf Garcia

Indigenous women are a constant and diverse presence in the colonial memory of the Americas. Some are inseparable from their respective national histories, such as Catarina Paraguaçu in Brazil, Pocahontas in the United States, and Malinche in Mexico, to name a few. What is known about these women is a mixture of incomplete historical sources, layers of later-formulated narratives about the colonial past (including national historical approaches as well as museum and heritage narratives), and various cultural productions such as literary novels. Considering the history of Brazil in relation to other parts of the Americas, this paper aims to analyze how colonial sources recorded the voices and agency of these women and how they were silenced in later constructions of historical memory.

2. Makushi Alliances and Partnerships: Countering Erasure in the Historiography of Lowland South America    

James Andrew Whitaker

This paper discusses two historical cases that highlight Makushi people forming partnerships with Indigenous and non-Indigenous groups in Guyana (formerly British Guiana) during the nineteenth century. With a focus on these cases, it examines strategic efforts by local Makushi groups to form such cooperative relations within both asymmetric and symmetric contexts. The contrasting circumstances involve missionisation and a pan-ethnic military alliance. In both cases, strategic relations with outsiders were historically formed against the backdrop of slaving raids and the threat of such raiding throughout the region. Makushi people worked to attract certain kinds of outsiders, to establish relations based on reciprocity with potential allies, and to mobilise cooperative partnerships to neutralise and resist predation. At a broader level, this paper contributes to a theoretical turn in the historiography of lowland South America that takes Indigenous agency and intentionality seriously and that seeks to counter previous erasures of Indigenous voices within the historical record.

3. Objects as body and territory: Remapping Amazonian collections at the British Museum through co-curation with Indigenous and local communities

Louise Cardoso de Mello

The Santo Domingo Centre of Excellence for Latin American Research (SDCELAR) was created in 2019 at the British Museum with the mission of developing collection-based projects in collaboration with local communities in the region. Since then, SDCELAR has supported more than 30 projects, partnering with over 20 institutions across 15 countries in Latin America and the Caribbean. One way or another, these projects have sought to shed light on ‘untold stories’ by promoting the value and self-representation of traditional knowledges and material practices through shared museology. This paper will present on one of the Centre’s main projects, which focuses on the co-curation and participatory documentation of Amazonian collections alongside Indigenous communities and researchers in lowland South America. By bringing display narratives and representational gaps into debate, this paper will reflect on how objects may serve as vessels not only to read but also tell silenced stories through museum practice.

4. To Become an Indigenous Woman

Suelen Siqueira Julio

Focusing on indigenous women in Portuguese America, this paper recognizes the pioneering role of the feminist movement in challenging the idea that women and men are “naturally” destined to fulfill certain social roles. Against this determinism, Simone de Beauvoir had already articulated her famous statement in 1949: “One is not born a woman, but becomes one”. Indigenous peoples, who often entered the colonial world as adults, offer a fascinating point of observation for studying the mechanisms of imposition, resistance, and appropriation through which they were transformed into women and men in Portuguese America. This approach aims not only to denaturalize these categories, but also to highlight the possibility of hearing in the historical sources the echoes of the voices of the women designated as “índias,” recognizing the responses they developed, whether in terms of resistance, dialogue, and/or the internalization of the gender identities assigned to them by the colonizers.

Sala / room: F3017

Organizadores / organizers

Claudia Augustat

Matthias Lewy

Colaboración y cocreación dentro y más allá de los museos etnográficos y de culturas del mundo: ¿Un camino hacia la resocialización? 

Este panel discute prácticas de cocreación dentro de colaboraciones etnográficas y en el contexto de museos etnográficos y de culturas del mundo como un camino potencial hacia la resocialización. La resocialización se entiende como la posibilidad de (re)integrar entidades relevantes desde un punto de vista taxonómico —elementos de la cultura material e inmaterial— en sistemas sociales y ecológicos. Se reciben con agrado contribuciones que reflexionen sobre experiencias de trabajo colaborativo en investigación etnográfica, trabajo archivístico, exposiciones u otros contextos que exploren tanto los méritos como las respectivas limitaciones de los procesos de resocialización. Respecto a estas limitaciones, es necesario considerar los mundos de vida indígenas: por ejemplo, las concepciones sobre la muerte y la vida después de la muerte de personas y objetos pueden limitar las posibilidades de resocialización. Del mismo modo, la magia y la hechicería, especialmente en lo que respecta al sonido y al canto, pueden restringir el acceso público y los modos de uso de las grabaciones recolectadas. Las cosmologías y los modos de existencia asociados a ciertas entidades revelan los límites de la resocialización al mostrar las interacciones entre colectivos humanos y no humanos. Por otro lado, buscamos destacar el valor de los procesos de cocreación en el trabajo colaborativo para alcanzar procesos de resocialización y hacerlos visibles. Además de contribuciones desde contextos de archivo y exposición, se acogen especialmente discusiones sobre procesos de resocialización fuera del museo, como por ejemplo la resocialización de paisajes y ecosistemas. Los enfoques que van más allá del museo abren nuevas perspectivas para profundizar y ampliar el concepto de resocialización.

Colaboração e cocriação em museus etnográficos e de cultura mundial e além: um caminho para a ressocialização?
Este painel discute práticas de co-criação dentro de colaborações etnográficas e no contexto de museus etnográficos e de culturas do mundo como um caminho potencial para a ressocialização. A ressocialização é entendida como a possibilidade de (re-)integrar entidades taxonomicamente relevantes – elementos da cultura material e imaterial – em sistemas sociais e ecológicos. São bem-vindas contribuições que reflitam sobre experiências de trabalho colaborativo em pesquisa etnográfica, trabalho em arquivos, exposições ou outros contextos que explorem tanto os méritos quanto as limitações dos processos de ressocialização. Quanto a essas limitações, é necessário considerar os mundos de vida indígenas: por exemplo, concepções sobre a morte e o pós-vida de pessoas e objetos podem restringir as possibilidades de ressocialização. Da mesma forma, a magia e a feitiçaria, especialmente no que diz respeito ao som e ao canto, podem limitar o acesso público e os modos de uso das gravações coletadas. Cosmologias e modos de existência associados a certas entidades revelam os limites da ressocialização ao evidenciar as interações entre coletivos humanos e não humanos. Por outro lado, buscamos destacar o valor dos processos de co-criação no trabalho colaborativo para alcançar processos de ressocialização e torná-los visíveis. Além de contribuições a partir de contextos de arquivos e exposições, são especialmente bem-vindas discussões sobre processos de ressocialização fora do museu, como por exemplo a ressocialização de paisagens e ecossistemas. Abordagens que vão além do museu abrem novas perspectivas para aprofundar e expandir o conceito de ressocialização.

Collaboration and Co-Creation in and Beyond Ethnographic and World Culture Museums: A Path to Resocialization?

This panel discusses co-creation practices within ethnographic collaborations and in the context of ethnographic and ­world culture museums as a potential path to resocialization. Resocialization is understood as the possibility of (re-)integrating taxonomically relevant entities – items of material and immaterial culture – into social and ecological systems. We welcome contributions that reflect on collaborative work experience in ethnographic research, archival work, exhibitions, or other contexts that explore the merits as well as respective limitations of resocialization processes. For such limitations, we have to consider Indigenous lifeworlds: For example, concepts about death and the afterlife of persons and things can confine the possibilities of resocialization. In the same vein, magic and sorcery, especially when it comes to sound and song, may restrict public accessibility and modes of use for collected recordings. Cosmologies and associated modes of existence of entities reveal the boundaries of resocialization through understanding the interactions among human and non-human collectives. On the other hand, we aim to highlight the value of co-creation processes in collaborative work in order to achieve resocialization processes and make them visible. In addition to contributions from archive and exhibition contexts, we especially welcome discussions of resocialization processes from outside of the museum, as for example, the resocialization of landscapes and ecosystems. Approaches extending beyond the museum open new perspectives for deepening and extending the concept of resocialization.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. Pensar con paisajes como metodología de resocialización: un caso de Tierra del Fuego

Claudia Augustat

En invierno de 1923 un grupo de los Selk´nam trasladó su campamento de la orilla del Lago Fagnano a la Laguna de Pescados. Los Selk´nam se trasladaron para celebrar el hain, una ceremonia de iniciación para los hombres jóvenes. La  ceremonia fue financiada por Martin Gusinde, un missionero alemán de la Sociedad de Verbo Divino.  Después de la ceremonia, Gusinde preguntó por unas de las máscaras rituales que fueron usadas durante el hain para su colección etnográfica. Pero los Selk´nam rechazaron este deseo. Secretamente, un amigo de Gusinde hizo dos copias para él. Gusinde las llevó a Europa, escondidas en sus maletas. Una fue al Museo de Etnología en Viena, que hoy se llama Weltmuseum Wien. Usando el concepto de paisajes, esta ponencia busca los rastros de la máscara y su resocialización inesperada en la communidad de los Selk´nam, cien años después.

2. Resocialización de la cultura selk’nam en la actualidad

Hema’ny Molina

En la actualidad nuestro pueblo está en una situación de encuentros y desencuentros, tras haber sido declarado académicamente extinto, y devuelto a la vida producto de un intenso trabajo de la comunidad Covadonga Ona para revertir esta dura realidad pudiendo por fin integrar a nuestro pueblo a la Ley Indígena chilena como pueblo vivo. Entonces hoy en día enfrentamos otro tipo de paradigmas, que nos lleva a la constante explicación sobre quienes somos y cómo vivimos una cultura que se creía hasta hace poco extinta. Para ello conocer objetos que se encuentran en colecciones de museos a través del mundo es muy importante. ¿es posible entonces hablar de resocialización de la cultura a través de objetos museográficos? En esta exposición intentaré explicar cuál es la visión actual y como la cultura ancestral conversa con la realidad actual a través de objetos que se encuentran muy lejos de Tierra del Fuego.

3. Saberes para la coexistencia armónica. La experiencia de reconstrucción de la memoria histórica del clan Jitomagaro (Colombia) con el Museum der Kulturen Basel (Suiza)

Nelly Kuiru

Alexander Brust

Desde 2016 miembros del clan Jitomagaro del pueblo Murui están documentando fotografías, grabaciones de audio, publicaciones y cultura material que antropólogos como Jürg Gasché han recogido en colaboración con los ascendientes de la comunidad de Puerto Milán (La Chorrera). En el foco del trabajo se encuentra la carrera ritual más importante y compleja, el «Yadiko». Durante el «Yadiko» se agradece y se celebra la existencia de todos los seres del cosmos. En noviembre de 2024 una delegación de la familia Kuiru trabajó en el Museum der Kulturen Basel, donde se encuentra parte de la colección que Jürg Gasché reunió entre 1969 y 1974. Como parte de la planeación de un «Yadiko» previsto para el año 2025, los miembros del clan Jitomagaro identificaron, registraron audiovisualmente, analizaron y sistematizaron la información relacionada de más de 200 objetos tradicionales existentes en los fondos del museo con el fin de trasladarla hasta la comunidad y realizar una retroalimentación de ese conocimiento ancestral con los abuelos sabedores para ponerlo nuevamente en práctica. La ponencia reflexiona la colaboración entre el clan Jitomagaro y el museo desde la perspectiva de los actores involucrados y subrayará los aspectos de la (re)socialización durante las fases de la colaboración.

4. Weaving connections between Indigenous Territories and World Culture Museums

Leandro Matthews Cascon

This presentation introduces a methodological approach for connecting four Indigenous Territories—Tacana, Tsimane’, Mosetén, and Waiwai—from the Bolivian and Brazilian Amazon with objects acquired during the 19th and 20th centuries. These objects are housed in institutions such as the Museum für Völkerkunde (Dresden), Bonner Amerikas-Sammlung (Bonn), Museum der Weltkulturen (Frankfurt), and Världskulturmuseet (Gothenburg). The process involved four stages: 1) compiling, translating, and organizing data into interactive catalogs; 2) sharing these materials with communities and using them as a memory driver 3) selecting objects for in-person examination; and 4) organizing museum visits through direct interaction with the objects, and collaborative workshops. These findings emphasize the importance of collaborative strategies in enhancing access, understanding, re-socialization, and re-signification of ethnographic collections, offering a valuable framework for future intercultural and interinstitutional research.


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5. Reactivating biocultural collections in the North-West Amazonia

Luciana Martins

This paper reflects on the ongoing transnational and multidisciplinary research programme dedicated to reactivating the biocultural archive amassed by British botanist Richard Spruce, who spent fifteen years (1849-1864) travelling in the Amazon and the Andes. The ‘biocultural archive’ includes plant specimens, artefacts and associated materials found in many different kinds of collections but usually considered separately. Here, we ask: How can the ‘natural’ and ‘cultural’ collections originating in Amazonia be resocialized in ways that enable a better understanding of Indigenous ways of being in the world? In what ways can biocultural collections be mobilised as catalysts for the retelling of stories about the relations between Indigenous peoples and other human and non-human collectives, and ecological processes more broadly? To what extent can renewed attention to the biocultural archive contribute to environmental conversations related to the diversity of life in the Amazon region relevant to the challenges that we face today?

6. Performing and Exposing in Museums, or is bureaucracy the revenge of coloniality?

Bernd Brabec

Researchers, curators, archivists and activists devote much work and energy to projects and tasks for “decolonizing” museums, exhibitions, or even the academy. One efficient way to go is collaborative co-creation of form and content together with Indigenous specialists. I will present a couple of example cases where I tried (together with colleagues) to involve Indigenous specialists or representatives on eye-level in the creation of sound installations in the context of ethnographic exhibitions at Central European venues. The recurring theme was a quixotean struggle against windmills, like unpreparedness, lack of interest, or misunderstanding the role of Indigenous people, as well as the rules in place for who can be put on the payroll, who can be commissioned work contracts, and who can make the “real” decisions about form and content of an exhibition. Not surprisingly, such rules blatantly put Indigenous people (or people from other non-academic third-country background) into gross disadvantage. Although Indigenous people are often generously invited, fed, accommodated, and sometimes even paid for their current work in museums or archives, long-term contracts and decision-making is still close to impossible for most; – not due to individual failure but caused by colonially grown apparatuses of bureaucracy. I therefore argue that  bureaucracy is a contemporary extension of coloniality and it is utterly important for pursuing decolonization to blame institutions who “are unable” to change or adapt their rule-sets.

7. Resocialization of Sound – Reflections on Collaborative Research and Archiving

Matthias Lewy

The contribution reflects on the initial results of a research project with indigenous partners focused on historical sound recordings and museum archives. Collaborative work brings diverse qualities and challenges that require examination based on the experiences of all participants. A particular focus is placed on sensitive data and the ambiguities surrounding its generation. Indigenous sound ontologies are often linked to interactions with dangerous, non-human collectives, frequently associated with academic concepts of shamanism, magic, and sorcery. Such interactions are often difficult to communicate clearly or to publish. However, based on experiences, it is crucial to develop suggestions for handling these issues, which could be consolidated into guidelines, such as ethical protocols. In museum archives, indigenous sound performances frequently form an ontological unit with material culture entities. Both themes – ontological unity and ethical protocols for historical sound recordings – are illustrated through examples from Carib-speaking communities (Pemon, Aparai, Wayana).

8. Indigenous Objects of the Rio Negro: Memory and Representation in Museological Processes

Renato Athias

Thousands of objects belonging to the indigenous peoples of the Rio Negro are currently preserved in museums, representing a collection of immense relevance to the contemporary history of these communities. However, many of these artifacts remain unknown to the indigenous populations of the region, generating a significant gap in the oral narratives associated with these cultural assets. This study is based on an investigation into these displaced objects, currently stored in museum collections, and on ongoing collaborative work with indigenous curators linked to the Virtual Museum of the Indigenous Peoples of the Rio Negro. Through this article, we seek to promote a debate on the multiple meanings of these artifacts, with an emphasis on their relationship with the dimensions of memory, representation and resignification. The debate presented raises crucial questions for the practices of restitution and repatriation of indigenous cultural assets, themes that have been widely discussed within the contemporary indigenous movement. Additionally, it is proposed to analyze indigenous conceptions about life, death and the afterlife applied to people, entities and objects, highlighting the possibilities of resocializing these artifacts in their original contexts, from a broader perspective.


SESIÓN / SESSION 3

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

9. The Kamayurá Archive and the Digital Turn in European Museums

Rodrigo Lacerda

This presentation examines the development of a digital repository for the collection of the Kamayurá Indigenous people (Upper Xingu, Brazil), acquired in the 1960s for the National Museum of Ethnology (Lisbon, Portugal). The project was carried out in collaboration with Kamayurá representatives and aligned with their perspectives on classification systems, access protocols, notions of ownership and regimes of care. This collaboration was particularly enriched by the Kamayurá representatives’ prior experience with their own initiative, the Kamayurá Archive, which involved visits to Brazilian archives of key anthropologists who had worked with them. The main objectives of the digital repository were to contribute to European public policies regarding the management of such collections in both physical and digital formats, while also testing organizational approaches for the restituted digital materials within the Kamayurá Archive. This case study highlights the potential of Indigenous-led approaches in reimagining the digital turn within European museums.

10. Paying a visit to the masked figures of the Tikuna/Magüta 

Gabriele Herzog-Schröder

From their ‘Reise in Brasilien’ (1817-20) the zoologist Spix and the botanist Martius brought back to Munich hundreds of ethnographic items. A re-evaluation of historical collections is necessary not only in terms of decolonial obligations, but also with regard to global ecological and climatic challenges. I present a project in which the historic Tikuna masks are reappraised through encounters with contemporary Tikuna/Magüta in Brazil and Colombia, next to Peru. In a recent visit I took steps towards resocialising the historical artefacts by first informing representatives of indigenous museums about the historic masks. We will discuss the chances for collaborations with the Tikuna/Magüta regarding the 200-year-old ethnographic objects in the Museum Fünf Kontinente and explore the possibilities of co-creative approaches which should encourage overcoming the silence in museum deposits. Critical ecological aspects like the region’s severe drought must hereby also be taken into account.

11. Descolonizar la Resocialización en la Base: Saberes Vivos Shuar y Transmisión Intergeneracional en el Kiim

Nora Bammer

Esta charla propone repensar la resocialización desde el otro lado de la colonialidad. Más allá de recuperar patrimonio material e inmaterial desde las instituciones del norte global, la resocialización comienza con el reconocimiento y la transmisión de los saberes vivos dentro de los pueblos Shuar. En el Kiim, el ritual de Uwí fue parcialmente revivido en un evento comunitario. La descontextualización ritual reveló la fragilidad de este conocimiento. En respuesta, los mayores impulsaron la grabación de los cantos del ritual, no solo como archivo, sino como herramienta viva para la transmisión intergeneracional. Este proceso demuestra que la resocialización no es solo una preocupación de instituciones externas. Al utilizar la resocialización para reafirmar sus saberes, los pueblos descolonizan sus valores y prácticas motivadas por sus propias necesidades y agendas.

12. Sistemas y Estructuras Shuar de “la Pedagogía de la Mano”: Resocialización de Saberes desde la Solidaridad y la Práctica Shuar

Raquel Yolanda Antun Tsamaraint

La resocialización de saberes en la nacionalidad shuar no es un acto de recuperación del pasado, sino un proceso vivo y autónomo, guiado por la “pedagogía de la mano”. Este enfoque enfatiza la enseñanza mediante el acompañamiento, la solidaridad y la práctica directa, como ocurre en rituales como la ceremonia de la mujer tabaco (Tsankramu), donde la Wea guía a las jóvenes a través de la acción. Desde los colectivos shuar, como Juakmaru y Tsapau, se impulsan iniciativas autónomas para fortalecer la lengua, la música y la biodiversidad. La creación de poesía bilingüe, la formación de coros infantiles de nampet y la adaptación de rituales a la realidad contemporánea demuestran que la sabiduría shuar sigue viva. Este trabajo destaca cómo la resocialización no solo preserva el conocimiento, sino que reafirma la existencia y continuidad del pueblo shuar en el presente, desafiando narrativas coloniales sobre lo “ancestral” como algo estático o perdido.

Sala / room: F3003

Organizadores / organizers

Nehemías Pino

Theodor Borrmann

Transformaciones en las relaciones productivas y ecológicas en la Amazonia rural: Luchas políticas en interacciones cotidianas

Los medios de subsistencia y sus imaginarios sociales están en constante cambio debido al surgimiento de nuevos escenarios económicos, deseos, necesidades y presiones externas. A lo largo del río Napo en Ecuador, por ejemplo, las hojas de guayusa se utilizan de formas más extendidas, pasando de ser una bebida del bosque que reúne a la familia, la tradición, los deseos y las temporalidades al anochecer, a convertirse en una fuente de ingresos. Y a lo largo del río Atacuari en Perú, los árboles dejan de ser hábitat de tucanes para convertirse en madera valiosa. Los diferentes patrones de producción y productividad, por supuesto, generan nuevas transformaciones y, en última instancia, afectan todas las relaciones entre humanos (por ejemplo, nosotros mismos), más que humanos (por ejemplo, las madres del bosque) y no humanos (por ejemplo, las máquinas). En este panel deseamos discutir la complejidad de estas transformaciones, preguntándonos cómo los cambios en los medios de subsistencia impactan las relaciones ecológicas contemporáneas y sus implicaciones políticas entre diferentes actores. En particular, queremos explorar cómo la presión económica de los monocultivos puede alterar las relaciones con las plantas y otros seres dentro de las chacras, cómo la disponibilidad de motosierras puede influir en la relación con los entornos fluviales y forestales cercanos a asentamientos humanos, o cómo la bioeconomía puede impactar las relaciones de parentesco y la propiedad de la tierra.

Relações produtivas e ecológicas mutáveis na Amazônia rural: Lutas políticas nas interações cotidianas

Os meios de subsistência e seus imaginários sociais são constantemente alterados com o surgimento de novas oportunidades, desejos, necessidades e pressões econômicas. Ao longo do rio Napo, no Equador, por exemplo, as folhas de Guayusa ampliaram seus usos a partir de uma infusão na floresta que reúne família, tradição, desejos e tempo no crepúsculo para se tornar uma fonte de dinheiro, e ao longo do rio Atacuari, no Peru, as árvores deixam de ser um habitat dos tucanos para se tornarem madeira valorizada. Diferentes padrões de produção e produtividade, é claro, atraem outras transformações em seu rastro e, em última análise, afetam todas as relações entre humanos (por exemplo, nós mesmos), além dos humanos (por exemplo, mestres da floresta) e não humanos (por exemplo, máquinas). Neste painel, desejamos discutir essas transformações complexas e perguntar como as mudanças nos meios de subsistência afetam as relações ecológicas contemporâneas e suas implicações políticas entre diferentes atores. Como tal, desejamos explorar, por exemplo, como a pressão econômica por monoculturas pode mudar as relações com plantas e outros seres nas roças, como a disponibilidade de motosserras pode influenciar as relações com ambientes fluviais e florestais próximos aos assentamentos humanos ou como a economia verde pode impactar as relações de parentesco e a propriedade da terra.

Changing productive and ecological relations in rural Amazonia: Political struggles in quotidian interactions

Livelihoods and their social imaginaries are constantly changed with the emergence of new economic opportunities, desires, needs, and pressures in our field sites. Along the Napo River in Ecuador, for example, Guayusa leaves have amplified their uses from a forest infusion that gathers family, tradition, desires and time in the dusk to become a source of cash, and along the Atacuari River in Peru, trees cease being a habitat for toucans to become valued timber. Different production and productivity patterns of course draw further transformations in their wake and ultimately affect all relations between humans (e.g., ourselves), beyond-humans (e.g., forest masters), and non-humans (e.g., machines). In this panel, we wish to discuss these complex transformations and ask how changes in livelihoods impact contemporary ecological relations and their political implications among different actors. As such, we wish for instance to explore for instance how the economic pressure for monocultures may change relations with plants and other beings in the forest gardens, how the availability of chainsaws may influence relations with river and forest environments close to human settlements, or how the green economy may impact kinship relations and land ownership.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. Drinking water provision, working for the company and gathering in the centre: the impacts from the benefits from oil in Quichua communities of the Lower Napo River 

Julie Dayot

I draw on an eight-month period of ethnographic fieldwork in the Ecuadorian Amazon to investigate the impacts which come from the social compensation package from the ITT oil extraction project, with a focus on the provision of drinking water to the Quichua communities of the Lower Napo River. I show how such provision tends to turn community members into villagers, and farmers into wage labourers. I argue that such impacts are both more subtle and more pervasive than the direct environmental impacts, since they are indirect and arise in the long term, resulting in acceptance and compromises rather than conflict. Moreover, they affect people’s relationship with, and valuation of, the land, informing new practices which in turn will further such disconnection, until it becomes self-sustained.

2. An Institutional Forest Garden to handle conservation and development programs.

Nehemías Pino 

Over the last 30 years of institutional intervention in development and productive projects in the Upper Ecuadorian Amazon, the concept of biodiversity has been widely utilised in conservation, primarily to characterise the forest threats and then the future possibilities. In the last decade, these programs have significantly increased their presence. Interestingly, their approach has focused on the Indigenous agricultural practices related to their forest gardens (chagras), as the principal place where the Napu Runa people have maintained plant diversity. In that regard, partner institutions had unintentionally developed their own notion of forest garden, which I defined here as the Institutional Forest Garden. The link between the diversity among chagras and the Napu Runa tradition, along with the related programs on forest conservation and food security, has reshaped the current institutional approach to the forest landscape, recalling some historical regional commercial dynamics. Aligned with the panel, this presentation aims to reflect on the social implications of what is referred to in this presentation as the Institutional Forest Garden.

3. Imbrications of traditional agroforestry systems and market-oriented livelihoods: the case of the Asháninka people, Peru.

Monika Kujawska

The Asháninka people from Upper Peruvian Amazonia recognize and cultivate over 20 different ethnospecies of manioc and a similar number of landraces and clones of cocoa. While the diversity of manioc is an outcome of a co-evolutionary process, and people’s adaptation to the manioc range, the knowledge of cocoa varieties is a result of the last 20 years of intensive implementation of cocoa agriculture in the Asháninka native communities. This intensification of agriculture beyond subsistence economy, learning about different phases of cocoa production and the involvement in value-chains has many consequences for the Asháninka livelihoods. I draw on my ethnobotanical and ethnographic fieldwork with Asháninka people from the Tambo River region, which belongs to the geopolitical zone of VRAEM, where manioc and cocoa meet also coca cultivation. I focus on how modernity and particularly cash crop production are inserted in the local agro-ecosystems and articulated through the Asháninka worlding.

4. The politics and social dynamics of food forests in 21st century Napo Ecuador 

Michael Uzendoski

Edith Felicia Calapucha-Tapuy

This paper examines the concept of the “food forest” or bosque ancestral de alimentos as a historical phenomenon shaped by evolving interspecies ecological relationships within indigenous communities of Amazonian Ecuador. Specifically, we explore how the creation and maintenance of a food forest can serve as a revitalizing force for values, cultural practices, and even language. Amid threats such as legal and illegal mining, drug trafficking, deforestation, and the erosion of language and cultural traditions, food forests not only enhance food security but also sustain the transmission of ancestral knowledge across generations—also connecting families and people to each other and the land through shared social action. 


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5. Transformaciones en el calendario hortícola y adaptaciones culturales de los Tikuna en la Amazonía trinacional (Perú, Colombia y Brasil)

Roxani Rivas-Ruiz

El calendario anual hortícola en los tikuna en la Amazonía refleja cambios de adaptación cultural. Antes, la norma eran los pluricultivos para la subsistencia familiar realizados en suelos interfluviales; ahora se priorizan cultivos comerciales dirigidos al consumo familiar y mercado locales en suelos aluviales influenciados culturalmente por los tupi-kukama. Las chacras integran prácticas agroforestales tradicionales y adaptaciones modernas, abasteciendo mercados transfronterizos ubicados en Caballococha (Perú), Leticia (Colombia) y Tabatinga (Brasil). A través del cultivo de la yuca, fundamental en la dieta y economía local, y de frutales como camu camu, copoazú y huasaí, se resalta la importancia de las chacras como sistemas autosuficientes, generadores de valor agregado y prácticas sostenibles. El cambio en los cultivos de las chacras se refleja, por un lado, en los tiempos de comercialización de los productos y disponibilidad de los mismos para el consumidor final, y por otro, una conexión profunda con el ecosistema fluvial y las estrategias comerciales y económicas, destacando la resiliencia y sostenibilidad.

6. “Agora vamos para a roça de moto”.Mudanças eco-sociais em um quilombo amazônico em perspetiva diacrônica

Manuela Tassan

A intervenção pretende discutir as mudanças econômicas e ecológicas ocorridas em um quilombo amazônico (comunidade de descendentes de escravos africanos) reconhecido como área protegida (reserva extrativista), a partir de uma perspectiva diacrônica de longo prazo. As condições de vida do quilombo há cerca de 20 anos serão então analisadas e comparadas com a situação atual. De uma comunidade quase totalmente dependente da atividade da roça, hoje podemos ver sinais, mais ou menos marcados, de uma transformação em curso. Ligações rodoviárias mais fáceis com a capital, devido a investimentos infraestruturais que transformaram as dinâmicas de mobilidade na região, a presença de meios de transporte em quase todas as famílias, smartphones e ligação à Internet, alfabetização generalizada e algumas pequenas experiências empresariais estão a mudar as relações desta comunidade não só com os lugares, mas também com as realidades políticas, institucionais e não, com as quais se relacionam.

7. Beyond Oppression or Emancipation: Hybrid Practices and Tensions in NGO-led Development Interventions Among the Awajún People 

Léna Prouchet

The critical management literature argues that externally led development interventions often impose an agenda that harms Indigenous communities. While these studies offer valuable insights into such interventions, they frequently overlook the daily interactions between Indigenous communities and development projects, especially the contrast between practices promoted by development actors and those embraced by local participants. This paper uses an Entrepreneurship-as-Practice perspective to examine NGO-led interventions promoting entrepreneurial practices among the Awajún people, the second-largest Indigenous group in the Peruvian Amazon. The research involved four months of ethnographic fieldwork, including observing NGO-driven cacao projects and conducting interviews with project implementers and Awajún participants. A Peruvian anthropologist and an Awajún facilitator also contributed to the study. Findings show a strong divergence between development-promoted and Indigenous practices. Development interventions lead to the emergence of hybrid practices but also generate tensions. This research broadens discussions on Indigenous development, highlighting the complex, nuanced nature of development interventions, which cannot categorised as purely oppressive or emancipatory.

8. The Downstream Effects of Proliferating Machines among the Yagua People

Theodor Borrmann
The proliferation of chainsaws, grasscutters, and boat’s motors among the Yagua people lead to profound changes in their wider relational ecology. It impacts relations with human kin and communities as well as with non-human and beyond-human beings, be it in villages, rivers, forests, or forest gardens. While commonly encountered narratives focus on the immediately visible impacts of technological innovations and adaptations, this presentation highlights the wider ripple effects, taking both direct effects and the effects of these direct effects into account. Maybe counter-intuitively, it shows for instance that the availability of chainsaws can lead to less fire wood, that the availability of shotguns can lead to less meat, and that the availability of grasscutters can lead to more arduous work. The presentation builds on more than a year of ethnographic fieldwork among the Yagua people in the Peruvian Amazon region and analyses fieldwork vignettes as much as the wider political economy and ecology.

Sala / room: F3010

Organizer / organizadores

Jenny García Ruales

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Natalia Buitron

Discussant

Philippe Descola

Co-creación y Derechos de la Naturaleza

Nuestro objetivo es establecer una red colaborativa que documente y analice casos de estudio sobre la creación y formulación de los derechos de la naturaleza en marcos legales existentes y sus diversas trayectorias e implementaciones. Esta red contemplará las múltiples concepciones y sentidos de justicia, los planes de vida comunitarios, y las distintas manifestaciones del derecho, incluyendo las percepciones y normatividades que se conciben en torno a la vida de peces, animales del bosque, ríos y plantas, así como las formas de vida que trascienden fronteras nacionales. Un componente crucial de nuestro análisis será la identificación y discusión de los desafíos, equivocaciones y dilemas que surgen en el proceso de formular e implementar estos derechos, enfocándonos en victorias, fracasos y embotellamientos. Examinaremos las tensiones entre diferentes regímenes normativos, las complejidades en la traducción de conceptos y prácticas Indígenas al marco jurídico estatal (e internacional) y viceversa, así como los retos prácticos en la generación, aplicación y cumplimiento de estas normativas. El panel busca tender puentes entre la antropología y el derecho, explorando cómo la etnografía amazónica puede enriquecer las prácticas legales en materia de derechos de la naturaleza. Invitamos contribuciones que documenten estos procesos a través de diversos medios: litigios estratégicos, análisis de sentencias judiciales, intervenciones artísticas, militancia, y trabajo etnográfico. Este diálogo interdisciplinario aspira a fortalecer tanto la comprensión teórica como la aplicación práctica de los derechos de la naturaleza.

Co-criação e os Direitos de Natureza

Nosso objetivo é estabelecer uma rede colaborativa que documente e analise estudos de caso sobre a criação e formulação de direitos da natureza dentro de estruturas legais existentes e suas diversas trajetórias e implementações. Esta rede considerará as múltiplas concepções e significados de justiça, os planos de vida comunitária e as diferentes manifestações do direito, incluindo as percepções e regulamentações que são concebidas em torno da vida dos peixes, animais da floresta, rios e plantas, bem como modos de vida que transcendem as fronteiras nacionais. Um componente crucial da nossa análise será a identificação e discussão dos desafios, armadilhas e dilemas que surgem no processo de formulação e implementação desses direitos, com foco nas vitórias, fracassos e gargalos. Examinaremos as tensões entre diferentes regimes regulatórios, as complexidades de traduzir conceitos e práticas indígenas em estruturas jurídicas estaduais (e internacionais) e vice-versa, bem como os desafios práticos na geração, aplicação e execução dessas regulamentações. O painel busca construir pontes entre a antropologia e o direito, explorando como a etnografia amazônica pode enriquecer as práticas jurídicas relacionadas aos direitos da natureza. Convidamos contribuições que documentem esses processos por meio de uma variedade de meios: litígios estratégicos, análise de decisões judiciais, intervenções artísticas, ativismo e trabalho etnográfico. Este diálogo interdisciplinar visa fortalecer tanto a compreensão teórica quanto a aplicação prática dos direitos da natureza.

Co-creation and the Rights of Nature

Our goal is to establish a collaborative network that documents and analyzes case studies on the creation and formulation of rights of nature within existing legal frameworks and their diverse trajectories and implementations. This network will consider the multiple conceptions and meanings of justice, community life plans, and the different manifestations of the right, including the perceptions and normativities conceived around the life of fish, forest animals, rivers, and plants, as well as ways of life that transcend national borders. A crucial component of our analysis will be the identification and discussion of the challenges, missteps, and dilemmas that arise in the process of formulating and implementing these rights, focusing on victories, failures, and bottlenecks. We will examine the tensions between different normative regimes, the complexities of translating Indigenous concepts and practices into state (and international) legal frameworks and vice versa, as well as the practical challenges in the creation, application, and enforcement of these normative frameworks. The panel seeks to build bridges between anthropology and law, exploring how Amazonian ethnography can enrich legal practices regarding the rights of nature. We invite contributions that document these processes through various means: strategic litigation, analysis of court rulings, artistic interventions, activism, and ethnographic work. This interdisciplinary dialogue aims to strengthen both the theoretical understanding and practical application of the rights of nature.


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1. El Derecho de los Tukuy Aullukuna (Ayllus de todos los seres vivos y espirituales) en los territorios de la nacionalidad Kichwa de Pastaza.

Tito Merino Gayas

Esta presentación explicará con testimonios vivenciales y mitológicas, desde los saberes kichwa de Pastaza, como se vive en la práctica el ejercicio de los derechos de las personas, otros seres vivos de la naturaleza y los seres incorpores o espirituales protectores de los territorios, y guías de los ayllus, con quienes se ejerce vínculos de convivencia armónica inseparablemente. Sin embargo, es preocupante la manipulación de estos derechos en el marco de la justicia y las leyes creadas por los estados-naciones, la ciencia y el mundo occidental. Además, se evidenciará la importancia de mantener estos saberes ancestrales para garantizar la conservación ecológica y ambiental frente al cambio climático que amenaza vulnerar a la Amazonía y debilitar a nuestra casa grande o Pachamama.

2. Living Forest Constitutionalism 

Jenny García Ruales

In this presentation, I will examine why the Kichwa People of Sarayaku declared their territory as ‘Kawsak Sacha’ (Living Forest), ‘a living and conscious being with rights’. Why declare the territory of Sarayaku as Kawsak Sacha if Nature or Pacha Mama already have rights under the ecuadorian Constitution? In constitutional terms, the Living Forest already has rights. Through a decolonial comparative dialogue exploring the reasoning behind this Declaration within the broader Rights of Nature (RoN) framework, I propose a theory of Living Forest Constitutionalism characterised by three core aspects: The first is the intersemiotic and fragmentation of law, as evidenced in Sarayaku’s legal texts and cosmic patterns expressed through semiotic elements, songs, rhythms, celebrations, a hummingbird canoe, a staff of command (vara de mando), and a toucan crown. The second is the dynamic, living nature of law. The third is co-governance with beings of the vegetal, mineral, cosmic, animal, spiritual and human realms of the Living Forest. My accompaniment with the Sarayaku sheds light on polyphonic interpretations of RoN. What informs my methodology and approach to the law as an anthropologist are corazonar (heartfelt thinking) and ‘legal minga’.

3. Bridging Worlds and Natures: Ontological Encounters and a More-Than-Human Legal Consciousness

André Nunes Chaib

This paper explores how the recognition of more-than-human rights can facilitate meaningful dialogue between Western legal traditions and Indigenous lifeways. Utilizing the concept of pragmatic encounters (as developed by Mauro Almeida), it examines how structured interactions across diverse epistemologies and ontologies can reshape identities and cultivate a shared legal consciousness. While pragmatic encounters hold transformative promise, Western legal systems often marginalize Indigenous ontologies, relegating them to cultural or symbolic realms rather than fully engaging their substantive claims. The article analyzes judicial and legislative initiatives, such as the recognition of rivers as legal persons and the protection of Indigenous territories in Canada, Amazonian countries, and South Africa, to demonstrate how courts navigate pragmatic truths, balancing scientific and Indigenous knowledge. These cases illuminate entrenched epistemological hierarchies but also highlight the potential of pragmatic encounters to transcend them. Ultimately, the paper explores procedural approaches grounded in pragmatic encounters, rethinking inclusive legal frameworks that respect ontological diversity and promote equitable, ecologically sustainable legal orders.

4. Cosmopolitan Pluribiologism and More than Human Rights

Patrícia Vieira

In this talk, I explore the notion of cosmopolitanism, developed by the Stoics in Ancient Greece and recovered in the European Enlightenment by thinkers such as Immanuel Kant, and consider how this idea changes when we extend it to the more than human world. I draw on Amazonian thought and on the views of Amazonian Indigenous communities on plants and animals as a springboard to consider a pluribiological cosmopolitanism that would extend the “common possession of the earth” (Kant) to all entities.


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

5. Reflections about the use of law: participation and experimentation

Juan Antonio Samper

Between 2022 and the present I have conducted ethnographic research in the Putumayo, Colombia. One of the main cases that I have followed has to do with a copper exploration project in Mocoa, the Putumayo’s capital city. While my research would be best framed within political ecology and the studies of sustainability, I have a background in law. As a qualified Colombian lawyer, I have been able to participate in different ways opposing the exploration project. And I haven’t been alone in this. I have worked attempting to coordinate efforts with close colleagues with legal expertise both at my university and in the Putumayo. In this presentation, I intend to present some initial thoughts about doing law as part of ethnographic research. This reflection orbits around participation (both as a component of participant observation and of participatory research) and experimentation, focusing particular in some of the advantages and limits I identify. Ideally this would become a co-authored paper with the colleagues I’ve been working with.

6. Discussion / discusión / discussão

Philippe Descola

Sala / room: F3005

Organizadores / organizers

Eliran Arazi

Diana Rosas Riaño

Discussant

Harry Walker

Dando voz al conflicto: Abrazando las complejidades etnográficas del poder en la Amazonia

Desde la década de 1970, los amazónicos han combinado la investigación con la defensa de los derechos indígenas, haciendo hincapié en la revalorización de las culturas indígenas. Si bien este enfoque es invaluable, en ocasiones ha silenciado conflictos internos y asimetrías de poder que se consideran perjudiciales para las luchas indígenas o su imagen pública. Para mantener una imagen positiva, los desequilibrios de poder, como los de género, y los conflictos internos entre facciones y grupos étnicos suelen minimizarse. En las luchas por la tierra y las colaboraciones con organizaciones ambientales, los indígenas amazónicos suelen ser representados como “ecológicamente nobles” o “otros radicales” en armonía con la naturaleza, minimizando la evidencia de rivalidades entre especies o de intentos humanos por dominar a la no humanidad. Incluso la etnografía reflexiva puede minimizar las tensiones con los interlocutores, enfatizando y reforzando la superioridad de los primeros en estas dinámicas de poder e ignorando la naturaleza bidireccional del poder en el trabajo de campo. Paradójicamente, estas dinámicas de poder, a menudo silenciadas, pueden ser vistas por los participantes de la investigación como fundamentales para sus identidades, bienestar y reproducción social. Este panel busca rescatar la complejidad de las dinámicas de poder dentro de las sociedades indígenas y en sus interacciones con agentes no humanos y no indígenas, incluyendo a los antropólogos. Nos preguntamos: ¿Qué se gana y qué se pierde al representar o descuidar los conflictos de campo? ¿Cómo se alinean los relatos matizados de la complejidad etnográfica con la defensa de la causa? ¿Cómo pueden las relaciones de poder bidireccionales entre investigadores y comunidades investigadas moldear el conocimiento antropológico? Finalmente, ¿cómo pueden las teorías indígenas del conflicto y la asimetría de poder desafiar y enriquecer las representaciones etnográficas? Invitamos a propuestas que prioricen el conflicto y las asimetrías de poder, enfatizando la polifonía por encima de los ideales de armonía y explorando el valor epistémico de la tensión entre la defensa de la causa y la complejidad etnográfica.

Dando voz ao conflito: abraçando as complexidades etnográficas do poder na Amazônia

Desde a década de 1970, os amazonistas combinam pesquisa com a defesa dos direitos indígenas, enfatizando a revalorização das culturas indígenas. Embora inestimável, essa abordagem às vezes silencia conflitos internos e assimetrias de poder considerados prejudiciais às lutas indígenas ou à sua imagem pública. Para manter uma representação positiva, desequilíbrios de poder – como os entre gêneros – e conflitos internos entre facções e grupos étnicos são frequentemente minimizados. Em lutas pela terra e colaborações com organizações ambientais, os indígenas amazônicos são frequentemente retratados como “ecologicamente nobres” ou “outros radicais” em harmonia com a natureza, minimizando evidências de rivalidades entre espécies ou tentativas humanas de dominar a não humanidade. Mesmo a etnografia reflexiva pode minimizar as tensões com os interlocutores, enfatizando e reforçando a superioridade dos primeiros nessas dinâmicas de poder e ignorando a natureza bidirecional do poder no trabalho de campo. Paradoxalmente, essas dinâmicas de poder, muitas vezes silenciadas, podem ser vistas pelos participantes da pesquisa como fundamentais para suas identidades, bem-estar e reprodução social. Este painel visa resgatar a complexidade das dinâmicas de poder dentro das sociedades indígenas e em suas interações com agentes não humanos e não indígenas, incluindo antropólogos. Perguntamos: O que se ganha e o que se perde ao representar ou negligenciar conflitos de campo? Como relatos matizados da complexidade etnográfica se alinham com a advocacy? Como as relações bidirecionais de poder entre pesquisadores e comunidades pesquisadas podem moldar o conhecimento antropológico? Finalmente, como as teorias indígenas de conflito e assimetria de poder podem desafiar e enriquecer as representações etnográficas? Convidamos propostas que coloquem em primeiro plano o conflito e as assimetrias de poder, enfatizem a polifonia em detrimento dos ideais de harmonia e explorem o valor epistêmico da tensão entre advocacy e complexidade etnográfica.

Giving Voice to Conflict: Embracing Ethnographic Complexities of Power in Amazonia

Since the 1970s, Amazonianists have combined research with advocacy for Indigenous rights, emphasizing revalorization of Indigenous cultures. While invaluable, this approach has sometimes silenced internal conflicts and power asymmetries deemed detrimental to Indigenous struggles or their public image. To maintain a positive portrayal, power imbalances—such as those between genders—and internal conflicts among factions and ethnic groups are often downplayed. In land struggles and collaborations with environmental organizations, Indigenous Amazonians are frequently depicted as “ecologically noble” or “radical others” in harmony with nature, minimizing evidence of interspecies rivalries or human attempts to dominate nonhumanity. Even reflexive ethnography may downplay tensions with interlocutors, emphasizing and reinforcing the superiority of the former in these power dynamics, and ignoring the two-directional nature of power in fieldwork. Paradoxically, these often-muted power dynamics may be seen by research participants as fundamental to their identities, well-being, and social reproduction. This panel aims to reclaim the complexity of power dynamics within Indigenous societies and in their interactions with nonhuman and non-Indigenous agents, including anthropologists. We ask: What is gained and what is lost when representing or neglecting field conflicts? How do nuanced accounts of ethnographic complexity align with advocacy? How can the two-way power relations between researchers and researched communities shape anthropological knowledge? Finally, how can Indigenous theories of conflict and power asymmetry challenge and enrich ethnographic representations? We invite proposals that foreground conflict and power asymmetries, emphasize polyphony over ideals of harmony, and explore the epistemic value of the tension between advocacy and ethnographic complexity.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. What’s Love Got to Do with It? Pusanga, Power, and Domination in the Peruvian Amazon

Magda Helena Dziubinska

El objetivo de mi presentación es proponer una reflexión sobre la importancia del conflicto y las relaciones asimétricas en la Amazonía peruana, tanto en contextos indígenas como mestizos, a partir de la etnografía de las relaciones amorosas construidas mediante el uso de la pusanga. Los discursos locales sobre esta planta, que conferiría el poder de manipular y controlar los sentimientos y las intenciones de los demás, evocan sistemáticamente nociones de amor, dominación, deseo, control, placer y sufrimiento. Antes de ser románticas, las historias de amor amazónicas son, a menudo, relatos de captura y control. En esta presentación analizaré las diferentes dimensiones de los conflictos amorosos, las dinámicas de género que implican y las maneras en que estas interacciones permiten repensar las nociones de agencia y feminidad.

2. Poner palabras a lo no dicho: el vínculo padre-hija y las desigualdades de género en los yukuna-matapi, tanimuka-letuama

Diana Rosas Riaño

Me interesa explorar el vínculo padre-hija, poco estudiado en la antropología amazónica, desde las dimensiones íntimas, afectivas y corporales que emergen de las narrativas de mujeres yukuna-matapí y tanimuka-letuama. Esta relación constituye, como señala Moore (1994), una primera experiencia de resentir y negociar el poder y la autoridad masculina, reflejando las configuraciones del orden de género interno. Lorena Cabnal lo denomina patriarcado ancestral u originario, un sistema que posiciona a las mujeres en tensiones entre obediencia, agencia y resistencia. El vínculo está mediado por el chamanismo, como legitimador del poder masculino; el amor/propiedad, que otorga protección; y emociones como rabia, resentimiento y dolor, que moldean las vidas de las mujeres. A través de narrativas enmarcadas en la movilidad, el matrimonio y las estrategias de vida, busco analizar cómo estas dinámicas definen el lugar de las mujeres y generan espacios de agencia en contextos de poder profundamente arraigados. 

3. A Mouthful of Ash: Translating the Unspeakable in Uitoto Historical Narration

Amy Leia McLachlan

Uitoto men’s reckoning with the historical forces of colonization and territorial dispossession often takes the form of eloquent ethico-political exegesis. Inspired by their poetics and practical insights, those of us who are privileged translators of those narrations have often occupied ourselves with their explicative, curative, and pedagogical force of masculine genres of speech. This paper considers the spectral double of that archive of exegesis: the deflected, somatized, and frankly unspeakable modes of women’s historical knowing that underwrite the status of male leaders’ speech. Drawing on long-term accompaniment of Uitoto women navigating the hazards of gendered conflict across historical and intimate registers, this paper considers what we might learn from a sustained attention to the conflicted silences that ground the spaces of ethnographic collaboration, solidarity, and reciprocity. Might an examination of our habitual silences around the conflicted relations we sustain with our interlocutors reveal new possibilities of practical solidarity and conceptual fidelity?

4. Exit, Voice, and Community among the Melmoltumre (Canela) and Xikrin of Central Brazil

William Fisher

Through the vehicle of two recent cases occurring in different communities of Gê-speakers my paper explores ethnographic description of power and conflict within a single frame.  I focus on a 2024 electoral contest among the Memoltumre (formerly Canela) of Maranhão and the formation of a profusion of new villages by the Xikrin Kayapo of Pará, Brazil in the wake of construction of the Belo Monte dam. Arguably, studies of Gê have generated some consequential blindspots regarding dimensions of experience that are quite important to the people we work with. I explore the argument that by naturalizing sources of conflict as the expression of personal grievances understood as distinct from structure as the framework within which power is constituted, we impoverish our account of politics as a context for action and choices of people we seek to understand.


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5. Recentering Conflict in the Amazon Delta

Matthew Abel

Marxist theories of labor exploitation and class conflict have occupied an awkward position with respect to the peoples and cultures of the Amazon basin. Over the past six decades, Amazonianists have made pivotal contributions to anthropological discussions of commoditization, value theory, and exchange. Yet scholarly interest in technology, social class, and their role in mediating the exploitation of Amazonian peoples and environments has remained largely subdued. The Amazon (we are told) is filled with cultures, radical alterity, and forest guardians. But not dockworkers, millhands, and machinists. This paper draws on fieldwork with ribeirinho communities in Brazil’s Amazon delta to examine how shifting access to new transportation, media, and productive technologies have reshaped conflicts within and between communities over time.

6. Entre espíritos e silêncios: Alcoolismo, cosmologia e resistência cultural dos Maxakali

Marivaldo Aparecido de Carvalho

Larissa Bianca De Souza Quaresma

Este estudo revisa a interseção entre alcoolismo e cosmologia dos Maxakali, refletindo sobre dinâmicas interétnicas que transformam práticas sociais e simbólicas. O uso de bebidas alcoólicas de alto teor, introduzidas pelo contato com não-indígenas, substituiu bebidas tradicionais e assumiu funções paradoxais: lubrificante social, facilitador de transes xamânicos e catalisador de rupturas familiares, violência e morte. A cosmologia Maxakali compreende todos os seres como portadores de alma (koxuk), e transformações corporais, incluindo as induzidas pelo álcool, podem desconstruir a condição humana, transformando indivíduos em inmõxã, espíritos ruins. Este fenômeno destaca como o consumo de cachaça se politizou, tanto pela imposição colonial quanto pela apropriação simbólica dos indígenas A revisão aborda silêncios coloniais, promovendo co-criação de narrativas sobre o impacto do alcoolismo em esferas sociais e espirituais. Enfatiza-se uma abordagem intercultural, valorizando cosmologias indígenas e propondo soluções que integrem preservação cultural e saúde pública.Agradecimentos à UFVJM, PRPPG, PPGER e ao GEPIMG.

7. Apropiaciones ambivalentes: minería de oro en territorios Shuar 

Gard Frækaland Vangsnes, gardvangsnes935@hotmail.com

Washington Tiwi

En los últimos años, varias comunidades Shuar del sureste de Ecuador han accedido a la minería de oro aluvial, un fenómeno que refleja una tendencia global, incluso en territorios indígenas de la región amazónica. Partiendo de una larga historia minera, analizamos su aceleración reciente, marcada por la coexistencia de minería a pequeña y gran escala junto a una devastación ecológica. Abordamos las implicaciones para el mundo Shuar, relatando los conflictos y relaciones de poder internas y externas. Hoy prevalece un enfoque pragmático donde los Shuar buscan beneficiar económicamente a sus comunidades gestionando el oro de manera autónoma mientras enfrentan sus múltiples consecuencias. Este artículo cuestiona las narrativas sobre el rechazo indígena a las industrias extractivas, destacando las complejas negociaciones involucradas en la minería y las transformaciones que conlleva. Apoyado en etnografía regional y conceptos clave como autonomía, apropiación y poder, interrogamos también ciertos prejuicios inherentes en la antropología amazónica.

8. ”Politically ‘Incorrect’ Indigenous Voices from the Margins of Amazonia

Hanmin Kin

Indigenous resistance movements in Brazil against extractive industries and mega-development projects have co-created—with their multiple alliances—a public image of Indigenous people as “forest guardians” or “eco-warriors”. Motivated to support the cause of these people, anthropologists are prone to reinstate this imagery by rendering the voices deemed contradictory to the movement (e.g., “pro-development” discourse) marginal or “corrupted”, if not outright silencing them. Based on interviews and ethnographic data gathered in the Brazilian Western Amazon, this paper gives voice to these marginalised people from various ethnic groups (all anonymised), focusing on the extractive practices involving the Indigenous people, including logging and mining. Instead of flattening the polyphony (or cacophony) of perspectives on this issue, I shed light on the complex reality of Indigenous societies, not only to provide a better understanding of the configurations of tensions that constitute collective decision-making, but also to reveal asymmetrical power relations imposed on the people that impact such decisions. 


SESIÓN / SESSION 3

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

9. Beware of the Yuruparí: Political Ontology Beyond Naturalism versus Animism

Eliran Arazi

“Political ontology,” which studies negotiations and conflicts between ontologies, has recently gained traction in Amazonian studies, typically focusing on the incommensurability of naturalism and animism. However, we rarely find analyses of negotiations and conflicts between distinct forms of Indigenous ontologies. This presentation fills this gap by portraying a rich political ontological landscape that moves beyond the dichotomy of Indigenous versus non-Indigenous ontologies. Focusing on the Andoque of Northwest Amazonia (Colombia), I examine how power relations and boundaries between humans and nonhumans are negotiated between Andoque and non-Andoque agents. I argue that the Andoque fear the imposition of ontological frameworks held by other Indigenous groups which, from their perspective, privilege nonhumans at the expense of humans. Emphasizing the role of the clan as the medium through which vital symbolic tools are transmitted to constrain nonhuman agency and protect human lives, I trace how these fears—particularly salient in the context of environmental and state interventions—resonate with longstanding concerns about affinal relations, who represent the risk of leading people to merge with the forest.

10. Discussion / discusión / discussãoHarry Walker

Sala / room: F4050

Organizadores / organizers

Laura R. Graham

Rosanna Dent

Renato Athias

Discussants

Matthias Lewy

Tito Merino Gayas

Natalia Buitron

Procesos Comunitarios en Proyectos Antropológicos Colaborativos con Participación Digital

Cada vez más, antropólogos y miembros de comunidades trabajan con medios digitales para profundizar sus interacciones, utilizando desde materiales históricos digitalizados hasta el diseño y desarrollo de juegos, con el fin de fundamentar proyectos académicos y comunitarios. Las tecnologías digitales ofrecen un mundo de posibilidades para apoyar la repatriación virtual de objetos etnográficos y productos de la investigación académica a sus lugares de origen, revelando la riqueza de detalles etnográficos que estos objetos y materiales conservan para las comunidades contemporáneas. Este panel discute proyectos colaborativos con Pueblos Indígenas, considerando tanto los potenciales como los riesgos de trabajar con medios digitales, así como las cuestiones epistemológicas que surgen al colaborar a través de foros digitales. Se abordan preguntas tales como: ¿Cuáles son las limitaciones, tanto innatas como elegidas, relacionadas con qué y cómo trabajamos con los miembros de la comunidad y los materiales digitales? ¿De qué manera los proyectos mediáticos digitales refuerzan o transforman las dinámicas de poder en la investigación colaborativa? ¿Qué técnicas ponen en práctica antropólogos y académicos para definir sus roles y tomar decisiones estratégicas sobre la creación de espacios que no controlan? ¿Cuáles son las negativas de la comunidad y cuáles son nuestras propias negativas dentro de estos proyectos? ¿Cómo influyen el lenguaje, la voz y la imagen en nuestro trabajo digital, así como en nuestras audiencias (reales o imaginadas)? ¿Dónde y cómo surgen las cuestiones de justicia en este trabajo y cuáles son las estrategias prácticas para abordarlas? Los panelistas buscan promover y avanzar en los debates sobre la devolución digital y las contribuciones que la Antropología hace a estos procesos, que son diversos y diferentes de lo que se denomina “repatriación”.

Procesos Comunitarios en Proyectos Antropológicos Colaborativos con Participación Digital

Cada vez mais, antropólogos e membros de comunidades têm recorrido às mídias digitais para aprofundar suas interações, utilizando desde materiais históricos digitalizados até design e desenvolvimento de jogos, como base para projetos acadêmicos e comunitários. As tecnologias digitais oferecem um universo de possibilidades para apoiar a repatriação virtual de objetos etnográficos e produtos da pesquisa científica aos seus locais de origem, revelando a riqueza de detalhes etnográficos que esses objetos e materiais guardam para as comunidades contemporâneas. Este painel discute projetos colaborativos com Povos Indígenas, refletindo sobre os potenciais e riscos do uso das mídias digitais, bem como as questões epistemológicas suscitadas ao se trabalhar conjuntamente por meio de fóruns digitais. Abordamos questões como: Quais são as limitações — inerentes ou deliberadamente escolhidas — em relação ao que e como trabalhamos com membros da comunidade e materiais digitais? De que forma projetos mediados digitalmente reforçam ou transformam as dinâmicas de poder na pesquisa colaborativa? Que técnicas antropólogos e estudiosos colocam em prática para delimitar seus papéis e fazer escolhas estratégicas na criação de espaços que não controlam? Quais são as recusas da comunidade e quais são as nossas próprias recusas nesses projetos? Como a linguagem, a voz e a imagem moldam nosso trabalho digital, assim como nossos públicos (imaginados)? Onde e de que maneira emergem questões de justiça nesse contexto, e quais são as estratégias práticas para enfrentá-las? Os painelistas buscam fomentar e aprofundar os debates sobre o retorno digital e as contribuições da Antropologia para esses processos, que são diversos e se distinguem do que comumente se denomina “repatriação.”

Community Processes in Collaborative Digitally Engaged Anthropological Projects 

Increasingly, anthropologists and community members are working with digital media to deepen their interactions, drawing on everything from digitized historical materials to game design and development to ground scholarly and community projects. Digital technologies offer a world of possibilities for supporting the virtual repatriation of ethnographic objects and products of scholarly research to their places of origin, revealing the wealth of ethnographic detail these objects and materials hold for contemporary communities. This panel discusses collaborative projects with Indigenous Peoples, considering the potentials and risks of working with digital media as well as epistemological questions posed by working together through digital forums. We address questions such as: What are the constraints, both innate and chosen, related to what and how we work with community members and digital materials? How do digitally mediated projects reinforce or transform power dynamics of collaborative research? What techniques do anthropologists and scholars put into practice to delineate our roles and make strategic choices about creating spaces that we do not control? What are the community’s refusals and what are our own refusals within these projects? How do language, voice and image shape our digital work as well as our (imagined) audiences? Where and how do questions of justice arise in this work and what are the practical strategies for engaging with these questions and goals? Panelists seek to promote and advance debates about digital return and the contributions that Anthropology makes to these processes, which are diverse and distinct from what is called “repatriation.”


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1. Ancestrais Aprisionados, Memórias Silenciadas em Vitrines: Notas sobre a Musealização de Objetos Etnográficos do Alto Rio Negro

Domingos Barreto Tukano

Maximiliano Menezes Tukano

Renato Athias

Gostaríamos de destacar elementos significativos obtidos durante um encontro em Iauaretê, em 2003, no estado do Amazonas, Brasil. Este encontro, focado na discussão de conhecimentos tradicionais, proporcionou uma ampla compreensão sobre objetos pertencentes aos povos desta região, atualmente preservados em museus e coletados ao longo de muitos anos. Esses elementos forneceram subsídios para a compreensão da epistemologia dos povos locais, bem como de suas relações com seres humanos e não humanos. Nossos apontamentos e observações, por outro lado, visam refletir sobre as diversas possibilidades de restituição e repatriação do vasto acervo de memórias guardado em instituições museológicas. Então, repatriar esses objetos para seus locais de origem seria a ação mais urgente a ser tomada? Ou tal medida poderia intensificar o trauma profundo e coletivo que se iniciou na região quando missionários incendiaram casas comunais. O objetivo, acima de tudo, é alcançar uma gestão verdadeiramente compartilhada desses acervos. Portanto, é necessário também discutir uma medida reparadora, na forma de um protocolo de gestão compartilhada entre associações indígenas e instituições museológicas que expõem esses objetos. Tal iniciativa permitiria contar a verdadeira história desses ancestrais, enfatizando a importância da memória coletiva e transmitindo às gerações atuais o testemunho da intolerância enfrentada por esses povos.

2. Un proyecto colaborativo de diccionario digital yurakaré-castellano en el marco descolonial boliviano      

Germán Maldonado Maito

Vincent Hirtzel           

El Estado Plurinacional de Bolivia cuenta, desde 2010, con 36 Institutos de Lenguas y Culturas dedicados a valorizar las culturas y lenguas nativas reconocidas por la Constitución. Estos institutos están integrados por técnicos e investigadores nativos asalariados, responsables de promover sus idiomas y culturas, así como de producir materiales didácticos para la educación intercultural bilingüe. Este marco institucional facilita nuevas formas de colaboración con investigadores y académicos, lingüistas o antropólogos, nacionales y extranjeros, en el contexto de una agenda «descolonizadora» alineada con las reformas constitucionales bolivianas. Esta ponencia aborda el proyecto dik@ré, que busca transferir una base de datos léxica digital de la lengua yurakaré, al Instituto de Lengua y Cultura Yurakaré en tal contexto. Desde perspectivas dialogadas, se reflexiona sobre las expectativas mutuas y las oportunidades y desafíos que este tipo de colaboración representa.  

3. Giving Indigenous communities access to digital archives. Watau: a challenging collaborative experience with the Wayana in French Guiana  

Aimawale Opoya

Philippe Erikson

Digitalized and born-digital collections about endangered languages are often hidden within digital platforms that are cryptic to the non-initiated, and hence to the source communities directly concerned by the collections. This talk will open discussion on this issue and the ensuing dilemma of having to opt for either large powerful platforms or more ad hoc, native-user friendly ones. We will focus on the collaborative experience of creating, with a group of Wayana and Apalai intellectuals from French Guiana, a digital platform, watau.fr, that attempts to meet their demand for access to linguistic, ethnographic, and ethno-musical collections about them, in a linguistically and culturally appropriate way. A platform that would also allow for the requalification, correction and enrichment of old collections, and the addition of new digital material. We will discuss some of the intrinsic difficulties that appeared along the way, from the double perspective of both indigenous and academic actors. 

4. Tejiendo Colaboraciones para Investigaciones Digitales y Archivos  

Julie Velásquez Runk

Doris Cheucarama Membache

Por más que veinte años nosotros (Wounaan Podpa Nʌm Pömaam, la Fundación para el Desarrollo del Pueblo Wounaan y Julia Velásquez Runk) han co-laborado en proyectos digitales sobre las relaciones wounaan-ambiente como justicia epistémica y autodeterminación.  Los proyectos colaborativos incluyen mapeo y analices de sensoramiento remote, digitalizando, transcribiendo y archivando 60 años de cuentos ancestrales wounaan, un libro de cuento ilustrado en imprenta y digital audio, y rematriando videos, cuentos, objetos, y notas de campo parcialmente a través de un archive digital.  Aquí resumimos brevemente los procesos del co-labor basado en consenso y enfoque en los beneficios y las restricciones.  Prestamos atención particular en como la amplia disponibilidad de celulares inteligentes y computadores en Panamá ha cambiado como trabajamos juntos, mientras que continuemos a ser desafiado por la ausencia de archivos estables para soberanía indígena de datos.  Concluimos con sugerencias para labor redistributiva y restaurativa.   


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

5. Acervo Online Xikrín do Cateté – Perspectivas antropológica

Isabelle Vidal

Esta apresentação traz reflexões de uma antropóloga sobre a Coleção Xikrin do Cateté. Esta plataforma. A plataforma nasce como um dos resultados do Projeto Memória Xikrín do Cateté, que se iniciou em 2019 a partir do desejo de alguns anciões Xikrín de “rever as coisas do passado”, de olhar para as fotos, músicas e falas antigas reunidas entre as décadas de 1960 e 2000. Com o objetivo de contribuir para a valorização dos conhecimentos tradicionais Xikrín, foram realizadas conversas e oficinas para ver e falar sobre esses arquivos. O trabalho de documentação do acervo realizado pelos jovens em interlocução com os anciãos resultou no Acervo Xikrín do Cateté, que está sob guarda do Instituto Indígena Botiê Xikrín, e tem a intenção de possibilitar o acesso do povo Xikrín a esse material, num movimento de relembrar (para os mais velhos) e conhecer (para os mais jovens) o passado, recuperando e rearticulando a memória ritual e cotidiana dos Xikrín.

6. Acervo online Xikrín do Cateté – Perspectivas indígena

Bekroiti Xikrín            

Esta apresentação oferece perspectivas indígenas locais sobre a plataforma Acervo Xikrin do Cateté. Essa plataforma nasce como um dos resultados do Projeto Memória Xikrín do Cateté, que se iniciou em 2019 a partir do desejo de alguns anciões Xikrín de “rever as coisas do passado”, de olhar para as fotos, ouvir músicas e falas antigas reunidas entre as décadas de 1960 e 2000. Com o objetivo de contribuir para a valorização dos conhecimentos tradicionais Xikrín, foram realizadas conversas e oficinas para ver e falar sobre esses arquivos. O trabalho de documentação do acervo realizado pelos jovens em interlocução com os anciãos resultou no Acervo Xikrín do Cateté, que está sob guarda do Instituto Indígena Botiê Xikrín, e tem a intenção de possibilitar o acesso do povo Xikrín a esse material, num movimento de relembrar (para os mais velhos) e conhecer (para os mais jovens) o passado, recuperando e rearticulando a memória ritual e cotidiana dos Xikrín.  

7. Engajamento e Recusas: Colaboração Digital com os A’uwê (Xavante) no Projeto Digital Rowasu’u

Rosanna Dent

Laura R. Graham

Esta apresentação examina os desafios e as polêmicas que nós, pesquisadores não A’uwê, enfrentamos no desenvolvimento do Rowasu’u, uma coleção digital em constante evolução, construída colaborativamente com membros de seis comunidades A’uwê na Terra Indígena Pimentel Barbosa, no Brasil Central. O Rowasu’u busca devolver digitalmente os produtos de pesquisas acadêmicas — fotografias, gravações de áudio e publicações — às comunidades que eles documentam. Discutimos nossos esforços para agir com transparência e responsabilidade diante dos processos sociais e políticos que envolvem o projeto. Isso inclui a maneira como compreendemos e respeitamos diferentes formas de recusa comunitária, bem como nossas próprias escolhas e recusas. Ao enfocarmos práticas de limitação e os processos pelos quais aprendemos a respeitar esses limites, refletimos sobre a construção de um projeto que priorize, acima de tudo, os desejos e as necessidades das comunidades 

8. Políticas e Práticas: Colaboração digital com pesquisadores warazú (não A’uwê) no Projeto Digital Rowasu’u

Jurandir Siridiwẽ Xavante

Hanndal Siwari Xavante

Esta apresentação discute as perspectivas e experiências comunitárias no âmbito da colaboração digital Rowasu’u. Compartilhamos nossa concepção, evolução e compreensão do projeto, incluindo a forma como organizamos a supervisão e a participação de nossos colaboradores dos EUA e do Brasil (warazú). Refletimos também sobre como os vínculos de parentesco, as obrigações recíprocas e organizacionais, o gênero, a idade e as habilidades linguísticas influenciam nossas decisões no desenvolvimento do projeto. Como uma colaboração entre seis comunidades, o projeto levanta diversas questões sobre as relações inter e intracomunitárias, e discutimos como temos lidado com essas dinâmicas. Expomos os desafios e as oportunidades que o projeto apresenta para o dahöimanaze (cultura/tradição/memória), bem como nossa compreensão sobre o saber, o bem viver e o ser “visto/conhecido” por nós mesmos e pelos outros.


SESIÓN / SESSION 3

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

9. Discussion / discusión / discussão

Matthias Lewy

Tito Merino Gayas

Natalia Buitron

Sala / room:  F3010

Organizadores / organizers

Elena Alvarez

Christine Hunefeldt

Discussant

Stefano Varese

Políticas e investigación en la Amazonía: Desafíos y oportunidades

Durante siglos, los Pueblos Indígenas han prosperado en las diversas regiones ecológicas amazónicas, coproduciendo en una amplia variedad de paisajes y viviendo en una relación respetuosa con la naturaleza. Sin embargo, en las últimas décadas (si no siglos), los ataques contra las comunidades han aumentado en toda la cuenca amazónica. La expansión agrícola, la tala ilegal y la minería, junto con el narcotráfico, han impulsado la expansión de economías problemáticas y el asesinato de indígenas que defienden sus territorios y recursos. La falta de apoyo gubernamental efectivo ha llevado a defensores, sus organizaciones y comunidades a proponer estrategias comunitarias y medidas innovadoras para proteger lo que el mundo reconoce como un bioma crítico. En el caso de Perú, la deforestación, la degradación forestal y otras actividades de cambio en el uso del suelo contribuyen a más de la mitad de las emisiones de gases de efecto invernadero del país y amenazan su economía. Los esfuerzos para reducir la deforestación y la degradación forestal en la Amazonia son fundamentales para regular el carbono global y el clima. Perú es altamente susceptible a desastres naturales relacionados con el clima, incluidos inundaciones, sequías y deslizamientos de tierra. En este panel se discutirán los desarrollos en políticas para enfrentar la deforestación, el cambio climático, las actividades ilícitas y la producción agrícola, como en el caso de la coca y el cacao; los ponentes abordarán también la evolución de las políticas públicas y su efectividad; además, se analizarán políticas orientadas a la defensa de territorios comunes y al fortalecimiento de algunas dimensiones de la acción ambiental de los Pueblos Indígenas. La cuenca amazónica y su gente merecen mucho más. ¿Es esto factible o simplemente un deseo utópico?

Política e Pesquisa na Amazônia: Desafios e Oportunidades

Durante séculos, os povos indígenas prosperaram nas diversas regiões ecológicas da Amazônia, coproduzindo em uma gama diversificada de paisagens e vivendo em uma relação respeitosa com a natureza. Nas últimas décadas (senão séculos), no entanto, os ataques contra comunidades aumentaram em toda a bacia amazônica. A expansão agrícola, a extração ilegal de madeira e a mineração, juntamente com o tráfico de drogas, levaram à expansão de economias problemáticas e ao assassinato de povos indígenas que defendiam seus territórios e recursos. O apoio governamental ineficaz levou os defensores, suas organizações e comunidades a propor estratégias comunitárias e medidas inovadoras para proteger o que o mundo vê como um bioma crítico. No caso do Peru, o desmatamento, a degradação florestal e outras atividades florestais e de mudança no uso da terra contribuem para mais da metade das emissões de gases de efeito estufa do Peru e ameaçam a economia do país. Os esforços para reduzir o desmatamento e a degradação florestal na floresta amazônica são cruciais para regular o carbono e o clima globais. O Peru é altamente suscetível a desastres naturais relacionados ao clima, incluindo inundações, secas e deslizamentos de terra. Aqui, discutiremos os desenvolvimentos de políticas para lidar com o desmatamento, as mudanças climáticas, as atividades ilícitas e a produção agrícola, como no caso da coca e do cacau; os apresentadores também abordarão a evolução das políticas públicas e sua eficácia; além de políticas voltadas para a defesa de territórios comuns e o fortalecimento de algumas dimensões da ação ambiental dos povos indígenas. A Amazônia e seus povos merecem muito mais. Isso é viável ou apenas uma ilusão?

Policy and Research in Amazonia: Challenges and Opportunities

For centuries, Indigenous Peoples have thrived in the Amazonian varied ecological regions, co-producing in a diverse range of landscapes and living in a respectful relationship with nature. In the last decades (if not centuries), however, attacks against communities have increased throughout the Amazon basin.  Agricultural expansion, illegal logging, and mining, together with drug trafficking, have led to the expansion of problematic economies and the murder of indigenous peoples defending their territories and resources. Ineffective governmental support has led defenders, their organizations, and communities to propose communitarian strategies and innovative measures to protect what the world sees as a critical biome. In the case of Peru, deforestation, forest degradation, and other forest and land-use change activities contribute to over half of Peru’s greenhouse gas emissions and threaten the country’s economy. Efforts to reduce deforestation and forest degradation in the Amazon rainforest are critical to regulating global carbon and climate. Peru is highly susceptible to climate-related natural disasters, including floods, droughts, landslides. Herein we will discuss the policy developments to deal with deforestation, climate change, illicit activities, and agricultural production, as in the case of coca and cacao; presenters will also deal with the evolution of public policies and its effectiveness; also, policies geared toward the defense of common territories and enhance some dimensions of Indigenous Peoples’ environmental action. The Amazon basin and its people deserve much better. Is this feasible or wishful thinking?


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1. Changes and Continuities in the Andean-Amazonian Corridors

Christine Hunefeldt

The more roads are built, the more rivers are navigated, and the more damage is inflicted on the environment and indigenous populations, the more evidence of the existence of ancestral human settlements we find and the more corridors between the Atlantic coast and the Pacific coast are detected and excavated. These pre-Columbian points of contact were almost set aside as a result of the demographic debacle in the framework of the Portuguese and Spanish advance until well into the nineteenth century and even into the twentieth century. The archaeological findings, in addition to the linguistic variations themselves, demand a re-interpretation of the colonial and republican “phenomenon”. This is what I propose as a collective reflection.

2. Amazonian Autonomous Territorial Governments, Opportunities to Strengthen Forest Conservation from the Right to Self-Determination in Peru

Diego Saavedra

The Amazon basin is a key territory to address the climate crisis. Historically, different efforts have focused on conserving its forests and biodiversity through the creation of protected natural areas (PNAs). Currently, it is urgent to strengthen the protection of the Amazon against threats such as deforestation and illegal activities linked to it. In this context, the increase in autonomous territorial governments in the Amazon, as political subjects with broad territorial control, means addressing the question of what is their role in conservation? From their actions to address illegal economies, to their commitment to conservation as a means of subsistence, these experiences raise elements to rethink conservation where, in addition to the PNAs, the territories under indigenous control are also spaces for conservation. Initiatives such as indigenous ecological areas or indigenous conservation corridors are alternatives that can strengthen the protection of the Amazon.

3. Illicit agriculture, the environment, and misgovernment in the Amazon of Peru

Elena Alvarez

Coca production for the manufacturing of illegal cocaine represents a significant part of the country’s economy, with estimates placing it at around 2% of GDP in 2024. Illicit crops are only a fraction of the illegal activities taking place in the Amazon of Peru and affecting the environment in producing areas. It is also likely that drug trafficking is funding some of the other illegal activities. Drug trafficking causes deforestation, soil, air, and water pollution. Although the government carries out a series of alternative development programs to replace illicit crops, these programs have not been truly sustainable, and other activities such as illegal mining and logging reinforce the strength of the illegal sector in the Peruvian Amazon. This presentation will show that government policies are not only weak, but in many cases create the conditions to continue deforesting and degrading the environment. Field visits indicate negative effects on fish size, water problems, and soil degradation. The government is in the Amazon and is often part of the problem rather than the solution. The presentation uses the framework of the sustainable development paradigm, the captured state as presented by Durand, and the Alegalities defined by Gudynas.


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

4. Coca Leaf Policies in Peru. A Historical Journey

Jaime Escobedo

The beginnings of coca in Peru can be traced back to pre-Hispanic times. Over the centuries, different uses of this plant have been identified, which are not limited to its economic uses, as a currency, local merchandise or source of income for the payment of tributes, but also includes its medicinal, spiritual and cultural uses. The popularization of coca cultivation dates back to colonial times. Until the beginning of the twentieth century, local demand or public policies for the expansion of the international coca market contributed to the flourishing of the coca sector in Peru. With the inclusion of coca in the list of substances controlled by the Single Convention of 1961, the path of eradicating its cultivation and its multiple uses in Peru was undertaken, although the weight of demand explains the limited success of public policies in this field.

5. ¿Por qué es urgente mejorar las capacidades estatales de las agencias “forestales” en la Amazonia?

Amalia Cuba Salerno

Los vastos recursos naturales en la Amazonia siguen constituyendo todo un desafío para el estado, no es suficiente tenerlos y contar con un valiosísimo patrimonio natural si no logramos insertarlos positivamente a favor del bienestar de la población y del desarrollo nacional.

Pese a los avances en normatividad y la creación de instituciones públicas importantes de corte promotor, supervisor y regulador, como SERFOR, SERNANP, Autoridades Regionales, las amenazas y efectos nocivos en la biodiversidad por la deforestación y diversos delitos ambientales, siguen vigentes, cambiando intensivamente el uso de la tierra y generando severos delitos ambientales. ¿Cuál es el accionar del estado en los territorios amazónicos? ¿Cómo actúan sus instituciones? Una agenda abierta.

6. Land Scarcity in Indigenous Territories of the Peruvian Amazon

Ana Araujo

Emerging resource sustainability challenges increasingly impact Indigenous communities in Amazonia. Despite significant progress in securing land rights and the critical role Indigenous territories play in preserving forest cover, issues such as wildlife depletion, forest impoverishment, and land scarcity have been documented in specific settlements. The prospect of land scarcity is particularly concerning, as research suggests it may lead to problematic land system transitions, jeopardizing traditional Indigenous land management practices that have sustained anthropic forest landscapes in the Amazon. This paper examines factors and processes associated with rising land scarcity among Indigenous territories in the Peruvian Amazon. Results reveal the critical role of territorial enclosure in producing land scarcity, framing it as an issue of Indigenous land rights rather than land management. This study contributes to our understanding of resource sustainability challenges faced by Amazonian Indigenous communities and highlights the importance of addressing land rights to maintain effective forest conservation practices. 


SESIÓN / SESSION 3

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

7. Violencias pasadas y presentes: Autodefensa territorial asháninka y narcotráfico

Carlos Quispe Davila

Case study in the upper part of the Ene River basin, or the VRAEM, which is associated with illicit crops, drug planes and terrorism. However, the dominant narratives lose sight of how the violence of the 1980s and 2000s has reconfigured the local dynamics of the Asháninka communities, who currently face new threats related to the advance of illicit economies on their territories, which together with the state’s apathy are part of a “past that does not pass”.  because they remind us that their future is conditioned with impacts that are already notorious, from expressions such as “there is no longer shimaa or sajino as before the kityonkari (Shining Path)” to “I am not going there. There are the uncles (remnants of Sendero linked to drug trafficking).” His thing is a past that does not pass.

8. From Community early Warning Systems to Indigenous Territories

Cesar Gamboa Balbin

The threats to the communities that inhabit the Amazon forests are increasing, especially illegal mining, drug trafficking and organized crime have expanded into protected areas and even into indigenous community lands. Faced with this, these communities have designed and implemented autonomous mechanisms to protect their communal lands, however, they have had to include broader coordination mechanisms, involving a group of communities from each river basin. This internal reflection and need for more effective protection implied an important element for the construction of indigenous territories, which would be a way of building their collective memory with the forests, but also to preserve their world, their culture and their forests. The paper presents this transition from building communal mechanisms to a much broader and more comprehensive one for indigenous territory.

9. Una comunidad finlandesa en los trópicos: la pequeña Finlandia en Río de Janeiro

Alexandre Belmonte

Este trabajo presenta una etnografía histórica e interpretativa de la comunidad finlandesa establecida en la localidad de Penedo, al sur del estado de Río de Janeiro, Brasil. Fundada en 1929 por un grupo de inmigrantes provenientes de Finlandia, bajo el liderazgo de Toivo Uuskallio, la colonia fue concebida como un experimento espiritualista y agrario, guiado por ideales de vida sencilla, vegetarianismo, pureza moral y comunión con la naturaleza. A lo largo del siglo XX, este enclave nórdico en medio a la selva tropical se transformó en un territorio simbólicamente ambivalente: de proyecto utópico-religioso a destino turístico tematizado como “Pequeña Finlandia”, marcado por una estetización folclórica de la cultura finlandesa. La investigación, basada en trabajo de campo, entrevistas con descendientes y análise de fuentes documentales, busca comprender cómo se negocian las nociones de identidad, pertenencia y memoria en un contexto tropical y poscolonial. Se examinan las tensiones entre preservación cultural y reinvención performática – incluso de la naturelaza, con plantación de árboles de climas templados, así como los modos en que la “finlandesidad” es reconfigurada desde el sur global. Este estudio contribuye a los debates sobre diásporas, patrimonios inmigrantes y formas contemporáneas de reinscripción simbólica de comunidades desplazadas.

10. Discussion / discusión / discussão

Stefano Varese

Sala / room: U3039

Organizadores / organizers

Elena Perino

Raphaël Preux

Devolver una voz a los archivos. Silencios históricos y restitución en las tierras bajas de la América del Sur 

La producción de archivos es una etapa esencial en la economía del conocimiento etnográfico. Es un testimonio de la autenticidad de la experiencia del investigador, una representación metonímica de una cultura para uso de un público no nativo y un material de investigación. Pero ¿cómo dan sentido a esta producción las personas documentadas en estos archivos? Este panel propone reflexionar sobre esta cuestión a partir de las recientes investigaciones realizadas en las tierras bajas de la América del Sur, que han producido nuevos archivos o han iniciado procesos de digitalización o restitución de archivos existentes. Nuestro objetivo es reunir a investigadores que hayan trabajado con personas de las sociedades indígenas, para poner en común nuestras reflexiones sobre estos temas generales: ¿Qué tienen que decir nuestros interlocutores sobre los archivos que los conciernen? ¿De qué manera sus palabras revelan historias silenciadas, cuestionan el conocimiento etnográfico o critican sus premisas? ¿Cómo documentan estas experiencias y testimonios la relación de nuestros entrevistados con el pasado, el cambio social, la investigación académica, o el patrimonio? ¿Cómo ponen de relieve las prácticas de restitución las modalidades de poder dentro de estas sociedades? ¿Qué medios podemos poner en común para garantizar que las prácticas de restitución ayuden a documentar o hacer emerger las narraciones autóctonas o a delegar el futuro de estos archivos a nuestros interlocutores?

Devolvendo uma voz aos arquivos. Silêncios históricos e restituição nas terras baixas da América do Sul

A produção de arquivos é uma etapa essencial na economia do conhecimento etnográfico. É um testemunho da autenticidade da experiência do pesquisador, uma representação metonímica de uma cultura para uso por um público não nativo e material de pesquisa. Mas como as pessoas documentadas nesses arquivos dão sentido a essa produção? Este painel propõe refletir sobre esta questão a partir de pesquisas recentes realizadas nas terras baixas da América do Sul, que produziram novos arquivos ou iniciaram processos de digitalização ou restituição de arquivos existentes. Nosso objetivo é reunir pesquisadores que trabalharam com pessoas de sociedades indígenas para compartilhar nossas reflexões sobre estes temas gerais: O que nossos interlocutores têm a dizer sobre os arquivos que os preocupam? De que maneiras suas palavras revelam histórias silenciadas, questionam o conhecimento etnográfico ou criticam suas premissas? Como essas experiências e testemunhos documentam a relação dos nossos entrevistados com o passado, a mudança social, a pesquisa acadêmica ou a herança? Como as práticas de restituição destacam as modalidades de poder dentro dessas sociedades? Que ferramentas podemos reunir para garantir que as práticas de restituição ajudem a documentar ou trazer à tona narrativas indígenas, ou delegar o futuro desses arquivos aos nossos interlocutores?

Returning a Voice to the Archives: Historical Silences and Restitution in the Lowlands of South America

The production of archives is an essential stage in the ethnographic knowledge economy. It is a testament to the authenticity of the researcher’s experience, a metonymic representation of a culture for use by a non-native audience, and research material. But how do the people documented in these archives make sense of this production? This panel proposes reflecting on this question based on recent research conducted in the lowlands of South America, which has produced new archives or initiated processes of digitization or restitution of existing archives. Our goal is to bring together researchers who have worked with people from Indigenous societies to share our reflections on these general themes: What do our interlocutors have to say about the archives that concern them? In what ways do their words reveal silenced histories, question ethnographic knowledge, or critique its premises? How do these experiences and testimonies document our interviewees’ relationship to the past, social change, academic research, or heritage? How do restitution practices highlight the modalities of power within these societies? What tools can we pool to ensure that restitution practices help document or bring forth indigenous narratives, or delegate the future of these archives to our interlocutors?


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1. “Ha sido verdad lo que me contaron mis abuelos”. Fotografías de archivo de misiones católicas en la amazonia ecuatoriana, experiencias de reapropiación y resignificación entre los Kichwa y Shuar

Maria Fernanda Troya Gonzales

Presentaremos una reflexión en torno a varios corpus de imágenes fotográficas de archivo que provienen de la Misión Salesiana de Méndez y Gualaquiza y de la Misión Josefina del Napo, asentadas la primera desde fines del siglo XIX y la segunda desde la segunda década del siglo XX, en los territorios de los pueblos Shuar de Morona Santiago la primera y Kichwa del Napo la segunda. A través de experiencias de visionado de dichas imágenes con posibles descendientes de las personas fotografiadas, se desprende no solamente que las fotografías, producidas en condiciones de desigualdad y atravesadas por relaciones de poder, son resignificadas hoy en día en el marco de agendas de revalorización identitaria por parte de estos pueblos indígenas amazónicos, sino que ellas se convierten en “marcadores” que permiten contrastar el tiempo histórico y el tiempo mítico apuntalando una toma de conciencia histórica en las comunidades.

2. Failed Patrimonialisation  

Victor Cova

In 2017, my collaborator Efren Najamdey and myself initiated a patrimonialisation of the archives of the Evangelical mission to the Shuar in Macuma, Ecuador. The aim was to use the resources of the national archives and the Casa de la Cultura to digitalise and preserve missionary archives while leaving them under Shuar control before the departure of the last missionaries. This could then serve as the basis to also preserve the archives of other institutions initially connected to the mission and that now play an important role in Shuar social and political life: the association of Shuar Churches (AIESE), the Evangelical Shuar Federation (NASHE), the hydro-electric power station (Yantsa) and the local high-school (Collegio Antonio Samaniego). It could also form the basis of a local museum that would have focused on the complex social, political and religious life of the Shuar and challenged the primitivist gaze that currently prevails. After consulting with missionaries, state actors and Shuar leaders, the project stalled and ultimately failed. In this talk I will explore some of the structural and more circumstantial reasons why this project failed and reflect on the desirability and feasibility of creating archives in Amazonia beyond partial and occasional restitutions. 

3. La restitución digital y el archivo comunitario como lugares de reelaboración colectiva de la historia local. Posibilidades y desafíos de la apertura de los archivos en las políticas de memoria. 

Luis Vargas

Elena Perino

La ponencia se centrará en analizar las potencialidades y los retos de un proyecto comunitario en Pumpuentsa (Morona Santiago), en el que, a través de la recopilación de historias de vida y de las discusiones colectivas de documentos escritos y fotográfico del Archivo Histórico Salesiano de Quito, se está tratando de reconstruir las perspectivas Achuar sobre su contacto con la Misión Salesiana y la sociedad nacional ecuatoriana. El proyecto, permitiendo a las comunidades acceder a fuentes de archivo producidas sobre ellas, fomenta contra narrativas y procesos de reapropiación histórica, que se expresaron también en la voluntad de crear un “Archivo de la memoria Achuar” mediante la recuperación y la digitalización de material audiovisual y escrito recopilado o producido por antropólogos e historiadores. La ponencia pretende reflexionar sobre los procesos de elaboración de perspectivas locales (históricamente excluidas/silenciadas) sobre las fuentes y narrativas externas, las posibilidades de resignificación de estas y las implicaciones en la práctica etnográfica.

4. Los conflictos de tierra entre los colonos y los misioneros salesianos del Vicariato Apostólico de Méndez-Gualaquiza (Ecuador) a partir de la documentación del Archivo Histórico Salesiano de Quito

José Enrique Juncosa

A partir de los años 1930 en adelante, la misión salesiana del Vicariato Apostólico de Méndez entendió que la colonización que ella mismo alentó desde un inicio amenazaba los territorios de los Aents Chicham y promovió políticas públicas de tutelaje territorial. Además, desde los años 1960, plegaron a las políticas de la Federación de Centros Shuar de defensa y titulación de sus territorios. La ponencia rastrea en el Archivo Histórico Salesiano documentación (cartas, crónicas, artículos periodísticos…) para construir una visión diacrónica del conflicto de tierras entre los colonos y la misión cuyo mayor punto de tensión fue la quema intencional de la misión de Sucúa en 1969 e identificar las discusiones, tensiones, resoluciones, actores y agencias de esta nueva posición.


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

5. « No es tuyo para que te lo quedes ».  Cómo antropólogos pueden relacionarse con la crítica achuar de la economía política de los archívos.

Raphaël Preux

En Research is Ceremony (2008), S. Wilson desarrolló la idea de una metodología de investigación basada en la «responsabilidad relacional». Me encontré con una idea similar entre mis interlocutores achuar en el período previo a mi propia investigación doctoral, sobre todo a través de sus críticas al extractivismo académico. Los investigadores no nativos extraen conocimientos, canciones e historias. Esta critica me llevó a la cuestión de la restitución, ya sea de mis propios datos o de archivos antiguos. Mi objetivo es dar testimonio de esta crítica a la economía política de los archivos y presentar algunas de las experiencias que he puesto en marcha en colaboración con los achuar (autorizaciones, territorialización de los archivos, talleres de transmisión filmada, métodos de co-investigación, soportes digitales). También haré un repaso de los obstáculos y las perspectivas posibles, así como de los principios epistemológicos, ontológicos y axiológicos que deben hacernos pensar la restitución como una ceremonia. 

6. Ocultados, los silenciosos habitantes del Yasuní

Milagros Aguirre

En la selva ecuatoriana, en el parque Nacional Yasuní, habita un grupo (o varios) de personas a quienes llaman pueblos indígenas aislados. En realidad, prefiero llamarlos ocultados, pues el Estado ha hecho lo imposible por silenciar todo lo que tiene que ver con ellos: se dice ignorar cuál es su territorio y se imponen allí bloques petroleros argumentando que no existen, que nadie los ha visto, que no hay pruebas de su existencia. Pero las hay: un historial de muertes con lanzas lo prueban. Esas muertes también han sido ocultadas en su mayoría. Además, se ha ocultado su cercana presencia al mundo “de afuera”, ese que representa para ellos una amenaza pero que trae consigo muchas cosas que para su supervivencia son indispensables: ollas, cuchillos, machetes.

7. Imaginários coloniais e a presença Krenak na casa do Outro: 200 anos de desencontros (1820-2020)

Edson Krenak

Este artigo combina autoetnografia e análise histórica para examinar as continuidades do colonialismo na antropologia e na representação dos povos indígenas no espaço acadêmico europeu. A partir da experiência pessoal de um estudante Krenak de antropologia na Europa em 2023, o estudo revisita a presença dos Botocudos na Viena imperial da década de 1820, revelando como a exotização e o racismo estrutural persistem em diferentes contextos históricos. O conceito de “delírios coloniais” é utilizado para descrever as narrativas europeias que enquadram os indígenas dentro de uma lógica primitivista, enquanto “performances xamânicas” referem-se às expectativas projetadas sobre sujeitos indígenas no meio acadêmico e cultural ocidental. Ao analisar como essas construções operam no passado e no presente, o texto expõe as contradições entre o discurso científico europeu e a experiência vivida dos indígenas nesses espaços. A análise também aborda a história dos Botocudos levados à Europa no século XIX, destacando os mecanismos de captura, exibição e incorporação de seus corpos e objetos em coleções museológicas. Por fim, a pesquisa sugere que a antropologia, longe de ser um campo neutro, continua a ser um território de disputa epistemológica, no qual indígenas ressignificam e contestam sua própria representação.

Sala / room:  F4050

Organizadores / organizers

Fernanda Gallegos

Nehemías Pino

Felipe Roa

Stine Krøijer

World-Ending Silences: Anthropological Reflections on Disrupted Landscapes in Lowland South America 

In Silent Spring (1962), Rachel Carson brought public attention to the environmental damage caused by pesticides, illustrating how agricultural fields and natural landscapes were losing vitality, and how the world was becoming quieter due to excessive agrochemical use. Building on this, our panel explores the many forms of silence emerging from environmental disruptions and ecological apocalyptic scenarios in lowland South America. We consider both sudden, dramatic events—such as wildfires and floods—and slower ecological disasters, like species extinction, droughts, soil erosion, and landscape degradation where some voices, sounds, and noises are amplified, while others are silenced. Whose voices are lost? What stories remain untold? And which soundscapes have fallen silent? Drawing on ethnographic cases from Lowland South American communities, this panel opens a space to discuss how silence reveals itself in fieldwork. First, we invite papers that examine how silence can offer insights into silenced forms of dominance in environmental disruptions and end-of-the-world scenarios, both in lived experiences and within the political, ontological, and cosmological debates surrounding these events or processes. Second, we welcome reflections on our positionality as anthropologists, addressing the ethical and theoretical dilemmas and responsibilities that arise when we encounter silence. Finally, we encourage contributions on collaborative research and co-creation, questioning how we can amplify silenced perspectives while critically assessing our role in knowledge production. Together, these discussions aim to illuminate the complex ways in which power and silence are interwoven in ecological world-endings we currently inhabit.

Silencios del fin del mundo: Reflexiones Antropológicas sobre Paisajes Perturbados en las Tierras Bajas Sudamericanas

En Silent Spring (1962), Rachel Carson atrajo la atención pública hacia el daño ambiental causado por el uso de pesticidas, ilustrando cómo los campos agrícolas y los paisajes naturales perdían vitalidad, y cómo el mundo se volvía un entorno más silencioso debido al uso excesivo de agroquímicos. Partiendo de esta reflexión, nuestro panel explora las múltiples formas en que el silencio emerge a partir de las disrupciones ambientales y escenarios apocalípticos en las tierras bajas latinoamericanas. Nuestra aproximación considera tanto eventos repentinos y dramáticos —como incendios e inundaciones— como desastres ecológicos lentos, tales como la extinción de especies, las sequías, la erosión del suelo y la degradación de paisajes, donde algunas voces, sonidos y ruidos se amplifican, mientras otros son silenciados. Ante este contexto, nos preguntamos: ¿De quiénes son las voces que se pierden? ¿Qué historias permanecen sin ser contadas? ¿Y cuáles paisajes sonoros se han tornado silenciosos? Basándonos en casos etnográficos de comunidades en las tierras bajas sudamericanas, este panel abre un espacio para discutir cómo el silencio se revela durante el trabajo de campo. En primer lugar, invitamos contribuciones que examinen cómo el silencio puede ofrecer perspectivas sobre las formas sutiles de dominación en el contexto de disrupciones ambientales y escenarios apocalípticos, tanto a través de experiencias vívidas como dentro de debates políticos, ontológicos y cosmológicos en torno a estos eventos o procesos. En segundo lugar, damos la bienvenida a reflexiones acerca de nuestra posicionalidad como antropólogos, abordando los dilemas éticos y teóricos, así como las responsabilidades que emergen al confrontar el silencio. Por último, alentamos aportes que propongan ideas en torno a la investigación colaborativa y la cocreación, cuestionando cómo podemos amplificar perspectivas silenciadas a la vez que evaluamos nuestro rol en la producción de conocimiento. En conjunto, estas discusiones buscan iluminar las complejas formas en que el poder y el silencio se entrelazan en los fines del mundo ecológicos que habitamos hoy.

Silêncios no Fim do Mundo: Reflexões Antropológicas sobre Ambientes Perturbados nas Terras Baixas da América do Sul

Em Silent Spring (1962), Rachel Carson chamou a atenção do público para os danos ambientais causados pelo uso de pesticidas, ilustrando como os campos agrícolas e as paisagens naturais estavam perdendo vitalidade e como o mundo estava se tornando um ambiente mais silencioso devido ao uso excessivo de agroquímicos. Com base nessa reflexão, nosso painel explora as várias maneiras pelas quais o silêncio emerge de perturbações ambientais e cenários apocalípticos nas terras baixas da América Latina. Nossa abordagem leva em consideração tanto eventos repentinos e dramáticos—como incêndios e inundações—quanto desastres ecológicos lentos, como extinções de espécies, secas, erosão do solo e degradação da paisagem, em que algumas vozes, sons e ruídos são amplificados, enquanto outros são silenciados. Diante desse cenário, perguntamos: de quem são as vozes perdidas, cujas histórias permanecem não contadas e cujas paisagens sonoras se tornaram silenciosas? Reunindo casos etnográficos de comunidades das planícies sul-americanas, este painel abre um espaço para discutir como o silêncio se revela durante o trabalho de campo. Em primeiro lugar, convidamos contribuições que examinem como o silêncio pode oferecer percepções sobre formas sutis de dominação no contexto de perturbações ambientais e cenários de fim do mundo, tanto por meio de experiências vívidas quanto dentro dos debates políticos, ontológicos e cosmológicos que cercam esses eventos ou processos. Em segundo lugar, são bem-vindas as reflexões sobre nossa posição como antropólogos, abordando os dilemas éticos e teóricos e as responsabilidades que surgem quando nos deparamos com o silêncio. Por fim, incentivamos contribuições que proponham ideias sobre pesquisa colaborativa e cocriação, questionando como podemos ampliar perspectivas silenciadas e, ao mesmo tempo, avaliar nossa função na produção de conhecimento. Juntas, essas discussões buscam iluminar as formas complexas pelas quais o poder e o silêncio estão entrelaçados nas extremidades do mundo ecológico que habitamos hoje. 


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1. In the Eyes of the Satellites: Drought, Deforestation and Political Silences in Brazil

Stine Krøijer

Over the past decade, the use of remote sensing data has proliferated among public institutions and NGOs committed to curbing deforestation in the Amazon basin. Based on fieldwork at Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), I show how the visual analysis of satellite images is privileged, which renders the social relations on the ground unseen, despite attempts to the contrary. In public debates and institutional contexts, the visual data is translated into numbers of fires and hectares deforested, leading to explanations of drought, deforestation and dieback as consequences of the El Niño weather phenomenon. This generates political silence around human intentionalities, economic interests and power relations. The paper suggests that taking analytical point of departure in the silences is productive for understanding the political power dynamics in Brazil as the Amazonian tipping point unfolds.

2. Burning Rumors: Wildfire Survivors’ Narratives as Resistance to Silence in Chile

Fernanda Gallegos Gutiérrez

In recent decades, massive wildfires have erupted violently across Chile. Among these, two events stand out: the Santa Olga fire in 2017, which left more than 5,000 people homeless, and the Viña del Mar fire in 2024, which claimed over 120 lives. While official narratives portray these catastrophic events as unprecedented tragedies, they often fail to acknowledge how these wildfires are a consequence of disrupted landscapes, shaped by extensive deforestation, monoculture plantations, and poor land management. In contrast, affected communities frequently present a different account—one that assigns responsibility and blame, but is often silenced by the State. Drawing on fieldwork conducted in Santa Olga and Viña del Mar, this paper delves into the experiences and narratives of fire survivors. By examining the persistent rumors of intentionality behind the fires, I delve into the perlocutionary force of these discourses as a form of political resistance to the State’s imposed silence.

3. Silences in Good Faith? shifting power dynamics between Mennonites and campesino Indigenous Communities in the Bolivian Amazon

Felipe Roa Pilar

Confronted with land scarcity and environmental degradation in their former colonies, Old Mennonite families sought remote and forested areas in the Bolivian Amazon to establish new settlements. This territorial expansion alters not only the land they occupy but also affects neighboring areas, intersecting with the colonizing activities of highland Indigenous migrants from western Bolivia. Based on in-depth ethnography, this paper explores how Mennonite settler colonization drives agricultural expansion through “in good faith” agreements with campesino Indigenous highlanders, concerning issues such as deforestation, land trafficking, and leasing. Without effective state regulation, informal agreements thrive, fostering a political landscape where the boundaries between illegality and licit are often blurred. Following this, I explore the effects of ‘good faith’ agreements as a complex entanglement, where silence emerges as a dual phenomenon: ecologically, manifesting in diminished soundscapes resulting from disrupted ecosystems, and politically, exposing intertwined dynamics of unregulated land-use changes at the Amazonian frontier.

4. The 1960 Earthquake from the Panku: Silences and Art about Indigenous Perspectives on Catastrophes in Chile

Ignacio Gutiérrez

This presentation examines the intersection between indigenous perspectives on the 1960 earthquake and their exclusion from dominant narratives. Drawing on ethnographic work with Lake Budi’s Lafkenche communities and the artwork Perspectivismo, I explore how these perspectives intersect with the muting of the Panku—a rock in the sea that, for the communities of the area, is also a bull with agency over storms and earthquakes, and which stopped bellowing after 1960—representing a silencing of both human and non-human voices. Through the analysis of the immersive installation Perspectivismo, I aim to show how art can evoke and restore these voices, offering a pathway to reconnect with neglected histories and to amplify indigenous perspectives on catastrophic events, memory, and resilience.


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

5. The hidden struggle: human-non human entanglements in defence of the Colombian Andean-Amazon piedmont against green extractivism.

Valentina Lomanto

In 2018, the Canadian corporation Libero Copper started to reactivate a large-scale copper mining project aiming to extract copper and molybdenum in the mountains in the convergence of the eastern Andean cordillera and the northwestern Colombian amazon rainforest. Framed as part of the energy transition, this project is being pushed by the colombian government and met with strong resistance by a diverse fabric of indigenous and non-indigenous environmental defenders through a variety of hidden human-non human interactions. The project aims to disrupt the Yagé cultural complex, a pre-Hispanic network of exchange around shamanic knowledges and practices associated with entheogen plants that are foundational for the biocultural reproduction of local indigenous people. This presentation will be focused in exploring the ontological dimension of socioenvironmental conflicts, reflecting upon a key, yet invisible, dimension of the struggle to defend the Andean-Amazon against green extractivism. It will also reflect upon the challenges of researching and co-producing knowledge about environmental defence processes when agency is fluid, relational and shared between the human- non human actors.

6. Making Noise Through Law: Indigenous People’s Legal Battles Against a Power Plant in ‘French’ Guiana

Pierre Auzerau

In so-called ‘French’ Guiana, or Guyane, the Kali’na village of Atopo W+p+ fought for years against a hydrogen power plant being built on their land, before an out-of-court settlement was reached in August 2024. Based on ethnographic fieldwork conducted between 2023 and 2024 in Guyane and Western Europe, where I worked with various stakeholders to support Atopo W+p+’s resistance, my research focuses on Indigenous Peoples’ use of law in protecting their land. Since their rights are not recognised in France, the Kali’na of Atopo W+p+ had to navigate different normative frameworks, notably international human rights standards and French law, to fight against the project. This case study illustrates how the Kali’na’s use of law(s) can be understood as a form of noise, disrupting the silence surrounding their (legal) marginalisation and shifting the narrative from a purely environmental issue to one that is distinctly Indigenous.

7. A note on the green market’s entailments in the Upper Amazon Forest.

Nehemías Pino

Plant diversity, origin denomination, fair trade, and indigenous knowledge, among others, have become central to current programs and projects on bio-trade scenarios in the Amazonian Forest. Beyond the arguable economic benefits and the relevance of local participants in international platforms in the contemporary green commerce, there are some power relation silences that arise as part of a historical and contextual reflection on production among Indigenous territories and disputed spaces in the Amazonian forest. Based on the case of the bio-trade initiatives and multi-stakeholder platforms in the Ecuadorian Amazon, this presentation explores the social and historical elements that are present but not evident when commercial interactions are defined and established. In that regard, the aim of putting those elements together is to reflect on some of the political silences that the implementation of programs and projects on Indigenous biocommerce and Amazonian products had generated and the role of Social Scientists along those processes. 

8. Extractive relations, contested epistemologies and capitalist omissions in a valley of Southern Chile

Marcelo González Gálvez

In this presentation, I approach one ethnographic situation I attested while conducting fieldwork in Mapuche territory, aimed at understanding the relation between Mapuche population with timber companies in their homeland. A hematophagous monster silenced and forgotten for decades, who used to attack those who dared transgressing its space in the past, reappears associated with the local capitalist initiatives, which are catastrophically changing the environment since they established there. By breaking the silence about this monster’s existence, there is an exposition of the different interests and positions held by people in the valley. Thus, a political achievement turns into flagrant deceit, triggering a community conflict that mixes cosmopolitical and colonial implications. Silence breakage turns into a denunciation of capitalist hidden intentions, a possibility to condemn some local views as premodern, but, more importantly, a threshold towards the deep transformations elicited by timber economies in contemporary rural Mapuche lived worlds.

Sala / room: U4075

Organizadores / organizers

Ana Gabriela Salvador Irigoyen

Ana Maria Durán Calisto

Paulina Cepeda Pico

Jaime Paucar Cabrera

Discussant

Maria Clara Sharupi Jua

Planificación territorial en áreas ancestrales y protegidas ambientalmente en Ecuador

El crecimiento demográfico en territorios ancestrales o ambientalmente protegidos en Ecuador es continuo, acelerado e inequitativo. Las regulaciones basadas en poderes económicos y la especulación del suelo imponen normativas que no logran responder adecuadamente a las necesidades colectivas de las comunidades. La falta de consideración de las transmutaciones de diversas formas de vida en la planificación de territorios comunitarios promueve cada vez más su segregación. Enfoques colectivos en la planificación territorial permiten repensar nuestras formas de cohabitar el territorio, identificando y valorando prácticas originarias que benefician las necesidades intrínsecas del ser humano. Comprender términos y prácticas ancestrales como la ája (sistema policultural de los Shuar), la jea (vivienda colectiva) y el Sumak Kawsay (principio andino de vivir en armonía con la naturaleza) permite crear lineamientos territoriales comprensivos y holísticos, capaces de aplicar interconexiones y transformaciones complejas y enriquecedoras, incluyendo actores más que humanos. Los “Planes de Vida” utilizados en la Amazonía ecuatoriana, como instrumentos de planificación, renuevan la noción de la cultura del espacio, sus expresiones agroecológicas e incorporan procesos de migración internacional. Estos planes incluyen elementos propios como el territorio, la bioeconomía, la pluriversidad, la cosmovisión, la autonomía y gobierno, y las cuencas sagradas. Es imperante identificar herramientas que permitan contextualizar enfoques y metodologías para la planificación inclusiva y colaborativa, reconociendo las necesidades y acciones a corto y largo plazo.

Planejamento territorial em áreas ancestrais e ambientalmente protegidas do Equador

O crescimento demográfico em territórios ancestrais ou ambientalmente protegidos no Equador é contínuo, acelerado e desigual. As regulamentações baseadas nos poderes económicos e na especulação imobiliária impõem regulamentações que não respondem adequadamente às necessidades colectivas das comunidades. A falta de contemplação das transmutações das diversas formas de vida no planeamento dos territórios comunitários promove cada vez mais a sua segregação. As abordagens de construção coletiva no planeamento territorial permitem-nos repensar as nossas formas de conviver no território, identificando e valorizando práticas originais que beneficiam as necessidades intrínsecas do ser humano. A compreensão de termos e práticas ancestrais como o ája (sistema policultural Shuar), o jea (habitação colectiva) e o Sumak Kawsay (princípio andino de viver em harmonia com a natureza), permite-nos criar directrizes territoriais abrangentes e holísticas, capazes de aplicar interconexões e transformações complexas e enriquecedoras, incluindo mais do que atores humanos. Os “Planos de Vida” utilizados na Amazônia Equatoriana, como instrumentos de planejamento, renovam a noção de cultura do espaço, suas expressões agroecológicas e incorporam processos migratórios internacionais. Estes planos incluem elementos como Território, Bioeconomia, Pluriversidade, Visão Mundial, Autonomia e Governo e Bacias Sagradas. É imperativo identificar ferramentas para contextualizar abordagens e metodologias para um planeamento inclusivo e colaborativo, reconhecendo necessidades e ações de curto e longo prazo.

Territorial planning in ancestral and environmentally protected areas in Ecuador 

Demographic growth in ancestral or environmentally protected territories in Ecuador is continuous, accelerated and unequal. Regulations based mainly on economic power and land speculation impose regulations that fail to adequately respond to the community collective needs. The communal forms of life are being transmuted and the lack of understanding this phenomenon in the planning process, increases its segregation. Collective construction processes in territorial planning, allows us to rethink our ways to co-habit the territory, identifying and re-evaluating original practices, that benefit the intrinsic needs of human beings. Understanding ancestral terms and practices such as the ája (Shuar poly-cultural system), the jea (collective housing), and the Sumak kawsay “Life in harmony with nature” (term used by Indigenous cultures throughout the Andean region), allow us to create comprehensive and holistic territorial guidelines, that help apply complex and rich interconnections and transformations within societies, including more-than-human actors. The “Life Plans”, implemented in the Ecuadorian Amazon, renew the notion of space culture, agroecological expressions, and international migration processes. These plans include constituent elements such as the Territory, Bioeconomy, Pluri-diversity, Worldview, Autonomy and Governance, and the ¨Sacred Basins¨. Identifying our own planning processes is imperative through inclusive and collaborative approaches, allowing the creation of contextual sustainable planning tools and methodologies, recognizing short- and long-term needs and actions.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1. Territorial Planning of the Communes in the Metropolitan District of Quito

Ana Gabriela Salvador Irigoyen

Urban development in Quito is heterogeneous, both in urban and rural areas, based mainly on economic power and land speculation. The expansive urban growth is visible on poorly consolidated areas, rural ancestral communes and natural protected environments. Privatization of communal territories are prioritized. The lack of clear urban regulations in these communes causes conflict within their inhabitants and their disintegration. It is essential to develop short and long-term planning methods for communal territories, through collective construction processes, prioritizing their needs and actions. It is crucial to define sustainable urban expansion areas in relation to their demographic growth. The “Life Plans” implemented in Ecuador, include constituent elements such as the Territory, Bioeconomy, Pluri-diversity, Worldview, Autonomy and Governance, and the ¨Sacred Basins¨. Identifying planning tools that contextualize approaches and methodologies for inclusive and collaborative planning processes in communal territories is recommended.

2. The Communes and communities of Quito, and their autonomous government strategies. Case in La Toglla

Jaime Paucar Cabrera

Relationships between local communes and communities on the rural-urban border of the ilaló and Quito´s local government institution, is frequently in friction and dispute with respect to territorial management, land use and natural resources. Urban growth, mercantilism, and lack of clear legal frameworks influence directly their behavior. The presentation will analyze the Ilaló and the Toglla ancestral communes. The community councils and autonomous governments are constantly developing territorial strategies to organize, adapt and negotiate changing (mostly unfavorable) conditions. They desire to maintain and recover their socio-organizational, political and economic logics, articulated to various collective organizations. In the Ilaló territory, community economic practices coexist, building their own proposals, and managing their own resources, prioritizing their value and income for their families. The Community Organization and Territorial Planning Plan has become a community’s planning tool that collects the visions and aspirations of the community, contributing towards building a plurinational and intercultural nation.

3. Incoherent urban planning in cities classified as intermediate in Ecuador. Cases in Tena, Loja and Cuenca

Paulina Cepeda Pico

Since rise of capitalism, cities have been concentration centers of economy and population reproduction. They have formed networks based on functions that break with traditional urban rank-size hierarchy. In Latin America, urbanization presents a paradox: while demographic growth continues planning increases, but fail to adequately respond to particular needs. It results in accelerated and unequal urbanization, producing impacts and disconnection between urban development, population and nature. In Ecuador, intermediate cities like Cuenca, Loja and Tena face challenges. Although the national planning system imposes general norms, each city develops its own intra- and inter-urban dynamics: Cuenca is impacted by north-south international migration processes, Loja by its border proximity and Tena by its Amazonian condition and obsolescence due to oil activity. The central question is how the processes and logics of urban production, specific to each territory, affect planning and territorial order in intermediate cities, highlighting their role as regional connection nodes. 

4. Ája y jea: Living and Multi-situated Territories of Shuar Domesticity.

Ana Maria Durán Calisto

María Clara Sharupi Juá

During five years, a co-research reflects upon the transmutations of the various forms and lives acquired by the ája (Shuar polycultural system) and the jea (collective housing) has taken place, through series of meetings in various living territories. These two thinking and feeling entities live in various contexts named by Philippe Descola “the cultured jungle”. The cases presented are: the Macas-Huamboya colonization highway; Sucúa, a city with high presence of indigenous people; the capital city of Quito; and New Haven as an international city with Shuar communities. Some results will be shared, allowing us to initiate an outline for complex and rich interconnections and transformations of Shuar spaces at various scales and different contexts. How is the culture of Shuar space renewed in different environments, both in its tangible and intangible manifestations, and in its agroecological expressions? What ruptures and continuities are expressed in the various Shuar domesticities?

Sala / room: F4050

Organizadores / organizers

Natalia Buitron

Luiz Costa

Poseer a otros, construirse a uno mismo: Autonomía y dependencia en las tierras bajas de Sudamérica

Este panel examina la maestría y la autonomía como un nexo teórico crucial en la antropología de las tierras bajas sudamericanas. Si bien la maestría o el dominio han emergido como un operador cosmológico fundamental en la sociología amazónica, la autonomía se ha desarrollado a través de una genealogía teórica distinta, desde Clastres, pasando por Rivière, hasta Overing. Estudios recientes sobre magnificación, singularización y productividad revelan una dinámica intrigante: una identidad propia fortalecida requiere relaciones de maestría con otros, lo que sugiere que las personas autónomas deben poseer a otros, mientras que las personas dependientes son poseídas por otros; condiciones que frecuentemente coexisten en un mismo individuo. Exploramos la propuesta de que la autonomía amazónica podría entenderse mejor como “alteronomía”, donde los fundamentos de la personalidad no se constituyen por un individuo como “motor inmóvil”, sino a través de la interacción entre la sumisión de otros y la sumisión a otros, lo que da lugar a personas heterónomas que pueden exhibir mayor capacidad de liderazgo, toma de decisiones, producción y obtención de alimentos, poder chamánico y otros atributos. El panel invita a presentar ponencias que examinen la (no) complementariedad entre autonomía y maestría en diversos ámbitos: ¿son dos facetas de un mismo fenómeno, dinámicas que se excluyen mutuamente o etapas diferentes de un ciclo de desarrollo? Nos interesa especialmente cómo estas dinámicas se manifiestan en las relaciones de poder, la moral y la política intergrupal, en particular en los encuentros entre colectivos indígenas y figuras estatales. Recibimos con agrado análisis etnográficos y teóricos que exploren estos temas desde las perspectivas del parentesco, la historia, el chamanismo, la moral, el cambio social y la economía política.

Maestria sobre outros, construção de si: autonomia e dependência nas terras baixas da América do Sul

Este painel examina a propriedade e a autonomia como constituindo um nexo teórico crucial na antropologia das terras baixas da América do Sul. Embora a maestria tenha emergido como um operador cosmológico fundamental na sociológica amazônica, a autonomia se desenvolveu por meio de uma genealogia teórica distinta, de Clastres a Rivière e Overing. Estudos recentes sobre ampliação, singularização e produtividade revelam uma dinâmica intrigante: a individualidade aprimorada necessita de relações de maestria com outros, sugerindo que pessoas autônomas devem ser donas de outras, enquanto pessoas dependentes são possuídas por outras — condições que frequentemente coexistem dentro do mesmo indivíduo. Exploramos a proposição de que a autonomia amazônica pode ser melhor entendida como “alteronomia”, onde os fundamentos da pessoa são constituídos não pelo indivíduo como um “motor imóvel”, mas pela interação entre submissão de outros e submissão a outros, o que cria pessoas heterônomas que podem exibir maior capacidade de liderança, tomada de decisão, produção e aquisição de alimentos, poder xamânico e outros atributos. O painel convida à apresentação de trabalhos que examinem a (não)complementaridade da autonomia e da maestria em vários domínios: seriam estas duas facetas do mesmo fenômeno, dinâmicas que se negam mutuamente ou estágios diferentes em um ciclo de desenvolvimento? De particular interesse é como essas dinâmicas se manifestam nas relações de poder, moralidade e política intergrupal, especialmente em encontros entre coletivos indígenas e figuras estatais. Serão bem-vindas análises etnográficas e teóricas que explorem esses temas sob as lentes do parentesco, da história, do xamanismo, da moralidade, da mudança social e da economia política.

Owning Others, Making Selves: Autonomy and Dependency in Lowland South America

This panel examines ownership and autonomy as a crucial theoretical nexus in lowland South American anthropology. Whilst ownership or mastery has emerged as a fundamental cosmological operator in Amazonian socio-logics, autonomy has developed through a distinct theoretical genealogy, from Clastres through Rivière to Overing. Recent scholarship on magnification, singularisation, and productiveness reveals an intriguing dynamic: enhanced selfhood necessitates relations of ownership with others, suggesting that autonomous persons must be owners of others, while dependent persons are owned by others—conditions that frequently coexist within the same individual. We explore the proposition that Amazonian autonomy might better be understood as ‘alter-onomy’, where the foundations of personhood are constituted not by the individual as an ‘unmoved mover’ but through the interplay of submission of others and submission to others which creates heteronomous persons that may display greater capacity for leadership, decision-making, food production and procurement, shamanic power, and other attributes. The panel invites papers examining the (non)complementarity of autonomy and ownership across various domains: Are they two facets of the same phenomenon, mutually denying dynamics, or different stages in a developmental cycle? Of particular interest is how these dynamics manifest in relations of power, morality, and inter-group politics, especially in encounters between indigenous collectives and state-like figures. We welcome ethnographic and theoretical analyses exploring these themes through the lenses of kinship, history, shamanism, morality, social change, and political economy. 


SESIÓN / SESSION 1 

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. The freedom to leave: autonomy and dependency among the Warao of the Venezuelan-Guyanese borderland

Olivier Allard

Among the Venezuelan Warao, as elsewhere in lowland South America, most people have dependents (children, pets, spirits, followers, clients, etc.) and also depend on others. In such a context, autonomy represents the capacity to leave one’s boss or leader – but it generally implies following someone else or attracting one’s own following (which is typically how settlements used to be founded). Such dynamics may be understood as a native concept of autonomy, which does not imply self-ownership and is not the result of emancipation, but rather is based on the contingent, temporary or reversible character of relations of dependency. In the paper, I will attempt to explicate Warao views on the topic, showing how they represent a variation on common Amazonian ideas already well-explored by other anthropologists in recent years. The Warao concept of autonomy also enables us to recognize its ontological and moral limits, i.e., when subordination becomes coercive: pets and spirits do not have a leader or boss (aidamo) but rather an owner (arotu) which they are not free to leave; nonindigenous bosses were exploitative in the past because they claimed to literally own villages (as “amos de rancherías”), whereas today’s debts can be dodged; early 20th century missionaries enrolled native interns whose autonomy their denied, treating them as runaways when they left. Furthermore, dependency may also fail: Warao migrants to Guyana discovered that all land there already had an owner, so that the first to arrive could not become the leaders of those who followed. The freedom to leave indeed requires that the world has not been entirely settled or occupied yet. Different political concepts prevail in Guyana, where autonomy results from membership in Amerindian Villages, but Venezuelan Warao have so far been treated as mere guests. Their current predicament is that they neither have leaders nor are citizens, and are therefore deprived of autonomy from both a Warao and a Guyanese point of view.

2. Chiefs and sons-in-law: the misfortune of the Yanomami representative

Marcelo Moura

In the last two decades, relations between the Yanomami and the Brazilian state has pivoted around the acts of new subjects and forms of political representation, mainly through the creation of supralocal organizations and the role of their directors. From the perspective of a relational schema that connects representatives, the represented, and the targets of representation, I reflect on the dynamics of autonomy and mastery in the making of political representatives among the Yanomami. I highlight processes of magnification and control of young Yanomami leaders engaged in politics with non-indigenous people. I discuss the fact that the election of a new member-director of the Yanomami political organization called Hutukara Associação Yanomami, produces a hybrid son-in-law-in-chief type of figure. On the one hand, the representative is seen as a kind of ‘generalised son-in-law’ by those he represents, in light of the constraints that keep him dependent on the words and decisions of the real pata thëpë (chiefs), who produce the magnification of young elected officials and project them out as representatives. On the other hand, the election of a new director seeks to create in young and fresh-made leaders the quality of ‘superlative chiefs’, who must exert influence and power not over the Yanomami they represent, but towards the napëpë (non-indigenous) who must see them as powerful leaders. The thin line between these two facets and its proper equilibrium is the main source of the representative`s political efficacy and the main challenge to their legitimacy. In this regard, I draw out the implications of a Guyanese inflection to the model of the cosmological operators of mastery, one in which asymmetrical affinity provides the plane on which the different scales of political subjects can be conceived.

3. Emancipative Subordination : Exploring New Arts of Governing in the Peruvian Amazon (Wampis, Aent Chicham)

Paul Codjia

In the Peruvian Amazon, the Autonomous Territorial Government of the Wampis Nation was created in 2015 to claim political autonomy from the state and protect their territory from extractive companies. For this Aent Chicham group, being “autonomous”, ankan, is an ideal of both collective and personal achievement, meaning being freed from any dependence on the state or on another person. To attempt to achieve this ideal, Wampis people chose to set up a unique political entity, a nation, and a governmental form that led them to confront a paradox: to be autonomous, they establish a relation of dependency – one that evokes aspects of mastery – between governors and the governed. From this paradox emerge original arts of governing based on a relational dynamic that I propose to call emancipative subordination, echoing the principle of constitutive alterity (Erikson 1986). Its model can be found in the ancestral ritual of the arutam quest, which has been transformed into a ritual of governance.

4. A Bite of Ticuna: Reviving Recipes, Reinventing Autonomy, and Relating to Others

Youyi Xie

Autonomy lies at the heart of indigenous transformations, encompassing self-innovation, reciprocity, and interrelations with others (Escobar, 2018). In the Colombian Amazon, the Saberes y Sabores Ticuna women’s collective in the San Martín de Amacayacu Ticuna community reshapes these dynamics through the transformative process of reviving traditional recipes. Rooted in Ticuna cosmologies and mythologies, their practices—including Maloca cooking conferences, traditional food production and processing, seed exchange, minga (collective labor), and nature-based economic innovation—position them as pioneers and leaders within the community, custodians of ancestral knowledge, and participants in networks of mutual reliance. They navigate a paradoxical space, simultaneously exercising ownership over others through knowledge and experience while being shaped by dependencies rooted in kinship, social obligations, and engagements with NGOs, national institutions, and markets. This intricate entanglement also enables them to redefine the cultural logic and economic significance related to cooking in their own way. Drawing on participant observation, semi-structured interviews, focus groups, and cooking meetings, this study examines how Ticuna women continually redefine autonomy through self-production and the interplay of mastery and submission.


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5. Entre el extractivismo y la protección de bosque: relaciones de dominio en la Amazonía peruana

Laura Pérez Gil

Entre los Yaminawa de Raya (Amazonía peruana) la producción de sí y de otros genera relaciones de mutualidad y de dominio. Ser dueño (ihu) implica simultáneamente propiedad, control y/o responsabilidad de cuidado, pero puede conllevar también violencia. Exploro en este contexto la creación del Comité de Vigilancia por un organismo peruano de fiscalización forestal. Si las motivaciones del Estado derivan de una ideología medioambientalista, los integrantes de este comité en Raya operan aplicando una concepción de maestría análoga a la que describen respecto al chullachake, un no-humano dueño de los árboles. Participar del Comité implica revertir la lógica de la extracción maderera que ha promovido el individualismo y un sentimiento de dependencia. La crítica ética de los Yaminawa a la extracción maderera, efectivada en parte por medio del Comité, entrelaza la lógica de autonomía inherente a su modo de existencia e ideas sobre maestría.  

6. Historical transformation and political Autonomy in northern Amazon

Tomás Tancredi

Over the past 50 years, the Guiana Shield region has undergone significant historical transformations, shifting from autonomous political villages to highly interconnected interethnic organisations. On the Brazilian side, the Indigenous “movement” has established an active political network encompassing 10 ethnic groups across 35 Indigenous lands, primarily led by Wapichana and Macushi peoples. Decentralised political strategies, including cattle-based economies, Indigenous armed groups, and codified internal penal systems, have emerged as model responses to predatory extractivism, paramilitary forces, and state control. Despite its position of radical autonomy from the state, the movement made a pivotal decision in 2017 to engage with institutional politics, electing the first Indigenous woman to Brazil’s national parliament. This presentation will focus on analysing the process of collective decision-making in relation to “social reforms,” exploring how autonomy is mobilised as a core political value. It examines how autonomy endures despite ongoing transformations, while often clashing with representational politics and asymmetrical relationships with smaller Indigenous associations, which are frequently perceived as being dependent on white NGOs.

7. Following the Leaderless: Movement in Ache Ownership

Warren Thompson

Ache relations of ownership are often figured in spatial terms. This is less an owner’s ability to contain or encompass what is owned (Fausto 2012) than the capacity to inspire others to follow them along a trail (Levi-Strauss 1944). Those who are owned by others follow those others from camp to camp. Autonomy is similarly imagined in spatial terms. One achieves real personhood through certain kinds of relations (ownership chief among them) but one’s autonomy may also be asserted by refusing (actual) token relations of relational types like ownership. Autonomy thus involves moving with and against the owners. Between the insistence that the owned should follow their owner and critiques of individual owners as “owing badly” lies an idea that personal initiative, and the underdetermination of actors’ behavior by surrounding social conditions, lies at the heart of Ache hierarchy. I conclude by comparing spatial notions of ownership in other societies to reimagine Levi-Strauss’ discussion of hierarchy and movement in “The Social and Psychological Aspects of Chieftainship.”

8. Autonomy and aviamento: accounts of history in the Iriri River

Vinícius de Aguiar Furuie

Scholars of Amazonian riverside communities often ascribe a “peasant ethos” of autonomy and self-sufficiency as a constant in the historical transformations and geographical variations of these heterogenous, mixed-race peoples (e.g. Almeida 1990, Harris 2010). In keeping with these accounts, the self-denominated beiradeiros of the Iriri River, who remained on the riverbanks after the rubber bosses left the region in the 1970s, often reference how their ancestors struggled against oppression and tyranny. However, they also often express nostalgia for a time in which river bosses brought large quantities of goods and “took care of people.” The ambivalence of exchange relations in the past continues to be felt in current aviamento arrangements with river traders in which they seek to create both autonomy and interdependence between asymmetric exchange partners. In this presentation, I explore how the beiradeiros tell another aspect of their history: of how they became the manso (tamed) descendents of brabo (untamed) migrant rubber tappers who intermarried with the isolated Indigenous inhabitants of the valley (índio brabo). This side of their history, which focuses on the construction of manso personhood through submission and dominance, offers a counterpoint to a socio-logic exclusively based on autonomy as the definer of riverside sociality.


SESIÓN / SESSION 3

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

9. Historical and ecological variations of power in South-American Gran Chaco

Pedro Emilio Robledo

The historical experience of subordination in Upper Paraguay, which linked Arawak and Guaycurú speakers, inspired notions of chiefdoms and social stratification in the South American lowlands. Simultaneously, this area and neighboring regions (Chaco and Central Brazil) promoted images of societies without social complexity or based on egalitarian ideologies. This paradoxical situation unfolds in several aspects of social life in Chacoan ethnography, such as the acquisition and maintenance of power and leadership. I address this issue based on fieldwork records in Qom communities (speakers of a Guaycuruan language), who live in the middle Bermejo River (Argentine Chaco), in dialogue with historical and ecological transformations in the area. Instead of assuming that power configurations around stratification and egalitarianism are expressions of ethnographically or historically differentiated societies, I explore the idea that long-range leadership and the atomization of power constitute a sociological alternation that qualifies the variations of a unique social body.

10. The sacrificial logic of Amazonian mastery 

Luiz Costa

Indigenous Amazonia seemingly lacks the institution of sacrifice, though this has not hindered ethnographers from exploring the sacrificial logic that underscores recurring practices in the region. Two, in particular, have repeatedly been studied in terms of sacrifice: shamanism and warfare. Recent studies of Amazonian mastery relations have also identified these very same practices as vectors for magnification: shamans are masters of spirits, which they nurture and with which they establish relations of filiation; killers become masters of enemy spirits, which confer on them enhanced capacities. This presentation argues that shamanism and warfare are tokens of a type. Mastery is the prime sacrificial heuristic in Amazonia, by means of which a real and directional relation between non-homologous beings is established. This sacrificial logic must necessarily be studied with the more ‘totemic’ character of autonomy, the interplay of which amounts to an Amazonian theory of the person.

11. Discussion

Natalia Buitron

Sala / room: F3017

Organizadores / organisers

Lorena Romero Leal

Richard Kernaghan

Silencio, escucha, imagen: los retos de responder a la complejidad amazónica

¿Cómo se entretejen los desafíos éticos y estéticos que plantean las formas en que nos aproximamos a la complejidad cultural y ambiental de la Amazonia? Desde una perspectiva estética ¿de qué maneras podemos abordar los silencios y las respuestas éticas que guían los modos de escucha que escogemos? Con este panel proponemos examinar cómo las/os etnógrafas/os e historiadoras/es negociamos los silencios resultado de violencias colonizadoras, silencios que perduran a través de huellas traumáticas, marcando los paisajes y corporalidades de la amazonia.  En nuestras presentaciones, buscamos evaluar los actos de silencio y escucha que median nuestros procesos de investigación entre seres humanos y no humanos, para entender mejor cómo estos actos se terminan filtrando en las interpretaciones y representaciones derivadas de los trabajos de campo. Aquí pondremos énfasis en la potencia de las imágenes (no sólo las fotografías sino aquellas que surgen de relatos, regresan en las memorias o se revelan a través de los sueños) para reconocer lo que se calla y para dar atención a lo que quiere y no quiere expresarse. ¿Cómo usamos y negociamos el silencio al guiarnos éticamente y al plasmar alternativas estéticas? ¿Cuáles son nuestros propios silencios y porque nos sentimos (in)cómodos con ellos? 

Silêncio, escuta, imagem: os desafios de responder à complexidade amazônica

Como se entrelaçam os desafios éticos e estéticos que surgem nas formas de nos aproximarmos da complexidade cultural e ambiental da Amazônia? Sob uma perspectiva estética, de que maneiras podemos abordar os silêncios e as respostas éticas que motivam os modos de escuta que escolhemos? Com este painel, propomos examinar como etnógrafos/as e historiadores/as negociamos os silêncios originados por violências colonizadoras, silêncios que perduram através de rastros traumáticos que marcam as paisagens e corporalidades da Amazônia. Em nossas apresentações, buscamos avaliar os atos de silêncio e escuta que mediam nossos processos de investigações entre seres humanos e não-humanos, para entender melhor como esses atos acabam se filtrando das interpretações e representações derivadas dos trabalhos de campo. Aqui, enfatizamos a potência das imagens (não apenas das fotografias, mas também daquelas que emergem de relatos, regressam às memórias ou se revelam por meio dos sonhos) para reconhecer o que se cala e para dar atenção ao que se deseja ou não deseja ser expresso. Como usamos e negociamos o silêncio ao nos guiarmos eticamente e ao capturar alternativas estéticas? Quais são os nossos próprios silêncios e por que nos sentimos (des)confortáveis com eles?

Silence, listening, image: the challenges of responding to the Amazonian complexity

How do ethical and aesthetic challenges become entwined through the very ways scholars approach the cultural and environmental complexity of the Amazon? From a perspective of aesthetics, how can we approach not only the silences but also the ethical responses that guide our own listening practices? This panel proposes to examine how ethnographers and historians negotiate silences resulting from colonial violences, silences that endure through traumatic traces that mark landscapes and corporealities in the Amazon. In our presentations, we seek to evaluate how acts of silence and listening mediate our own research processes between humans and non-humans, so as to better understand how those same acts end up filtering interpretations and representations derived from fieldwork. Here we will emphasize the power of images (not only photographs but also those that emerge from stories, return in memories, or are revealed through dreams) to recognize what is kept silenct, while paying attention to what wants and does not want to be expressed. How can we use and negotiate silence when guiding ourselves ethically and when shaping aesthetic alternatives? What are our own silences and why do we feel (un)comfortable with them?


SESIÓN / SESSION 1                                                                                                                                                                 

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1. Erasing Indigenous Peoples: Colombian Settler-Colonialism in the Amazon in the 1930s

Sarah Sarzynski

From February 13th to 15th of 1933, the small Amazonian outpost of Tarapacá on the Putumayo River roared with the sounds of gunboats, airplanes and foot soldiers firing from trenches.  Fearing a counter-attack, Colombia sent borderlands inhabitants José María Hernández (settler) and Francisco Vargas (identified as indigenous) to scope out the location of Peruvian troops, and they were captured and brought to Leticia. Vargas snuck away from his captors by swimming to Tabatinga, Brazil but Hernández chose not to escape because of his inability to swim. The Peruvian army executed Hernández by firing squad in Iquitos on April 16th, 1933 for the crime of espionage. Hernández’s remains were repatriated in 1940 and buried in Colombia’s national cemetery with a plaque labeling him a national martyr, but today his status as national hero remains concentrated in the Amazon region.  While various memorials commemorate Hernández’s role in the war, indigenous peoples are glaringly absent from commemorations and official accounts of the war. Francisco Vargas’ historical trajectory disappeared in the archives as swiftly as his fluvial escape from the Peruvians.  My paper engages with such silences to argue that the Colombian-Peruvian War exemplifies twentieth-century state policies intended to erase indigenous populations from the Leticia territory as Colombia sought to incorporate the region into the nation and settle it with colonists.  Photographs of the war in Colombia’s photojournalist magazine, Cromos, focused on weapons and military strategies and used the rainforest and indigenous people as narrative tools to code the national armed forces as white and modern.  Indigenous soldiers and collaborators largely remain outside the photographic frame. 

2. Silencios y escucha en los relatos de mujeres víctimas del conflicto armado en Guaviare, Colombia    

Lorena Romero Leal                              

Usualmente las transiciones hacia la paz abren la posibilidad de reflexionar públicamente sobre episodios traumáticos con el fin de crear nuevos pactos sociales. Sin embargo, en zonas donde el regreso a la violencia es latente, hay grupos de personas victimizadas que no se atreven a contar lo que vivieron. Esto ocurre especialmente en la intersección de las violencias del conflicto armado y aquellas asignadas al ámbito privado, como suele pasar con la violencia basada en género.  Esta presentación pretende reflexionar sobre los silencios de las participantes y los procesos de escucha que desarrollé en mi investigación doctoral sobre extractivismo agrario y género en tiempos de transición en la ribera del río Guaviare, ubicada en la Amazonia noroccidental colombiana. Este proyecto utilizó metodologías de corte feminista con un enfoque interseccional para reconocer las desigualdades de género, étnico-raciales y geográficas.                                                                                                                                                           

3. Framing nurture: institutional care and (inter)dependency through ‘official photography’ in the Caititu Indigenous Land, Brazilian Amazonia

Markus Enk                           

This presentation examines photography performed with the Associação dos Produtores Indígenas da Terra Caititu – APITC in Brazil to meet visual documentation needs of institutional partners, as local government, NGOs, and funding agencies. These partners often request images capturing community activities, like cassava workshops or agroforestry projects. Mobilizing nurture as concept, I analyze “official photos” as an interplay between institutional care and ‘domestication’ through their structured interventions. I suggest that these images are representative devices of substances (food, infrastructure, funding) required to establish dependency bonds in nurturing relationships, of which the photos also become a means (substance) to foster nurturing connections. As APITC’s “official photographer”, I reflect on how these images are performed strategically by the indigenous population to navigate embedded (nurturing) power dynamics, proposing that, from symbols of institutional dominance, photos metamorphose into performative tools for APITC to secure funding, resources, and partnerships for their own communitarian goals inside their territory.     


SESIÓN / SESSION 2 

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50                                                                                                                                                                  

4. O silêncio que nos permitiu viver: reflexões para além das fotografias denunciando as primeiras fake news da nossa história Amazônica

Vanderlecia Ortega dos Santos                             

Este resumo trata de um recorte analítico da monografia intitulada “O silêncio que nos permitiu viver: mulheres Witoto sua pedagogia ancestral”, a qual apresento a pedagogia ancestral presente nas ações cotidianas das mulheres Witoto residentes no Parque das Tribos-Manaus e município de Amaturá. Durante a construção da pesquisa, encontrei em artigos, bem como em relatos em de primas-avós em especial a “Avó Laura, na Colômbia, que foi uma das sobreviventes do período da exploração da borracha, relatos sobre a exploração dos Witoto no Brasil e o uso da fotografia para manipular a opinião pública. A figura de Silvino Santos, cineasta português muito conhecido no Brasil pelo filme no País das Amazonas (1922) registra o primeiro filme filmado no Amazonas. Segundo nossas anciãs, o povo Witoto era obrigado a dançar para divertir os homens durante as filmagens do referido filme. Além de serem forçados a se embreagem, as mulheres eram violentadas, e obrigadas a “posar” para fotos sorridentes, com objetivo de esconder as violências a qual o povo estava submetido e acalmar a opinião pública. Atualmente, o povo Witoto no Brasil, tem se articulado em torno das memórias que emergem a partir da resiliência, resistência e denúncia frente ao silenciamento.          

5. Materias de tránsito: los silencios que desafían entre secas del río Amazonas/Solimões

Richard Kernaghan   

¿Cómo escuchar a los ríos cuando sus aguas se escasean? Dentro de un intento de sensibilizarse a los terrenos ribereños y lo que estos aportan a los fenómenos legales ¿qué fuerza ejercen los silencios, sobre todo, cuando hay amenazas de secas mayores por venir? Con esta ponencia abordo algunos desafíos de representación etnográfica que se presentan al iniciar un trabajo de campo sobre el transporte de agua en la triple frontera Perú, Colombia, Brasil. Desde mis primeros encuentros con los brazos trenzados del Amazonas emergen imágenes y sonidos—reflejos de tierra y cielo que se mezclan entre motores intermitentes y residuos de madera, combustible, cemento y coca. Esa abundancia pareciera pedir una respuesta descriptiva que se entiende como co-creación (sin pretensiones a una autoría singular). Ahí escuchar sería sopesar lo que prefiere quedarse sin plasmar, donde los silencios dan testimonio a procesos de filtración que exigen describir sin siempre explicitar.   

Sala / room: F3005

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Elena Fusar Poli

Conocimientos indígenas: patrimonio, innovación y el cuerpo en las Américas y más allá

Este panel investiga cómo el conocimiento y la acción política indígenas se articulan con las ideas de “patrimonio” y “tradición” en las tierras bajas de Sudamérica. Centrándose en el cuerpo, las prácticas de sanación, las historias de resistencia y la actividad ritual, las ponencias describen cómo los pueblos indígenas sostienen sus sistemas de conocimiento y sus formas consuetudinarias de transmisión frente a la invasión de actores no indígenas. Además, analizan cómo estos mismos pueblos recurren creativamente a sus propios conceptos y prácticas para adaptar sus culturas a los contextos poscoloniales e intervenir en los intentos estatales por controlar sus modos de vida. Con estudios de caso de distintas regiones de las tierras bajas sudamericanas, así como de otras partes del continente americano, este panel contribuye a una comprensión cada vez más sofisticada de las formas indígenas de convivir con —y resistir a— las instituciones políticas y hegemonías culturales no indígenas.

Conhecimento indígena: patrimônio, inovação e o corpo nas Américas e além

Este painel investiga como o conhecimento e a ação política indígenas se articulam com as ideias de “patrimônio” e “tradição” nas terras baixas da América do Sul. Com foco no corpo, nas práticas de cura, nas histórias de resistência e na atividade ritual, os artigos descrevem como os povos indígenas sustentam sistemas de conhecimento e suas formas consuetudinárias de transmissão contra a invasão de invasores não indígenas, mas também discutem como esses mesmos povos indígenas se baseiam criativamente em seus próprios conceitos e práticas para adaptar suas culturas a contextos pós-coloniais e intervir no Estado contra as tentativas do Estado de controlar seus modos de vida. Com estudos de caso extraídos de várias partes das terras baixas da América do Sul, bem como de outras partes das Américas, este painel contribui para nossa compreensão cada vez mais sofisticada dos modos de vida indígenas com e em resistência a instituições políticas e hegemonias culturais não indígenas.

Indigenous knowledge: heritage, innovation and the body in the Americas and beyond

This panel investigates how Indigenous knowledge and political action are articulated with ideas of ‘heritage’ and ‘tradition’ in lowland South America. Focusing on the body, healing practices, histories of resistance, and ritual activity, the papers described how Indigenous people sustain knowledge systems and its customary forms of transmission against the encroachment of non-indigenous invaders, but they also discuss how these same Indigenous peoples creatively draw on their own concepts and practices to both adapt their cultures to post-colonial contexts and to intervene in state against state attempts to control their lifeways. With case studies drawn from various parts of lowland South America, as well as from other parts of the Americas, this panel contributes to our increasingly sophisticated understanding of Indigenous ways of living with and in resistance to non-indigenous political institutions and cultural hegemonies. 


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1. Regeneración comunitaria a través de la medicina tradicional: Oaxaca frente al Covid-19

Elena Fusar Poli

Las prácticas de salud del “México profundo” son esenciales para comunidades indígenas y municipios rurales de Oaxaca, donde la violencia estructural persiste. Estas prácticas renuevan vínculos entre cuerpo, territorio y conocimiento ancestral durante crisis que amenazan la supervivencia de los pueblos y su forma de ser. Basado en una etnografía en 2021 y un estudio en 2025, este trabajo explora la medicina tradicional en Oaxaca como clave para la regeneración comunitaria frente al COVID-19. La pandemia fue vista como una enfermedad del cuerpo-territorio causada por un desarrollo exógeno. Prácticas como temazcal, farmacias vivas, rituales ancestrales y la visión del virus como un insecto dialogan en ecosistemas relacionales, donde curar implica cuidar y curarse con la tierra. Las estrategias de sanación renovaron la atención al territorio y propusieron una narrativa explícita, hacia adentro y afuera, para reforzar la autonomía terapéutica y política. Este trabajo resulta de una escucha de esta narrativa.

2. Pensar o corpo nos encontros e desencontros da Atenção à Saúde do Povos Indígenas

Maria Christina Barra

A proposta deste trabalho é criar espaços para pensar o corpo vivo como lugar de ação política (Preciado, 2022), situando o conceito não indígena de corpo biológico como um modo de produção de pessoas e entendendo essa conceituação como definidora de possibilidades de ação no mundo. A partir de experiências vividas em encontros e desencontros na atenção à saúde dos povos indígenas, busco, neste trabalho e nos termos de uma cosmopolítica (Barreto, 2023), abrir brechas e caminhos para modos inventivos de pensar e cuidar o corpo. Sob quais agências e de quais modos os corpos indígenas e não indígenas são pensados e cuidados? O que impede o acolher e o compor com diferentes formas que caracterizam outros meios sensíveis de existência? De que forma o vivo se faz político?

3. El ritual de iniciación femenina Embera Chamí. Revitalización, ensamblaje y multi-agencia

Mauricio Pardo Rojas

Tanto en narraciones recogidas en campo como en diferentes publicaciones, mujeres Embera Chamí del occidente de Colombia, cuentan cómo en tiempos pasados se efectuaba el ritual de iniciación femenina. Reportes sobre el tema planteaban que dicho ritual había caído en desuso. Sorpresivamente en 2022 y 2034 y de manera no relacionada, en dos diferentes localidades Embera Chamí se volvieron a efectuar dichos rituales debido principalmente a la iniciativa de algunas mujeres. Dichas realizaciones difirieron en varios aspectos con lo expresado en las narraciones. En esas ocasiones de revitalización ritual se manifestó la creatividad de las mujeres en el proceso de montaje o ensamblaje de acciones dentro de la secuencia ritual. Se presentaron también innovaciones debido a la incidencia e intervención de diferentes agentes de la población local embera chamí de importancia política o sociocultural, así como también a consecuencia de la inscripción de los grupos indígenas en el contexto nacional

4. Knowledge production for education in the context of increasing conflictivity/Producción de conocimientos indígenas en un contexto de conflictividad incrementada

Anna Vohlonen-Córdova

Durante los últimos treinta años, los pueblos indígenas de la Amazonía han enfrentado múltiples conflictos ambientales, sociales, culturales y económicos. La conflictividad está vinculada a la presencia de fuerzas armadas, empresas multinacionales y servicios públicos de educación y salud, que a menudo carecen de pertinencia o calidad, entre otros factores. En Ecuador, aunque persiste una violencia estructural y fuerte presencia militar en zonas fronterizas, la Amazonía ha disfrutado de una relativa paz. Las organizaciones indígenas y la sociedad civil han fortalecido su capacidad de generar diálogo y desarrollar propuestas optimistas. Sin embargo, esta paz está amenazada por una creciente desconfianza y el aumento de la violencia y actividades ilícitas a nivel nacional, afectando entre otros campos, la producción de conocimientos indigenas para fines educativos. Este es el contexto del que hablaré en mi ponencia, destacando la importancia de proyecciones futuras para la educación y las propuestas de docentes y jóvenes.


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

5. Reciprocidade indígena: reflexões e controvérsias

Marinaldo Almeida Costa

Sou Naldo Tukano, indígena e estudante de Linguística na UNICAMP. Atuo na valorização das línguas indígenas, educação e direitos dos povos originários.

6. Historias en Resistencia

Miguel Imbaquingo Chimarro

El cine de los pueblos originarios desde la Amazonía ha emergido como una herramienta poderosa para la resistencia política, la autodeterminación y la autorrepresentación. En este encuentro, analizaremos cómo en las producciones audiovisuales realizadas por y para los pueblos originarios no solo narramos historias de lucha contra la colonización y la opresión, sino también cómo nuestras comunidades han sido representadas en las últimas décadas a través del cine. Nuestras producciones se convierten en un espacio de resistencia que desafía las narrativas hegemónicas y ofrecen una plataforma para visibilizar las demandas, historias y sueños de las comunidades originarias desde Amazonía.Durante el encuentro, presentaremos ejemplos concretos de cómo nuestras historias contribuyen a la construcción de memorias colectivas, saberes ancestrales y al fortalecimiento de identidades en constante transformación. El cine, visto como un ejercicio de memoria desde el territorio, es crucial porque permite a las comunidades contar sus propias historias desde su punto de vista, preservando y revitalizando sus lenguas, tradiciones y cosmovisiones y evitando así representaciones estereotipadas y reductivas impuestas desde el cine convencional. Al dar voz a nuestras propias narrativas, el cine desde los pueblos originarios actúa como un poderoso medio de resistencia cultural y empoderamiento, promoviendo una mayor comprensión de la diversidad en la sociedad global. De este modo, contribuimos a la construcción de una memoria histórica más inclusiva y equitativa.

7. Pueblos Nasa y Misak, su contribución a la academia occidental en Colombia

Nery Helena Beca Masagualli

Siendo docente en el Campo de las Ciencias Sociales, tengo la responsabilidad de fortalecer en el estudiantado, la conceptualización respecto al trabajo comunitario y la investigación sobre pueblos originarios en Colombia. Año por año, se fragua el descubrir de la Memoria Histórica, en su contribución a la búsqueda de la identidad latinoamericana o indígena o afrodescendiente desde una autocrítica como lectores o hacedores de Historia cultural.

8. DZEEKATTI MEDZENIAKO DZAADA: Tecnologias do povo baniwa, relação com a ecologia e ciências que podem contribuir na reflexão sobre mudança climática

Ronaldo Jose Garrido
Tecnologia que envolve ciência Medzenaiko nos apresenta reflexões sobre as relevâncias dos saberes/conhecimentos tradicionais. Reflexão que permeia na relação e conexão com a natureza/floresta/meio ambiente/paisagens/território. E a compreensão ou diálogo com os saberes e tecnologia do povo vem da “educação indígena” assim como é dever da educação escolar indígena promover atividades metodológicas visando à transmissão dos saberes visando o reconhecimento, fortalecimento e valorização dos conhecimentos tecnológico tradicional e cultural. Tecnologias Medzeniako podem ser meios para controle da mudança climática. Nesse sentido é necessário o reconhecimento e conhecimento desses saberes/ciências indígenas. 

                                                                                                                                                       

 

Sala / room: F3004

Organizadores / organizers

Bartira S. Fortes

Marcia F. Camargo

Juliana Porsani

Beatriz Lima Ribeiro

Co-creación con Pueblos Indígenas como Caminos para Romper Silencios

Este panel examina la co-creación como una vía mediante la cual los pueblos indígenas resisten los silencios impuestos, recuperan sus narrativas y afirman sus derechos. A medida que la coproducción de conocimientos con pueblos indígenas adquiere mayor relevancia en la academia, se abren preguntas fundamentales sobre las relaciones de poder, las jerarquías epistemológicas y las variadas posiciones que ocupan investigadores – ya sea desde fuera, desde posiciones intermedias o desde dentro – en su vínculo con comunidades indígenas. El panel abordará de forma crítica estas complejidades, subrayando cómo las metodologías co-creativas navegan por las intersecciones entre posicionamiento, decolonialidad y justicia epistémica. Al analizar las dinámicas de poder y los silencios que surgen de injusticias históricas y de enfoques investigativos extractivistas, este panel busca explorar las posibilidades que ofrece la co-creación para el desarrollo de prácticas de investigación éticas en la Amazonía y más allá. Las discusiones girarán en torno a cómo la investigación puede impulsar procesos de co-creación que incidan en la formulación de políticas públicas en favor de los derechos indígenas y de la justicia climática. Invitamos a quienes participen a compartir experiencias empíricas y reflexiones críticas que destaquen los procesos de des-silenciamiento de perspectivas indígenas en el marco de enfoques co-creativos.

Co-criação com Povos Indígenas como Caminhos para o Rompimento de Silêncios 

Este painel propõe discutir a co-criação como um caminho por meio do qual os povos indígenas resistem aos silenciamentos, retomam suas narrativas e afirmam seus direitos. À medida que a coprodução de conhecimentos com povos indígenas ganha espaço na academia, emergem questões cruciais sobre as relações de poder, as hierarquias epistemológicas e as diversas posições ocupadas por pesquisadores – sejam externas, situadas em entre-lugares, ou internas – nas suas relações com comunidades indígenas. O painel buscará refletir criticamente sobre essas complexidades, com ênfase em como metodologias co-criativas lidam com as interseções entre posicionamento, decolonialidade e justiça epistêmica. Ao examinar as dinâmicas de poder e os silêncios que decorrem de injustiças históricas e de paradigmas de pesquisa extrativistas, este painel pretende evidenciar as potências da co-criação na construção de práticas de pesquisa éticas na Amazônia e em outros contextos. As discussões se concentrarão em como a pesquisa pode fomentar processos de co-criação que incidam em políticas públicas voltadas à defesa dos direitos indígenas e à justiça climática. Convidamos participantes a compartilhar experiências empíricas e reflexões críticas que destaquem os processos de rompimento de silêncios dentro de abordagens co-criativas.

Co-creating with Indigenous Peoples as Pathways to Unsilencing

This panel explores co-creation as a pathway for Indigenous peoples to resist silences, reclaim narratives, and assert their rights. As co-production of knowledge with Indigenous peoples becomes increasingly prominent in academia, it raises critical questions about power relations, epistemological hierarchies, and the diverse positionalities of researchers – ranging from outside, in-between, and inside perspectives in their relationships with Indigenous communities. The panel will critically engage with these complexities, emphasizing how co-creative methodologies navigate the intersections of positionality, decoloniality, and epistemic justice. By examining the intricacies of power dynamics and the silences that stem from historical injustices and extractive research paradigms, this panel aims to uncover the potentialities of co-creation as a means of advancing ethical research practices in the Amazon and beyond. Discussions will center on how research can facilitate co-creation to influence policy-making processes to advance Indigenous rights and climate justice. We invite contributors to share empirical experiences and critical reflections that emphasize the process of unsilencing Indigenous perspectives within co-creative frameworks.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

1. Centering Indigenous protagonism in co-creation methodologies

Juliana Porsani

Indigenous peoples in Brazil and beyond are gaining protagonism in societal spaces historically closed to them and central to their oppression. Milestones like Brazil’s 2023 Ministry of Indigenous Peoples and the creation of a subsidiary body for Indigenous Peoples at this year’s biodiversity COP highlight this trend. Similarly, in academia, Indigenous peoples increasingly assume central roles in research while resisting being merely objects of study. At the same time, the polycrises we face have popularized “co-creation,” emphasizing collaboration with Indigenous peoples to generate knowledge for sustainable development. However, from Indigenous perspectives, these crises reflect the coloniality embedded in our societies and sciences, making co-creation efforts inherently challenging. In this presentation, I highlight how focusing on spaces where Indigenous protagonism is well-established, such as Indigenous tourism – exemplified by Brazil’s Jaqueira Reserve – can provide insights into co-creating research that fosters epistemic justice and reinforces Indigenous protagonism in world-making.

2. The Knots of Interweavings: An Exploration of the Complexity of Connections

Marcia F. de Camargo

Cairê Rodrigues dos Santos 

Untangling the knots of traditional research methodologies, the circular decolonial method in decolonial ethnographic collective research is presented as an epistemological practice rooted in collaborative knowledge between Indigenous and non-Indigenous peoples. Grounded in Bakhtin’s dialogism and polyphony, this approach integrates decolonial methodologies to amplify plural voices and Indigenous cosmologies. Fieldwork with the Pataxó people of Aldeia Barra Velha exemplifies how co-constructed research methods facilitate the unsilencing of Indigenous perspectives historically marginalized in academia. By emphasizing continuous listening and exchange, this circular method challenges linear, extractive research practices and fosters collaborative knowledge creation. It values contributions from all participants, legitimizing local knowledge and aligning with the decolonial visions of Boaventura de Sousa Santos and Paulo Freire. This process results in polyphonic writing, embodying the multiplicity of voices and highlighting the potential of co-creation to advance epistemic justice, influence policy, and support Indigenous rights.

3. Co-Creation as Affective Alliances toward Territorial Rights and Climate Justice in Indigenous Struggles

Bartira S. Fortes

Luciene Santos Faustino (Tamikuã Pataxó)

As Indigenous peoples confront the intertwined challenges of climate change and local territorial conflicts, co-creation emerges not merely as a research method, but as a relational, ethical, and political practice. This presentation explores co-creation as a space for forging affective alliances that advance Indigenous struggles for territorial rights and climate justice. It draws on the experience of co-facilitating the course Knowledge in Co-Creation: An Introduction to Decolonial, Counter-Colonial, and Indigenous Methodologies, with Indigenous educator Tamikuã Pataxó at the State University of Campinas (Unicamp) in March and April 2025.

Conceived as an immersive and dialogical learning environment, the course introduced participants to collaborative methodologies through a dynamic combination of theoretical reflection, practical engagement, and artistic experimentation. The pedagogical process is examined as a mode of epistemic co-creation, foregrounding the ethical and political implications of engaging Indigenous perspectives. Co-creative practices are considered in their potential to challenge hegemonic paradigms, open space for pluriepistemic dialogue, and reposition Indigenous perspectives as epistemic agents actively shaping the futures of research, education, and socio-environmental transformation. The presentation further highlights how co-creation has emerged as a transformative mode of ’becoming with’, reorienting research toward practices of relational accountability.


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

4. Locally-based, Globally relevant: co-creating a museum exposition at Indiana University Museum of Archeology and Anthropology            

Beatriz Lima Ribeiro   

Indigenous people’s global contributions to climate change mitigation and biodiversity conservation have been increasingly recognized in the past 15 years. Indigenous international law and activism are intertwined with environmental governance, both on a global scale but also with a diverse set of actions at the local level within Indigenous lands and territories. This presentation will focus on the experience of co-creating an exposition that highlights locally-based actions of Indigenous peoples, and their global relevance. Intituled “Locally-based, globally relevant”, the exposition at Indiana University Museum of Archeology and Anthropology has, since its inception, been created with communities on the ground and is included in a broader project within the museum to indigenize expositions and museum experiences.

5. From Radio to Internet: The Communication Shift for the Kayapo                 

Camila Coelho 

This paper explores the transformative impact of digital communication within a Kayapó community after the introduction of internet connectivity in 2020. By focusing on the shift from radio to WhatsApp, the study examines how digital media reshapes cultural and social practices. Using multi-sited ethnography and community interviews, the research uncovers both opportunities and challenges. Enhanced connectivity has improved logistical organization and strengthened family ties, yet raises concerns about cultural preservation amid external influences. With focus on co-creation and epistemic justice, this study underscores the Kayapó’s proactive engagement with these shifts. It highlights their interest in cyber awareness education and collaborative efforts to integrate digital tools into strategies for cultural resilience and environmental defense. By centering Indigenous perspectives, the research contributes to ethical practices that amplify Indigenous voices, addressing historical silences and fostering equity in knowledge production.

6. Rede de Jovens Indígenas Comunicadores: As tecnologias digitais como elemento de resistência  

Nayara Dos Santos Ribeiro 

A organização de juventude indígena de Tefé, a qual a rede de jovens indígenas comunicadores esta inserida, agrega lideranças jovens de 04 terras indígenas, do município de Tefé (AM), envolvendo os povos Kambeba, Kokama, Tikuna e Miranha. A rede de jovens indígenas comunicadores tem utilizando as tecnologias digitais com objetivo de fortalecer a luta do movimento indígena, na defesa dos territórios e na garantia dos direitos fundamentas para o bem viver coletivo, também temos evidenciado as identidades indígenas presente no nosso território e desconstruindo as visões estereotipadas que se tem dos povos indígenas. A comunicação indígena que estamos protagonizando tem sido um elemento de resistência para mantermos vivas os conhecimentos e as memórias ancestrais da nossa cultura. Essa comunicação da resistência tem tornado possível a ressignificação dos espaços tecnológicos com a presença indígena e tornando possível transmitir os conceitos mais profundos das nossas culturas a partir de uma perspectiva indígenas.

Sala / room: F3005

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Bacilio Segundo Pomaina Pilamunga

Investigadores indígenas y conocimiento indígena en las tierras bajas de América del Sur

El enfoque de la XV Conferencia de SALSA en las co-creaciones y los silencios resultantes de las prácticas de trabajo de campo en las tierras bajas de Sudamérica nos invita a repensar los términos en los que la investigación antropológica en la región ha involucrado a las personas que se propone describir. En este panel, nos centramos no solo en la insuficiencia política y ética de los métodos tradicionales de trabajo de campo y las antiguas formas de “recolección de datos” de los sujetos de investigación, sino también en el potencial creativo de distintas metodologías y marcos analíticos que abordan algunas de las asimetrías que históricamente han dejado su huella en las etnografías. Las ponencias se enfocan en enfoques decoloniales y colaborativos del trabajo de campo que buscan reparar las relaciones de poder; en las implicaciones teóricas y prácticas para los antropólogos indígenas que realizan trabajo de campo entre sus propios pueblos; y en lo que los estudios globales sobre las desigualdades del sistema alimentario pueden aprender de las epistemologías indígenas de la producción y circulación de alimentos.

Pesquisadores indígenas e conhecimento indígena nas terras baixas da América do Sul

O foco da XV Conferência Salsa nas cocriações e silêncios resultantes de práticas de trabalho de campo nas terras baixas da América do Sul nos convida a repensar os termos em que a pesquisa antropológica na região tem engajado os povos que se propõe a descrever. Neste painel, focamos não apenas na inadequação política e ética dos métodos tradicionais de trabalho de campo e nas formas mais antigas de “coleta de dados” dos sujeitos da pesquisa, mas também no potencial criativo de diferentes metodologias e estruturas analíticas que abordam algumas das assimetrias que historicamente deixaram sua marca nas etnografias. Os artigos focam em abordagens descoloniais e colaborativas ao trabalho de campo que buscam reparar relações de poder, nas implicações teóricas e práticas para antropólogos indígenas que realizam trabalho de campo entre seus próprios povos e no que pesquisas globais sobre desigualdades nos sistemas alimentares podem aprender com as epistemologias indígenas da produção e circulação de alimentos.

Indigenous Researchers and Indigenous knowledge in lowland South America

The XV Salsa Conference’s focus on co-creations and silences resulting from fieldwork practices in lowland South America invites us to rethink the terms in which anthropological research in the region has engaged the people it sets out to describe. In this panel, we focus not only on the political and ethical inadequacy of traditional methods of fieldwork and older ways of “collecting data” from research subjects, but also the creative potential of different methodologies and analytical frameworks which address some of the asymmetries that have historically left their mark in ethnographies. The papers focus on decolonial and collaborative approaches to fieldwork which seek to redress power relations, the theoretical and practical implications for Indigenous anthropologists carrying out fieldwork among their own people, and on what global surveys of food-system inequalities can learn from Indigenous epistemologies of food production and circulation. 


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

1.Voces Silenciadas y Ecos de la Tierra: Diálogos Ancestrales en la Investigación Decolonial

Bacilio Segundo Pomaina Pilamunga           

La investigación ancestral decolonial se presenta como un enfoque transformador que busca reconfigurar las dinámicas de poder y las voces en el ámbito del conocimiento. En un mundo donde las narrativas dominantes a menudo silencian las experiencias y saberes de comunidades indígenas y otros grupos marginados, es crucial explorar cómo se operacionalizan estas posiciones de poder en la investigación. A lo largo de este taller ponencia, se examinarán las diferentes formas en que las posiciones de poder se manifiestan en la investigación, destacando la importancia de visibilizar las voces que han sido históricamente marginadas. Se discutirá cómo las metodologías ancestrales permiten a las comunidades indígenas y otros grupos expresar sus conocimientos y experiencias, creando un espacio para la co-creación de saberes. La investigación no debe limitarse a la recopilación de datos, sino que debe ser un proceso colaborativo que reconozca y valore la interconexión entre todos los seres y elementos del entorno, más equitativa y participativa.                                                                                                                                                                                                                                                                                                             

2. Relational Futures: Indigenous Epistemologies and Their Role in Sustainable Food Systems

Cintia Regina Cruz Pereira         

This paper investigates how Indigenous epistemologies offer alternative frameworks for addressing global challenges, particularly in sustainable food systems. Drawing on the FAO’s Indigenous Food Systems Wheel and the concept of buen vivir, this investigation examines how food practices reflect deeply interconnected relationships between identity, health, territory, spirituality, and governance. While these relational worldviews are increasingly acknowledged, the paper foregrounds their political and economic implications, analysing how dominant governance frameworks often marginalise or appropriate Indigenous knowledge. Through a decolonial lens, it examines how relational ontologies offer grounded alternatives to extractivist models and how they can inform more pluralistic, ethical, and inclusive policy approaches. By highlighting the role of Indigenous Peoples not only as stewards of biodiversity but also as political actors and knowledge holders, the paper contributes to broader discussions on epistemic justice and sustainable futures.

3. Taking seriously to reduce asymmetries: An ontological challenge for anthropology – CANCELADO – CANCELLED

Rebekah Senanayake        

Historically, phenomena such as magic, witchcraft, and supernatural belief in traditional societies has been broadly conceptualised in anthropology as unknowable and superstitious phenomenon, incapable of being held to the gold standard of Western scientific knowledge. But what happens when we take our field sites seriously and approach field knowledge as such? This paper unpacks the ontological and epistemological disciplinary tensions that arise when worlds collide. With a foundational understanding that our field sites are to be taken seriously, this paper explores the function of ritual when interacting with Master Plants in Amazonia through an ethnographic and scientific lens. Reducing asymmetries by taking the field site seriously serves to not only broaden the analytical lens of anthropology, but to open possibilities for inter-disciplinary approaches, collaborations and multi-reality world-building.                                                                                                                                                                                                            

4. Research Ethics in Education Through the Eyes of the Misak Indigenous People of the Andean Region of Colombia                           

Luis Fernando Tunubalá-Yalanda

John James Yalanda-Yalanda

La ética de la investigación en el ámbito de la educación suele conceptualizar al investigador como un agente externo que entra en el campo para recopilar datos, con el objetivo de causar el mínimo daño posible, y que finalmente regresa a su lugar de origen. Sin embargo, este enfoque dominante, profundamente arraigado en las instituciones académicas, no tiene en cuenta los casos en los que el investigador es miembro de la comunidad objeto de estudio. Esta omisión es especialmente significativa en el caso de los investigadores indígenas, cuyas prácticas y responsabilidades se rigen por sus propios marcos relacionales y éticos. En tales contextos, las nociones de ética de la investigación pasan por alto los sistemas ancestrales indígenas de cuidado, sistemas que abarcan formas distintas de ser y actuar. Esta ponencia busca reflexionar sobre la ética de la investigación desde la perspectiva de la Nación Indígena Misak, ubicada en la región andina de Colombia.                           

                                                                                                                                                         

 

Sala / room: F3006

Organizer/organizadora

Anahi Sy

Verónica Azpiroz Cleñan

Descolonizar la salud: Epistemes indígenas que recrean vínculos entre historia, cuerpos y territorios para el buen vivir

Este panel se orienta a explorar las epistemes no occidentales que reconfiguran el modo en que pensamos la salud/enfermedad. Desde una perspectiva decolonial, examinamos las relaciones entre salud, historia, cuerpo y territorio. En las epistemes e incluso ontologías de poblaciones indígenas latinoamericanas, los animales, las plantas, los ríos, las piedras, los paisajes y hasta los astros, adquieren atributos humanos. Con ellos se habla, se piensa, se actúa, se sana. Nos preguntamos cómo registrar esos vínculos, cómo decir lo que aún no ha sido nombrado o decidir éticamente dejarlo en silencio. Desde esta perspectiva, los territorios habitados por pueblos indígenas son ‘incubadoras ontológicas’, espacios donde se construye la identidad y la raíz común del paradigma del buen vivir. En estos territorios, la medicina ancestral indígena se presenta como la vía para sanar las heridas coloniales. Los elementos terapéuticos que ofrece el entorno establecen diálogos singulares con humanos y no humanos, creando espacios de co-creación de conocimiento para la sanación. Este panel convoca al diálogo interepistémico entre investigadores indígenas y no indígenas que impulsan procesos de investigación plurilingües. Nos preguntamos: ¿qué formas puede adoptar la co-creación entre actores humanos, no humanos y más-que-humanos en el ámbito de la salud? ¿Cómo abordar los “silencios” impuestos desde la violencia colonial en la salud? ¿Qué padecimientos trajo la colonia en los territorios indígenas? ¿Cuáles son las narrativas del genocidio indígena? ¿Cómo recrear una decolonialidad para el buen vivir colectivo? 

Descolonizar a Saúde: Epistemes Indígenas que Recriam Vínculos entre História, Corpos e Territórios para o Bem Viver

Esta sessão busca explorar epistemes não ocidentais que reconfiguram a maneira como pensamos sobre saúde e doença. A partir de uma perspectiva decolonial, examinamos as relações entre saúde, história, corpo e território. Nas epistemes e até mesmo nas ontologias das populações indígenas latino-americanas, os animais, as plantas, os rios, as pedras, as paisagens e até os astros adquirem atributos humanos. Com eles se fala, se pensa, se age e se cura. Questionamos-nos sobre como registrar esses vínculos, como nomear o que ainda não foi nomeado ou decidir eticamente deixá-lo em silêncio. Desde essa perspectiva, os territórios habitados por povos indígenas são “incubadoras ontológicas”, espaços onde se constrói a identidade e a raiz comum do paradigma do bem viver. Nestes territórios, a medicina ancestral indígena se apresenta como um caminho para curar as feridas coloniais. Os elementos terapêuticos que o ambiente oferece estabelecem diálogos singulares com humanos e não humanos, criando espaços de co-criação de conhecimento para a cura. Este painel convida ao diálogo interepistêmico entre pesquisadores indígenas e não indígenas que promovem processos de pesquisa plurilíngues. Perguntamos-nos: Que formas podem assumir a co-criação entre atores humanos, não humanos e mais-que-humanos no campo da saúde? Como abordar os “silêncios” impostos pela violência colonial na saúde? Que sofrimentos a colonização trouxe para os territórios indígenas? Quais são as narrativas do genocídio indígena? Como construir uma decolonialidade voltada para o bem viver coletivo?

Decolonizing Health: Indigenous Epistemes that Recreate Links Between History, Bodies, and Territories for Well-Being

This panel aims to explore non-Western epistemes that reconfigure the way we think about health and illness. From a decolonial perspective, we examine the relationship between bodies, territories, history, and health. Latin American indigenous populations enact epistemes and even ontologies in which animals, plants, rivers, stones, landscapes, and stars acquire human attributes. That reshapes links between humans and non-humans. They speak, think, act, and heal alongside these non-human actors. We ask ourselves how to register these links and relationships, how to name what has not yet been named or decide ethically to leave them in silence. The territories inhabited by indigenous peoples are “ontological incubators”. In these territories the identity and traditional way of life “buen vivir” is possible. In these territories indigenous ancestral medicine is offered as the way to heal colonial wounds. In these territories they find the therapeutic elements to connect with humans and non-humans to heal. These territories serve as spaces for the co-creation of health practices. This panel calls for interepistemic dialogue between indigenous and non-indigenous researchers who promote multilingual research. We ask ourselves the following questions: Which ways of care and health emerge through the co-creation between human, non-human, and more-than-human actors? How can we address the imposed ‘silences’ of colonial violence in health? Which sufferings did the colony bring to indigenous territories? Which are the narratives of indigenous genocide? How to recreate a decoloniality for collective good living?


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

1.Entre lo humano y lo no humano: una escritura sin sujeto

Raúl Eduardo Cabrera Amador                         

A raíz del encuentro con una mujer integrante de una colectiva de mujeres Mayas sanadoras, que se reúnen periódicamente en diversos lugares de la península de Yucatán a compartir sus saberes e impulsar acciones colectivas en la defensa y cuidado del territorio, frente a la amenaza de los megaproyectos, nació la inquietud por ahondar en lo que llamó canalizaciones y en las prácticas rituales en las que se llevan a cabo. La pregunta acerca del lugar que ocupa la espiritualidad en los movimientos sociales, a través de expresiones como el jaguar que habla o la mujer que dice tener más de mil años, abre así una reflexión necesaria respecto a diversas formas de enunciación que obedecen a otras ontologías y modos de comprensión del mundo. Explorar metodológica y conceptualmente estos órdenes distintos de inteligibilidad y sugerir algunos puentes que acerquen una perspectiva a la otra, siguiendo la metáfora de las canalizaciones, que conectan lo humano a lo no humano, es el objeto de esta ponencia.

2. Cosmovisión y Cuidado Espiritual: Sabiduría Ancestral Misak como Política de Prevención y Bienestar en Contextos Interculturales

Adriana Maria Velasco Muelas                                     

Esta ponencia explora el cuidado espiritual en territorios indígenas desde la cosmovisión del agua del pueblo Misak, enfatizando la aplicabilidad de estas prácticas ancestrales en contextos interculturales. A través del fortalecimiento de la medicina tradicional y los rituales de armonización, se propone un enfoque integral de prevención y bienestar entretejiendo cuerpo, espíritu y territorio. La propuesta se inscribe en debates antropológicos contemporáneos como la relación humano-naturaleza, la voz de los actores no humanos y los estudios decoloniales, cuestionando la exclusión de las epistemologías indígenas en los modelos occidentales de cuidado y la forma de hacer investigación que frecuentemente excluyen las epistemologías indígenas. Se incluyen experiencias etnográficas de mi tesis y casos prácticos de mi labor como médica tradicional Misak, evidenciando cómo estas prácticas fortalecen la identidad comunitaria y ofrecen soluciones sostenibles frente a la crisis de salud global y la pérdida de biodiversidad. Analizaré las interacciones entre humanos y no humanos, entendiendo el territorio como un ente vivo y agente social. Asimismo, se presentará una metodología basada en observación participante, entrevistas con líderes espirituales y rituales de armonización, subrayando la importancia de integrar la espiritualidad indígena en las políticas de salud pública, el cuidado comunitario y la investigación intercultural.

3. El Sak Bej como propuesta de producción de conocimiento desde los cuidadores del territorio                 

Alika Nayeli Santiago Trejo                                 

Se presenta el trabajo colectivo de cuidado y sanación con comunidades mayas yucatecas de la Península de Yucatán, México, con la propuesta de producción de conocimiento desde el Sak Bej como camino indagador, sanador y de diálogo con el territorio amenazado e intervenido por megaproyectos (energéticos, agroindustría, comunicación,etc). El Sak Bej como propuesta de producción de conocimiento desde los cuidadores del territorio, sugiere reinterpretar el territorio y la realidad desde la cosmovisión maya yucateca moderna en aras de la reapropiación de los territorios despojados.

4. Etnobiografías plurales en el Pwelmapu              

Verónica Azpiroz Cleñán                 

El aroftuwe, xüf xüf o wete (baño de vapor mapuche) además de una terapia de la medicina tradicional mapuche es un instrumento para producir conocimiento nuevo. La etnobiografía plural es una innovación metodológica desde la epistemología mapuche que se genera a través del aroftuwe. Quien convoca a la conversación plural para analizar nuestro propio estado de salud-enfermedad o küme mogen (buen vivir) es la propia comunidad. La investigadora no es externa al grupo que produce conocimiento nuevo, es parte del colectivo/comunidad. A través del aroftuwe se puede evidenciar en términos científicos la eficacia clínica y simbólica que tiene la práctica terapeútica. Nombrar los silencios impuestos, los padecimientos comunes en tanto trauma colectivo en los propios espacios terapéuticos es fortalecer al sujeto político mapuche para que dialogue con el Estado.

Sala / room: U4072

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Olli Kaukonen Lindholm

Co-creaciones más allá de las humanas en las tierras bajas de América del Sur

Este panel explora cómo los pueblos indígenas y no indígenas de las tierras bajas de Sudamérica conciben distintos tipos de agentes no humanos, y cómo las interacciones entre “humanos” y “no humanos” se desarrollan en diversos contextos. Los temas abordados en las ponencias son muy variados, al igual que los enfoques teóricos adoptados por los panelistas: desde los méritos de un enfoque biodinámico, pasando por los estudios de ontologías amazónicas y la semiótica de las prácticas indígenas de tenencia de mascotas, hasta los efectos legales de concebir los cursos de agua en la Amazonía como entidades sintientes. Los participantes combinan ideas y epistemologías aparentemente inconmensurables con la esperanza de encontrar un terreno común sobre el cual construir diálogos. Geográficamente, los estudios se centran en la mitad occidental de la Amazonía, incluyendo avances comparativos sobre las interacciones entre pueblos indígenas y anfitriones europeos en Portugal, así como reflexiones de inspiración feminista sobre las relaciones entre humanos y no humanos en el Golfo de Vizcaya.

Cocriações mais-que-humanas nas Terras Baixas da América do Sul

Este painel explora como diferentes tipos de agentes não humanos são concebidos por povos indígenas e não indígenas nas terras baixas da América do Sul e como as interações entre “humanos” e “não humanos” se desenvolvem em diferentes contextos. Os temas explorados pelos artigos são abrangentes, assim como as abordagens teóricas adotadas pelos painelistas: dos méritos de uma abordagem biodinâmica aos estudos de ontologias amazônicas, passando pela semiótica das práticas indígenas de criação de animais de estimação, até os efeitos jurídicos da concepção de cursos d’água na Amazônia como entidades sencientes, os participantes reúnem ideias e epistemologias aparentemente incomensuráveis ​​na esperança de encontrar um terreno comum sobre o qual diálogos possam ser construídos. Geograficamente, os estudos se concentram na metade ocidental da Amazônia, com incursões comparativas às interações entre povos indígenas e anfitriões europeus em Portugal, e reflexões de inspiração feminista sobre as relações entre humanos e não humanos no Golfo da Biscaia.

Other than Human Co-creations in Lowland South America

This panel explores how different sorts of other-than-human agents are conceived by Indigenous and non-Indigenous peoples in lowland South America, and how interactions between ‘humans’ and ‘other-than-humans’ play out in different contexts. The themes explored by the papers are wide-ranging, as are the theoretical approaches adopted by the panellists: from the merits of a biodynamical approach to studies of Amazonian ontologies, through the semiotics of Indigenous pet-keeping practices, to the legal effects of conceiving of watercourses in Amazonian as sentient entities, participants bring together apparently incommensurable ideas and epistemologies in the hope of finding common ground upon which dialogues can be built. Geographically, studies focus on the western half of Amazonia, with comparative inroads to interactions between Indigenous people and European hosts in Portugal, and feminist-inspired reflections on human/other-than-human relations in the Bay of Biscay. 


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1.Blind Spots in the Ethnographic Gaze: Notes & Queries Toward a Biodynamic Amazonian Anthropology

Beth A. Conklin   

This paper takes up the challenge to rethink patterns of native Amazonian life by bringing more biodynamic, biospheric, biopolitical perspectives into conversations about the building blocks of Amazonian ontologies and socialities. Following the lead of my Wari’ interlocutors’ insistence on recognizing bioactive animacy as a prime quality of all relations both human and more-than-human and a driving force in social life and ritual action, I examine how the discursively-focused research paradigms that dominate lowland South American anthropology foreground Indigenous “voice” and cosmologics while silencing Indigenous bodily experience and bio-logics. Ethnographers’ implicit biases toward the authority of Western medicine and germ theory buttress this epistemological divide, shaping the research questions we ask and do not ask and the (gendered) voices to which we do and do not listen. Attending to experiential biodynamics can expand understandings of classic questions about alterity, geosocial flexibility, hospitality, and Clastrian principles of resistance to governance.

2.How to Make a Pet: Haptic Socialization of Cross-Species Mutuality among Indigenous Aché Children in Paraguay  

Jan David Hauck

Practices to incorporate the young of animals they hunt as pets into the family have been widely documented among indigenous collectives in Lowland South America (Cormier 2003; Erikson 2005; Costa 2017). Young coatis, howler monkeys, rodents, or parrots are fed alongside the family’s own children and treated as family members – their owners would never eat them despite the fact that they hunt members of the same species. Often puzzling to a Western observer, this unequal treatment of members of the same species will hardly surprise anyone familiar with Amerindians understandings of humanity and personhood. Group and species membership are not given but the products of processes of familiarization or differentiation (Descola 1994; Vilaça 2002; Santos Granero 2009; Fausto 2012). Ethnographers have pointed out the importance of eating and living together for the establishment of cross-species mutuality. Less attention has been paid to the particular linguistic and semiotic modalities through which such types of intersubjectivity is achieved across species boundaries (Mondémé 2018). For this data session I will focus on data of children in an Aché community in eastern Paraguay interacting with a baby tapir that was captured on a hunting trek. I will be looking particularly at touch (Goodwin 2017; Mondémé 2020) as a means through which children familiarize and socialize themselves and their nonhuman companions into a caring and trusting relationship.

3. Exploring local perceptions of and motivations for community-led reforestation in Amazonian Ecuador      

Katie Lois Hutchinson     

In recent years, we have moved on from a unidimensional perception of the relationship between nature and people, which emphasises nature being for people, towards a multi-layered, interdependent, bi-directional approach, which focuses on the interrelationship between nature and people. Nature-based Solutions research can help develop an understanding of these ideas. This ethnographic, socio-ecological study, carried out in partnership with Indigenous Peoples and Local Communities (IPLCs) of Kichwa identity in Tena, Amazonian Ecuador, aimed to understand which NbS-CCA are in place, if they are enhancing ecosystem health and how ancestral knowledge plays a part in NbS-CCA efforts. Also explored are the key aspects of ecosystems, their most valued constituent species with those particularly relevant to climate change and NCPs investigated, and how individuals foresee climate change adaptation transpiring in the future. Finally, the barriers and enablers of NbS-CCA are explored.

4.En las voces de río, la madre: una poética y una política de cuidado y reciprocidad                 

M. Ximena Postigo

La concepción de la vida como una relación de mutuo cuidado conforma un pensamiento que está más allá que la racionalidad moderna occidental. Más allá que —no más allá de—, explica Bautista (2005), para referir una epistemología distinta, que no es ni continuidad, ni superación ni alternativa a la occidental. Concentrada en los poemas de Ana Varela Tafur (Iquitos 1961), exploro los cuerpos de agua—el Amazonas y sus afluyentes— como entidades autónomas sentipensantes (Escobar 2014), tramadores de una ontología relacional. Aquí, los ríos forman el cuerpo-Madre que ampara el territorio de cohabitantes, humanos y no-humanos, de una memoria dolorosa: la explotación del caucho, los desplazamientos, el extractivismo y la contaminación. Este gran cuerpo-Madre compone, así, –reavivando en la memoria la vitalidad que opera incluso en la muerte– una poética que hace audible las voces ribereñas y una política que sienta el fundamento epistemológico de otra forma de civilización.


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

5. La toma de Wayús entre los Achuar del Pastaza, en la Amazonía peruana: un espacio de resistencia, aprendizaje e intercambio de conocimientos

Edgar Peas Garcia

Esta ponencia presenta una etnografía desde “adentro” o “casa”, sobre el rito de la toma de Huayús (Ilex guayusa), un espacio de resistencia, aprendizaje e intercambio de conocimientos del pueblo achuar, ubicado en la frontera entre Perú y Ecuador. Tradicionalmente, los Achuar se levantan todas las madrugadas (3 a 4 am) para tomar la Huayús, con la finalidad de limpiar sus cuerpos física y espiritualmente y comenzar el día. Sin embargo, este momento intimo que dura aproximadamente 3 a 4 horas implica un proceso más complejo, donde los conocimientos achuar son transmitidos y actualizados, y los más jóvenes aprenden sobre prácticas y actividades vitales para el buen vivir, donde los sueños tienen un lugar central. Incluso, algunos achuares que migran a la ciudad, siguen tomando la Huayús en esos lugares. Por lo que me interesa reflexionar desde la perspectiva Achuar sobre las implicaciones en los diferentes aspectos sociales, culturales y relaciones de genero relacionados a la práctica de la toma de Huayús entre los achuar del Perú. 

6.Against Erasure: Elder Whale and Human Females in Kinship bonds combating Climate Change

Begoña Dorronsoro        CANCELADO / CANCELLED     

An ongoing life experience/activist/research journey that began with the 8-year-old-me watching the skeleton of the last whale hunted in the Bay of Biscay. Eubalaena glacialis, the whale of the Basques, that got almost extinct greasing the pre-capitalist machinery. Pre-capitalist stages boosted at the cost of the exploitation of the native peoples in the Americas, and the human trafficking of enslaved black peoples across the Atlantic. Throughout Europe it was at the expense of the cloistering of women at home and the invention of the witch (FEDERICI, 2004). In recent decades scientific researchers showed that some toothed female whales share the menopause condition under the “grandmother hypothesis” (WARD et AL., 2009; CROFT et AL. 2017; CHAPMAN et AL. 2024). Could we overpass the erasure of human females in the western centred societies after a given age, by learning from other cultures, both human and non-human, in a kin relationship? (HARAWAY, 2016)

7. Navegando entre ontologias: uma exploração etnográfica do movimento indígena amazônico em Portugal

Carolina Ribeiro Araujo        

Segundo a ONU, 80% da biodiversidade mundial encontra-se em terras indígenas.  Possivelmente esse fato é correspondente ao modo de vida e cosmovisão associados a esses povos, em específico ameríndios, que consideram não-humanos com qualidades humanas, e estão em constante negociação para prosperarem na floresta. Neste entendimento, é possível explorar as diferentes perceções de natureza e cultura entre os povos ameríndios e ocidentais através do perspetivismo ameríndio. Nessa teoria, configura dois tipos de ontologias: o multiculturalismo_  tipicamente ocidental e supõe a existência de uma única natureza e de diversas culturas. Opostamente, o multinaturalismo é característico dos ameríndios e supõe uma unidade do espírito (cultura) e uma diversidade de corpos (natureza). Considerando essas diferentes ontologias, esse estudo procura compreender o diálogo entre esses sujeitos, através da vinda de comitivas indígenas para a Europa, sobretudo Portugal. A partir de uma abordagem etnográfica, pretende-se responder: esse fenômeno contribui para o enfrentamento das crises ambientais?

Sala / room: U4075

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Lygia Fernandes 

Los derechos territoriales y los desafíos del extractivismo y el cambio climático en la Amazonía

Este panel investiga distintas maneras de concebir la tierra, el territorio y los medios de creación y destrucción del paisaje en la Amazonía. Partiendo del pasado precolonial, avanzamos hacia nuevas formas de ocupación del paisaje humano de la selva amazónica. Las ponencias abordan cómo las concepciones de la tierra se desarrollan en conjunción con el trabajo de las ONG y los esfuerzos de conservación; el papel del colonialismo de asentamiento y la extracción petrolera en la redefinición de las relaciones entre la tierra y sus ocupantes; cómo la infraestructura urbana contemporánea distorsiona y destruye antiguas infraestructuras urbanas y aldeanas indígenas; y cómo el Estado instrumentaliza la legislación para tergiversar las formas indígenas de uso del territorio. El panel invita a los participantes a reflexionar sobre la intervención colonial en las formas indígenas de ocupación de la tierra, el papel de las nuevas élites y la creación indígena del territorio, que el colonialismo hoy amenaza.

Direitos territoriais e os desafios do extrativismo e das mudanças climáticas na Amazônia

Este painel investiga diferentes formas de conceber a terra, o território e os meios de construir e destruir a paisagem na Amazônia. Partindo do passado pré-colonial, caminhamos em direção a novas formas de ocupação da paisagem humana da floresta amazônica. Os artigos discutem como as concepções de terra se desenvolvem em conjunto com o trabalho de ONGs e da conservação ambiental; o papel do colonialismo de povoamento e da extração de petróleo na redefinição das relações entre a terra e seus ocupantes humanos; como a infraestrutura urbana contemporânea distorce e destrói a infraestrutura urbana e de aldeias indígenas antigas, e como o Estado instrumentaliza a legislação para interpretar erroneamente as formas indígenas de uso da terra. O painel convida os participantes a refletir sobre a intervenção colonial nas formas indígenas de ocupação da terra, as novas elites e a criação indígena da terra que o colonialismo agora ameaça.

Territorial rights and the challenges of extractivism and climate change in Amazonia 

This panel investigates different ways of conceiving of land, territory, and the means of making and destroying landscape in Amazonia. Drawing from the pre-colonial past, we move towards new forms of occupying the human landscape of the Amazonian rainforest. The papers discuss how conceptions of land develop in conjunction with the work of NGOs and conservation; the role of settler colonialism and petrol extraction in redefining relationships between the land and its human occupants; how contemporary urban infrastructure distorts and destroys ancient Indigenous urban and village infrastructure, and how the state weaponizes legislation to misconstrue Indigenous forms of land use. The panel invites participants to think of colonial intervention in Indigenous ways of occupying the land, new elites, and Indigenous creation of the land which colonialism now threatens.


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1. Precolonial forest-urbanism encounters fish spine road structure in the Purus River

Francisco Apurinã

Pirjo Kristiina Virtanen

The Upper Purus hosts numerous precolonial cultural heritage and earthwork sites connected with paths materializing a specific type of urbanity in Southwestern Amazonia. Since colonialism, Western idea of city and roads have been introduced to this region. Today, along with extended urbanization processes, an increasing number of cattle farms, agriculture, mining, and road infrastructure projects affect Indigenous territories and protected areas. The roads constructed by the dominant society’s logics expand to forked fishbone and linear patterns, allowing mobility of illegal loggers, traffickers, hunters, and fishermen. This paper presents co-designed study of the deforestation impacts of legal and illegal roads on the Apurinã territories in the period 2001–2022. It also addresses the plans to build new roads in the Purus River region, one of the last integral parts and the most biodiverse tropical forests of the planet. Among these plans, are new state road extensions from the highways BR-319 and BR-317, to link riverside municipalities to further road network. Ecologists have warned about consequent ecological collapse. As the planned roads would traverse several Apurinã territories and in their proximity, we address their possible impacts and further ecological, cultural and linguistic losses that these roads would cause in the Apurinã society. The discussion will be contextualized and contrasted to the deep past of precolonial earthwork building societies in the region, their forest-urbanism and road system.                                                                                                                                                                                                               

2. Conservation and Extractivism Amongst the Shiwiar                

Travis Fink  

This paper will explore human-environmental relationships among the Shiwiar of the Ecuadorian Amazon. The Shiwiar are a Chicham-speaking group who are characterized as an “emergent” ethnic group. Unlike other indigenous territories in the Ecuadorian Amazon, the Shiwiar territory is largely free of petroleum extraction and mining. Based on fieldwork carried out from 2021-2022 and 2025, I will discuss Shiwiar participation in programs such as SocioBosque and work with NGOs who provide economic support and infrastructure in Shiwiar communities. I will discuss Shiwiar attitudes towards conservation and their participation in extractive activities such as work in petroleum, mining, palm oil, timber, and balsa industries. I will contrast differing perspectives within Shiwiar communities regarding conservation of forest resources while facilitating economically viable transportation between urban areas and Shiwiar communities. I argue that the Shiwiar actively work to protect their territory from extraction but are constrained by a lack of economic opportunities.                                                                                                                                                                                                                 

3. Conflictos socioambientales en territorio indígena: dimensiones, nudos críticos y (des)encuentros en la Amazonía peruana               

Carlos Andrés Vera Vásquez              

En los últimos años, Loreto (región amazónica del Perú) viene siendo escenario de múltiples conflictos-sociales derivados de actividades petroleras en territorios indígenas. Éstos permanecen en el tiempo, ante la desidia e incapacidad estatal para entender y encausar la atención de demandas sociales. A partir del estudio de caso que involucra a la comunidad wampís Fernando Rosas, situada en el “Circuito Petrolero” de Loreto, profundizo la relación entre Estado-comunidad indígena. Sostengo que ésta se halla marcada por (des)encuentros que se explican y configuran en la interacción simultánea de tres dimensiones: i) ontológica, destacando formas diversas de enactuar y componer mundos; ii) epistemológica, evidenciando nudos que entrampan concepciones hegemónicas sobre lo que constituye conflicto y violencia y; iii) pragmática-operacional, revisitando alcances del diálogo, capacidades y proximidades en contextos indígenas. Este caso permite poner en cuestión distintas nociones presentes explícita e implícitamente en el conflicto y los modos institucionales de abordarlo desde las agencias gubernamentales.                                                                                                                                                                                                         

4. Lei brasileira do marco temporal: É possível superar o legado colonial por meio da reciprocidade indígena?

Julia Mariani Peres  

A Lei nº 14.701/2023 regulamentou no Brasil o “marco temporal” para a demarcação de Terras Indígenas, facultando aos indígenas o ônus de provar que ocupavam suas terras em 5 de outubro de 1988, apagando violências históricas. Essa tese ganhou força jurídica em 2009 e tem dificultado a efetivação do direito constitucional à terra tradicionalmente ocupada pelos povos originários. Apesar da reciprocidade construída por décadas entre indígenas e apoiadores para combatê-la nos âmbitos jurídico, político e social, os preceitos coloniais que sustentam o marco temporal prevalecem. A Câmara de Conciliação no Supremo Tribunal Federal, proposta em 2024 para negociar os interesses inconciliáveis entre ruralistas e indígenas, é mais um golpe à reciprocidade. Este trabalho propõe demonstrar, por meio da análise crítica de discurso, como essa Lei representa uma expressão do legado colonial tão profundo que a reciprocidade indígena, até o momento, não foi capaz de superá-lo.      


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50                                                                                                                                                                           

5. Profiting from the Rainforest: Exploitation and Conservation among Amazonian Settler-Elites

Lucas Prates

This paper explores the environmental contradictions experienced by settler-elites in the Brazilian Amazon. These settlers initially played a key role in deforesting Amazonia to establish large-scale industrial agribusiness farms. Arriving in the 1970s, they were mostly impoverished white small-scale farmers from Southern Brazil who identified as ‘settlers’ and ‘Europeans’ due to their recent immigrant ancestry. Driven by the Brazilian civil-military dictatorship (1964-85), the Green Revolution, and recent commodity booms, settlers amassed great wealth and now dominate Amazonia’s and Brazil’s economic, political, and cultural landscapes. Amid the rising international Green Finance movement, they now profit from market-based conservation initiatives, earning revenue for curbing deforestation. Drawing from eighteen months of ethnographic fieldwork among Amazonian settler-elites, this paper examines the dynamics of Payments for Environmental Services and their interaction with the elites’ deeply ingrained settler mentality. I argue that market-driven conservation initiatives are reshaping settler-elites’ environmental outlooks and creating possibilities for political change.                                                                                                                                                                                                        

6. The politics and social dynamics of food forests in 21st century Napo Ecuador

ESTA PONENCIA SE PRESENTARÁ EN EL PANEL P06 / ESTE ARTIGO SERÁ APRESENTADO NO PAINEL P06 / THIS PAPER WILL BE GIVEN IN PANEL P06

Michael Uzendoski

Edith Felicia Calapucha Tapuy            

This paper examines the concept of the “food forest” or bosque ancestral de alimentos as a historical phenomenon shaped by evolving interspecies ecological relationships within indigenous communities of Amazonian Ecuador. Specifically, we explore how the creation and maintenance of a food forest can serve as a revitalizing force for values, cultural practices, and even language. Amid threats such as legal and illegal mining, drug trafficking, deforestation, and gutierrezthe erosion of language and cultural traditions, food forests not only enhance food security but also sustain the transmission of ancestral knowledge across generations—also connecting families and people to each other and the land through shared social action.                                                                                                                                                                                                          

7. Entre Cidadania e Florestania: A Amazônia Brasileira na Perspectiva Crítica do Desenvolvimento           

Lygia Fernandes   

Ocorrida em 2006 uma disputa entre grileiros e produtores de soja, que colocou em evidência dois processos de especulação das terras na Amazonia e a devastação ambiental (produção de gado e monocultura de soy), tendo como pano de fundo a grilagem de terras públicas. Sendo os territórios em disputa na região do planalto santareno, e a região do rio Arapiuns, e áreas Federais do oeste paraense, que se tornou um campo de batalha entre madeireiros de Paragominas e seus rivais de Mato Grosso e Rio Grande do Sul. Nessa disputa pelo controle da terra, e das florestas do leste e oeste do Pará, grandes porções de floresta foram dizimadas,envolvendo diretamente cerca de 500 famílias de pequenos agricultores rurais agroextrativistas, que foram expulsas desses territórios por pistoleiros e milícias armadas, instrumentos da Violência travestida de “”progresso”” ou “”desenvolvimento””. Com a velocidade própria dos movimentos com indução econômica internacional, em menos de três anos, 80 mil hectares de floresta foram substituídos por plantações de soja, gerando lucros da ordem de 300 milhões de Reais para os responsáveis, mas às custas das comunidades locais dependentes da pesca e da Agricultura de subsistência. Pano de fundo da moratória da Soja. 

8. Conflitos Territoriais e Gestão Burocrática: Etnografia das Interfaces entre Quilombolas, Estado e Mineração no Alto Trombetas, Oriximiná, Pará, Brasil.

Juliene Pereira dos Santos

Este artigo investiga as complexas interações entre comunidades quilombolas, o Estado e empresas mineradoras na Amazônia, a partir de uma etnografia conduzida no Alto Rio Trombetas, Oriximiná, Pará. Analisa-se como os processos de mobilização por direitos e a burocracia estatal moldam os conflitos territoriais e a gestão da terra. A pesquisa enfoca a atuação do Estado e empresas de exploração mineral, identificando as contradições e disputas que emergem na regulamentação ambiental e nas políticas de titulação de territórios quilombolas. Ao mesmo tempo, discute-se a relação entre ativismos institucionais e a luta quilombola, evidenciando as estratégias locais de resistência e a reconfiguração de políticas públicas. O trabalho baseia-se em uma etnografia reflexiva que considera a posição da pesquisadora como membro da comunidade estudada, ressaltando as dinâmicas de poder que permeiam a relação entre quilombolas, burocracias e grandes projetos.

Sala / room: F3005

Organizers /Organizadores

Jan David Hauck

Alejandro Erut

Francesca Mezzenzana

Relacionarse con otros en mundos más-que-humanos: Conceptualizaciones, relaciones e interacciones

En los últimos años, ha habido un creciente interés desde la antropología en el estudio de las relaciones entre los seres humanos y los seres no humanos o más-que-humanos. Motivado parcialmente por la crisis ecológica y el deseo de recalibrar las formas en que entendemos y nos relacionamos con aquellos con quienes compartimos los entornos que habitamos, este campo de investigación se esfuerza por tomar en serio e incorporar las formas de conocimiento no occidentales, especialmente las indígenas, como un intento de avanzar en agendas de investigación, teorías y metodologías descolonizadoras. Esta investigación abre el interrogante de cómo se conceptualizan las entidades no humanas, incluyendo cuestiones como la personalidad, la intencionalidad y la teoría de la mente. Sin embargo, categorías como humano, animal, planta, ser vivo, tipo abiótico y similares a menudo todavía se entienden como estáticas o absolutas, y las distinciones entre ellas siguen basándose en la comprensión occidental de las especies. Esta perspectiva estática contradice muchas cosmologías indígenas, que con frecuencia se describen como “relacionales” (Bird-David 1999; Ingold 2011), y en las cuales las categorías de humanidad y no humanidad son “condiciones” (Descola 1994, 93) sujetas a cambios según estas configuraciones relacionales (Viveiros de Castro 1998). En este sentido, el esfuerzo por abordarlas nos obliga a replantear nuestras agendas de investigación y las preguntas que planteamos. Si la igualdad y la diferencia son productos de procesos de familiarización o diferenciación, y si la reciprocidad entre especies se establece a través de la alimentación y la interacción de manera amorosa, cariñosa y lúdica (Vilaça 2002; Fausto 2007; Santos Granero 2009; Costa 2017), entonces las cuestiones ontológicas de la conceptualización deben pensarse junto con las cuestiones de responsabilidad ética, empatía y relaciones de cuidado (Mezzenzana y Peluso, 2023). Este panel busca contribuciones que discutan estos temas a través de estudios de caso etnográficos empíricos o desde una lente teórica y comparativa. Entre las preguntas que plantea el panel se encuentran: ¿Cómo impacta la comprensión de la personalidad, la humanidad, la agencia o la intencionalidad en las prácticas cotidianas de relacionarse con entidades no humanas? ¿Qué prácticas e interacciones cotidianas dan forma a la comprensión y los sentimientos hacia las entidades no humanas? ¿Cómo se sostienen las relaciones particulares con los no humanos o con otros no humanos, y cómo pueden cambiar? ¿Cómo impactan los cambios ecológicos o socioeconómicos más amplios en las relaciones de las diferentes comunidades con otros habitantes de su entorno?

Relacionando-se com outros em mundos mais-que-humanos: Conceituações, relacionamentos e interações

Nos últimos anos, a pesquisa antropológica sobre as relações dos seres humanos com os seres não-humanos ou mais-que-humanos cresceu muito. Parcialmente motivado pela crise ecológica e pelo desejo de recalibrar as maneiras como entendemos e nos relacionamos com aqueles com quem partilhamos os ambientes que habitamos, este campo de investigação esforça-se por levar a sério formas de conhecimento não-ocidentais, especialmente dos povos Indígenas, como uma tentativa de avançar agendas, teorias e metodologias de investigação descolonizadoras. Esta pesquisa abre a questão de como as entidades não humanas são conceituadas, incluindo questões de personalidade, intencionalidade e teoria da mente. Mas categorias como humano, animal, planta, ser vivo, tipo abiótico e semelhantes ainda são muitas vezes entendidas como estáticas ou absolutas, e as distinções entre elas ainda se baseiam na compreensão ocidental das espécies. Esta perspectiva estática vai contra muitas cosmologias indígenas que têm sido frequentemente descritas como “relacionais” (Bird-David 1999; Ingold 2011), e onde as categorias de humanidade e não-humanidade são “condições” (Descola 1994, 93) e sujeitas a mudanças dependendo de configurações relacionais (Viveiros de Castro 1998). O esforço para abordá-los obriga-nos a repensar as nossas agendas de pesquisa e as questões que nos colocamos. Se a igualdade e a diferença são produtos de processos de familiarização ou diferenciação, e se a reciprocidade entre as espécies se estabelece através da alimentação e da interação de forma carinhosa, afetuosa e lúdica (Vilaça 2002; Fausto 2007; Santos Granero 2009; Costa 2017), então questões ontológicas de conceituação devem ser pensadas em conjunto com questões de responsabilidade ética, empatia e relações de cuidado (Mezzenzana e Peluso, 2023). Este painel busca contribuições que discutam essas questões por meio de estudos de caso etnográficos empíricos ou de lentes teóricas e comparativas. Entre as perguntas feitas pelo painel estão: Como a compreensão da personalidade, da humanidade, da agência ou da intencionalidade impacta as práticas cotidianas de relacionamento com entidades não humanas? Que práticas e interações cotidianas moldam a compreensão e os sentimentos em relação às entidades não humanas? Como são sustentadas relações específicas com não-humanos ou mais-que-humanos e como podem mudar? Como é que as mudanças ecológicas ou socioeconómicas mais amplas impactam as relações das diferentes comunidades com outros habitantes do seu ambiente?

Engaging with Others in More-Than-Human Worlds: Conceptualizations, Relations, and Interactions

Over the past years there has been an increase in anthropological research on the relationships of humans with nonhuman or other-than-human beings. Motivated partly by the ecological crisis and the desire to recalibrate the ways in which we understand and engage with those with whom we share the environments we inhabit, much of this research strives to take seriously non-Western, especially Indigenous ways of knowing in efforts at advancing decolonizing research agendas, theories, and methodologies. At the center of this research has been how nonhuman entities are conceptualized, including questions of personhood, intentionality, and Theory of Mind. But categories such as human, animal, plant, living being, abiotic kind, and the like are often still understood to be static or absolute, and distinctions between them still based on Western understandings of species. This runs counter to many Indigenous cosmologies that have frequently been described as “relational” (Bird-David 1999; Ingold 2011), in which the categories of humanity and nonhumanity are “conditions” (Descola 1994, 93) and subject to change depending on relational configurations (Viveiros de Castro 1998). Taking them requires us to rethink our research agendas and the questions we ask. If sameness and difference are products of processes of familiarization or differentiation, and if cross-species mutuality is established through feeding and interacting in loving, caring, and playful ways (Vilaça 2002; Fausto 2007; Santos Granero 2009; Costa 2017), then ontological questions of conceptualization need to be thought together with questions of ethical responsibility, empathy, and relations of care (Mezzenzana and Peluso, 2023). This panel seeks contributions that discuss these issues through empirical ethnographic case studies or a theoretical, comparative lens. Among the questions the panel asks are: How do understandings of personhood, humanity, agency, or intentionality impact everyday practices of relating to other-than-human entities? What everyday practices and interactions shape understandings of and feelings towards other-than-human entities? How are particular relations with nonhumans or other-than-humans sustained and how can they change? How do broader ecological or socioeconomic changes impact the relations of different communities with other inhabitants of their environment? 


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1.Ontological Metamorphoses and the Architecture of Human Ontological Commitments

Alejandro Erut                                  

Ontological metamorphoses—the transformation of one kind (e.g., artifact, substance, animal) into another—are rare occurrences in nature. It seems unlikely that human cognition has evolved specialized mechanisms to process these improbable events. However, their prevalence in myths, folk tales, and fantastic stories across cultures suggests an inherent ease with which human psychology represents such transformations (Kelly & Keil, 1985; Lévi-Strauss, 1983). This cognitive proclivity raises questions about how humans conceptualize relations among different ontological kinds. By examining cross-cultural perspectives on ontological transformations—comparing participants from the United States and Shuar-Achuar communities—this study investigates the universality or variability of human ontological commitments. Specifically, it explores how assessments of the “”likeliness”” of transformations reveal implicit measures of ontological distance between kinds (Griffiths, 2015). The findings aim to illuminate the ways ontological categories are structured within psychological and cultural frameworks, contributing to broader anthropological debates on relational ontologies and human-nonhuman interactions.          

2. Considering Diversity and Practice in Conceptions of Non-Humans in a Matsigenka Community           

Caissa Revilla-Minaya                               

People’s environmental conceptions influence the manner in which they engage with the world around them and are fundamental to processes of environmental decision-making. In order to fully grasp the meaning of such conceptions, ontological approaches exhort anthropologists to reconceptualize their own notions in order to understand people’s statements. These theoretical postures, however, have been criticized for their emphasis on radical alterity and for portraying ontologies as homogeneous and static, ignoring cultural change and ethnographic heterogeneity, typical of anthropological research. This presentation addresses this criticism by considering diversity and practice as constitutive of ontologies, and empirically exploring conceptions of non-human beings held by members of an Indigenous Matsigenka community in Amazonian Peru. Such an understanding of these diverse, enacted conceptions sheds light on nuances of how humans, non-humans and more-than-human beings interact in the Matsigenka world.   

3. ‘When Gold Enters the Blood’: Life, Labour, and Relations to Minerals in the Brazilian Amazon             

Kieran Gilfoy                 

Garimpagem (wildcat mining) has become a pernicious and maligned reality throughout much of the Amazon. At a time of global ecological crisis, their labour and livelihoods are consequential. This paper attempts to grapple with such challenges by investigating the ontological and ‘more-than-human-worlds’ that garimpeiros inhabit, in particular how gold creates existential imperatives between young men who wander in search of it. Drawing from fieldwork and ethnographic research in the Tapajós valley of Brazil – a long-standing mining region of the Amazon – the paper investigates how gold becomes an agential being for garimpeiros and, in doing so, creates relations of pain and joy, of despair and possibility, that transform labour into ‘ways of being’. If ecological crisis is to be taken and addressed seriously, it must reckon with and be informed by the various social worlds buried beneath the canopy and how these groups come to see and engage with the rainforest.

4. Sobre caminos humanos: apuntes sobre una teoría ye’kwana de la mente y la atención

Luis García Briceño

Los Ye’kwana, un grupo de lengua caribe del Amazonas venezolano, utilizan extensamente el concepto de camino o tubo para articular múltiples ideas sobre el mundo. En especial entre personas mayores, esta noción es central en su comprensión de procesos cognitivos y atencionales, los cuales son fundamentales para las concepciones ye’kwana de la humanidad y para las relaciones con entidades más-que-humanas. Un elemento clave es la idea de pensamientos que siguen un camino: caminar en una trayectoria de humanidad supone mantener la atención en acciones y en estímulos del entorno considerados como humanizantes, mientras que su distracción por influencias no propiamente humanas puede implicar una desviación ontológica. Esta ponencia se suma al creciente interés desde la antropología del Amazonas indígena por las conceptualizaciones locales alrededor de la noción de “camino/tubo”, destacando su centralidad en las intelectualizaciones ye’kwana sobre percepción y atención.


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

5. La dieta, contemplative practice, and relationship-building in Peru’s upper Amazon

Olivia Marcus                                

The dieta is an intensive practice among some mestizo and Indigenous peoples in Peru which can be considered an Amazonian form of study, training, and a contemplative practice that foregrounds the cultivation of relationships with other-than-human beings. While the dieta is also often used for healing, apprenticeship, or as an initiation, it is fundamentally about creating and sustaining other-than-human relationships among both living (e.g., plants) and abiotic (e.g., synthetic perfumes) beings. The concept that one can create meaningful and powerful relationships with other-than-humans might seem to represent a radical break from non-Indigenous ontologies, yet dieta practices have become increasingly popular among non-Indigenous foreigners. Based on fieldwork in the upper Peruvian Amazon, I discuss the ways in which the dieta informs – and possibly transforms – understandings of how to create relationships, with what kinds we can create relationships, and the ethical obligations these relationships are predicated on. 

6. Plants as quantum beings: Entangled Meanings in Amazonian Realities      

Aleksandra Iczetkin                              

Plants in Indigenous amazonian cosmologies and animistic ontology are perceived not only as botanical entities but also as sentient, agential beings, embedded in networks of interspecies communication. Drawing on Viveiros de Castro’s perspectivism and Descola’s worlding the aim of this paper is to explore Amazonian plants as quantum signs – dynamic and multi-dimensional beings whose meanings are in superpositions, unfolding through ecological, cultural, and ritual interactions. Integrating quantum concepts such as entanglement I propose that plants embody potentialities that materialize within specific contexts and relations, including indigenous knowledge systems. This approach not only offers a new venue to the interpretation of Indigenous cosmologies, daily practices and the place of plants but also introduces a new way of reading – quantum semiotics – for examining the relation between human and non-human beings and the manner in which they might communicate. The study combines ethnobotanical data, with ecosemiotic and quantum theory.     

7. Damming a River in a Relational World: Socio-Ecological Transformations of Pewenche People and their Land         

Elena Palma                  

Pewenche people of Alto BioBio (Chile) have historically weaved close relationships with their territory and the itrofill mongen – everything that exists. Anthropologists have described Mapuche’s ontology as “animist,” as they attribute personhood and agency to nonhumans (forests, rivers, plants, stones, animals), each one having a ngen – master’s spirit. The interactions are usually defined with respect, care, and reciprocity. Alto BioBio was targeted by international companies to make use of “natural resources.” During the 1990s and early 2000s, two dams were built on the BioBio river. This meant a drastic change in how people related to it. A river described as “a dear friend, someone you could trust” was then “untrustworthy, unpredictable”. How have dams changed the Pewenche’s relationship with rivers and other nonhuman beings? And how do they respond to these changes? This paper discusses these questions.


SESIÓN / SESSION 3

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

8. The Agency of Other-than-Humans in the Context of Fasting  

Markos Panayiotou                              

Building on ethnographic research, it becomes evident that practices of ayuno or sasina not only aim to promote specific behaviors, such as abstaining from certain foods or sexual activity, but also seek to foster (good) relationships with spirit dueños (cf. Kohn 2002: 363f; Uzendoski 2005: 31f). These fasting practices are deeply embedded in broader networks of multispecies interactions, in which (healing) agency is distributed between different entities. My goal is to understand how such fasting practices shape the interactions, relationships and perceptions of other-than-human entities in Napo. These include other animals and plants, as well as spirits inhabiting surrounding forests and rivers.             

9. Passos que Corporificam Lugares: Habitando Múltiplos Modos de Existir    

Nayara da Silva                              

Esta pesquisa propõe uma descrição etnográfica dos encontros com mulheres quilombolas das comunidades de Laranjal e Cambambi, em Mato Grosso, Brasil. O objetivo é reativar os modos de habitar que surgem dessas interações, que envolvem relações com a lua, a água, as cobras, o Troa e os lugares guardados pelos seus “”donos””. Entre essas interações, destaca-se a “”mãe do corpo””, uma força que assume a forma de uma centopeia e percorre os corpos das mulheres em momentos relacionados ao sangue. De forma semelhante, os territórios quilombolas são guardados por seus donos, que habitam e movimentam os lugares. Essas presenças exigem respeito entre os diversos modos de viver. A pesquisa busca compreender como os corpos e os territórios se entrelaçam, destacando que o caminhar não é previamente definido, mas surge na imprevisibilidade do que se encontra. Estamos, assim, sujeitos ao que nos afeta nesse vínculo, que nos atravessa e transforma.           

10. Troubling with “Species”: Assessing established terms through Mebengokré-Kayapó embodied knowledge

Taynã Tagliati                  

While “multispecies relations” and “more-than-human relations” are sometimes used interchangeably, criticisms have been pointed out. Some researchers avoid using the term “multispecies” due to its inherent connections to the Western understanding of “species” and its colonial implications. Here, I explore the applicability of such terms in the Mebengokré-Kayapó knowledge system. If, on the one hand, the biological concept of “species” may sound odd to Mebengokré-Kayapó people, on the other hand, they also developed classifications and taxonomies to engage with other beings. It intertwines with the relational character of the “human” category and notions of personhood, which, in the Mebengokré-Kayapó case, necessarily implicates bodily interacting with more-than-humans, appropriating their qualities. I wish not only to focus on commensurability between regimes of knowledge but also to actively suggest appropriating and adapting scientific terms to fit Indigenous knowledge, instead of the other way around. By troubling established concepts, partial connections between knowledge systems are built, enabling Indigenous voices.

Sala / room: F3010

Organizadores / organizers

Anne-Katrin Broocks

Axel Prestes Dürrnagel

Artur Sgambatti Monteiro

Claudia Pinzón Cuellar

Convivialidad forestal y co-creación en tiempos de violencia, muerte y supervivencia

La transformación de la convivialidad forestal (Illich 1973) es un fenómeno contemporáneo significativo en la región amazónica. La expansión de nuevos conocimientos y prácticas en las fronteras capitalistas (Tsing 2003) está provocando alteraciones sustanciales tanto entre las personas como en la relación entre estas y la naturaleza (p. ej., de Almeida 2007), incluyendo, por ejemplo, la agricultura a gran escala, la ganadería, la minería, el crimen organizado y la comercialización de créditos de carbono. Todo ello convierte a los bosques tropicales en una «mercancía», silenciando las necesidades de los cuerpos forestales vivos, los cuales permanecen atrapados en el dualismo colonial entre cultura y naturaleza (Haraway 1991; Latour 1993 [1991]). Además, el cambio climático afecta la convivialidad en los bosques, provocando violencia entre especies, movilidades multi-especie y (des)apariciones. Los objetivos del panel son: a) examinar las transformaciones en las convivencias forestales y b) explorar el potencial de la co-creación de conocimiento en contextos de violencia, muerte y supervivencia multi-especie dentro de los bosques tropicales. Invitamos especialmente al debate sobre los bosques multi-especies como mundos de vida, entendidos como una “mimicry/imitación (colonial)” (Bhabha 1984:126): mundos de vida moldeados por influencias (post)coloniales, incluyendo la violencia epistémica y otras formas de violencia, que se mimetizan con el mundo exterior como forma de protección (Broocks, Barragán-Paladines et al. – entregado). Nos interesa indagar cómo la co-creación podría y debería revelar prácticas ancestrales ocultas al ‘ojo postcolonial’ (Bhabha 1984:126) de la política y las hegemonías, así como a la mirada de la ciencia (ibid.). Para ello, invitamos contribuciones desde diversos enfoques metodológicos y teóricos, ejemplos empíricos de los bosques tropicales, así como aproximaciones artísticas o experimentos novedosos que puedan fomentar transformaciones hacia la mutualidad, la reciprocidad y la resistencia.

  • Bhabha, H. (1984). Of mimicry and man: The ambivalence of colonial discourse.
  • de Almeida, M. W. B. (2007). “Narrativas agrárias e a morte do campesinato.” RURIS (Campinas, Online) 1.
  • Haraway, D. J. (1991). A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century. Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature New York, Routledge: 149-181.
  • Illich, I. (1973). Tools for Conviviality. New York, Harper & Row.
  • Latour, B. (1993 [1991]). We have never been modern. Cambridge, Harvard University Press.
  • Tsing, A. L. (2003). “Natural Resources and Capitalist Frontiers.” Economic and Political Weekly 38(48): 5100-5106.

Convivialidade e cocriação na floresta em tempos de violência, morte e sobrevivência

A transformação da convivialidade na floresta (Illich 1973) é um fenômeno contemporâneo significativo na região amazônica. A expansão de novos conhecimentos e práticas nas fronteiras capitalistas (Tsing 2003) está dando origem a alterações substanciais entre as pessoas, bem como entre as pessoas e a natureza (e. g. de Almeida 2007), incluindo, por exemplo, agricultura em larga escala, pecuária, mineração, crime organizado ou comercialização de créditos de carbono. Esses fatores transformam as florestas em uma “mercadoria”, silenciando as necessidades dos corpos florestais vivos entrincheirados no dualismo colonial entre cultura e natureza  (Haraway 1991, Latour 1993 [1991]). Além disso, as mudanças climáticas afetam a convivialidade nas florestas, causando violência entre espécies, mobilidades multiespécies e (des)aparências. O objetivo do painel é, portanto, duplo: a) examinar as transformações nas convivências florestais e b) explorar o potencial da cocriação de conhecimento na violência, morte e sobrevivência multiespécies nas florestas. 

Abordamos especialmente para a discussão as florestas multiespécies como mundos de vida “miméticos (coloniais)” (Bhaba 1984:126): mundos de vida que foram moldados por influências (pós-) coloniais, incluindo formas epistêmicas e outras formas de violência, e imitados para o mundo exterior como uma forma de proteção (Broocks, Barragán-Paladines et al. (no prelo)). Estamos interessados em aprender como a cocriação poderia e deveria revelar práticas ancestrais que estão ocultas do ‘olho pós-colonial’ (Bhaba 1984:126) da política e das hegemonias, bem como do olho da ciência (ibid.). Para isso, convidamos diversas contribuições de todos os pontos de entrada metodológicos e teóricos, exemplos empíricos das florestas, abordagens artísticas ou novos experimentos que possam possibilitar transformações em direção à mutualidade, à reciprocidade e à resistência.

  • Bhabha, H. (1984). Of mimicry and man: The ambivalence of colonial discourse.
  • de Almeida, M. W. B. (2007). “Narrativas agrárias e a morte do campesinato.” RURIS (Campinas, Online) 1.
  • Haraway, D. J. (1991). A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century. Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature New York, Routledge: 149-181.
  • Illich, I. (1973). Tools for Conviviality. New York, Harper & Row.
  • Latour, B. (1993 [1991]). We have never been modern. Cambridge, Harvard University Press.
  • Tsing, A. L. (2003). “Natural Resources and Capitalist Frontiers.” Economic and Political Weekly 38(48): 5100-5106.

Forest Conviviality and Co-creation in Times of Violence, Death and Survival

The transformation of forest conviviality (Illich 1973) is a significant contemporary phenomenon in the Amazon region. The expansion of new knowledge and practices in Capitalist frontiers (Tsing 2003) is giving rise to substantial alterations among people as well as between people and nature (e. g. de Almeida 2007), including for example large-scale agriculture, livestock, mining, organized crime or carbon credits commercialization. These turn forests into a ‘commodity’, silencing the needs of living forest bodies entrenched in the Colonial dualism between culture and nature (Haraway 1991, Latour 1993 [1991]). A changing climate additionally affect forests conviviality, causing interspecies violence, multispecies mobilities and (dis)appearances. The panel objective is therefore twofold: a) to examine the transformations in forest convivialities, and b) to explore the potential of knowledge co-creation in multispecies violence, death and survival within forests. We especially invite for the discussion of multispecies forests as “(colonial) mimicry” (Bhaba 1984:126) lifeworlds: lifeworlds that have been shaped by (post-) colonial influences, including epistemic and other forms of violence, and mimicked to the outside world as a form of protection (Broocks, Barragán-Paladines et al. (submitted)). We are interested in learning how co-creation could and should reveal ancestral practices that are concealed from the ‘postcolonial eye’ (Bhaba 1984:126) of politics and hegemonies, as well as from the gaze of science (ibid.). To do so, we invite diverse contributions from all methodological and theoretical entry points, empirical examples from the forests, artistic approaches, or novel experiments which may enable transformations towards mutuality, reciprocity and resistance.

  • Bhabha, H. (1984). Of mimicry and man: The ambivalence of colonial discourse.
  • de Almeida, M. W. B. (2007). “Narrativas agrárias e a morte do campesinato.” RURIS (Campinas, Online) 1.
  • Haraway, D. J. (1991). A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century. Simians, Cyborgs and Women: The Reinvention of Nature New York, Routledge: 149-181.
  • Illich, I. (1973). Tools for Conviviality. New York, Harper & Row.
  • Latour, B. (1993 [1991]). We have never been modern. Cambridge, Harvard University Press.
  • Tsing, A. L. (2003). “Natural Resources and Capitalist Frontiers.” Economic and Political Weekly 38(48): 5100-5106.

SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

1. Phenomenology of place and the role of the lived body for meaningful co-creation in human-environment research

Axel Prestes Dürrnagel    

Conviviality among forest peoples (povos da floresta) and their relationships with their natural environment are increasingly transformed by the neoliberal rationale of the commodification of nature, ultimately leading to the abstraction and alienation of socio-ecological relations. Focusing on the phenomenological concept of place, this contribution provides an epistemological entry point for research to reengage with the natural world and to understand the subjective meaning it imparts to individuals and groups. Building on research in the Chico Mendes Extractive Reserve in Brazil, it highlights the importance of people’s lived experiences and the knowledge gained through their everyday interactions with the environment. The role of the lived body as the essential medium for experiencing the world in its material and social qualities is foregrounded, making it possible to perceive and describe the non-visible and non-discursive features of the forest, which are mostly silenced by the commodification of nature. The results, co-created with the residents, reveal the “sense of place” of the forest and reaffirm identities while contributing to community-based tourism in the reserve. This contribution provides a bridge to overcome the dualism between culture and nature and sheds light on a neglected approach to human-environment research.

2. Rainforest neighborhoods: dynamic spaces between memory and the future

Claudia B. Pinzón Cuellar          

In the Chico Mendes Extractive Reserve (CMER), rubber tappers developed a specific rainforest neighborhood through their relationship with the territory that still endures today. Nevertheless, deforestation and a lack of interest in community meetings is growing inside the CMER, provoking social and ecological fragmentation. To keep the rainforest alive, the traditional populations, the seringueirxs, are asked to remain involved in extractivist practices and social organization is key in enhancing their living conditions. However, today’s young extractivists in the CMER are involved in “rurban” realities: technologies such as social networks connect them to urban actors, at the same time they know where the limits between their `colocações´ are without using the internet. In this way, the rainforest is read through intergenerational knowledge passed oraly as well as through new tools like cellphones and motorcycles. How do young people blend past and future to create their own place and forms of belonging? 

3. Co-Creations of long gone Futures – Retelling the Story of the Gold(s)

Anne-Katrin Broocks

A number of gold jewellery sets are on display at Lima airport. One is labelled ‘Raymi’, Quechua for ‘festival’, and features motifs from the pre-Columbian era. The designation of a gold set as ‘festival’ in an indigenous language is, at the very least, an incongruous choice of naming. An element of great significance to Cristobal Colón, the idea that gold is a ‘treasure’ has been the catalyst for a series of events that have shaped the course of colonialism through displacement, death and destruction. This is the account in the scientific literature. But has the story already been told from the perspective of the gold that was stored in the soil and is now brought to light? Do we know enough feminine, slave and indigenous perspectives, also in the search for green and black gold? the idea that ‘nature’ holds treasure, how might an Amazonian future have unfolded? 

4. From Commodification to Conviviality: Indigenous strategies for Navigating Benefit Sharing

Artur Sgambatti Monteiro                

This proposal examines the socio-environmental impacts of market based conservation strategies on the edges of the deforestation arch in the Amazon, focusing on Acre/Brazil. Although global conservation strategies are often shaped on international discussions, the burdens of these approaches fall disproportionately on indigenous peoples and local communities, who have historically upheld sustainable practices and protected the nature. Rather than simply resisting commodification, these communities are organizing to strategically leverage international agreements, such as Acre’s jurisdictional REDD+ program, to secure recognition and support for their claims. By reclaiming narratives and asserting their perspectives within these frameworks, they aim to protect their territories and enhance their role in forest governance. The presentation explores indigenous action conservation and self-determination strategies, histories, and storytelling as tools for strengthening territorial conviviality, framing co-creation as a transformative pathway to equitable, sustainable forest management amidst market pressures.    

Sala / room: U3039

Organizadores / organizers

Casey High

Suzanne Oakdale

Co-creaciones en el cosmopolitismo amazónico

Ya sea en la política, la educación, el trabajo o la migración urbana, la vida en gran parte de la Amazonia actual incluye relaciones que se extienden mucho más allá de las comunidades indígenas locales. Este panel explora diversos proyectos cosmopolitas de co-creación en los que los indígenas amazónicos se comprometen, impugnan y reconfiguran ideas e intereses externos. Tratar con la sociedad colonial, las instituciones estatales o los actores internacionales implica a menudo traducir los conceptos y valores indígenas a un lenguaje modernista, ya sea del desarrollo extractivista, de la conservación medioambiental o del patrimonio cultural indígena. El panel se centra en los retos y la creatividad que conlleva un cosmopolitismo marcadamente amazónico, planteando cuestiones sobre lo que estos compromisos significan para los pueblos indígenas, sus posibles consecuencias y qué voces podrían ser silenciadas o ignoradas en este proceso. Invitamos a presentar trabajos que se basen en estos contextos para reflexionar sobre conceptos clave identificados en la etnografía regional, así como en los discursos dominantes nacionales y globales que forman parte cada vez más de las prácticas indígenas de co-creación. Dado que los antropólogos —y sus propios actos de traducción— son parte de este proceso, también planteamos la cuestión del papel que nuestra investigación y nuestras relaciones en el trabajo de campo deben tener en estas prácticas cosmopolitas indígenas.

Co-Criações no Cosmopolitismo Amazônico

Seja na política, na educação, no trabalho ou na migração urbana, a vida em grande parte da Amazônia hoje inclui relacionamentos que vão muito além das comunidades indígenas locais. Este painel explora diversos projetos cosmopolitas de cocriação nos quais os povos indígenas da Amazônia se envolvem, contestam e reconfiguram ideias e interesses externos. Lidar com a sociedade colonialista, instituições estatais ou atores internacionais geralmente envolve a tradução de conceitos e valores indígenas em uma linguagem modernista, seja de desenvolvimento extrativista, conservação ambiental ou patrimônio cultural indígena. O painel enfoca os desafios e a criatividade que vêm com um cosmopolitismo distintamente amazônico, levantando questões sobre o que esses compromissos significam para os povos indígenas, suas possíveis consequências e quais vozes podem ser silenciadas ou ignoradas nesse processo. Convidamos artigos que se baseiem nesses contextos para refletir sobre os principais conceitos identificados na etnografia regional, bem como sobre os discursos nacionais e globais dominantes que fazem cada vez mais parte das práticas indígenas de cocriação. Como os antropólogos – e seus próprios atos de tradução – muitas vezes fazem parte desse processo, também levantamos a questão do papel que nossa pesquisa e nossas relações no trabalho de campo devem ter nesses práticas cosmopolitas indígenas.

Co-Creations in Amazonian Cosmopolitanism

Whether in politics, education, work or urban migration, life in much of Amazonia today includes relationships that extend well beyond local Indigenous communities. This panel explores diverse cosmopolitan projects of co-creation in which Indigenous Amazonian people engage, contest and reconfigure external ideas and interests. Dealing with settler-colonial society, state institutions or international actors often involves translating Indigenous concepts and values into a modernist language – whether that of extractivist development, environmental conservation, or Indigenous cultural heritage. The panel focuses on the challenges and creativity that come with a distinctly Amazonian cosmopolitanism, raising questions about what these engagements mean for Indigenous peoples, their potential consequences, and what voices might be silenced or ignored in this process. We invite papers that draw on these contexts to reflect on key concepts identified in regional ethnography, as well as dominant national and global discourses that are increasingly part of Indigenous practices of co-creation. Since anthropologists – and their own acts of translation – are often part of this process, we also raise the question of role our research and relationships in fieldwork should have in these Indigenous cosmopolitan engagements.


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1.Health promoters as cosmopolitan mediators

Andrea Bravo                                        

This paper discusses the role of indigenous health promoters in the Ecuadorian Amazonia as mediators between diverse health cosmopolitics. Young bilingual health promoters emerge as contemporary experts in translating local health needs and perspectives. However, their interactions with health professionals often lead to tensions and mistrust due to longstanding inequalities in knowledge, social class, and ethnicity within healthcare systems. This paper examines a co-creation project with Waorani health promoters launched during the Covid19 pandemic. It uses this case study to explore how young Waorani leaders understand and address various levels of trust and mistrust surrounding new diseases and health-related actions. Furthermore, the paper underscores the vital role of female leadership in recent advocacy efforts to protect health and life among the Waorani people, providing insights into the gendered dynamics of cosmopolitan leadership in these processes. The paper ends with a discussion of how indigenous health promoters navigate urban environments.

2.Cosmopolitan Co-Creations in Indigenous Research and Eco-Politics           

Casey High         

This paper explores a collaborative project to document the Waorani language as a process of co-creation that both engages and exceeds conventional interests in anthropology and linguistics. It describes how, as researchers, a group of young Waorani adults from the Ecuadorian Amazon became skilled videographers, translators and linguists as they recorded more than 100 hours language videos in their home communities. In describing what they came to see as the value of the recordings -whether the stories of elders or political speeches – I consider what a specifically Waorani investment in ethnographic research looks like. These engagements provide lessons for how non-indigenous researchers and allies might rethink processes of co-creation and collaboration in Amazonia today. They also show how this work can become part of increasingly cosmopolitan engagements beyond academic research, including an Indigenous environmental politics that challenges extractive economies.                                                                                                                                                          

3. Maisangara No More: The Cosmopolitics of Kukama Music Videos in Peruvian Amazonia 

Gabriel Torrealba Alfonzo                         

This paper analyzes the politics and aesthetics of Kukama music videos in Peruvian Amazonia. It explores the case of Radio Ucamara (a radio station from the town of Nauta) and their videomaking strategies to confront environmental damage. Radio Ucamara pop songs and videoclips are co-creations produced through collaborative dynamics that include multiple local and international actors. Moreover, videoclips are artistic creations that seek to musically communicate with both allies (national and global activists) and enemies (state and oil companies). Building on debates around the “Middle Ground” concept and cosmopolitical approaches in anthropology, I explore the way Kukama media-makers use the cosmopolitanism of pop music to cultivate alliances with global environmentalism and invoke cosmological agents in environmental discourses. I contribute to these debates by drawing on Jonathan Hill’s concept of “musicalization” as an analytical framework to shed light on how Indigenous Amazonian actors rely on aesthetic mastery to build political power.                                                                                                                                                

4.The creation of the ‘Korubo people’: isolation, contact and power

Juliana Oliveira Silva                  

This paper discusses a cosmopolitan project of the Korubo of the Vale do Javari Indigenous Land (Amazonas, Brazil), focused on their relationship with the state. Between 1996 and 2019, different families were contacted at six separate events. From the state’s point of view, these groups have become a ‘recently contacted people’, while a smaller portion of the same people remain ‘isolated’. From the Korubo point of view, this scenario of multiple contacts is conceived through the opposition between xëni (old/mature) and paxa (new/immature). Those contacted in 1996 and their descendants are xëni, while the paxa were contacted later. Xëni and paxa correspond to specific attributes such as anger management and access to goods and non-indigenous knowledge. Based on the xëni-paxa opposition, a set of senior women, the matxo, create and recreate marriages that bring xëni and paxa people together. Finding it difficult to deal with women chiefs, the state has encouraged the creation of new male figures for interlocution: the ‘Korubo caciques’ (leaders) who are the sons, grandsons, husbands and sons-in-law of the matxo. Among the matxo, the Maya matriarch stands out: a creative manager of temporal disjunction (old and new), who transforms what were once distinct family groups into a network that is in the process of becoming the ‘Korubo people’.      


SESIÓN / SESSION 2   

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50                                                                                                                                          

5.Connectivity Refigured: Co-reating Biodiversity Data in Southern Guyana

R. Elliott Oakley      

Reuben Yamochi

Conservation priority setting in Amazonia continues to privilege large intact forest landscapes with high levels of biodiversity. Despite increased recognition and support for Indigenous land tenure and Traditional Ecological Knowledge within global conservation NGOs and multilateral frameworks, the search for undesignated lands maintains “empty” lands as the ideal potential conservation landscape. Examining a biodiversity assessment in southern Guyana, this paper situates the production of biological data in the social fabric connecting Indigenous communities across the Brazil, Guyana and Suriname, as well as the specific knowledge and experiences of the Indigenous experts who participated in it. It asks how complex social histories of Indigenous exchange and movement can enable yet also unsettle Western scientific discourses on connectivity and corridors for conservation and biodiversity.                                                                                                                                                                                                                                      

6. Amazonian Positivism

Suzanne Oakdale                                     

Early involvement in the rubber industry gave Tupi-speaking Kawaiwete (Kayabi) a unique understanding of Brazilian frontier society as well as language skills. When central Brazil, including their home territories, was the focus of the mid-twentieth century “March to the West”, they were sought out as intermediaries and enlisted in the process of contacting of more isolated indigenous peoples. This paper looks at narratives from participants in these mid-century projects focusing on how indigenous participants came to translate some of the positivistic ideas orienting contact missions into more Amazonian understandings of inter-ethnic sociability and hostility. Attention is given to the role of skin treatments, food, language, and silence.                                                        

7. Pensando y Construyendo la plurinacionalidad desde la Amazonia                                                                          

Malvika Gupta         

Katy Machoa

En Ecuador el precepto constitucional de plurinacionalidad representa la síntesis de un largo proceso de lucha y resistencia de los pueblos y nacionalidades. Más alla de su interpretación judicial en el marco de un estado plurinacional, discutimos la praxis política de plurinacionalidad desde la organización política amazónica que enfoca en la autonomía territorial y autogobierno mientras reconfigura el estado. La plurinacionalidad surge de una compleja interacción entre nacionalidades indígenas andinas y amazónicas, así como una variedad de actores indígenas y no indígenas. Examinamos aquí la ontología política de plurinacionalidad en los últimos años especialmente su construcción en las movilizaciones de 2019 y 2022. Yendo más allá del discurso de una multiplicidad de ontologías, discutimos los procesos interontológicos incrustados en la práctica de plurinacionalidad al nivel regional y nacional, junto con las tensiones y contradicciones inherentes.  Sostenemos que, si bien las ideas políticas de las organizaciones indígenas pueden influir en los discursos de política estatal, corren el riesgo de cooptación si no se consideran ontológicamente.

8. Entre conflito e proteção: o imbricamento de conceitos e práticas Amondawa e não-indígenas diante do isolamento

Tambura Amondawa

Amanda Villa  

O estado de Rondônia, o mais proporcionalmente desmatado da Amazônia brasileira, abriga um expressivo número de povos indígenas classificados como “isolados”. Até 1987, os Amondawa, falantes da língua Kawahiva, também optavam por evitar o contato frente ao agressivo avanço colonial. Pouco após esse período, passaram a colaborar ativamente com o órgão indigenista oficial, à época a Fundação Nacional do Índio, na função designada à salvaguarda dos grupos que seguem afastados na Terra Indígena Uru Eu Wau Wau. Esta apresentação abordará a centralidade dos conhecimentos Amondawa na construção deste trabalho, refletindo sobre a historicidade e a atualidade dos povos em isolamento na região, bem como sobre as dinâmicas de sua relação com aqueles que habitam territórios contíguos. Serão discutidas as tensões e articulações que permeiam a proteção e o conflito entre povos indígenas, bem como o complexo imbricamento de suas iniciativas com a atuação dos agentes estatais e de organizações civis.  

 

Sala / room: F3004

Organizadores / organizers

Vanesa Martín Galán

Jimena Bigá

Ecos de silencios provocados por la degradación ambiental

Este panel aborda la relación entre la degradación ambiental y los silencios que rodean su comprensión y respuesta, poniendo especial atención en cómo afecta a los patrimonios culturales indígenas. La degradación ambiental en muchas comunidades indígenas refleja una larga historia de despojo, explotación e inclusión subordinada, vinculada a agendas capitalistas y extractivistas. La expansión de industrias como la minería, la agroindustria y la extracción de hidrocarburos, junto con proyectos de desarrollo como las represas, ha transformado los territorios indígenas, alterando los paisajes culturales, simbólicos y naturales que forman parte fundamental de sus patrimonios. La contaminación, la pérdida de biodiversidad y la alteración de los ciclos naturales ponen en riesgo tanto el presente como el futuro de las formas indígenas de conocer y habitar el mundo, afectando la continuidad de sus prácticas, relatos y valores arraigados en la tierra. Además, la mayor conexión con el Estado y los patrones de consumo dominantes trae nuevos desafíos, como el manejo de residuos domésticos, la pérdida de alimentos tradicionales y la disminución de prácticas de conservación esenciales para sus patrimonios culturales. Queremos reflexionar sobre los “silencios” que dan forma, esconden o muestran estas luchas en los discursos académicos, las esferas políticas y la vida cotidiana. Estos silencios —ya sean impuestos desde afuera o mantenidos por dentro— pueden ser formas de resistencia, cuidado o respeto, y a veces son interrumpidos por esfuerzos locales, comunitarios o colaboraciones con aliados externos. Al explorar estos silencios, buscamos entender mejor las formas actuales de violencia, así como las maneras complejas en que los patrimonios culturales indígenas y sus proyectos de vida se sostienen mediante y a pesar de las presiones humanas sobre sus tierras y comunidades.

Fazendo eco dos silêncios provocados pela degradação ambiental

Este painel discute a relação entre a degradação ambiental e os silêncios que envolvem sua compreensão e resposta, dando atenção especial ao impacto nos patrimônios culturais Indígenas. A degradação ambiental em muitas comunidades Indígenas reflete uma longa história de despojo, exploração e inclusão subordinada, ligada a interesses capitalistas e extrativistas. A expansão de setores como mineração, agroindústria e extração de hidrocarbonetos, junto com projetos de desenvolvimento como barragens, transformou os territórios Indígenas, alterando as paisagens culturais, simbólicas e naturais que são parte essencial dos seus patrimônios. A poluição, a perda da biodiversidade e a mudança nos ciclos naturais ameaçam o presente e o futuro das formas Indígenas de conhecer e viver no mundo, afetando a continuidade das suas práticas, histórias e valores ligados à terra.

Além disso, a maior conexão com o Estado e os padrões de consumo predominantes traz novos desafios, como a gestão dos resíduos domésticos, a perda dos alimentos tradicionais e a redução das práticas de conservação, que são fundamentais para seus patrimônios culturais. Queremos refletir sobre os “silêncios” que moldam, escondem ou revelam essas lutas nos discursos acadêmicos, nas esferas políticas e no cotidiano. Esses silêncios — seja por imposição externa ou por escolha interna — podem ser formas de resistência, cuidado ou respeito, e às vezes são interrompidos por ações locais, comunitárias ou parcerias com aliados externos. Ao explorar esses silêncios, buscamos compreender melhor as formas atuais de violência, assim como as maneiras complexas pelas quais os patrimônios culturais Indígenas e seus projetos de vida seguem firmes, tanto por meio quanto apesar das pressões humanas sobre suas terras e comunidades.

Echoing Silences Triggered by Environmental Degradation

This panel explores the relationship between environmental degradation and the silences surrounding its understanding and response, paying particular attention to its impacts on Indigenous cultural heritages. Environmental degradation in many Indigenous communities reflects a long history of dispossession, exploitation, and subordinating inclusion rooted in capitalist and extractivist agendas. The expansion of industries like mining, agribusiness, and hydrocarbon extraction, along with progress-driven constructions like dams, has transformed Indigenous territories, disrupting the cultural-symbolic, and ecological landscapes integral to Indigenous heritages. Pollution, biodiversity loss, and altered natural cycles threaten both the present and future of Indigenous ways of knowing and being, diminishing the continuity of practices, stories, and values embedded in the land. Furthermore, increased connectivity with the state and dominant consumer patterns introduces new challenges, such as managing domestic waste, the loss of traditional food sources, and the erosion of conservation practices central to Indigenous cultural heritages. We seek to engage with the “silences” that shape, conceal, or reveal these struggles across academic discourses, political spheres, and domestic settings. Silences —whether externally imposed or internally maintained— can emerge as forms of resistance, care, or respect, and are sometimes disrupted by local and grassroots efforts or collaborations with external allies. By exploring these silences, we aim to deepen our understanding of contemporary forms of violence and harm, as well as the complex ways in which Indigenous cultural heritages and life projects are enacted—both through and despite anthropogenic pressures on their lands and communities.


SESIÓN / SESSION 1

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

1.Mythologies of the People of the Center: Distinct languages, shared stories?    

Carlos Alberto Matias Moreno

Jacob Menschel

Juan Álvaro Echeverri

The Caquetá and Putumayo River basins in the Colombian Amazon region host an ensemble of groups known as ‘People of the Center’ (Witotoan and Boran linguistic families plus Andoque, a language isolate). Although these groups differ linguistically, they share several cultural traits that differentiate them from neighboring groups, such as the use of licked tobacco, the lack of fermented drinks, a non-Dravidian kinship terminology and a shared ceremonial organization. This talk investigates to what extent the People of the Center share common myths, and how these myths manifest convergences and incongruities within both their narrative structure and their content. We will focus on a subset of their rich and complex mythology, showing how mythological concepts, but not necessarily forms, are transmitted across generations and cultural groups. By focusing on myths relating to traditional flutes – which are common to all People of the Center – we provide a baseline for more extensive mythological comparisons in Northwestern Amazonia.                 

2. Elders’ Voices, Multilingual Pasts: Ancestral Memories from the Caquetá-Putumayo Region of Colombia

Katarzyna I. Wojtylak                             

This study explores the oral histories of elders from seven Indigenous groups of the Caquetá-Putumayo region in Colombia’s Northwest Amazonia (Murui, Minika, Ocaina, Nonuya, Bora, Muinane, Andoke) to reconstruct ancestral multilingual practices using genealogical data from 2024 fieldwork. While Indigenous multilingualism is recognized in the region, its historical dimensions remain largely undocumented through systematic genealogical research. By constructing genealogical trees, I document elders’ recollections of their ancestors, revealing that language functioned as a crucial social marker of group identity and affiliation. Elders’ memories indicate that past generations were increasingly multilingual, shedding light on historical linguistic and cultural links between groups. Integrated with genealogical data, these oral narratives provide a living record of multilingualism, illustrating how languages shaped social relationships and deepening our understanding of the historical dynamics of language use in Colombia’s Caquetá-Putumayo river basins, highlighting the interplay between multilingualism and identity.                 

3. Reimagining Historical Distance: Pume Cosmologies and the Sensory Dimensions of History

Silvana Saturno         

Historical distance is one of the foundational concepts of modern historiography. It enables historians to assert a detached perspective on the past, conceived as distant—a separation defined by the passage of time. Like many assumptions rooted in the Western epistemological tradition, historical distance relies on a visual metaphor, assuming that the world consists of visual spaces where tangible objects are perceived primarily through sight. In contrast, indigenous lowland South American societies conceive the cosmos as comprising multiple interconnected worlds, accessed through the integration of various sensory modalities. These worlds are inhabited by spiritual beings with historical agency, with whom people engage through dreams and rituals. Drawing on ethnographic fieldwork among the Pume people of Venezuela, this paper explores how the metaphor of historical distance is reimagined in this context.


SESIÓN / SESSION 2

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

4. Wastescapes: Lingering Silences around the (Un)noticed and (Un)seen in the Bolivian Lowlands

Vanesa Martín Galán

Indigenous territories are increasingly facing waste-related challenges, driven by the disposal practices of nearby industries and urban areas, as well as shifts in local consumption habits. This presentation explores the ‘wastescapes’ of Guarani communities in the Bolivian lowlands, where discarded materials and their toxicity —both undeniably present but often visually elusive—give rise to complex social dynamics, uncertainties, and disruptions. Around these wastescapes, silences linger, reflecting deeper struggles over effective management, disruptive effects, and underlying social inequalities. By examining different forms of silence, this presentation aims to uncover their role in socio-environmental transformations, shedding light on the intersection of long-standing power structures with processes of resistance and reconfiguration.   

5. Territories of Resistance: Environmental Degradation, Silences, and the Struggle for Tuxá Ecological Knowledge Continuity in Northeast Brazil

Jimena Bigá                              

This study explores how environmental degradation impacts the multispecies landscapes and ecological relationships of Tuxá youths in Rodelas, northeastern Brazil, creating silences around its effects. The Tuxá people’s landless status, a result of anthropic actions, deepens these challenges, further disconnecting them from ancestral territory. The erosion of the Dzubukuá Tuxá language and the loss of culturally significant species intensify these silences, hindering the transmission of ecological knowledge and practices among younger generations. Using Indigenous methodologies and multispecies ethnography, the paper examines how these silences, as both a consequence of degradation and a form of resistance, shape the continuity and transformation of Tuxá ecological knowledge. While Dzubukuá’s decline is not directly caused by environmental degradation, revitalizing it is key to restoring social and cosmological ties with the land and more-than-human beings. Preliminary findings suggest that revitalizing the language and preserving traditional knowledge are crucial for regenerating territorial agency and fostering dialogue.  

6. When a wind turbine flaps its wings in China. The political economy of Balsa extractivism in the Amazonia Ecuatoriana.

Leonidas Oikonomakis     

Balsa (ochroma pyramidale), is a type of timber that is mostly produced in Ecuadorian Amazonia. In  fact, Ecuador is the world’s largest balsa producer and it has been so for decades. The demand for balsa has skyrocketed over the past few years, and is -indirectly -responsible for some of the Amazon’s illegal deforestation, and several social ills that are analyzed in the paper. The – unlikely – reason is green energy: balsa is the core material used in the construction of wind turbine-blades, and since the quest for green energy solutions has intensified globally, so has the demand for balsa.  Based on more than a year of ethnograpic research in the Amazonia Ecuatoriana this paper contributes to the literature on green extractivism, its contradictions, and its lived experience; adding to the genealogy of extractivism, in the Amazonia, especially focusing on the social impacts of balsa extractivism for the Amazonean communities. 

Sala / room: U3039

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Franlu Vulliermet  

La ética del trabajo de campo

La figura del trabajador de campo solitario, abandonado a su suerte, confiando en las habilidades adquiridas en la universidad y relacionándose con una multitud de informantes que le proporcionan datos, ya no es sostenible, si es que alguna vez lo fue. En este panel, exploramos los mecanismos institucionales e indígenas que facilitan el trabajo de campo en las tierras bajas de Sudamérica, a la vez que protegen a los investigadores y a las comunidades locales durante un proceso de colaboración. Las ponencias abordan los desafíos de los comités éticos y científicos que deben aprobar el trabajo de campo en territorios indígenas, así como los efectos de los protocolos resultantes en los etnógrafos sobre el terreno; el papel cada vez más importante de los talleres que buscan capacitar a investigadores y colaboradores indígenas y fomentar el diálogo con diferentes sectores públicos; y los protocolos indígenas sobre las ideas locales de coexistencia y respeto por la tierra, que, en muchas ocasiones, son articulados explícitamente por los propios pueblos indígenas, y que los investigadores no indígenas deben cumplir para poder estudiar a las comunidades indígenas.

A ética do trabalho de campo

A figura do pesquisador de campo solitário, abandonado à própria sorte, confiando em um conjunto de habilidades aprendidas na universidade e interagindo com uma série de informantes que lhe fornecem dados, não é mais sustentável – se é que algum dia foi. Neste painel, exploramos os mecanismos institucionais e indígenas que possibilitam o trabalho de campo nas terras baixas da América do Sul, ao mesmo tempo em que protegem pesquisadores e comunidades locais durante um processo de colaboração. Os artigos abordam os desafios dos comitês éticos e científicos que devem aprovar o trabalho de campo em territórios indígenas, bem como os efeitos dos protocolos resultantes sobre os etnógrafos em campo; o papel cada vez mais importante das oficinas, que visam tanto treinar pesquisadores e colaboradores indígenas quanto aprofundar o diálogo com diferentes setores públicos; e os protocolos indígenas sobre ideias locais de coexistência e respeito à terra, que, em muitas ocasiões, são explicitamente articulados pelos próprios povos indígenas e aos quais pesquisadores não indígenas devem aderir para que possam estudar comunidades indígenas.

The Ethics of Fieldwork 

The figure of the lone fieldworker left to their own devices, relying on a skill-set they learned at university, engaging with a host of informants who provide them with data, is no longer tenable – if, indeed, it ever has been. In this panel we explore the institutional and Indigenous mechanisms that enable fieldwork in lowland South America, while, at the same time, protecting researchers and local communities during a process of collaboration. Papers address the challenges of ethical and scientific committees which must approve fieldwork within Indigenous territories, as well as the effects of the ensuing protocols on ethnographers in the field; the increasingly important role of workshops which aim to both train Indigenous researchers and collaborators and to further conversations with different public sectors; and the Indigenous protocols on local ideas of co-existence and respect for the land, which are, on many occasions, being explicitly articulated by Indigenous peoples themselves, and which non-Indigenous researchers must adhere to if they are to be allowed to study Indigenous communities. 


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

1. Where the Wild Things Are: Being Ethical Doing Research in the Amazon Rainforest?  

Franlu Vulliermet 

This paper is based on a research stay where I spent several weeks living with Kichwa communities in the Ecuadorian part of the Amazon rainforest. Despite having prepared my stay ahead, submitting protocols to obtain ethical clearance from the University, and elaborating a methodology to gather information, things did not go as planned. I faced difficulties guidelines did not prepare me for, which forced me to reconsider my own position and role as a scholar and how to do research with the people I was rubbing elbow with.  The more I thought about it, the clearer it appeared to me that protocols and guidelines were rather safeguards than guarantees research is ethical. Reflecting on my own experience, the point I want to make in this paper is that being “ethical” while doing research with Indigenous people requires more than an appropriate methodology, it requires a “way of being.”                                                                                                                                                                                            

2. Desafíos éticos en la investigación antropológica: Experiencias desde un Comité Ético Científico  

Carolina Fuentes       

La investigación antropológica en las tierras bajas de Sudamérica enfrenta múltiples riesgos y desafíos éticos, lo que representa un reto particular para quienes evalúan y regulan estas investigaciones. En este trabajo analizo las dificultades de establecer directrices éticas en un ámbito dominado por la perspectiva biomédica, y donde las ciencias sociales y humanidades suelen quedar en segundo plano. A partir de mi experiencia como miembro del Comité Ético Científico de la Universidad Arturo Prat, abordo cuestiones como el riesgo de las investigaciones para los participantes, el consentimiento informado y el valor social de estos trabajos, aspectos que muchas veces no están bien definidos en las normativas vigentes. También exploro los dilemas éticos en contextos de fragilidad y conflicto, donde las guías actuales pueden resultar poco aplicables a la realidad del trabajo de campo. Con este análisis busco promover un diálogo entre distintas perspectivas y enfatizar la importancia de una ética de investigación adaptada a los contextos específicos en los que se llevan a cabo los estudios antropológicos.                                                                                                                                                                                         

3. Miembros de investigación en dialogo: Reflexiones sobre observación participativa e intervenciones en talleres artísticos en una comunidad Awajún

José Ronaldo Saan Tomás

Henrike Neuhaus

Esta contribución de un joven Indígena Awajún y una investigadora joven (ECR) no-Indigena  de Europa contextualiza las conversaciones de devolución  sobre la implementación de talleres creativos que fueron destinados a incentivar reflexiones sobre los temas Agua y Bienestar. En el marco del proyecto “Justicia Hídrica y Salud Mental cocreando soluciones artísticas” financiado por el Arts & Humanities Research Council (AHRC) del Reino Unido, se realizaron talleres de fotovoz, danza y teatro, y murales sobre la intersección de estos temas. Durante estos procesos se han formados colaboraciones espontaneas entre lxs investigadorxs y coordinadores y guías autóctonas. La meta principal de la investigación es crear productos que articulan los mensajes elaborados en los talleres a diferentes audiencias públicas y políticas y en ese proceso, fortalecer la capacidad de investigadorxs no-Indígenas de desarrollar métodos y rendir las diferentes cuentas de la investigación,más allá de no incurrir más gastos, ni más daño. En vez de mantener una caja negra de la investigación, esta contribución busca el dialogo crítico, reflexionando e interpelando las dinámicas de los talleres. Este proceso se ancla dentro de un marco de analizar modos de observación participativa (Boellstorff 2010) e intervención (Hickey-Moody 2017) en la cual se yuxtaponen puntos de vista que miran con dos ojos intentando romper con la incomodidad que nos lleva a aceptar constelaciones de poder silenciosamente.                                              

4. Avances y lecciones aprendidas del Programa de Investigadorxs Indígenas en Formación en Madre de Dios, Perú      

Meredith Castro Rios                                                       

El Programa de Investigadorxs Indígenas en Formación nace como parte de un proyecto interdisciplinario de investigación sobre gobernanza territorial indígena en la Amazonía peruana, co-diseñado y co-implementado con la Federación Nativa del Río Madre de Dios y Afluentes (FENAMAD). Por un lado, el Programa busca ser un espacio en donde lxs participantes reflexionen sobre diferentes sistemas de conocimiento, fortalezcan sus capacidades de investigación y participen en una investigación desarrollada en sus territorios. Por otro lado, como iniciativa de colaboración entre las ciencias indígena y occidental, también busca reconocer el papel de lxs socixs indígenas como investigadorxs (más allá de solo informantes).  Al ser una iniciativa en construcción, la ponencia busca compartir los principales logros y desafíos afrontados durante el primer año de implementación del Programa, dialogar con iniciativas similares, así como recoger puntos de vista diferentes, comentarios y recomendaciones que puedan contribuir a la mejora de esta propuesta.                                                                                                                                   


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50                                                                                                                                   

5. Participatory scenario-building for the Lower Rio Negro, Brazilian Amazonia, 2040     

Marianna Birmoser Ferreira-Aulu          

The Rio Negro basin in Brazil, a UNESCO World Heritage site, is rich in biodiversity and cultural diversity but faces threats from human activity, climate change, and state actions. Our research focuses on constructing future scenarios to support the council of leaders of the Mosaic of Conservation Units of the Lower Rio Negro (MBRN). We employ a novel research strategy called Spatially-Explicit Futures Scenarios (SEFS). This multidisciplinary participatory-action research combines human geography, philosophy, education, and futures studies. Its main aim is to enable researchers and stakeholders to jointly explore alternative future possibilities and negotiate desirable futures for specific locations. Workshops were held with the council of leaders of the MBRN in 2023, and in communities in 2025, organized in collaboration with the Federal University of Amazonas (UFAM), and the NGO Fundação Vitória Amazônica (FVA). The co-created scenarios have already influenced decision-making within the council, demonstrating the potential of this approach in governance-challenged contexts. The research aims to present these scenarios and discuss their role in the current socio-political-environmental context. This research is part of Ferreira-Aulu’s doctoral dissertation, to be completed by 2026.                                                                                                                                                                                                         

6. Sabiduría y Cuidado Espiritual en Territorios Indígenas: Hacia una Política Integral de Prevención en la investigación  

Adriana Maria Velasco Muelas                       

Esta ponencia aborda un enfoque de prevención y cuidado integral en territorios indígenas, desde una perspectiva sociocultural centrada en el cuidado espiritual. Destaca la importancia de las prácticas ancestrales y la cosmovisión indígena que reconoce al territorio como un ente vivo con influencia en las dinámicas humanas. Se proponen acciones que integran cuerpo, espíritu y territorio, valorando el ordenamiento territorial indígena como una guía para el cuidado colectivo. Los objetivos incluyen fortalecer la prevención desde la visión comunitaria, fomentar una cultura de cuidado basada en la espiritualidad indígena y aportar a políticas de cuidado que respeten tanto a las personas como a la naturaleza. Este enfoque resulta clave para investigadores que trabajan en territorios indígenas, promoviendo interacciones respetuosas con la comunidad y el entorno antes, durante y después de sus intervenciones.                                                                                                                                                                                                             

7. Autonomia intelectual kaiowá em Mato Grosso do Sul     

Celuniel Aquino Valiente  

O presente trabalho pretende abordar pesquisas e experiências indígenas em Mato Grosso do Sul. Apresentarei minha trajetória da escolarização (Ensino fundamental, graduação e pós-graduação), do distanciamento e da reaproximação dos conhecimentos Kaiowá (este povo reside no Sul de Mato Grosso do Sul, Brasil) na pesquisa acadêmica. Na explanação da minha trajetória, darei relevância do fazer social do conhecimento, expressando relações e experiências com pessoas, lugares e com diferentes seres que vivem em cima da Terra. No contexto de Mato Grosso do Sul já têm diversos indígenas pesquisando o seu próprio povo ou coletivo, assim, conectarei minha experiência com esses autores kaiowá e guarani. O foco é refletir a respeito dos caminhos para produzir e expressar a sabedoria, a partir dos próprios indígenas.

                             

                                                                                                                                                         

 

Sala / room: F4050

Organizadores / organizers

Enoc Merino Santi

Tito Merino Gayas

Apropiación, Expropiación o Coautoría: Reflexiones sobre la Relación entre la Academia y los Pueblos Indígenas

Esta propuesta invita a una reflexión profunda sobre las dinámicas de apropiación, expropiación y coautoría en el trabajo colaborativo entre la academia y los pueblos indígenas. Destaca la importancia de cuestionar cómo el conocimiento indígena es recogido, interpretado y compartido, examinar las prácticas que determinan si ese conocimiento es respetado o, por el contrario, utilizado de forma unilateral. La idea es explorar desde una perspectiva crítica el papel de los investigadores, la ética en el uso del saber indígena, los caminos hacia una verdadera coautoría que respeta y reconoce a las comunidades como protagonistas en la construcción de conocimientos sobre su propia realidad, en la forma en que desean transmitirlo, especialmente en investigaciones científicas de carácter social, de salud y los saberes en cuanto al manejo de los ciclos biológicos y fenológicos con visión de aprovechar los recursos sin destruir la naturaleza.

Apropriação, Expropriação ou Coautoria: Reflexões sobre a Relação entre Academia e Povos Indígenas

Esta proposta convida a uma reflexão profunda sobre a dinâmica de apropriação, expropriação e coautoria no trabalho colaborativo entre academia e povos indígenas. Ela destaca a importância de questionar como o conhecimento indígena é coletado, interpretado e compartilhado, examinando as práticas que determinam se esse conhecimento é respeitado ou, ao contrário, usado unilateralmente. A ideia é explorar, a partir de uma perspectiva crítica, o papel do pesquisador, a ética do uso do conhecimento indígena e os caminhos para uma verdadeira coautoria que respeite e reconheça as comunidades como protagonistas na construção do conhecimento sobre sua própria realidade, da forma como desejam transmiti-lo, especialmente em pesquisas científicas de cunho social e de saúde, e conhecimentos sobre a gestão dos ciclos biológicos e fenológicos com vistas ao aproveitamento dos recursos sem destruir a natureza.

Appropriation, Expropriation or Co-authorship: Reflections on the Relationship between Academia and Indigenous Peoples

This proposal invites a profound reflection on the dynamics of appropriation, expropriation, and co-authorship in collaborative work between academia and Indigenous peoples. It highlights the importance of questioning how Indigenous knowledge is collected, interpreted, and shared, examining the practices that determine whether that knowledge is respected or, on the contrary, used unilaterally. The idea is to explore from a critical perspective the role of researchers, the ethics of using Indigenous knowledge, and the paths toward true co-authorship that respects and recognizes communities as protagonists in the construction of knowledge about their own reality, in the way they wish to transmit it, especially in scientific research of a social and health nature, and knowledge regarding the management of biological and phenological cycles with a view to harnessing resources without destroying nature.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

1. Apropiación y expropiación de los conocimientos territoriales para el despojo territorial ancestral del pueblo kichwa para la creación de las áreas naturales protegidas en la región San Martín – Perú     

Danitza Cepedo Tapullima                  

La creación de Áreas Naturales Protegidas (ANP) en territorios ancestrales del pueblo Kichwa en la región San Martín, como el Parque Nacional Cordillera Azul y el Área de Conservación Regional Cordillera Escalera, refleja tensiones entre la visión ambientalista y los derechos de los pueblos indígenas. Estas ANP se establecieron sin consulta previa, ignorando la cosmovisión y los conocimientos territoriales de los Kichwa, quienes han habitado y cuidado estas tierras ancestralmente. La relación entre la academia y los pueblos indígenas en estos procesos puede entenderse como apropiación, cuando los conocimientos indígenas son usados sin reconocimiento; o como expropiación, al despojarlos de su territorio. Aunque existen marcos legales como el Convenio 169 de la OIT y la RM 136-2022 del MIDAGRI, su aplicación es limitada. Es necesario avanzar hacia un modelo de coautoría, donde los pueblos indígenas participen activamente en la gestión de sus territorios y saberes.

2. La educación unidocencia una herramienta de expropiación dentro de las comunidades indígenas

Efrén Rigoberto Merino Santi            

La relación entre la academia y los pueblos indígenas está marcada por tensiones profundas que oscilan entre la apropiación, la expropiación y la posibilidad de una verdadera coautoría. Desde la perspectiva de las comunidades indígenas, los sistemas educativos estatales y académicos han sido históricamente herramientas de colonización y aculturación, donde el conocimiento ancestral es ignorado o desplazado. Este proceso no solo perpetúa desigualdades, sino que también facilita la explotación de recursos territoriales y culturales bajo el pretexto de un desarrollo que excluye la participación activa y equitativa de los pueblos indígenas. 

3. O conhecimento ancestral como espaço de denúncia é necessário para virar ciência    

Maria Isabel De Oliveira da Silva

Nos últimos anos os povos indígenas do Brasil têm mostrado bastante ativo e participativo tanto nos espaços formais e informais sejam elas nas academias, pesquisas de campo, escolas, espaços culturais e outros que oportunizam a troca de experiência e socialização entre povos de diferentes grupos. É importante ressaltar que os povos indígenas são protagonistas de levar o conhecimento ancestral como meios de vivenciar sua cultura integral. No meio acadêmico é necessário que abra espaço para que as vozes desses coautores anciãos sejam visíveis e ativas dentro do espaço acadêmico. Com esse objetivo assegura-se de manter viva a cultura ancestral que perdura por gerações garantindo a sua liberdade da vivência cultural. Os artigos científicos de teses e mestrados apresentam claramente que essas vozes na maioria das vezes estão invisíveis. Essas ferramentas são meios suficientes para encontrar as vozes de coautores que participam ativamente de uma atividade ativa dentro de seus territórios. Com esses resultados podemos concluir que a relação entre pesquisador e pesquisado no campo acadêmico precisa ser revisto e buscar outras estratégias de sua participação nas academias onde são porta voz de muitos povos. As informações consideradas relevantes no campo acadêmico precisam ser discutidas para que essas vozes possam ser de grande importância como do principal autor.                                                                                                                                                                                                    

4. Entre la Lente y la Palabra: Apropiación, Expropiación o Coautoría en las Producciones Audiovisuales sobre Pueblos Indígenas      

Mukutsawa Montaguano Ushihua        

La producción audiovisual en contextos indígenas ha generado debates éticos y políticos en torno a la relación entre la academia y los pueblos originarios. Este trabajo reflexiona sobre las dinámicas de apropiación, expropiación y coautoría que emergen en la creación de videos, películas y cortometrajes que documentan las culturas, conocimientos y narrativas indígenas. Aunque estas herramientas pueden amplificar las voces de las comunidades y visibilizar su riqueza cultural, también plantean interrogantes sobre la representación, el consentimiento, el control de las relaciones y los beneficios derivados de dichas producciones. Este análisis explora casos específicos para identificar buenas prácticas en proyectos audiovisuales que respetan los principios de reciprocidad y autodeterminación cultural.   

Sala / room: U4075

Organizadores / organizers

Andrea Zuppi

David Jabin

Discussants

Olivier Allard

Ernst Halbmayer

Circulación infantil en las tierras bajas sudamericanas: Repensando conceptos y explorando la diversidad de prácticas 

En este panel se busca poner en primer plano la cuestión de la circulación de niños entre los pueblos de las tierras bajas sudamericanas. Históricamente, los antropólogos han abordado este tema a través del fenómeno de la captura de niños en contextos de guerra, en el marco de lo que se ha denominado la “economía simbólica de la alteridad”. La atención centrada en esta adopción por captura ha demostrado ser altamente productiva para comprender la vida social amazónica. Sin embargo, esta es solo una de las formas en que los niños circulan entre las personas de la región. De hecho, algunos estudios recientes han confirmado lo que ha sido reportado de manera constante, aunque muchas veces como anecdótico, por diversos etnógrafos: la circulación de niños desvinculada de la guerra es un fenómeno extendido, variado y complejo que aún no ha recibido la atención analítica que merece. Con el objetivo de profundizar nuestra comprensión de los mecanismos y motivaciones que impulsan la circulación de niños entre los pueblos de las tierras bajas sudamericanas, en este panel se busca reunir ponencias que aporten nuevas perspectivas sobre este tema en relación, por ejemplo, con la historia, el parentesco, el género, las relaciones de dominio, las relaciones de dependencia asimétrica, el lenguaje y otros aspectos. También alentamos a los participantes a considerar el movimiento de niños más allá de los límites de sus grupos sociales, incluyendo interacciones como el servicio doméstico u otras formas de trabajo con poblaciones rurales y habitantes de ciudades. Finalmente, este panel invita a presentar nuevos materiales etnográficos capaces de cuestionar los conceptos de adopción y crianza, que suelen utilizarse para describir las prácticas de circulación infantil, pero que a menudo no logran captar toda su complejidad.

Circulação de crianças nas terras baixas da América do Sul: revisitando conceitos e descobrindo a diversidade de práticas

Este painel pretende trazer à tona a questão da circulação de crianças entre os povos das terras baixas da América do Sul. Historicamente, os antropólogos examinaram essa questão através do fenômeno da adoção por captura em contextos de guerra, dentro da perspectiva da chamada “economia simbólica da alteridade”. A ênfase na adoção por captura sem dúvida se mostrou altamente produtiva para a compreensão da vida social amazônica. No entanto, a adoção por captura é apenas uma das formas pelas quais as crianças circulam entre os povos da região. De fato, estudos recentes confirmaram algo que tem sido constantemente, mesmo que apenas de forma anedótica, relatado por diversos etnógrafos: que a circulação de crianças desvinculada de atos de guerra é um fenômeno amplamente disseminado, variado e complexo, que ainda não recebeu a devida atenção analítica. Para aprofundar nosso entendimento sobre os mecanismos e motivações que impulsionam a circulação de crianças entre os povos das terras baixas da América do Sul, este painel convida artigos que contribuam com novos insights sobre este tema em relação, por exemplo, à história, parentesco, gênero, maestria, relações assimétricas de dependência, história e linguagem. Também encorajamos contribuições que considerem o movimento de crianças para além das fronteiras de seus grupos sociais, incluindo interações, como serviço doméstico ou outras formas de trabalho, com populações rurais e moradores urbanos. Por fim, este painel se interessa por artigos que apresentem novos materiais etnográficos capazes de questionar os conceitos de adoção e acolhimento, normalmente usados para descrever práticas de circulação de crianças, mas que muitas vezes não conseguem captar toda a sua complexidade. 

Lowland South American Forms of Child Circulation: Revisiting Concepts and Uncovering the Diversity of Practices

This panel wishes to bring to the fore the question of child circulation among lowland South American peoples. Historically, anthropologists have examined this question through the phenomenon of capture adoption through warfare, within the perspective of the so called “symbolic economy of alterity”. The emphasis put on adoption by capture has doubtlessly proved highly productive for the understanding of Amazonian social life. Yet, adoption by capture is but one of the ways in which children circulate among people of the region. Indeed, some recent studies have confirmed what has constantly been, even if only anecdotally, reported by various ethnographers: namely, that the circulation of children disjointed from acts of war is a widespread, varied and complex phenomenon that has not yet received the analytical attention it deserves. In order to further our understandings of the mechanisms and motivations driving child circulation between lowland South American people, this panel welcomes papers that contribute new insights on this topic in relation, for instance, to history, kinship, gender, mastery, asymmetrical relations of dependence, and language. We also encourage contributors to consider the movement of children beyond the boundaries of their social groups, including interactions, such as domestic service or other forms of labor, with rural populations and city dwellers. Finally, this panel is interested in articles that present new ethnographic material capable of questioning the concepts of adoption and fosterage, normally used to describe child circulation practices but often failing to seize their full complexities.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

1. The circulation of children in Apiao, Chiloé (southern Chile)

Giovanna Bacchiddu              

This paper examines the common practice of children circulating between different households and families in the island Apiao, Chiloé. Whether born to a co-residing couple or to a single mother, children tend to circulate between different adults, who take care of them and take them as companions to their daily routines. Usually children circulate from their mother to their grandmother or grandparents, often settling down with them and considering their household as their home. In such cases the children’ relation with their biological mother is less relevant than the relation with the grandparents; this is reflected in the kinship terminology as well as in the attachment developed over time with the co-resident persons in charge. This paper considers some cases of children circulation, explaining why such arrangements never take the name of ‘adoption’ or ‘fosterage’, but are instead indicated with the local concept of ‘accompanying’, which implies an intersubjective, collaborative mutual reliance.

2. Fostering a Circle of Trust: Child Circulation and Parental Strategies among the Maijuna and the Napuruna in the Peruvian Amazon       

Emmanuelle Ricaud Oneto                                          

In the Amazon, children circulate between families or social groups for various reasons such as accessing education or engaging in labor, especially in urban areas. In a context where discrimination against Amazonian indigenous peoples, child trafficking, and other issues affecting children in these movements are prevalent, this paper focuses on the motivations and modalities of circulation from indigenous communities to urban centers, and parental strategies to secure them. Based on an ethnographic study conducted among the Maijuna and the Napuruna in the Peruvian Amazon, it first examines the reasons for these movements, their experiences through adults’ life stories and parental testimonies, and particularly the power dynamics involved such as domestic service, subordination, or discrimination. Secondly, it explores strategies implemented to mitigate risks and promote a circle of trust. Thus, the issue of entrusting children, and to whom, will be discussed in terms of trust and distrust.

3.To hide one’s child: Madiha stories of adoption rejections  

Andrea Zuppi

It is well attested that several native societies of the Juruá-Purus river basin are enthusiastic and eager to entrust their children to local Peruvians and Brazilians for varying periods of time. These stays outside the community are considered necessary to gain powers and knowledge of the outside world, which will then be put at the service of the communities upon their return. This contribution presents a counter-case: that of the Madiha (Kulina) of the Peruvian Purus. Unlike neighboring societies, the Madiha appear far less inclined to entrust their children to powerful outsiders. By examining stories of past and recent refusals to entrust one’s children to local traders, this paper will provide new material to illustrate another side of the relationship between the Madiha and non-indigenous local populations.


SESIÓN / SESSION 2 

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50 

4. Care and children circulation. The Yanomami case           

Catherine Alès       

As the circulation of children has traditionally been examined more from the angle of ‘abduction’ in war and that of the adoption of captives, the dichotomy of relationships between enemies and allies has been the main consideration in defining this type of practices. Nevertheless, this panel offers opportunities to explore child adoption more deeply and in other terms than those of theft or predation and a scheme of a ‘symbolic economy of alterity’. This paper will show that taking into account ‘care’ relationships rather than ‘agonistic’ relationships provides a different view of the multiple forms of child adoption in the Lowlands of South America. It will examine conceptions of the production and reproduction of children, representations of children’s roles, the desire for children or not, and gift and debt relationships in matrimonial relations among the Yanomami. This discussion naturally raises many questions, including: What does it mean to have children? And what does it mean not to have children in traditional societies?                                                                                                                                                                                    

5.To raise as spouse, children or slave? Forms of adoption and asymmetrical relations among the Yuqui (Bolivian Amazon)

David Jabin

This presentation explores child circulation among the Yuqui, an Indigenous group of the Bolivian Amazon, emphasizing how these practices go beyond historical, slavery-like forms of adoption. Instead, they encompass a nuanced array of methods and motivations for raising other people’s children. Ethnographic analysis will show how these relationships are embedded in broader social, economic, and symbolic systems that maintain community cohesion while simultaneously reflecting underlying gender and power asymmetries. The discussion highlights the adaptive strategies and tensions that emerge within these unique configurations of intimacy, dependence, and authority. By doing so, this paper will contribute to broader debates on kinship, reciprocity, and gender, offering insights into how Indigenous practices complicate established notions of adoption and kinship in lowland South America.

6. Discussion / discusión / discussão

Olivier Allard

Ernst Halbmayer

 

Sala / room: F3004

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Laura Zanotti

La indigenización del mundo no indígena

Este panel explora cómo los pueblos indígenas enfrentan las nuevas tecnologías, relaciones y entornos en el contexto de la invasión de colonos no indígenas. Las ponencias se centran en el desplazamiento de territorios tradicionales hacia entornos urbanos y las diversas experiencias de la vida urbana, las industrias turísticas indígenas y sus particularidades, las vivencias universitarias de estudiantes indígenas y el uso de medios digitales en proyectos colaborativos entre investigadores indígenas y no indígenas. Aunque en muchos sentidos mostramos cómo estos procesos continúan tecnologías más antiguas de interacción con la alteridad, también destacamos cómo, en ciertos aspectos, son radicalmente diferentes y, por ende, exigen formas novedosas y creativas de prosperar en entornos nuevos, a veces hostiles.

A Indigenização do mundo não-indígena

Este painel explora como povos indígenas lidam com novas tecnologias, relacionamentos e cenários no contexto da invasão de colonos não indígenas. Os artigos abordam o deslocamento de territórios tradicionais para ambientes urbanos e as diferentes experiências da vida urbana, as indústrias de turismo indígenas e suas especificidades, as experiências da vida universitária de estudantes indígenas e o uso de mídias digitais em projetos colaborativos entre pesquisadores indígenas e não indígenas. Embora, de muitas maneiras, mostremos como esses processos estão em continuidade com tecnologias mais antigas de engajamento da alteridade, também chamamos a atenção para como eles são, de certa forma, radicalmente diferentes e, portanto, exigem maneiras novas e criativas de prosperar em paisagens novas e, por vezes, hostis.

The Indigenization of non-indigenous world

This panel explores how Indigenous people deal with new technologies, relationships, and settings in the context of the encroachment of non-Indigenous settlers. The papers focus on displacement from traditional territories to urban settings and the different experiences of city life, Indigenous tourism industries and their specificities, the experiences of university life for Indigenous students, and the use of digital media in collaborative projects between Indigenous and non-Indigenous researchers. While, in many ways, we show how these processes are in continuity with older technologies of engaging alterity, we also draw attention to how they are, in a way, radically different, and therefore demand novel and creative ways of thriving in new, and sometimes hostile, landscapes. 


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1.Collaborative Research and Plural Sovereignties: Media Ecologies with the Mebêngôkre-Kayapó Peoples         

Emily Colón

Laura Zanotti   

Media ecologies and their material manifestations are lively, dangerous, and vibrant. This presentation weaves together diverse discussions of sovereignties and self-determination efforts within the context of media making to explore their visible and invisible reverberations across collaborative practices. This work explores the “digital turn” across diverse social science fields by focusing on collaboration and the complex, multi-scalar, and culturally situated landscapes of media engagement and digital access by reflecting on our long-term partnership and collaboration with the Mẽbêngôkre-Kayapó Peoples. We discuss how installing new information and communication infrastructures and their energy requirements can result in differentiated digital inclusion and pathways toward energy sovereignty. We also highlight emerging material impacts and environmental consequences of producing and discarding electronics and energy systems, contributing to ongoing questions about resilience and well-being. We suggest that collaborative work can jointly animate conversations and action to address environmental justice and future sustainability.                             

2. Indigenous tourism, Covid-19, and the pitfalls of prefigurative scholarship: the case of Tena, Ecuador

Ernesto Benitez      

Some of the recent literature on the Covid-19 pandemic’s impact on Indigenous tourism has adopted a prefigurative approach guided by “values” rather than by “instrumental efficiency”,  proposing alternatives for the future with their sight on long-term, lasting systemic changes. Several authors, for example, celebrate a “return to the land” and reconnection with traditional practices by former urban Indigenous tourism workers. Some also call for substantial de-growth in tourism as a way to counter what they perceive as the ultimately harmful impact of tourism on Indigenous communities. However, these scholars might not be sufficiently considering how Indigenous tourism workers themselves  may understand their predicaments or how they may articulate their hopes for the future. Using ethnographic data collected in the Ecuadorian Amazon among Indigenous Kichwa tourism workers, this presentation discusses some of the potential pitfalls of this approach and calls on our duty to be attentive to our research collaborators’ experiences and positionalities.

3. Seeds of forest in the margin of urban settings:  the mobility and its political potential of the internally displaced indigenous people in a provincial city of Colombia

Hiroshi Kondo     

This paper discusses ethnographically the mobility and political potential of the internally displaced Indigenous people who live in a provincial city on the Pacific coast in Colombia. As victims of the armed conflict, they were expelled from their resguardos, their traditional territories in forests. In the framework of multiculturalism, which often confines cultural differences to specific geographical areas, the urban environment is typically viewed as unsuitable for indigenous culture. A ruling by the Colombian constitutional court once stated that the Indigenous people in cities are “on the way to cultural extinction.” However, activities of the displaced indigenous people in the margin of the city disturb such prejudiced images. Planting plants from forests in limited space around houses or niches in the city, the internally displaced Indigenous people create alternative urban spaces where the indigenous cultures are not dying. Doubling human and plant mobility, they connect the urban to forests. 


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

4. Thoughts on Racism Against Brazilian Urban Amerindians: Some Reflections on Fieldwork in ManauS

JP Linstroth

In 2009, I conducted anthropological fieldwork in Manaus, Brazil with 8 different indigenous groups, namely: Apurinã, Kambeba, Kokama, Munduruku, Mura, Sateré-Mawé, Tikuna, and Tukano peoples. Since then, I have published various articles and part of a book on the experience. While these numerous Brazilian Native peoples originated from different regions of Amazonia with diverse religio-practices and mytho-origins, all of them expressed adverse understandings of racism while living in the city. In fact, their indigeneity was often juxtaposed by expressing their cultural norms and practices against the general population. Most of these indigenes claimed that the Manauran population were “branco” or “white”, whereas upon closer examination most of the majority were “pardo” or “brown”—a racial euphemism invented by the Brazilian census. In other words, the population of Manaus is a “mistura” or “mixed” race of peoples. Therefore, claiming and being indigenous within the city environs is difficult. In this paper, I try analyzing the trauma of being Amerindian Brazilian in confrontation with Brazilian urbanity and in relation to indigeneities in their many guises and world views addressing Brazilian modernities. My analyses emphasize memories and trauma in relation to time, namely, the “synchronic” and “diachronic” aspects of traumatic memories of racism, defining many urban indigeneities confronting the larger Brazilian society. 

5. Fleeing armed conflict and the co-production of spaces in the Amazonian cities: the case of the Nukak in Colombia        

Ruth Gutiérrez Herrera                  

The Nükak are one of the last nomadic peoples officially contacted in Colombia. Since 2002, indigenous Nükak have been displaced by violent actions between paramilitaries and FARC guerrillas and have begun to be seen more frequently near the capital of Guaviare. This is the first time, since the beginning of their relations with Western society—towards the end of the 1980s—that the Nükak have established themselves in “extended communities” of more than 100 people, close to other non-indigenous neighbours and dealing with urban life. This work explores how the Nükak faces urban dynamics and how the regional integration with other neighbours have delineated new forms of economies and social mobility. While these dynamics are not new in the Amazonian region, address some points of discussion about expansion and resilience from the social patterns. 

6.Wirikuta Preservation Project: A dialogue about the importance of hikuri/ peyote for the Wixarika tribe and the current problems facing Wirikuta 

Rogelio Carrillo

Mexico boasts significant diversity in traditional medicine, particularly shamanic practices. The Wixarika tribe, known for their ritual consumption of hikuri (peyote), relies on this entheogen to gain insights into their reality and communicate with deities. They have made annual pilgrimages to Wirikuta, the desert where hikuri grows, for centuries. However, this sacred site faces severe threats from mining, drug trafficking, and psychedelic tourism, leading to the depletion of hikuri. Wirikuta is not just a natu ral area; it represents the core of Wixarika spirituality, where dreams, desires, and ancestral connections reside. Protecting Wirikuta and hikuri is essential for preserving Wixarika culture.

                             

                                                                                                                                                         

 

Sala / room: F3004

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair

Jan David Hauck

Maneras de involucrar a otros a través de la palabra y el canto

Este panel investiga diversas prácticas lingüísticas en distintas regiones de las tierras bajas de Sudamérica. Los temas que aborda son variados. Por un lado, analiza el papel de las lenguas cantadas o los cantos en la comunicación humana con las divinidades, así como los efectos de lenguas indígenas específicas en las cosmologías relacionales. En este sentido, muestra cómo las lenguas indígenas se perciben a través de divisiones ontológicas. Por otro lado, también se preocupa por el silenciamiento de las lenguas indígenas, abordando cómo las lenguas nacionales hegemónicas borran las formas locales de multilingüismo, cómo la enseñanza de lenguas extranjeras afecta la transmisión de las lenguas nativas y cuál es el lugar de las lenguas indígenas minoritarias en contextos donde la mayoría habla una lengua indígena diferente. Al yuxtaponer las tecnologías de la comunicación con las estructuras de poder del silenciamiento, el panel espera visibilizar la resiliencia de las lenguas indígenas en los contextos más diversos.

Formas de engajar os outros por meio de palavras e músicas

Este painel investiga uma gama de práticas linguísticas de diferentes partes das terras baixas da América do Sul. Os tópicos abordados são variados. Por um lado, investiga o papel das línguas cantadas ou cânticos na comunicação humana com divindades e os efeitos de línguas indígenas específicas em cosmologias relacionais. Nesse sentido, mostra como as línguas indígenas são ouvidas através de divisões ontológicas. Por outro lado, também nos preocupamos com o silenciamento das línguas indígenas, abordando como as línguas nacionais hegemônicas apagam formas locais de multilinguismo, como o ensino de línguas estrangeiras afeta a transmissão de línguas nativas e o lugar das línguas indígenas minoritárias em contextos onde a maioria fala uma língua indígena diferente. Ao justapor tecnologias de comunicação com estruturas de poder de silenciamento, o painel espera trazer à tona a resiliência das línguas indígenas nos mais variados contextos.

Ways of engaging others through word and song

This panel investigates a range of language-practices from different parts of lowland South America. The topics it covers are varied. On the one hand, it investigates the role of sung languages or chants in human communication with divinities and the effects of specific Indigenous languages in relational cosmologies. In this sense, it shows how Indigenous languages are heard across ontological divides. On the other hand, we are also concerned with how Indigenous languages are silenced, by addressing how hegemonic national languages erase local forms of multilingualism, how teaching foreign languages affects the transmission of native languages, and the place of minority Indigenous languages in contexts where the majority speaks a different Indigenous language. By juxtaposing technologies of communication with power structures of silencing, the panel hopes to bring to the foreground the resilience of Indigenous languages in the most varied contexts. 


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. The relevance in the Ma’arakame chanting, the traditional medicine men in the Wixarika Community, one of the oldest tribes in America

Nydia Andrea Carrazco Mayoral

Chants create a way of communication between the mara’akame and the divinities. The interest in understanding the function that they fulfill in the rituality was always present in the ethnographic work, however, due to its complexity as a language considered sacred, and because each ma’arakame has particular, unique chants that come from their own visions, the mara’akate are acquiring onirically some chants to heal diverse illnesses, to communicate messages from the deities to the community and also to narrate the myths during the wixaritari festivities. Each one of the chants has a unique particularity that cannot be repeated, this is one of its most interesting characteristics. Each ma’arakame has his or her own chants, engendered through his or her own experience on the road to becoming a healer and singer. Through chanting, the ma’arakame dialogues and negotiates with the deities about the requests of the wixaritari. Through singing, the ma’arakame also becomes the transmitter of myths and rites, that is, a fundamental actor in the preservation of the customs and worldview of the ethnic group for future generations. The ma’arakame plays a fundamental role in the preservation of Wixarika ritual life and its song is part of the intangible heritage of their ethnic group.                                                                                                                                                                

2. Naciones nacientes y pueblos milenarios en la Amazonía peruana

Austin Howard         

Exploré el silenciamiento del multilingüismo y la multiétnicidad en la Amazonía peruana, centrándose en cómo las narrativas nacionales dominantes de monoculturalismo han moldeado las realidades lingüísticas y culturales de las comunidades indígenas, especialmente después de años de nacionalización y misión. A través de entrevistas con los Bora del río Ampiyacu en el actual Perú, cuyos padres y abuelos pertenecen a los pueblos Okaina y Witoto, el artículo examina el intrincado patrimonio multilingüe que está en riesgo de perderse bajo la presión de las culturas de la homogeneidad. Un caso paralelo es el de los Lamistas, como los de Yurilamas, que viven en comunidades mixtas con ‘inmigrantes’ provenientes de otras partes de Perú, así como los Shawi con padres o abuelos Lamistas, revelando una compleja red de afiliaciones lingüísticas y culturales que complican las nociones convencionales de límites étnicos simples.                                                                                                                                                                                                                

3. What Language Is at Play? Personhood and World-Making among the Tukano

Dora Savoldi         

This paper explores the productivity–and internal instability–of the concept of language in Upper Rio Negro ethnography. While “language” often serves as a bridge for interpreting Tukano social and cosmological life, its analytical power stems precisely from its equivocal nature. When examined through Tukano categories, language reveals itself as a constellation of genres, each with distinct ontological effects. Building on the work of other researchers (e.g., Reichel-Dolmatoff 1971; Jackson 1979; Chernela 2013, 2018; Hugh-Jones 2023), I examine how linguistic practices among Eastern Tukanoan peoples–such as naming rituals, ritual chants, and esoteric speech–are tied to bodily differentiation, as well as to the transmission and activation of ancestral vitality. In addition to communicating, these practices constitute bodies and persons, and sustain the world. Barreto’s typology of discourse genres (2012) offers an emic theory of this differentiation, which may be understood as involving distinct temporalities, epistemic orientations, and performative effects. Drawing on my own research (Savoldi 2024), I suggest that these genres interact–particularly through everyday speech. Evidential markers, for example, can evoke mythic time, extending the ontological effects of ritual discourse into ordinary contexts. This interplay reveals that daily talk plays a central role in sustaining the transformative work performed by more formal genres, opening new possibilities for understanding how speech shapes personhood and world-making among the Tukano–beyond what is traditionally labeled “verbal art.”


SESIÓN / SESSION 2  

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10                                                                                                        

4. The Chedungun of the Pewenche: Engaging with Non-Humans                

Patricia Ojeda-Mayorga

The Pewenche are a group of people who live in the Andes Cordillera and speak Chedungun. The particularities of Chedungun and the Pewenche have often been overlooked, as they are categorised as a subgroup of the Mapuche. This work, based on one year of fieldwork in the central-southern Andes Cordillera of Chile, explores the relationship between Chedungun, pewma (dreams), and ideophones as a means of engaging with the living landscape.                                                                                                                                                                                      

5. La mochila de las voces: Un viaje visual hacia la vitalidad del Namuy Wam en el pueblo Misak trenzado con el inglés

Luis Albeyro Tróchez Tunubalá

Este estudio examina el impacto de la enseñanza del inglés en comunidades indígenas de Colombia, destacando el riesgo que representa para la preservación de lenguas nativas como el Namuy wam del pueblo Misak. A pesar de las políticas educativas que promueven el aprendizaje del inglés, la investigación subraya la necesidad de integrar una perspectiva decolonial e intercultural para evitar la pérdida de diversidad lingüística. Utilizando un enfoque de investigación acción participativa, el proyecto involucra a estudiantes, familias y líderes comunitarios para diseñar una propuesta didáctica innovadora. Esta propuesta fomenta el uso del Namuy wam junto al inglés mediante la creación de contenido audiovisual. Los resultados muestran un aumento en la conciencia y valoración de la lengua nativa, así como en las habilidades lingüísticas de los estudiantes, evidenciando una contribución significativa a la enseñanza de lenguas en contextos indígenas al reconocer y valorar la diversidad lingüística y cultural.

                             

                                                                                                                                                         

 

Sala / room: F3010

Organizadores / organizers

Ernst Halbmayer

Juan Camilo Niño Vargas

Thiago Motta Cardoso

De los esquemas ontológicos a saberes indígenas situados: Cosmo-ecologías indígenas y conocimiento científico en el marco de la crisis planetaria

La antropología de corte ontológico ha revelado la complejidad de los ordenamientos del mundo compartidos por muchas sociedades indígenas, así como su supuesta inconmensurabilidad con la noción de una naturaleza objetiva y externa, opuesta al ser humano y disponible para ser conocida, transformada y explotada por este. El presente simposio se propone explorar estos ordenamientos, no tanto como esquemas cognitivos sobre la ontología del mundo, sino más bien como saberes cosmo-ecológicos y prácticas cosmo-políticas que entran en contacto y se enfrentan entre sí en contextos concretos. El simposio alienta contribuciones que: 1) revelen la diversidad de configuraciones ontológicas y epistémicas, tanto históricas como contemporáneas, que distinguen estos saberes y prácticas; 2) señalen las distintas formulaciones intelectuales, científicas, artísticas, jurídicas y políticas de estos saberes en la actualidad, así como los espacios de exploración, diálogo, debate y confrontación en los que participan junto a movimientos sociales, Estados nacionales, organizaciones multilaterales y otros actores y entidades; y 3) exploren estrategias para fortalecer estos saberes situados con el fin de abrir diálogos simétricos y, así, fomentar el impacto de las ontologías y epistemologías indígenas en la respuesta a la actual crisis ecológica planetaria.

Dos esquemas ontológicos aos saberes indígenas situados: Cosmo-ecologias indígenas e conhecimento científico no contexto da crise planetária

A antropologia de orientação ontológica revelou a complexidade dos ordenamentos do mundo compartilhados por muitas sociedades indígenas, bem como sua suposta incomensurabilidade com a noção de uma natureza objetiva e externa, oposta ao ser humano e disponível para ser conhecida, transformada e explorada por ele. O presente simpósio propõe-se a explorar esses ordenamentos, não tanto como esquemas cognitivos sobre a ontologia do mundo, mas, antes, como saberes cosmoecológicos e práticas cosmopolíticas que entram em contato e se confrontam em contextos concretos. O simpósio abrange contribuições que: 1) Revelem a diversidade de configurações ontológicas e epistêmicas, tanto históricas quanto contemporâneas, que caracterizam esses saberes e práticas. 2) Identifiquem as diferentes formulações intelectuais, científicas, artísticas, jurídicas e políticas desses saberes na atualidade, assim como os espaços de exploração, diálogo, debate e confronto nos quais participam juntamente com movimentos sociais, Estados nacionais, organizações multilaterais e outros atores e entidades. 3) Explore estratégias para fortalecer esses saberes situados, a fim de abrir diálogos mais simétricos e, assim, fomentar o impacto das ontologias e epistemologias indígenas na resposta à atual crise ecológica planetária.

From ontological schemas to situated indigenous knowledges: Indigenous Cosmo-ecologies and scientific knowledge in the framework of the planetary crisis

Ontological anthropology revealed the complexity of the world arrangements shared by many indigenous societies, as well their supposed incommensurability with the notion of an objective and external nature opposed to human beings and available to them to be known, transformed and exploited. The proposal of the present symposium is to consider and explore these arrangements, not primarily as ontological schemas, but as cosmo-ecological knowledges and cosmo-political practices that relate or confront each other in concrete contexts. This panel invites contributions that 1.) Reveal the diversity of ontological and epistemic configurations, historically as contemporary, that distinguish these knowledges and practices 2.) Point out the different intellectual, scientific, artistic, legal and political formulations of these knowledges today, as well as the spaces for exploration, dialogue, debate and confrontation in which they participate with social movements, national states, multilateral organisations and other actors and entities. 3.) Explore ways of strengthening this situated knowledges in order to set more symmetrical dialogues into praxis and, thereby, to foster the impact of indigenous ontologies and epistemologies in addressing the current planetary ecological crisis.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

1. Sámi Elders Knowledge and Cosmo-Ecology in addressing the current planetary ecological crisis

Hanna Guttorm

Lea Kantonen 

Sámi elders’ knowledge has its’ ontological base in overgenerational knowledge, which has been passed on through everyday activities, worldviews, and philosophies of life. This knowledge tends not to be listened to in Sámi societies and its’ knowledge and policy building. Nevertheless, Sámi elders have valuable knowledge and understanding concerning current planetary crisis, which we in our research project, funded by Arramat project, led by University of Alberta, have been able to collect. Previous research has evidenced that Indigenous knowledges draw from land-based, long-standing, lived experiences and understandings of specific relations between different life forms, places, and the self. The role of elders in these processes has been recognised, but it remains understudied: there is a need of taking the elders as the core actors of the co-production of knowledge. We also share some short video excerpts from the discussions with the elders.

2. Global Climate change and the “World that gets damaged” among the Yukpa. Cosmo-ecologies and plural forms of anthropocentrism   

Ernst Halbmayer 

This presentation will identify the anthropic principles in scientific climate change and in Yukpa cosmo-ecology, expressed by owaya akayi, the world damaged by human activity and inactivity. Despite obvious ontological differences, both conceptions emphasize anthropogenic causation, albeit in very different ways. It is argued that these differences can hardly be subsumed under labels commonly used in scientific debates such as anthropocentrism vs. ecocentrism or anthropocentrism vs. anthropomorphism. Since anthropocentrism among the Yukpa and in the Isthmo-Colombian region goes beyond human exceptionalism and humans as the only members of the moral community, different forms of anthropocentrism need to be distinguished. The two examples are used to show that anthropocentric causation is differently associated with the maintenance and transgression of elementary distinctions and relations in these cosmo-ecologies, and that they propose different but not entirely incommensurable solutions.

3. La jerarquía simbiótica. Modo relacional socio-cósmico istmocolombiano

Juan Camilo Niño Vargas

Investigaciones recientes en el área istmocolombiana han revelado ordenamientos ontológicos muy diferentes a los animistas y analogistas documentados en otras regiones de América. En esta región predomina una visión marcadamente antropocéntrica de la realidad, la cual, empero, no lleva a la oposición entre naturaleza y cultura característica del naturalismo moderno. El universo es resultado de procesos creativos y transformativos liderados por humanos, así como de relaciones de sujeción que procuran una integración a la vez jerárquica y simbiótica de humanos y no-humanos. Partiendo de estos principios, la crisis planetaria obedecería a causas inversas respecto a aquellas implícitas en la noción de antropoceno: es la carencia de humanidad, no el exceso de ella, la razón tras las tragedias socio-ecológicas de nuestros tiempos. La exploración de este universo istmo-colombiano promete, así, ampliar nuestros conocimientos sobre América indígena, al mismo tiempo que estimular la reflexión sobre sus posibles contribuciones a debates urgentes globales.

4. Conhecer sobre e com as aves: como os Ingarikó cuidam da biodiversidade no território Wîi Tîpî

Clarildo Ingaricó 

Apresentaremos resultados parciais de uma pesquisa intercultural e interdisciplinar sobre o conhecimento ornitológico dos Ingarikó. Localizado no norte da TI Raposa Serra do Sol, o território ingarikó tem a sobreposição parcial do Parque Nacional do Monte Roraima. Em atividades de monitoramento da biodiversidade organizadas pelo ICMBio, os Ingarikó reivindicam que seu conhecimento seja valorizado. Considerando esta demanda, a pesquisa tem registrado as práticas de conhecimento dos Ingarikó em interações com aves, com ênfase em sua própria classificação, porém, em diálogo com a taxonomia não indígena. Estudos recentes sugerem que práticas políticas e científicas de conservação ambiental poderiam ter maior eficácia se feitas em diálogo com saberes ecológicos indígenas. Em consonância, a pesquisa tem a hipótese de que os Ingarikó promovem a diversidade das aves em sua região a partir de premissas que determinam que sua interação com outras espécies seja de natureza social e política, envolvendo respeito e prudência.    


SESIÓN / SESSION 2 

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

5. Piassava trees: cosmo-political and ecological practices among the Tupinambá of Olivença (Atlantic Forest, Brazil)       

Susana Viegas     

In 1997, during my first visit to Sapucaeira, a friend described the landscape inhabited by the Tupinambá of Olivença, mentioning only five plants: “piassava, banana, cassava, jackfruit and some cocoa trees”.  This is a very short list, and piassava was the first on the list. Piassava is a fibre obtained from the Attalea funifera Martius palm, which is native to the Atlantic Forest coast of Bahia, although it is also planted by non-indigenous landowners. In this paper, I address the tensions over the ownership of this landscape in order to discuss the cosmopolitics of ‘native’ plants and their capacity to incorporate cosmo-ecological knowledge and cosmo-political practices. The paper draws on both nineteenth-century sources that acknowledge the Tupinambá’s expertise in collecting piassava without harming the plant, and contemporary ethnography that highlights the power of these trees to address the Tupinambá’s body-land relations.

6. Partículas do sopro de kãrako do kumu piratapuia, arapaço, tariano, desano e seus efeitos na paisagem     

José Carlos Almeida Cruz 

O sopro envolto de partículas de kãrako é o cerne do conhecimento indígena que envolve elementos ecológicos benéficos para a reparação e regeneração de paisagens.  A problemática é como garantir e propiciar a subsistência inter-relacionada entre seres humanos e paisagens? O objetivo é elucidar o que são as partículas do sopro de kãrako e quais seus efeitos na paisagem? É descrever que o bahsé ahpose (reparação) envolve o reordenamento (ahponᵾkõsé) e o kãrako, como forma de negociação diplomática tradicional com as paisagens e os wai mahsã (seres cósmicos) que nela vivem, a recomposição alimentar e tornar aprazível, as suas moradas. Assim, o argumento desta pesquisa é estabelecer diálogo sustentável indígena na ótica de ressurgências ecológicas que estende sua ação ativadora de reordenamento em terras, florestas, plantio, coleta, criação, caça, pesca, etc.  Tornando-se uma cura ecológica a partir do sopro e prática concreta, na perspectiva de sustentabilidade indígena na Amazônia indígena.

7. Retomando o tempo: a poética indígena na regeneração de paisagens 

Thiago Mota Cardoso

Este trabalho traz testemunhos etnográficos e de pesquisas colaborativas sobre modos indígenas de retomar a terra e recuperar paisagens em seus territórios, por keio da autodeterminação do tempo. Reunindo diversas perspectivas e situações cosmopolíticas, destacaremos como povos indígenas da Amazônia e da Mata Atlântica brasileira buscam manter e promover a vida humana e não-humana em paisagens arruinadas, ao manejarem a complexidade das relações e temporalidades socioecológicas. Por meio da formulação de uma teoria etnográfica da sustentabilidade, buscaremos questionar noções universalizantes em torno da emergência climática e do antropoceno, abordando assim a luta por justiça climática e ecológica, e a necessidade de novas abordagens para entender a crise ambiental global, enfatizando a importância de considerar múltiplas paisagens sociobiodiversas, experiências locais e, principalmente, as tempo-relacionalidades indígenas.


SESIÓN / SESSION 3

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

8.Ayahuasca, Psychedelic Science and Ontological Difference 

Christian Tym                       

Psychedelics are a major new subject of research in health sciences. Indigenous groups have much deeper traditions of knowledge about psychoactive plants and substances. However, strong cultural differences stand between any potential dialogue and collaboration. These differences relate not just to language, meaning and context of psychoactive use, but also differences between the ontological structures within which knowledge development builds. How and under what conditions can indigenous knowledge of psychedelics be restated in a register that is acceptable in health sciences, and what practical, ethical and technical risks arise when doing so? This presentation considers these issues via the case study of “ego dissolution”, an influential theorisation in psychedelic science that clashes with indigenous ideas that psychedelics can “magnify” selfhood. This suggest that cultural differing conceptions of the self in the world – the root of prominent theorisations of ontological difference – is a barrier to mutual knowledge creation.

9. Engaging in Plurality to Promote Health: Lessons Learned from Amazonian Multi-World-Diplomats

Jule Kuhnert   

How can collaborative health projects navigate the tension between scientific and Indigenous understandings of illness? This study analyzes how dichotomous classification systems and action logics, which form the basis of clinical practice, present a significant challenge for intercultural interactions, and explores how relational ontologies can inspire new approaches to reciprocity. Drawing from twelve months of medical practice at a local health station and immersive ethnographic research with the Urarina of the Peruvian Amazon, this study examines Indigenous strategies for navigating medical pluralism. Findings suggest that the Urarina perceive illness as conflicts with non-human entities, addressing them through a process of diplomatic negotiation across multiple ontological worlds. By integrating non-Indigenous health workers into this framework of Others, they develop strategies to bridge supposed epistemological incommensurabilities. These perspectives offer new insights into the relationship between human health and the ecological crisis. On a practical level, this contribution identifies concrete entry points for synergetic action in intercultural healthcare projects.

10. Indigenous cosmo-ecologies as catalysts for reframing approaches to the planetary crisis: the Harakbut and the global climate initiative REDD+    

Alessio Thomasberger

Luis Tayori

While Harakbut leaders were willing to participate in the global climate initiative REDD+, they did so only on the condition that the market-based forest conservation initiative would conceptually break with the ontological continuity of an external nature and transform into REDD+ Indigena Amazonico (RIA). While such a step may seem superfluous to Western solutions to climate change, in Harakbutian mythological salvation, the cultural hero Marinke teaches how to relate to non-human beings, thus generating the efforts that led to the counterproposal. It will be argued that while the RIA initiative lost much of its original ontological diversity, REDD+ and RIA enact distinct cosmo-ecological knowledge systems and create diverse ecological contexts, while Western solutions, as REDD+, show no signs to ontologically reframe and realign societal relations to nature. Thus, while ontologically plural efforts, as RIA, become suppressed within hegemonic structures, Indigenous Harakbut are capable of managing plural cosmo-ecological knowledge systems.  

Sala / room: F3020

Organizers

Oscar Espinosa

Diego Saavedra

Eduardo Fernández

Los silencios más difíciles: co-creación del futuro en los territorios indígenas amenazados de la Amazonía peruana

A partir del 2020, la Amazonía peruana ha experimentado un incremento vertiginoso de las economías ilícitas. Actividades como la minería ilegal o el cultivo de hoja de coca para el narcotráfico han dejado huellas en los territorios indígenas y heridas profundas entre sus habitantes. A esto se suma el impulso de proyectos de infraestructura vial carentes de análisis de impactos ambientales y sociales rigurosos. Los silencios más difíciles siempre han ocurrido al momento de hablar de las amenazas territoriales, sea en la investigación académica o en las intervenciones de los aliados del movimiento indígena. Sin embargo, los pueblos indígenas organizados han (re)inventado formas de defensa de sus vidas y territorios. Este proceso implica el diálogo, la discusión y el consenso en torno a soluciones frente a la crisis, las cuales implican la redefinición conceptual y el ejercicio de derechos colectivos como el del territorio o el de consulta previa. Así, vienen consolidándose sistemas y formas organizativas como las guardias indígenas y gobiernos territoriales autónomos. Por ese motivo, el objetivo del panel es llevar a primer plano las respuestas indígenas frente a las amenazas territoriales desde los aportes de la academia, la sociedad civil y los representantes indígenas a cargo de estas nuevas organizaciones. A través del intercambio entre los participantes, se plantea un proceso de cocreación de herramientas para el diálogo entre los pueblos, con la institucionalidad estatal y con la academia, que permitan reconocer rutas para un futuro que asegure la existencia de los pueblos indígenas amazónicos peruanos.

Os Silêncios Mais Difíceis: Cocriação do Futuro nos Territórios Indígenas Ameaçados da Amazônia Peruana

Desde 2020, a Amazônia peruana tem experimentado um aumento vertiginoso das economias ilícitas. Atividades como a mineração ilegal ou o cultivo de folha de coca para o narcotráfico têm deixado marcas nos territórios indígenas e feridas profundas entre seus habitantes. A isso se soma o impulso de projetos de infraestrutura viária carentes de análises rigorosas de impactos ambientais e sociais. Os silêncios mais difíceis sempre ocorreram ao se falar das ameaças territoriais, seja na pesquisa acadêmica ou nas intervenções dos aliados do movimento indígena. No entanto, os povos indígenas organizados têm (re)inventado formas de defesa de suas vidas e territórios. Esse processo implica o diálogo, a discussão e o consenso em torno de soluções para a crise, as quais envolvem a redefinição conceitual e o exercício de direitos coletivos como o de território ou o de consulta prévia. Assim, vêm se consolidando sistemas e formas organizativas como as guardas indígenas e os governos territoriais autônomos. Por esse motivo, o objetivo do painel é trazer à tona as respostas indígenas diante das ameaças territoriais a partir das contribuições da academia, da sociedade civil e dos representantes indígenas encarregados dessas novas organizações. Através do intercâmbio entre os participantes, propõe-se um processo de cocriação de ferramentas para o diálogo entre os povos, com a institucionalidade estatal e com a academia, que permitam reconhecer rotas para um futuro que assegure a existência dos povos indígenas amazônicos peruanos.

The Most Difficult Silences: Co-creating the Future in Threatened Indigenous Territories of the Peruvian Amazon

Since 2020, the Peruvian Amazon has experienced a rapid increase in illicit economies. Activities like illegal mining and coca leaf cultivation for drug trafficking have left their mark on indigenous territories and deep wounds among their inhabitants. Added to this is the push for road infrastructure projects lacking rigorous environmental and social impact analyses. The most difficult silences have always occurred when discussing territorial threats, whether in academic research or in the interventions of indigenous movement allies. However, organized indigenous peoples have (re)invented ways to defend their lives and territories. This process involves dialogue, discussion, and consensus around solutions to the crisis, which include the conceptual redefinition and exercise of collective rights such as territory and free prior informed consent. Thus, systems and organizational forms like indigenous guards and autonomous territorial governments are being consolidated. For this reason, the panel’s objective is to bring to the forefront indigenous responses to territorial threats, drawing on contributions from academia, civil society, and indigenous representatives in charge of these new organizations. Through the exchange among participants, a process of co-creation of tools for dialogue between peoples, with state institutions, and with academia is proposed, allowing for the identification of paths for a future that ensures the existence of Peruvian Amazonian indigenous peoples.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

1. Autonomías indígenas en la Amazonía peruana. Gobiernos territoriales autónomos y la re-definición sobre el derecho a la consulta previa    

Diego Saavedra        

En los últimos 20 años, la crisis climática, el incremento de economías ilegales y proyectos de infraestructura han puesto contra la pared a la Amazonía, sus bosques; y limitando el respeto a los derechos y las expectativas de desarrollo de quienes la habitan. En ese contexto, el ejercicio y emergencia de iniciativas indígenas en el marco del derecho a la libre determinación vienen cuestionando y redefiniendo el ejercicio de otros como el de territorio y el de consulta previa. De esta forma, la formulación de protocolos autónomos de consulta previa, de parte de diferentes organizaciones indígenas, supone un proceso de recuperación de sus cosmovisiones, de sus formas de toma de decisión y de sus expectativas de desarrollo. Con ello, se asume este derecho como una estrategia de control y protección territorial, y no como un procedimiento administrativo, elevando el debate hacia la naturaleza política de la consulta previa.

2. Imaginando un futuro para los Asháninka de Selva Central del Perú

Eduardo Fernández

La Amazonía peruana ha sido históricamente un territorio de gran importancia cultural, ecológica y económica. Para los pueblos indígenas que la habitan, la tierra no solo representa un recurso, sino un elemento central de su identidad, cosmovisión y supervivencia. Sin embargo, su lucha por la defensa de sus territorios y derechos ha estado marcada por la influencia de diversos actores externos, desde las misiones franciscanas hasta las organizaciones no gubernamentales (ONGs) contemporáneas. En los últimos 60 años, el Estado peruano, las denominaciones religiosas, las ONGs y técnicos e investigadores han propuesto una gran cantidad de opciones para el “desarrollo” de la Selva Central. Los grandes proyectos de carreteras, los proyectos especiales y toda una gama de otras propuestas han ido dejando una enorme cantidad de experiencias, algunas de las cuales sirvieron como lecciones para el futuro y otras simplemente se repiten, aunque a la vista son estrategias equivocadas. Por otro lado, dos leyes han sido fundamentales para la configuración actual de la Comunidades Nativas en territorio asháninka. La primera fue la reforma agraria (1969) implementada por el gobierno de Juan Velasco Alvarado, que buscó redistribuir la tierra y eliminar el sistema de haciendas. Aunque esta medida benefició a algunos campesinos de la sierra y la costa, su impacto en la Amazonía fue limitado. Sin embargo, sentó las bases para el reconocimiento de los derechos territoriales de las comunidades indígenas. La segunda norma fue la Ley de Comunidades Nativas (1974), un hito importante ya que reconoció por primera vez a las comunidades nativas como entidades jurídicas con derechos sobre sus territorios. No obstante, su implementación fue deficiente, y muchas comunidades continuaron enfrentando invasiones de colonos, empresas extractivas y narcotráfico. Sin embargo, a pesar de que el marco legal pueda haber ayudado a mantener los espacios necesarios para las comunidades asháninka, ambas, al igual que muchos de los proyectos de desarrollo implementados por organizaciones internacionales y ONGs, han carecido de la visión, la perspectiva asháninka en relación con el territorio, la organización social y el manejo de los recursos naturales. Intentaremos a continuación exponer este proceso e incorporar la visión asháninka a través de los testimonios recogidos de sus líderes.

3. Las organizaciones de autodefensa asháninka y sus nuevas estrategias frente a las amenazas contra el territorio y la vida

Oscar Espinosa

En los últimos años, distintos pueblos amazónicos vienen implementado formas de vigilancia y protección de su territorio bajo la forma de “guardias indígenas”. Sin embargo, en el caso del pueblo asháninka, esta forma de organización local no es del todo nueva. Durante el conflicto armado interno, el Estado peruano promovió la creación de “Comités de Autodefensa” como una forma de organización civil en zonas rurales que debían funcionar bajo la supervisión de las Fuerzas Armadas para enfrentar a los grupos subversivos. En otros casos, surgieron como iniciativa de las propias comunidades asháninkas, bajo el nombre de “ejércitos”, “rondas”, o incluso con el nombre tradicional de “ovayeriite”. En la presente ponencia voy a presentar brevemente la historia de estas organizaciones y su vinculación con formas previas de autodefensa, para luego discutir sus transformaciones y los desafíos que enfrentan en la actualidad ante las nuevas amenazas provenientes del narcotráfico.


SESIÓN / SESSION 2

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20

4. Respuestas indígenas a la inacción estatal para enfrentar las economías ilícitas: el caso del Gobierno Territorial Autónomo Awajún (GTAA) y su lucha contra la minería ilegal en la Amazonía norte peruana     

Fernando Rivera Rúa 

La inacción estatal para enfrentar las economías ilícitas ha dejado a los pueblos indígenas en una situación de alta vulnerabilidad. En ese contexto, el pueblo Awajun enfrenta un incremento de la minería ilegal en sus territorios. Este tipo de actividad ilícita viene siendo respaldada por un grupo de comunidades nativas como única actividad de subsistencia, mientras que otras denuncian los graves impactos que ocasionan. Para enfrentar estas actividades ilícitas, desde el 2021 se ha conformado el Gobierno Territorial Autónomo Awajun (GTAA) que viene construyendo sus propios sistemas de control y vigilancia territorial para la defensa de sus territorios ancestrales. Al analizar al GTAA y sus mecanismos de autoprotección territorial se pretende comprender estas formas alternativas de gobernanza y su aporte a la conservación de sus territorios, la biodiversidad y los bosques de la Amazonía.

5. Amenazas territoriales subrepticias: notas sobre roces con economías ilegales en el trabajo de campo en una comunidad yánesha del Palcazú (Oxapampa, Perú)

Alex Gabriel Avendaño

Desde el año 2020, los medios de comunicación nacionales y las organizaciones de la sociedad civil han denunciado el incremento de las economías ilegales en diversas regiones de la Amazonía peruana. Sin embargo, estas actividades se han gestado desde hace muchos años en ciertas zonas. Este es el caso en el valle del Palcazú, donde se han desarrollado subrepticiamente economías locales basadas en el cultivo de la hoja de coca para el narcotráfico. A partir de observaciones de campo del autor del año 2019, se busca discutir las amenazas que supone esta actividad para el territorio y la vida de los yánesha del Palcazú. De igual manera, se problematizará la posición en la que se encuentran los pueblos indígenas amazónicos peruanos, cuyas estrategias ante las economías ilegales y la violencia asociada deben hallar una manera de convivir con ellas.

Sala / room: U4072

Organizadores

Marco Ramírez Colombier

Luis Martín Piccini Acuña

Dueñazgo, historias sumergidas y relaciones metahumanas en la Amazonía y más allá 

Las ontologías indígenas hablan de una inversión del espacio terrestre y el subacuático en la constitución del mundo. En particular, varias comunidades amazónicas mantienen intensas relaciones con las gentes sumergidas habitantes del río, con quienes generan estrechas relaciones interespecíficas de parentesco, convivialidad y predación. Estas redes se expanden y forman múltiples territorialidades, constituidas por redes transdimensionales y transtemporales de lugares habitados. Tomamos como punto de partida el punto de vista kukama (del tronco tupí-guaraní), que identifica vínculos entre diversas categorías de gentes: aves-gente, peces-gente, animales-gente, plantas-gente, espíritus-gente e incluso, máquinas-gente. Estas redes generan “fricciones” con el mundo humano en forma de acciones políticas, patrones de migración, transmisión de conocimientos, cartografías de lugares encantados y entidades metahumanas o contiendas jurídicas por la defensa de su territorialidad en contra de empresas extractivistas. En este panel se compartirán experiencias de puesta en práctica de relaciones metahumanas por parte de las gentes amazónicas como acciones políticas con el objetivo de afirmar sus condiciones de dueños, ejercer su territorialidad y consolidar su autodeterminación, en defensa de los medios de vida que los sustentan. Así hacen frente a procesos de violencia sistémica que los silencian y a modelos extractivistas que contaminan su hábitat. Asimismo, se expondrán narrativas indígenas en otros contextos geográficos donde pueden encontrarse vínculos semejantes. Cada exposición propondrá una historia sumergida, un concepto usado por el pueblo kukama para referirse a la reemergencia colectiva y la reconstitución de estos vínculos, en un contexto político contemporáneo.

Domínio, histórias submersas e relações metahumanas na Amazônia e além 

As ontologias indígenas falam de uma inversão do espaço terrestre e subaquático na constituição do mundo. Em particular, várias comunidades amazônicas mantêm intensas relações com os povos submersos habitantes dos rios, com os quais geram estreitas relações inter-específicas de parentesco, convivialidade e predação. Essas redes se expandem formando múltiplas territorialidades, constituídas por redes transdimensionais e transtemporais de lugares habitados. Tomamos como ponto de partida o ponto de vista kukama (do tronco tupi-guarani), que identifica vínculos entre diversas categorias de pessoas: aves-pessoas, peixes-pessoas, animais-pessoas, plantas-pessoas, espíritos-pessoas e até mesmo, máquinas-pessoas. Essas redes geram “fricções” com o mundo humano na forma de ações políticas, padrões de migração, transmissão de conhecimentos, cartografias de lugares encantados e entidades metahumanas ou contendas jurídicas pela defesa de sua territorialidade contra empresas extrativistas. Neste painel, serão compartilhadas experiências de implementação de relações metahumanas por parte dos povos amazônicos como ações políticas com o objetivo de afirmar suas condições de proprietários, exercer sua territorialidade e consolidar sua autodeterminação, em defesa dos meios de vida que os sustentam. Assim, enfrentam processos de violência sistêmica que os silenciam e modelos extrativistas que contaminam seu habitat. Também serão expostas narrativas indígenas em outros contextos geográficos onde podem ser encontrados vínculos semelhantes. Cada apresentação proporá uma história submersa, um conceito usado pelo povo kukama para se referir ao reemergir coletivo e à reconstituição desses vínculos, em um contexto político contemporâneo.

Ownership, Submerged Histories, and Metahuman Relations in Amazonia and Beyond

Indigenous ontologies often describe an inversion of terrestrial and underwater spaces in the constitution of the world. Many Amazonian communities engage in intense relationships with submerged beings who inhabit the rivers, forging close interspecific ties of kinship, conviviality, and predation. These networks expand to form multiple territorialities, constituted by transdimensional and transtemporal networks of inhabited places. This panel takes as its starting point the Kukama perspective (from the Tupí-Guaraní linguistic family), which identifies connections between various categories of gentes (persons): bird-persons, fish-persons, animal-persons, plant-persons, spirit-persons, and even machine-persons. These networks produce frictions with the human world that take the form of political actions, migration patterns, knowledge transmission, mappings of enchanted places, encounters with metahuman entities, and legal disputes to defend indigenous territories against extractivist industries. The panel will share experiences demonstrating how Amazonian peoples enact metahuman relationships as political actions to affirm their ownership, exercise their territoriality, and consolidate their self-determination in defense of their livelihoods. These efforts confront systemic violence that seeks to silence them and counteract extractive models that pollute their habitats. Additionally, the panel will highlight indigenous narratives from other geographical contexts where similar connections can be found. Each presentation will propose a “submerged history,” a concept used by the Kukama people to refer to the collective re-emergence and reconstruction of these ties within contemporary political contexts.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

1. La co-creación ctónica Kukama: de los bufeos y las almas de bebés hasta los motores y la cutipa en el bajo Marañón (Amazonía peruana)

Daniel Fernandes Moreira        

En el punto de vista kukama existen 5 mundos y la tierra, tuyuca, ocupa una posición ctónica, dado que esa temática cosmoespacial define la co-creación kukama. En sus concepciones cosmoespaciales, los bufeos, las almas de los bebés, la cutipa y los motores están relacionados. Mi presentación analizará como los kukama definen las relaciones de “gentes entre geoontologías”. Demostraremos el proceso de formación del cuerpo kukama, sus transmisiones y relaciones compartidas a partir de los mitos y las prácticas de cuidado con los bebés. Estos elementos forman parte de las formas de vida kukama y definen su morfología social junto con las madres, dueños y otros seres vivientes que habitan las planicies de inundación en la Amazonía peruana.

2. O movimento Kokama na tríplice fronteira Brasil, Peru e Colômbia: um recorte brasileiro sobre a participação das mulheres e a educação territorial

Hemily Marinho 

O presente resumo é um recorte da dissertação de mestrado intitulada “”Entre memórias e educação das mulheres Kokama no Médio Solimões, Comunidade Barreira da Missão de Baixo/Terra Indígena Barreira das Missões””, a qual investiga a partir dos fragmentos de memória como elemento educativo, o processo de construção da educação das mulheres Kokama na aldeia Barreira da Missão de Baixo,  em Tefé/Amazonas. A partir desta investigação foi identificado nas entrevistas narrativas com as parentas Kokama da aldeia Barreira de Baixo e pesquisa bibliográfica, três princípios de educação das mulheres Kokama, o Ajuri, Vizinhar e o Resguardo, bem como a participação das mulheres nas ações do “”movimento indígena”” no contexto do Médio Solimões, como encontros, reuniões e assembleias e na retomada da identidade Kokama na educação nos territórios. Isso se deu, quando a maior parte dos homens saíam para as ações do movimento de 1979 até o começo da década de 1990, quando houve a homologação da Terra Indígena Barreira das Missões. Neste período de intenso movimento, as mulheres se dividiam entre quem ia para as reivindicações e quem ficava no território. Assim, foi identificado que as parentas mulheres que ficavam no território eram responsáveis pela pesca, ensinar os filhos a fazer a roça, tecer os cestos, além de fazer o movimento interno de politização e afirmação de identidade.

3. A música na visão de uma mulher Kukama. Antropologia, Arte e Resistência       

Perpétua Suni Pereira Cerqueira                       

A música, para  mulher Kukama, é instrumento para o fortalecimento da  cultura e resistência, é por meio dela que se mantém viva a cultura, e  as bebidas tradicionais, ayahuasca, pajuaru, caiçuma, pororoca e arapu.  Objetivo mostrar através da língua materrna as letras e músicas, as vivências, as dores, alegrias e expressões desse povo. A música tem sua importância ancestral, as mulheres kukama buscam suas espiritualidades ancestrais atravez da música. Farei uso da Antropologia para realizar uma etnografia de dentro, uma etnomusicologia, sendo esta uma pesquisa etnográfica do conhecimento do meu povo. A música ou as melodias Kukama apresentam as relações entre os indígenas do Alto do Rio Solimões da Comunidade Recreio e o ambiente, a música sempre esteve presente até os dias atuais seja em uma simples cantoria do dia a dia ou para a realização de rituais sagrados.

4. Kamat+a, el corazón de las madres. Salud mental y salud reproductiva de las mujeres kukama del río Marañón antes, durante y después del embarazo      

Danna Gaviota

La ponencia explicará las perspectivas de las mujeres kukama sobre la salud de madres primerizas y gestantes, en aspectos como el cuerpo, el espíritu, y la relación tierra-río-gentes. Basándose en un trabajo de campo en diez comunidades del río Marañón, se registran las experiencias de estas mujeres antes, durante y después de una etapa tan compleja como el embarazo, su forma propia de atravesar el proceso implica un sentido propio de salud, bienestar y cuidado, el fortalecimiento de su espíritu en la relación con el río y la chacra. También se abordarán los embarazos con animales como narrativas importantes para el pueblo kukama, y que no suelen ser tomados en cuenta para un análisis social o cultural, pero que siempre han sido mencionados en las comunidades del Marañón.


SESIÓN / SESSION 2

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

5. Ukakana kukama: La casa y las ciudades subacuáticas en el bajo Marañón 

Martin Piccini         

El árbol de la katawa negocia interacciones económicas entre vecinos sin su conocimiento, mientras que la planta de la patiquina negra desempeña roles sociales de protección interespecífica, el primero desde el patio y la segunda desde el porche de las ukakana (casas) kukama. La arquitectura kukama no es solo un escenario inerte; tiene una estructura viva y activa, con columna vertebral, corazón, costillas, espíritu y voluntad. Además, los abuelos del espacio subacuático de los karwara son invocados por chamanes para librar batallas espirituales y sanar a los enfermos. La fenomenología kukama, desde una perspectiva etnográfica plurimultinatural, ofrece nuevas categorías para la arquitectura y el urbanismo, expandiendo su comprensión del habitar. Esta revisión sugiere que la arquitectura no es exclusiva de los humanos y puede integrarse con ontologías no humanas en una geografía relacional afectiva, abriendo el debate sobre el significado de habitar en la Amazonía y quiénes son sus habitantes.        

6. Application of old wisdom into contemporary architectures in the Marañon river basin in the Peruvian Amazon rainforest: The uka Kukama and the Awajun and Wampis cultural center      

Hiroto Kobayashi     

Through creative destruction, the Ise Shrine in Japan is rebuilt every 20 years, challenging Western views on conservation and preservation. This raises questions about how to build with local communities in the ever-changing Amazon rainforest, adapting ancestral wisdom to new technologies and social practices to keep constructive and epistemological knowledge alive. We present two cases of applied research in ethnographic architecture in the Peruvian Amazon, drawing from the architectural traditions of Japanese, Kukama, Awajún, and Wampis cultures. These practices seek to erase the rigid boundaries of Western ideas of tradition, authenticity, conservation, and futurism. In doing so, we propose a new epistemological understanding of traditional architecture in modern societies.

7. Las voces del río: radio comunitaria como espacio de reconstrucción de la memoria y de resistencia indígena

Paloma Rodriguez Najar

La radio kukama Ucamara, una emisora comunitaria autogestionada en Nauta, Loreto, se ha consolidado como un espacio de reconstrucción y resistencia, donde las narrativas indígenas y la memoria oral proponen nuevos paradigmas de autogestión y defensa del río. Estas narrativas involucran diversas categorías de gentes, donde el dueñazgo se expresa como una relación de cuidado dentro de las cosmovisiones amazónicas. Así, estructuran nuevas formas de hacer periodismo y resistencia cultural, con una creciente injerencia política en la realidad social peruana. Este enfoque permite repensar cómo los medios locales pueden convertirse en plataformas para la materialización de las relaciones metahumanas, la negociación con los dueños “dsara” o madres , seres materiales y espirituales que generan formas de conocimiento y vínculo. De esta manera, cómo los medios indígenas pueden ser ejes de resistencia identitaria en un contexto de crisis ecológica, política y cultural en la Amazonía.

8. Etnografía para sombras de um calendário ecológico do povoado de Haqui sob a linha imaginária do Trópico de Capricórnio em Moçambique    

Carlitos Luis Sitoie               

Esta palestra resulta de um trabalho de campo realizado com pessoas da etnia Vátua que residem sob a linha imaginária do Trópico de Capricórnio no povoado de Haqui em Moçambique. Esta linha imaginária é visualizada por meio de sombras projetadas pelos objetos e coisas. A etnografia permite compreender como as pessoas utilizam das sombras no seu dia-a-dia. Os Vátuas de Haqui organizam as estruturas do quotidiano na base de sombras. Eles atribuem várias funções as sombras: aproveitamento do conforto térmico, melhora da qualidade da carne na produção animal, solução de conflito Homem-Animal, utilização para caçar, pescar, na agricultura familiar de cultivares de baixo fotoperiodismo, traçado de rumos e azimutes nas trilhas de caminhadas, determinação de distâncias com numeração de sombras ao longo do percurso, produção de calendários anuais baseados em ciclos naturais de sombras. As sombras são utilizadas para elaboração de um calendário que preferimos denominar como Calendário Ecológico.


SESIÓN / SESSION 3

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

9. Na maü̃ – lo vivo

Wãchiaü̃kü Abel A. Santos Angarita

En la cosmovisión de la gente de agua en especial de los magütágü (tikuna), todo lo existe está vivo, incluyendo lo invisible y lo abstracto, en este sentido, no existen seres inertes ni muertos, las categorías de biótico y abiótico no está presente en esta concepción, porque perciben la existencia como seres con funcionalidades ‘espirituales’. El pensamiento discursivo ‘de lo vivo’, es porque esta gente de agua percibe que todos los seres están estructurados por naẽ (espíritu, pensamiento), nanatü (dueño) y (hilo de pensamiento y conexión), además de los principios fundamentales contenidos en cada ser, como es el pora (fuerza), maü̃ (vida) y kua̰ (saber).

10. Povo Tikuna: materiais utilizados na festa de quando uma moça Tikuna apresenta transição para a vida adulta         

Luciane Samias Forte  

Esta palestra aborda a relação entre os materiais utilizados e a formação da identidade cultural do povo Tikuna na Festa da Moça Nova. Exploro o processo de construção desses materiais, feitos à mão, e seus significados transmitidos pelos anciãos. Alguns desses objetos só podem ser vistos por pessoas indicadas pelos pais da jovem iniciada. Os anciãos também são responsáveis pelos cantos que animam a festa, frequentemente associados a instrumentos como tambor, avaí, mascarados, casco de tracajá, zarabatana e bote. Minha pesquisa busca destacar essa conexão entre os cantos e os materiais, valorizando o saber ancestral. Como mulher Tikuna e filha de um ancião cantor, pretendo preservar e divulgar esses conhecimentos. Recordo, ainda adolescente, das práticas na Aldeia Cidade Nova, no Alto Rio Solimões. Hoje, vejo os anciãos como bibliotecas vivas, essenciais para a memória e a continuidade de nossa história e costumes.

11. Fieras y patrones. Variaciones de lo humano en la historia kukama (Perú y Colombia) 

Marco Ramírez Colombier            

La etnogénesis del pueblo kukama puede rastrearse a las migraciones río arriba de grupos tupí-guaraní en los siglos anteriores a la invasión española. Su ubicación en los ríos navegables de la Amazonía occidental significó un contacto temprano con la colonización, con impactos drásticos sobre su constitución como grupo. De esa manera, la presencia de los ‘blancos’ (patrones, wirakuchas o maikana) es constante en la historia kukama. Se explorará la condición ontológica de patrón, expresada entre la gente humana y la gente del agua (karwara). Las gentes subacuáticas demuestran un acceso homogéneo y extenso al poder patronal, manifestado en la capacidad de control y transformación. La ponencia describirá, entonces, la perspectiva kukama sobre el dominio y el poder político-económico en el contexto amazónico. Estos conceptos son relevantes también para entender los procesos migratorios en el siglo XX, desde la Amazonía peruana hasta el lado colombiano de la Triple Frontera Perú-Brasil-Colombia.

 

Sala / room: Agora

SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 13:30-15:10

Coorindador(a) / coordeanador(a) / chair: Minna Opas

The posters will be on display throughout the conference.

La exposición podrá visitarse durante toda la conferencia.

A exposição estará em exibição durante toda a conferência.

1.In the Still of the Night: ayahuasca and plant-induced dreams for non-human socialization in northeast Peru

Sidney Castillo

In Amazonian plant practices, ayahuasca rituals serve purposes as to what people consider “good to be” or “ought to do” in given situations (e.g., examine past facts, identification of sorcery, clairvoyance). Along with the intake of other master plants like tobacco, chiric sanango, or different tree barks, people that aim to develop further plant knowledge participate in dietas. These are continuous periods of retreat where a person ingests a given plant to gain practical insight through interaction with it. In both instances, dreams take a particular role in mediating human and non-human agencies that present themselves as plausible with increments while informing posterior decision-making anchored in local notions of well-being.

In this poster presentation, I will argue for the role of dreams within Amazonian plant ritual practices. My fieldwork among indigenous, mestizo, and foreign populations in the San Martin region of Peru informs my research.

2.Namuy kuapelan isua ishipꝋnsreilꝋ, nam misak lincha wareik chak, Siberia, Cauca, 2001-2022 // Historias contadas por las abuelas y los abuelos cuando llegan los difuntos a casa de visita en la comunidad misak, Siberia, Cauca, 2001-2022

Gladys Ascensión Yalanda Tunubala

Este artículo busca recuperar la memoria colectiva e individual del pueblo misak. Parte del Namuy kuapelan isua ishipꝋnsreilꝋ [ofrenda para recordar a nuestros difuntos], ritual que se celebra cada año en noviembre en el municipio de Caldono, corregimiento de Siberia, Cauca. Durante el ritual se recuerda la memoria ancestral del pueblo misak. El estudio se ocupa del periodo entre 2001 y 2022 y hace referencia a la diversidad geográfica y las dinámicas sociales, espirituales y culturales. En el Namui kuapelan isua ishipꝋnsreilꝋ, participa la comunidad. Cada persona comparte sus vivencias y los conocimientos de sus ancestros. Es un ritual de agradecimiento a la madre naturaleza y al alimento. En los últimos años se han identificado cambios tanto en los conceptos como en las creencias y las prácticas culturales. Hacer historia de este ritual es importante para la comunidad. Esta historia visibiliza los rasgos de identidad cultural, los usos y costumbres, las creencias y los cambios con respecto al alimento. Con esta investigación, se espera no solo proporcionar conocimiento a la historiografía colombiana, sino reflexionar sobre las transformaciones, cambios culturales, sociales y espirituales en el corregimiento de Siberia.

3. Co-creating beyond oppositional binarism: exploring the (de)colonization of conservation and territorial priorities in the Peruvian Amazon

Karla Ramirez Capetillo

The prioritization of area-based conservation strategies in the Peruvian Amazon perpetuates social, political, and historical structures rooted in colonial legacies. Significant epistemic conflicts emerge when integrating conservation strategies with international policies, national commitments, and the territorial claims of Indigenous Peoples and other rural communities. The The lack of critical dialogue among various knowledge-holders, rights-bearers, and stakeholders exacerbates (in)justices in conservation and human-nature relationships (Petriello & Stronza, 2020; Shanee, 2019; Zhang et al., 2023). This issue is particularly evident in (post)colonial territories, where marginalization discourses are continually reproduced (Collins, Y A et al., 2021). Consequently, environmental governance could rely on biased data sources, privileging certain perspectives while silencing others. This research examines how diverse actors shape conservation and territorial priorities in conservation governance. By critically reflecting on data production and use (Pritchard et al., 2022), it seeks to foster more equitable conservation strategies that resist marginalization and support just, decolonizing futures.

Sala / room: F3006

Organizardor / organizer

Carlos David Londoño Sulkin

Sistemas moreales vs. ética en las tierras bajas suramericanas

Las discusiones antropológicas recientes sobre el carácter evaluativo de los seres humanos a menudo contrastan los “sistemas de moralidad”, que producen reglas y limitaciones formalizadas, con una “ética” más amplia que no necesariamente se centra en reglas. Esta ética suele enfocarse en los tipos de seres que las personas aspiran o imaginan ser y en el valor cualitativo de las relaciones que mantienen. Este panel busca identificar y discutir los sistemas de moralidad presentes en algunas sociedades de las tierras bajas suramericanas —por ejemplo, las prescripciones, advertencias y consejos explícitos sobre la dieta y otros comportamientos entre la gente de la región central— para luego vincularlos con su ética en un sentido más amplio.

Moralidade vs. ética nas terras baixas sul-americanas 

As discussões antropológicas recentes sobre o caráter avaliativo dos seres humanos frequentemente contrastam os ‘sistemas de moralidade’ que produzem regras e limitações formalizadas com uma ‘ética’ mais ampla que não necessariamente se centra em regras. Esta ética frequentemente se centra nos tipos de seres que as pessoas aspiram ou imaginam ser e no valor qualitativo das relações que têm. Este painel espera identificar e discutir os sistemas de moralidade encontrados em algumas sociedades das terras baixas sul-americanas—por exemplo, as prescrições, advertências e conselhos explícitos sobre dieta e outros comportamentos entre a gente do centro—antes de vincular estes à sua ética em um sentido mais amplo.

Morality systems vs. Ethics in Lowland South America

Current anthropological discussions about ubiquitous evaluativeness of human beings often contrast ‘morality systems’ that produce rules and formalized limitations with more encompassing ‘ethics’ that do not necessarily center on rules. Such ethics are often about the kinds of beings people aspire or imagine themselves to be and the qualitative worth of the relationships they have. This panel hopes to identify and discuss the narrower morality systems found in some lowland South American societies—for example, the explicit, formalized, dietary and behavioral prescriptions, warnings, and counsels of People of the Center—before tying these to their wider, encompassing ethics.


SESIÓN / SESSION 1-3

Martes / terça / Tuesday 8:20-10:00

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50

1. Selling Logs and the Morality of Environmentalism in the Upper Xingu

Christopher Ball

This paper explores an emerging moral quandary among Wauja people of the Brazilian Upper Xingu as they put ethical ideology into moral practice. Often articulated in the terms “How do we maintain our cultural and environmental traditions in the face of deforestation and agribusiness river pollution?”, the issue is a pressing concern for many if not all indigenous societies in Lowland South America. The framing puts the moral failures of respecting the owners of the forest squarely on the shoulders of the “Whites,” and responsibility for correct moral action on “Indians.” However, as indigenous kin are now actively selling illegal logging rights and illegally inviting sport fishing, the moral consequences of destroying forests and depleting rivers is under debate. This paper examines how Wauja people deal with such moral trespass in the broader ethics of the Upper Xingu social system.

2. Panema, commodification and the transformation of ethical personhood

Vinicius de Aguiar Furuie

In the Iriri River in the Brazilian state of Pará, the arrival of ice trucks through a road built in the 1980s allowed for fresh fish caught by beiradeiros (riverside inhabitants) to be sold in nearby towns. The development of commercial fishing led to changes in how fisherfolk conceive of and observe restrictions associated with panema, that is, the embodied state in which a fisher or hunter is unable to catch their prey. In broad terms, it can be said that they pivoted from a deontological stance, that requires abiding by rules to avoid disrespecting the spirit-master Caipora, to a self-reflexive posture that emphasizes respect and in which the personhood of fish and fisherfolk is contingent on virtues they display. This presentation examines this recent transformation of how people judge the responsibilities they owe to other humans and other-than-humans when fishing. It inquires how this change in ethical disposition relates to matters of ownership and personhood, particularly as these categories have been understood in relation to the credit-barter exchange system known as aviamento.

3. On counsels, ‘embittering’, and other crystalized moral forms among Féénemɨnaha of the Colombian Amazon

Carlos David Londoño Sulkin

Speakers of the Féénemɨnaha (previously, Muinane) language in the Colombian Amazon traditionally reproduced many formalized dietary and other behavioral counsels, often in the form of a prescriptive rule not to eat or do something, followed by often colorful warnings about the negative consequences of such an act. Some equally formalized counsels were hortatory prescriptions tied to desirable consequences. In this paper, I will analyze these counsels with an eye towards a common distinction in contemporary anthropology of ethics between formalized, rules-based ‘morality systems’ and a more encompassing and heterogenous ‘ethics’. 

4. Contradiction and creative agency among Murui-speaking People of the Centre in Leticia, Colombian Amazon

Alon Yeheuda Leibel Hirchberg

In this presentation I discuss how Murui speakers in the city of Leticia, in the Colombian Amazon, maintain their identity as People of the Centre, despite the challenges urban life poses to that identity. I show how they draw, in their daily practices, on a double structure of norms and prescriptions as semiotic resources that allow them to justify contradictory claims and behaviors, and that in this process, a plural yet authoritative creative agency emerges. The semiotic resources in question comprise the formalized Word of Tobacco, Coca and Sweet Manioc, the most stable and explicitly acknowledged expression of their “traditional” cultural identity as People of the Centre, and yet a resource for conflicts and creative resolutions.

5. Personal autonomy and ethics: Aesthetics of conviviality in a more-than-human society

Dan Rosengren

Matsigenka people of the Peruvian montaña live in what has been described as a “flat society”, that is, a basically egalitarian social organization lacking formal hierarchies where personal autonomy is of central value. The absence of hierarchical structures signifies that there are few if any platforms for people to make claims of representing an ultimate truth associated with specific moral values. This does not mean that there are no notions of social propriety that influence social interaction, but these only become clear in the engagement with others belonging to the same social circles within which one is enmeshed. From early on people learn that to have a good life all need to do their fair share resulting in an ‘aesthetics of conviviality’ where understandings of sociality substitute rules laid down by a higher authority. The paper discusses how the desired sociality is upheld simultaneously as the personal autonomy is maintained.

6. Cutting Words: Ritualization in Ache Ethical Critique

Warren Thompson

In this presentation, I discuss a genre of Ache ethical critique called “kura.” Identified by its specific grammatical form and its metalinguistic associations with a jaguar’s growl, kura reveals a common tension within the idea of “living well” that is so common in indigenous South America: how to offset the less-than-beautiful actions of others while still displaying the aesthetics of commensality. To do kura involves criticizing some person’s actions, but because speech is also an action, kura itself frequently falls under scrutiny. I detail the risks of kura in its two most common contexts—everyday food-sharing and the critique of mourners at the culmination of Ache funerals—to question Durkheim’s claims about ritual as moral events.

Sala / room: U3040

Organizadores / organizers

Pamela Katic

Mariella Bazan

Maria Amalia Pesantes

Henrike Neuhaus

Jorge Luis Atamain Guifin

José Ronaldo Saan Tomás

Viviana Antonio Wachapea

Arte, no Aparte: Una exposición itinerante de Voces de Jóvenes Indígenas, Agua y Bienestar

Esta exposición de fotos, videos y entrevistas explorará las conexiones entre los conceptos de salud, bienestar y justicia del agua entre los jóvenes indígenas Awajún de la Amazonía peruana. La exposición será presentada conjuntamente por representantes de las comunidades Awajún y un equipo de investigadores Awajún y no Awajún. Las fotos son el resultado de un proceso de fotovoz llevado a cabo en el contexto del proyecto “Justicia Hídrica y Salud Mental: cocreando soluciones artísticas”, financiado por el Arts & Humanities Research Council (AHRC) del Reino Unido. Este método pretende representar visualmente los retos de equidad y justicia en la gobernanza del agua y el bienestar en las comunidades indígenas, así como mostrar cómo utilizan sus fortalezas individuales, familiares, comunitarias y culturales para superar dichos retos. La exposición también incluirá videos y fotos de la Caravana de Voces del Agua y el Bienestar (WWVC), que reunió arte mural, teatro y danza de jóvenes indígenas para explorar los vínculos entre el bienestar y el agua. La WWVC fue un evento artístico y socialmente comprometido, en el que los jóvenes indígenas participaron a través de talleres artísticos y foros juveniles facilitados por artistas Awajún y no Awajún. “Arte, no aparte” busca destacar los perfiles de jóvenes indígenas e investigadores que comparten un compromiso con la investigación basada en las artes y el intercambio de conocimientos, promoviendo plataformas culturalmente relevantes y generando espacios para que los jóvenes indígenas exploren, crezcan y se desarrollen.

Arte, não à parte: uma exposição itinerante de vozes indígenas sobre água e bem-estar

Essa exposição de fotos, vídeos e entrevistas explorará as conexões entre os conceitos de saúde, bem-estar e justiça hídrica entre os jovens indígenas Awajun da Amazônia peruana. A exposição será co-apresentada por representantes das comunidades Awajun e por uma equipe de pesquisadores Awajun e não-Awajun. As fotos são o resultado de um processo de photovoice implementado no contexto do projeto “Water justice and youth mental health resilience: co-creating art-based solutions with Alaskan Native and Awajun communities”, financiado pelo Arts and Humanities Research Council do Reino Unido. O método visava retratar visualmente os desafios da equidade e da justiça na governança da água e no bem-estar das comunidades indígenas e como elas usam os pontos fortes individuais, familiares, comunitários e culturais para superar esses desafios. A exposição também incluirá vídeos e fotos da Water and Wellbeing Voices Caravan (WWVC), que reúne arte mural, teatro e dança de jovens indígenas para explorar os vínculos entre o bem-estar e a água. O WWVC é um evento de arte socialmente engajado, no qual os jovens indígenas se envolvem por meio de oficinas artísticas e fóruns de jovens facilitados por artistas awajun e não awajun. O “Art, not Apart” buscará destacar os perfis de jovens e pesquisadores indígenas que compartilham um compromisso com a pesquisa baseada em artes e o intercâmbio de conhecimento que promove plataformas culturalmente relevantes e de criação de lugares para os jovens indígenas explorarem, crescerem e se tornarem.

Art, not Apart : An Indigenous Youth Water & Wellbeing Voices travelling exhibition

This exhibition of photos, videos and interviews will explore the connections between the concepts of health, wellbeing and water justice among Awajun Indigenous youth from the Peruvian Amazon. The exhibition will be co-presented by representatives of Awajun communities and a team of Awajun and non-Awajun researchers. The photos are the result of a photovoice process implemented in the context of the project “Water justice and youth mental health resilience: co-creating art-based solutions with Alaskan Native and Awajun communities”, funded by the UK’s Arts and Humanities Research Council. The method aimed to visually depict challenges of equity and justice in water governance and wellbeing in Indigenous communities and how they use individual, family, community, and cultural strengths to overcome those challenges. The exhibition will also include videos and photos of the Water and Wellbeing Voices Caravan (WWVC) that brings together mural art, theatre and dance of indigenous youth to explore the linkages between wellbeing and water. The WWVC is a socially engaged art event, where Indigenous youth are engaged through arts-based workshops and youth forums facilitated by Awajun and non-Awajun artists. “Art, not Apart” will seek to highlight the profiles of Indigenous youth and researchers who share a commitment to arts-based research and knowledge exchange that promotes culturally relevant and place-making platforms for Indigenous youth to explore, grow, and become.


SESIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00

The exhibition will be on display throughout the conference.

La exposición podrá ser visitada durante toda la conferencia.

A exposição estará em exibição durante toda a conferência.

Sala / room: U4072

Organizador / organizer

Alessio Thomasberger

La continuidad de los conocimientos Harakbut: experiencias y resistencia

Desde que en los años 40 y 50 los Harkabut se acercaron al «padre» de la misión dominica Apaktone (la papa grande en Harakbut), los saberes Harakbut, la producción de conocimientos y las formas de relacionarse con los no humanos se han visto enfrentados a distintas lógicas. Las actividades misioneras, los proyectos gubernamentales de infraestructura, las actividades de extracción de oro y gas, los colonos, el narcotráfico son parte de un contexto hegemónico o dominante que ha impactado con la pérdida del lenguaje o, entre otros, del conocimiento sobre los espíritus del bosque. Sin embargo, como ya ha comentado el antropologo Andrew Gray, la autodetermiación hace de los Harakbut un grupo resistente en muchos aspectos. Entre una variadad de actividades que permiten una permenencia de saberes Harakbut, la produccion del conocimiento en torno a la práctica reflexiva de contar relatos se utilizará como metodología para generar conocimientos relacionados con las temáticas de la conferencia. A la luz de los temas principales de SALSA en Helsinki – la co-creación y los silencios – el evento especial tiene como objetivo proporcionar un espacio para partecipantes Harakbut para reflexionar y discutir cómo experimentan sus lógicas y conocimientos ancestrales y parcialmente silenciados y, respectivamente, en qué prácticas y espacios se mantienen o como se reproducen en nuevas formas. El evento está estructurado en función de los temas principales relacionados con los relatos Änamei, Marinke, Aiwe.

A continuidade do conhecimento de Harakbut: experiências e resiliência

Desde as décadas de 1940 e 1950, quando os Harakbut se aproximaram do “pai” da missão dominicana Apaktone (conhecido como la papa grande na língua Harakbut), seus saberes, formas de produção de conhecimento e modos de se relacionar com os seres não humanos vêm sendo confrontados por diferentes lógicas. As atividades missionárias, os projetos governamentais de infraestrutura, a extração de ouro e gás, os colonos e o narcotráfico fazem parte de um contexto hegemônico que teve um forte impacto, incluindo a perda da língua e do conhecimento sobre os espíritos da floresta. No entanto, como já destacou o antropólogo Andrew Gray, a identidade autodeterminada do povo Harakbut os define como uma sociedade resistente em muitos aspectos. Entre as diversas atividades que permitem a permanência dos saberes Harakbut, a prática reflexiva de contar relatos se destaca como fundamental. Essa prática será utilizada como metodologia central para a produção de conhecimentos relacionados às temáticas da conferência. Nesse contexto, o evento especial se insere nos eixos principais da SALSA 2025 em Helsinque — a co-criação e os silêncios — e tem como objetivo oferecer um espaço para que os participantes Harakbut reflitam e discutam como vivenciam suas lógicas e saberes ancestrais, em parte silenciados, em parte recriados, e em quais práticas e espaços esses saberes são mantidos ou reproduzidos de novas formas. O evento está estruturado em torno dos temas centrais vinculados aos relatos de Änamei, Marinke e Aiwe.

The continuity of Harakbut knowledge: experiences and resilience

Since the 1940s and 1950s, when the Harakbut first approached the “father” of the Dominican mission, Apaktone (known as la the great potatoe in the Harakmbut language), their knowledge, ways of producing knowledge, and relationships with non-human beings have been confronted by different logics. Missionary activities, governmental infrastructure projects, gold and gas extraction, settler encroachment and drug trafficking are all part of a hegemonic context that has had a major impact—among other things—on the loss of language and knowledge about the forest spirits. However, as anthropologist Andrew Gray has noted, the Harakbut’s self-determined identity defines them as a society resistant in many aspects. Among the various activities that contribute to the preservation of Harakbut knowledge, the reflective practice of storytelling stands out as key. This practice will serve as a central methodology for generating knowledge in connection with the themes of the conference. In this context, the special event is framed around the central themes of SALSA 2025 in Helsinki—co-creation and silences—and aims to provide a space for Harakbut participants to reflect on and discuss how they experience their ancestral logics and knowledges, which have been partially silenced and partially re-created, and in which practices and spaces these are maintained or reproduced in new forms. The event is structured around the central themes linked to the narratives of Änamei, Marinke and Aiwe.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

1. Saberes ancestrales en Transición

Fiorella del Carmen Tayori Carase [Replacing Luis Tayori]

Luis desempeñará un papel central en la reevaluación de los tres mitos de Wanamey, Marinke y Aiwe y por su relevancia en el presente. Además, Luis hablará de las experiencias de lo que significa “silenciamento y rescates de saberes” para los diferentes grupos de edad de los Harakbut. En el marco de sus diversos cargos, Luis ha recogido, por iniciativa propia, las experiencias y recuerdos de las generaciones mayores, de los tiempos cuando los Harakbut aún vivían en aislamiento voluntario. Sobre la base sus datos recogidos, el debate no sólo gira en torno a cómo se pueden seguir procesando y, en última instancia, transmitiendo los conocimientos recogidos, sino también sobre cómo se pueden elaborar en forma nueva los conocimientos ancestrales dentro y afuera las realidades de la economía de mercado cuales enfrentan los Harakbut en el pasado y el presente. 

2. Experiencias de Silenciamiento y Resistencia desde la perspectiva de mujer Harakbut

Kelly Patiachi Visse

Desempeñaré un papel central en la reevaluación de los tres relatos de Anamey, Marinke y Aiwe, por su relevancia en la actualidad. He aprendido de mis padres y de los sabios de mi comunidad sobre la cosmovisión harakbut y la importancia de los relatos, y dirigiré el relato colectivo del relato de Marinke para debatir sobre su significado en relación con las temáticas de la conferencia. Mi contribución se centrará en las experiencias de lo que significa «silenciamiento y rescates de saberes» para los diferentes grupos de mujeres harakbut. Aportaré mi perspectiva sobre el valor de trabajar en conjunto entre mujeres a través de un proyecto de reforestación con las mujeres de mi comunidad. Además, podré compartir mi experiencia sobre empoderamiento y silenciamiento en cooperaciones con varias ONG.

3. La Nacion Harakbut y el retorno al territorio y saberes ancestrales

Jaime Corisepa

La Nación Harakbut se fundó en 2017. En el evento especial, Jaime hablará sobre la importancia de seguir consolidando la Nación Harakbut como una forma de resistencia del pueblo Harakbut. A través de la Nación Harakbut se ensayan formas e ideas para fortalecer y recuperar el conocimiento ancestral. Jaime compartirá las experiencias que ha adquirido a través de su trabajo con la Nación Harakbut y las comparará con las de otros proyectos en los que ha participado. También ha desempeñado un papel central en el desarrollo de la iniciativa global de conservación REDD+ Indígena Amazónica.Hablará sobre cómo persigue estos objetivos dentro de la Nación Harakbut y qué significa que los jóvenes Harakbut retomen la práctica de caminar regularmente por el territorio, reencontrándose con lugares espirituales.

4. Silenciamiento y continuación de saberes desde la perspectiva de jovenes Harakbut en contexto urbano y de comunidad

Edilberto Sonque Mikiri

La participación de Edilberto es clave en el evento, ya que representa dos perspectivas de los jóvenes Harakbut. Por un lado, Edilberto representará a los jóvenes Harakbut que estudian en la capital regional, Puerto Maldonado, y comparten la experiencia de vivir en el albergue de la FENAMAD con otros jóvenes indígenas de la región. Por otro lado, representa la perspectiva de los jóvenes Harakbut que crecen en la comunidad de Shintuya. En otras palabras, Edilberto aporta una visión de dos realidades distintas que enfrentan los jóvenes Harakbut en general: una vinculada al contexto comunitario y otra al contexto urbano.Además, como joven conocedor de los relatos Harakbut, Edilberto contribuirá a la reflexión sobre el tema del evento, «Continuidad de los saberes Harakbut», a través de los relatos. Su participación permitirá una reflexión intergeneracional sobre las experiencias de silenciamiento y rescate de saberes y perspectivas Harakbut. 

Sala / room: F3017

Organizadores / organizers

Marilene Peres

Rosijane Fernandes Moura

Circulación de mujeres indígenas 

La circulación y movilidad de mujeres indígenas por el país y el mundo está en ascenso. Desde que las mujeres, principalmente indígenas, han ingresado a espacios que comúnmente no les eran accesibles, especialmente en los llamados espacios públicos —como las universidades, la política, el liderazgo de movimientos, entre otros—, llevan consigo los lugares que sus cuerpos ocupan, o mejor dicho, lugares en los que siempre han estado presentes pero que no eran protagonistas en lo que llamamos “circulación de mujeres”, destacando así a las mujeres indígenas. Se sabe que la circulación es consecuencia de diversos factores, como la comercialización, la lucha por los derechos a través de movimientos indígenas y el crecimiento profesional y académico. De este modo, la propuesta de este Evento Especial es debatir cómo se realiza la circulación, dónde, para qué y cuáles son los cuidados que toman cuando salen de sus territorios. En este sentido, abordaremos temas relacionados con las mujeres indígenas y sus circulaciones en los diversos espacios donde están presentes sus cuerpos, así como los cuidados ancestrales que ellas practican al llevar a cabo movilidades y circulaciones fuera de sus territorios.

Circulação de mulheres indígenas

A circulação e mobilidade de mulheres indígenas pelo país e pelo mundo está em Ascensão. Desde que as mulheres adentraram nos espaços que comumente não eram ocupadas por elas, principalmente por mulheres indígenas, nos chamados espaços públicos como: nas universidades, na política, na liderança de movimentos, dentre outros. Elas levam consigo os locais que seus corpos ocupam, ou melhor, lugares que elas sempre estiveram presentes, porém não eram protagonistas nessa que chamamos de “circulação de mulheres”, em destaque as mulheres indígenas. Sabe-se que a circulação é decorrente de fatores diversos como na comercialização, luta pelos direitos através dos movimentos indígenas, crescimento profissional e acadêmico. Deste modo, a proposta deste Evento Especial é debater como a circulação é feita, onde, para que, e quais são os cuidados tomadas por elas quando saem de seus territórios. Neste sentido trataremos assuntos com e voltadas às mulheres indígenas e suas circulações nos diversos espaços que seus corpos se fazem presentes, bem como quais são os cuidados ancestrais feitos por elas ao realizarem as mobilidades e circulações fora de seus territórios. 

Circulation of indigenous women 

The circulation and mobility of indigenous women across the country and the world is on the rise. Since women have entered spaces that were commonly unoccupied by them, especially indigenous women, in so-called public spaces such as universities, politics, and leadership of movements, among others. They carry with them the places their bodies occupy, or rather, the places where they have always been present, but were not protagonists in what we call “the circulation of women,” with a focus on indigenous women. It is known that circulation results from various factors such as commerce, the struggle for rights through indigenous movements, and professional and academic growth. In this way, the proposal of this Special Event is to discuss how circulation is done, where, for what purpose, and what precautions are taken by them when they leave their territories. In this sense, we will address issues related to Indigenous women and their circulations in the various spaces where their bodies are present, as well as the ancestral precautions they take when engaging in mobility and circulations outside their territories.


SESIÓN / SESSION 1

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

1. Circulação de mulheres indígenas – Organizadora do Evento Especial

Marilene Aicate Peres

Sou Marilene Aicate Peres do povo Kokama, graduada, mestra e doutoranda em Antropologia Social pela Universidade Federal do Amazonas. Trabalho desde a primeira formação com questões de gênero e violência, mas no doutorado meu foco são as mulheres indígenas e suas circulações fora de seus territórios, principalmente para a comercialização de produtos cultivados por elas, isso para compreender como dinheiro, dívidas e comércio estão relacionados às suas vivências. Atualmente estou realizando o doutorado sanduíche na Universidade Pública de El Alto-Bolívia. 

2. Análisis sociocultural sobre la pérdida y cuidado de alimentos tradicionales con propiedades curativas en las comunidades Inga y Kamëntsá, y la perspectiva de personas externas a estas comunidades en el Municipio de San Francisco Putumayo, Colombia

Clara Isabel Avila Ramos

La pérdida del conocimiento ancestral sobre la alimentación curativa y el uso de plantas medicinales amenaza la salud y la identidad cultural de las comunidades indígenas Inga y Kamëntsá del Putumayo. Este panel abordará cómo los saberes transmitidos oralmente por los mayores y mayoras contribuyen al fortalecimiento cultural y a la soberanía alimentaria. Exploraremos la importancia de la chagra, o huerta ancestral, como una herramienta clave para rescatar alimentos curativos y sostenibles, contrastándola con los impactos negativos de las dietas modernas basadas en productos industrializados. A través de presentaciones y un diálogo intercultural, los panelistas compartirán experiencias de campo en el Valle del Sibundoy, destacando metodologías como la Investigación Acción Participativa (IAP) para recopilar y preservar este saber. Se presentará un recetario elaborado con la comunidad, que incluye preparaciones tradicionales con propiedades alimenticias y curativas. Este panel invita a reflexionar sobre cómo la integración de estos conocimientos puede contribuir a mejorar la salud humana y el bienestar de las nuevas generaciones.

3. Raízes em movimento: mobilidade de mulheres Ʉtãpinopona e a circulação de alimentos no Noroeste Amazônico

Júlia Camanho

A partir de um estudo etnográfico e colaborativo realizado no Alto Rio Negro, no Noroeste Amazônico, com um grupo de agricultoras indígenas Ʉtãpinopona (Tuyuka), esta comunicação busca apresentar e examinar não somente a mobilidade de mulheres indígenas, mas também a circulação de alimentos tradicionais por elas proporcionada em seu território. Originárias do Alto Rio Tiquié, as mulheres Tuyuka gradativamente migraram para São Gabriel da Cachoeira (AM), cidade que hoje sedia a Associação Indígena da Etnia Tuyuka, levando consigo modos de vida, conhecimentos e práticas ancestrais, especialmente no cultivo das roças. Deste modo, ao acessarem âmbitos de disputas sociais e políticas, abriram caminho para que os produtos da roça (re)ocupassem a cena alimentar regional. Como resultado das reivindicações desse grupo e do movimento indígena local, alimentos tradicionais foram inseridos na chamada merenda escolar regionalizada e distribuídos aos polos universitários, ao hospital e às casas de apoio à saúde indígena da cidade. A circulação de mulheres e a dos gêneros alimentícios que cultivam tornam-se, então, formas de resistência, visibilidade e reafirmação de identidades ancestrais, contribuindo para o fortalecimento da soberania alimentar e para a valorização dos sistemas agrícolas tradicionais indígenas. Assim, pensar a mobilidade dessas mulheres implica considerar não apenas os seus corpos em deslocamento, mas também os fluxos de saberes, produtos e tradições que transformam os espaços urbanos e institucionais que passam a ocupar.

4. As mobilidades pelos rios até chegar ao território da Universidade

Sileusa Natalina Menezes Monteiro

Neste trabalho, a autora apresenta suas reflexões sobre a importância etnográfica de fazer conhecida as histórias de vida (Kofes, 1994) de mulheres indígenas do Alto Rio Negro que saem dos seus territórios para cidades grandes visando acesso a graduação e pós graduação. Estas reflexões fazem parte da pesquisa etnográfica de Mestrado realizada por Sileusa Natalina Menezes Monteiro, sob a orientação de Maria Helena Ortolan, no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social. A história de vida de Sileusa, é a realidade de muitas mulheres indígenas do Alto Rio Negro que saem dos seus territórios, onde as mobilidades são feitas pelos rios até chegar ao território da Universidade, um espaço onde podem falar e escrever sobre as “ciências” indígenas como povos etnicamente diferenciados.

Sala / room: F3006

Organizer / organizadora

Angela Giattino

Expresiones colectivas de desafíos y resiliencia: jóvenes indígenas y sus luchas en la educación superior en la Amazonía

Este evento especial co-generará conocimiento sobre los desafíos que enfrentan los jóvenes indígenas amazónicos en la educación superior en Perú. A través de diversos medios y conversaciones compartidas, estudiantes indígenas, recién graduados y quienes han tenido que abandonar sus estudios reflexionarán sobre sus experiencias académicas y compartirán las barreras personales, estructurales e institucionales que encontraron, desde malentendidos culturales hasta los impactos de la inequidad sistémica, incluyendo la provisión inadecuada de becas y otras políticas de acción afirmativa. Las formas de expresión elegidas, que incluyen presentaciones, historias de vida, música, poesía y artes visuales, capturarán luchas tanto colectivas como individuales que a menudo son narradas por otros o permanecen invisibles. Estas intervenciones multifacéticas servirán como punto de partida para crear un espacio abierto y colectivo donde los jóvenes indígenas amazónicos puedan discutir las barreras educativas que enfrentan, en un ambiente de intercambio y comprensión mutuos. Al invitar a estas jóvenes voces a compartir sus historias en sus propios términos, este evento fomenta un compromiso dinámico y experiencial con las realidades amazónicas de estudiantes indígenas universitarios, antiguos y actuales, destacando cómo el compartir y la autoexpresión pueden servir como vehículo para afirmar la resistencia y la resiliencia. Este encuentro ofrecerá nuevas perspectivas sobre las limitaciones de la educación superior para los estudiantes amazónicos e inspirará al público a participar en reflexiones colaborativas sobre prácticas académicas más inclusivas y culturalmente sensibles. Por lo tanto, este evento especial busca crear un espacio de solidaridad, diálogo y creación conjunta, donde la resiliencia de la juventud amazónica invite al público a explorar, respetar y apoyar sus trayectorias educativas y vitales.

Expressões coletivas de desafios e resiliência: jovens indígenas e suas lutas na educação superior na Amazônia

Este evento especial cocriará conhecimento sobre os desafios que os jovens indígenas da Amazônia enfrentam no ensino superior no Peru. Por meio de diversos meios e conversas compartilhadas, estudantes indígenas, recém-formados e aqueles que tiveram que abandonar seus estudos refletirão sobre suas experiências acadêmicas e compartilharão as barreiras pessoais, estruturais e institucionais que encontraram, desde mal-entendidos culturais até os impactos da desigualdade sistêmica, incluindo a oferta inadequada de bolsas de estudo e outras políticas de ação afirmativa. Suas formas de expressão escolhidas, incluindo apresentações, histórias de vida, música, poesia e artes visuais, capturarão lutas coletivas e individuais que muitas vezes são narradas por outros ou permanecem invisíveis. Essas intervenções multifacetadas servirão como ponto de partida para a criação de um espaço aberto e coletivo onde jovens indígenas da Amazônia possam discutir as barreiras educacionais que enfrentam, em um ambiente de troca e compreensão mútuas. Ao convidar essas jovens vozes a contarem suas histórias em seus próprios termos, este evento promove um engajamento dinâmico e experiencial com as realidades amazônicas de ex-alunos e ex-alunos indígenas universitários, destacando como o compartilhamento e a autoexpressão podem servir como veículos para a afirmação da resistência e da resiliência. Este encontro oferecerá novas perspectivas sobre as limitações do ensino superior para estudantes amazônicos e inspirará o público a se engajar em reflexões colaborativas sobre práticas acadêmicas mais inclusivas e culturalmente responsivas. Assim, este evento especial visa criar um espaço de solidariedade, diálogo e criação conjunta, onde a resiliência da juventude amazônica convida o público a explorar, respeitar e apoiar suas jornadas educacionais e de vida em andamento.

Collective Expressions of Challenges and Resilience: Indigenous Youth and their Struggles in Higher Education in Amazonia

This special event will co-create knowledge on the challenges Indigenous Amazonian youth face in higher education in Peru. Through various mediums and shared conversation, Indigenous students, recent graduates, and those who had to leave their studies will reflect on their academic experiences and share the personal, structural, and institutional barriers they encountered, from cultural misunderstandings to the impacts of systemic inequity, including inadequate scholarship provision and other affirmative action policies. Their chosen forms of expression, including presentations, life histories, music, poetry, and visual arts, will capture both collective and individual struggles that are often narrated by others or remain invisible. These multifaceted interventions will serve as a starting point to create an open, collective space where young Indigenous Amazonians can discuss the educational barriers they face, within an environment of mutual exchange and understanding. By inviting these young voices to tell their stories on their own terms, this event fosters dynamic, experiential engagement with the Amazonian realities of former and current university Indigenous students, highlighting how sharing and self-expression can serve as a vehicle for asserting endurance and resilience. This gathering will offer new perspectives on the limitations of higher education for Amazonian students and inspire the audience to engage in collaborative reflections on more inclusive and culturally responsive academic practices. Thus, this special event aims to create a space of solidarity, dialogue, and joint creation, where the resilience of Amazonian youth invites audiences to explore, respect, and support their ongoing educational and life journeys.


SESIÓN / SESSION 1-3

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

1.Why They Leave: Ethnographic Insights into University Withdrawal Among Indigenous Youth

Angela Giattino

My paper presents findings from 33 months of ethnographic research conducted in Pucallpa, Peru, and surrounding Indigenous communities, exploring the issue of university withdrawal among Indigenous youth. Drawing on participant observation, focus groups, and life history interviews, my work addresses the under-researched experiences of Indigenous higher education students, who often face unique cultural, social and institutional challenges. While Peruvian educational policies hold potential for empowering Indigenous peoples, their implementation requires a deeper understanding of diverse students’ educational trajectories, life experiences, and perceptions of wellbeing. By integrating local perspectives, this research reveals critical factors contributing to university withdrawal, even in cases where substantial financial assistance is provided. These insights aim to inform policies that reduce educational inequality and better support Indigenous youth, contributing to a more inclusive and equitable higher education system.

2. Entre aulas y política: una travesía indígena en busca de justicia educativa

Wisley Vasquez Panduro

Soy joven del pueblo Shipibo-Konibo, activista cultural y ambiental, y estudiante universitario de Educación. Mi propuesta consiste en compartir mi historia educativa y política. Para cursar mis estudios superiores, me mudé desde mi comunidad indígena rural a la ciudad de Pucallpa, donde estudié en dos universidades diferentes. Mi intervención comparará estas experiencias, destacando las desigualdades en sus enfoques hacia los estudiantes indígenas. En 2019, fui elegido representante indígena en el consejo distrital del municipio de Yarinacocha. Esta desafiante pero enriquecedora experiencia política me permitió comprender con mayor claridad las inequidades estructurales en la educación superior para los indígenas, las cuales compartiré durante el evento. Más que un maestro, aspiro a ser un ejemplo para las futuras generaciones indígenas, fomentando el amor por nuestro planeta y la protección de nuestra cultura y lengua materna, que no deben desaparecer, sino fortalecerse y enriquecerse frente a estos desafíos.

3. NOA WINOTABO: Tejiendo nuestras experiencias y desafíos

Rebeca Melendez Rengifo 

Mi presentación aborda de forma artística pero rigurosa los profundos desafíos que enfrentan los estudiantes indígenas de la Amazonía de Ucayali, Perú. Utilizaré fotos, videos y especialmente mis dibujos originales de kené indígena Shipibo (gráfica de bordado tradicional) para explorar estos obstáculos, que se reflejan en cuatro “brechas” críticas que los jóvenes indígenas universitarios deben superar: la brecha educativa, debido a recursos limitados en las escuelas rurales, que coloca a muchos estudiantes indígenas en desventaja académica; la brecha idiomática, ya que la educación intercultural bilingüe suele ser insuficiente, exponiéndolos a barreras lingüísticas y discriminación en la universidad; la brecha económica, con becas casi inaccesibles por procesos burocráticos; y la brecha intercultural, expresada en un racismo sutil por parte de autoridades y compañeros. A través de mi participación, como mujer indígena titulada, activista y consultora del Ministerio de Cultura, aspiro a promover una reflexión crítica hacia un futuro académico más inclusivo.

4. Sueño Latinoamericano

Fernando Bartra Encinas

La poesía es un medio importante para expresar y plasmar lo que nuestra mente, consciencia, boca y corazón intentar gritar. Y como docente de la cultura amazónica Ashéninka de la carrera de Educación Primaria Bilingüe de la Universidad Nacional, Intercultural de la Amazonía, Perú, habiendo atravesado altibajos en mi experiencia estudiantil, me fue útil para poder expresar por medio de ella mi historia, esperanzas, temores y sueños.Por lo que mi propuesta es participar con la recitación de un poema de mi autoría con la que dé a conocer sobre estos desafíos y la resiliencia con la que atravesamos difíciles circunstancias hasta lograr los objetos académicos. Finalmente, reflexionar sobre ella y motivar a los estudiantes a esforzarse y luchar por sus metas.

5. Dabucuri de conhecimentos, saberes e sabores: Um memorial dos processos (trans) formativos da pessoa comunidade Ye’pa Mahsõ

Yasmim Pirodhio Mota Duarte

Com base no entendimento da contribuição formativa da pesquisa autobiográfica, no que se refere à formação docente, esta pesquisa traz uma narrativa sobre a trajetória educacional indígena, escolar, acadêmica e a formação de pessoa “no seu sentido ontológico de construção de si, em um movimento de formação que articula memória, narração e reconstrução identitária” (BRAGANÇA, 2008, pág. 163). Com essa dinâmica de pesquisa e formação, o objetivo do trabalho é, sobretudo, registrar a forma comunitária de educar dos Ye’pa Mahsã, especificamente da comunidade Mere weri wi’i – Taracuá e a partir disso refletir as interferências no modo de vida tradicional, dos processos contínuos de tentativas de extermínio das culturas, conhecimentos e sabedorias tradicionais, dos projetos integracionistas nacionais, desde os currículos e pedagogias das congregações cristãs católicas até os currículos atuais da educação básica e das universidades. E por fim, analisa as estratégias coletivas para combater as constantes ameaças do apagamento histórico e a importância de ter consciência do lugar de pertencimento e as raízes ancestrais, para sobreVIVER em meio ao tornado brancocentrico que é o Brasil. 

6. Que Dificil Es Estudiar en una Universidad Intercultural

Fabian Yampik Kasen Shawit 

Como miembro del Pueblo Awajún, uno de los 55 pueblos originarios del Perú, deseo compartir mi historia de superación. Mi educación fue un desafío desde la escuela primaria, debido a dificultades económicas y la distancia de mi familia en el norte del país. Al trasladarme aún más lejos, al departamento de Ucayali para la universidad, experimenté mayor exclusión hacia los pueblos originarios. Aunque el estado intenta brindar educación de calidad, esto no se ha implementado completamente: el sistema en castellano limita la comprensión para los estudiantes indígenas, y en la universidad intercultural tampoco hubo mucho interés en nuestras diversas etnias. Mi historia refleja el choque cultural y cómo, paradójicamente, la cultura castellana, aunque un puente entre culturas, se acerca a nosotros de manera deficiente.

7. Resistência e resiliência: a experiência de estudantes indígenas e de camadas populares no ensino superior brasileiro

Edilene Munduruku Alves da Silva

Nesta comunicação, abordaremos a presença indígena no ensino superior a partir das trajetórias de estudantes indígenas que ingressaram em uma universidade brasileira, a Unicamp, que desde de 2018, vem realizando um processo seletivo para indígenas. Em um projeto coletivo de pesquisa, composto por pesquisadores indígenas e não indígenas, identificamos por meio de entrevistas e trabalho etnográfico que as vivências universitárias de indígenas apresentam diversos pontos em comum com as experiências de estudantes de camadas populares, pouco indicado em estudos sob uma perspectiva comparativa, especialmente em relação aos processos de construção identitária. Embora as especificidades culturais e sociais de cada grupo influenciem suas experiências, este estudo destaca as semelhanças nas vivências acadêmicas de ambos grupos, como o enfrentamento de barreiras para a inclusão e a possibilidade de desenvolvimento de competências e de reflexão sobre suas trajetórias e posições sociais. Buscamos assim, contribuir para a compreensão das dinâmicas de inclusão e resistência de grupos socialmente vulnerabilizados no ensino superior brasileiro.

8. Beats Ancestrales: Educación, Hip-Hop indígena y Resiliencia Urbana

Erick Wihtner Fasabi Gonzales

Como artista indígena Shipibo de Hip-Hop, contribuiré a este evento con una intervención musical que conecta los cuatro elementos del Hip-Hop (DJ, MC, graffiti, breakdance) con los de mi cultura Shipibo-Konibo (danza y canto, diseño tradicional “kené”, instrumentos tradicionales, y cosmovisión. Mi música es un puente hacia mis raíces y, a través de ella, comparto mi lengua materna y mantengo viva la identidad cultural de mi pueblo en el ámbito educativo urbano. Con un estilo que fusiona los ritmos ancestrales de los cantos de sanación Shipibo (“ícaros”) con el beat del Hip-Hop, abordaré las dificultades que enfrentan los jóvenes indígenas en la educación superior, conectándolas con amplios temas claves como la salud, el territorio, el medio ambiente y la pérdida de cultura ancestral. En mi intervención el arte se convierte en una herramienta de resiliencia para superar las barreras en la educación superior que enfrentamos los estudiantes indígenas. 

9. Una Historia Resiliente: Retos y Sueños de la Juventud Indígena Amazónica en su Camino Educativo

Betsy Mozombite

A través de mi historia de vida como joven mujer indígena, primero estudiante en una universidad intercultural amazónica peruana y ahora docente en una escuela primaria indígena urbana, propongo analizar los desafíos que enfrenta la juventud indígena amazónica en el acceso a la educación superior en contextos rurales y urbanos. Con apoyo de narrativa y fotografía, mi intervención analiza varios tipos de desafíos. Primero, los obstáculos económicos: la falta de ingresos estables en familias indígenas dependientes de la agricultura, sin acceso a mercados seguros, obliga a muchos jóvenes a abandonar sus estudios. A esto se suman deficiencias en la formación previa, especialmente en zonas rurales. Las barreras lingüísticas también complican el desarrollo académico, mientras que las restricciones estatales en becas limitan el acceso a ciertas carreras. Mi intervención, íntima, pero representativa, invita a reflexionar sobre estas barreras y la resiliencia de los jóvenes amazónicos en la búsqueda de sus sueños.  

Sala / room: F3004

Organizadores / organizers

Maria Clara Sharupi Jua

Germán Mauricio Sharupi Jua

Alexis Germán Sharupi Jua

Nidyan Rodríguez

Israel Chumapi

Familias amazónicas en contexto de la ciudad

Las familias amazónicas que migran a entornos urbanos y rurales de las ciudades, enfrentan  una serie de desafíos relacionados con la preservación de su identidad biocultural, la  adaptación a nuevas formas de vida, los sesgos lingüísticos y sociales, el no reconocimiento  de acciones afirmativas ni acceso al derecho laboral, por cuanto profesionales de tercer nivel  se desempeñan como trabajadores autónomos. Este panel académico busca generar un  espacio de reflexión en la que las nacionalidades amazónicas – Shuar son consideradas como  sujetos de investigación de las culturas y sus saberes por la academia y profesionales. Se analizará las tensiones entre el saber ancestral que debe ser considerado como una ciencia  y la academia, buscar las estrategias de resistencia y adaptación que desarrollan estas comunidades. 

Famílias amazônicas em contexto urbano

As famílias amazônicas que migram das cidades para os ambientes urbanos e rurais enfrentam uma série de desafios relacionados à preservação de sua identidade biocultural, à adaptação a novos modos de vida, aos preconceitos linguísticos e sociais, e à falta de reconhecimento de ações afirmativas e de acesso a direitos trabalhistas, já que os profissionais de nível superior atuam como autônomos. Este painel acadêmico busca criar um espaço de reflexão no qual as nacionalidades Shuar da Amazônia sejam consideradas sujeitos de pesquisa sobre suas culturas e conhecimentos por acadêmicos e profissionais. Serão analisadas as tensões entre o conhecimento ancestral, que deve ser considerado uma ciência, e a academia, buscando as estratégias de resistência e adaptação que essas comunidades desenvolvem.

Amazonian Families in Urban Context

Amazonian families who migrate to urban and rural environments from cities face a series of challenges related to preserving their biocultural identity, adapting to new ways of life, linguistic and social biases, and the lack of recognition of affirmative action and access to labor rights, as third-level professionals work as self-employed workers. This academic panel seeks to generate a space for reflection in which Amazonian Shuar nationalities are considered subjects of research on their cultures and knowledge by academia and professionals. The panel will analyze the tensions between ancestral knowledge, which should be considered a science, and academia, and explore the strategies of resistance and adaptation developed by these communities.


SESSIÓN / SESSION 1

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20  

Sala / room: F3020

Lunes / segunda / Monday 10:20-12:00 

Bakish Rao: Plants in Struggle (19 minutes)

Erick Wihtner FaGo

Es la lucha  de dos plantas, El MATICO Y EL KUTSU, contra las empresas que siembra la PALMA ACEITERA, ya que las empresas destruyen la tierra agrícola en la amazonia, y estas dos plantas buscan frenar la contaminación y la destrucción de su tierra con saberes ancestrales, así también ellos buscan la cura de varios enfermedades que provoca la palma aceitera en la amazonia – Peru.

Sala / room: F3020

Martes / terça / Tuesday 10:20-12:00

Yupumá (70 minutes)

Veronica Castro

Gazing at the evening sky from his hammock, Kawá Huni Kuin had a vision of skyscrapers. At dawn the cadence of the Amazon rainforest was a bustling city. While it started as a dream, in this film we follow Kawá Huni Kuin, an apprentice healer, as he prepares to leave his village deep in the Brazilian rainforest to go to Europe for the first time as a messenger for his people and the world. Yupumá, the indigenous concept, belonging to the Huni Kuin/Kaxinawá people from the lowland Brazilian Amazon, refers to doing something for the first time and its rewards and consequences.

Sala / room: F3020

Martes / terça / Tuesday 13:10-14:50


Uwishin (35 minutes) 

Germán Mauricio Sharupi Jua

El cortometraje Uwishin, dirigido por Mauricio Sharupi, es una obra audiovisual que explora  la conexión entre la naturaleza, la salud ambiental y la cosmovisión shuar. Con una duración  de 3 minutos, este cortometraje ha sido reconocido por su impacto en la sensibilización sobre  la relación entre las comunidades amazónicas y su entorno natural. 


Voces de los aguajales: pensando los ecosistemas de turberas desde la perspectiva Achuar y la ecología para enfrentar el cambio climático

Edgar Peas Garcia

Amy Anel Alva Ramirez

El presente cortometraje muestra la perspectiva del pueblo indígena Achuar sobre el ecosistema de las turberas, destacando tanto las narrativas de los ancianos como los resultados de investigaciones obtenidos en el grado de licenciatura en Ecología de Bosques Tropicales. Este material audiovisual fue realizado por un profesional Achuar con la colaboración de los jóvenes de la comunidad nativa Achuar de Puranchim, ubicada en la frontera entre Perú y Ecuador. El cortometraje busca promover el diálogo de saberes en torno a los ecosistemas de turberas, con un enfoque intercultural e intergeneracional. Tiene como objetivo contribuir al desarrollo de acciones para la mitigación del cambio climático y la protección de su territorio ante las amenazas. Además, resalta el vínculo cultural y espiritual del pueblo Achuar con estos ecosistemas, que forman parte integral de sus tradiciones y prácticas.

Sala / room: F3020

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50


Shamanic Objects Trapped in Museums (26 minutes)

Renato Athias

This documentary was made inside one of the museums that has the largest collection of ethnographic objects from the Upper Rio Negro region, with the aim of documenting the wealth of these objects and the preservation of this precise collection of indigenous objects from the same region, and thus being able to disseminate information about this region in the Northwest Amazon among indigenous representatives. In reality, many of these artifacts remain unknown to the indigenous populations of the region, creating a significant gap in the oral narratives associated with these cultural assets. In addition to documenting these objects, the film generates a significant debate and broadens the understanding of a world that relates these objects to the oral histories and social relations between the various peoples of this region.


Kaɨ Uai – Our Words: A Glimpse into Murui Life and Language (17 minutes) 

Kristian Lupinski (Director and editor – not present at the conference)

Katarzyna I. Wojtylak

‘Kaɨ Uai – Our Words: A Glimpse into Murui Life and Language’ is a short documentary that offers an intimate look at the lives, challenges, and aspirations of the Murui people of Tercera India, Colombia. Filmed between 2015 and 2016, it was directed and edited by Kristian Lupinski, with Dr. Katarzyna Wojtylak as co-producer and linguist. The film is entirely in Murui, with English subtitles, making it a unique contribution to linguistic and ethnographic cinema. Through personal narratives, the film explores daily life, work, education, and the ongoing struggle for linguistic and cultural recognition. It highlights the tension between tradition and modernity, showcasing indigenous perspectives on language loss, cultural sustainability, and the role of filmmaking as a tool for activism. Woven together, these stories center on language and identity, culminating in a powerful farewell in Murui—leaving the audience with a lasting impression of resilience and cultural pride.

Sala / room: F3020

Miércoles / quarta / Wednesday 9:00-10:40

ITSANAXA “The Sacred Harvest” (66 minutes)

Emilios Goutas

“Itsanaxa” unravels the rich life of the Wixárika, narrated by don Antonio Carrillo, “Venado Joven”, grandfather and healer. The film explores their cosmovision and traditions, from creation myths to spiritual agricultural practices. Capturing rituals and day-to-day life, don Antonio imparts his wisdom and his desire to pass on his legacy to his grandson Samuel. In the face of modern challenges such as alcoholism and Western influence, “Itsanaxa” offers a profound and critical look at the struggle to preserve an ancient culture in a changing world.

Sala / room: F3020

Miércoles / quarta / Wednesday 11:10-12:50

Yuyaymanta – Desde la memoría (62 minutos)

Miguel Imbaquingo

Yuyaymanta narra la memoria colectiva del levantamiento indígena de junio de 2022, a través de testimonios personales e imágenes de archivo. El documental busca visibilizar las voces de las víctimas y familiares que comparten sus vívidos y dolorosos recuerdos de las protestas: las secuelas psicológicas, las heridas físicas y las pérdidas irreparables que dejaron a su paso, así como los esfuerzos continuos por sanar y honrar la resistencia construyendo un futuro más justo y equitativo. Este largometraje documental fue coproducido con la CONAIE y la Asociación Inocencio Tucumbi. A través de este proyecto, se logró consolidar y fortalecer la relación organizativa con la CONAIE, fomentando una mayor cercanía y confianza con las víctimas y sus familias, quienes fueron los protagonistas del film.


Bakish Rao: Plants in Struggle (19 minutes) – SEGUNDA PROYECCION – SECOND SCREENING

Erick Wihtner FaGo

Es la lucha  de dos plantas, El MATICO Y EL KUTSU, contra las empresas que siembra la PALMA ACEITERA, ya que las empresas destruyen la tierra agrícola en la amazonia, y estas dos plantas buscan frenar la contaminación y la destrucción de su tierra con saberes ancestrales, así también ellos buscan la cura de varios enfermedades que provoca la palma aceitera en la amazonia – Peru.

Sala / room: Agora

Lunes / segunda / Monday 15:40-17:20


Between the Forest and the Road. The Waorani Struggle for Living Well in the Ecuadorian Oil Circuit (Berghahn 2023)

Autor / Author: Andrea Bravo Díaz

ESPAÑOL: Este evento marca el primer lanzamiento público de Between the Forest and the Road: The Waorani Struggle for Living Well in the Ecuadorian Oil Circuit (2023). La obra será presentada en formato de conversación y en dialogo con publicaciones recientes que invitan a nuevas reflexiones sobre el texto, en particular We Will Be Jaguars, publicado en 2024 por la lideresa Waorani Nemonte Nenquimo, cuya obra ofrece una perspectiva crítica y complementaria a las representaciones previas del pueblo Waorani. La conversación contará además con la participación del profesor Casey High, antropólogo que ha trabajado durante varios años con la nacionalidad Waorani. Se abordarán temas desarrollados en el libro como: la noción Waorani de waponi kewemonipa (vivimos bien), en contraste con los debates ecuatorianos sobre el buen vivir; las nociones y prácticas de salud, especialmente durante la pandemia; la experiencia de una ecología sensorial en el contexto de las vías petroleras; así como la reflexión Waorani sobre su tránsito entre nuevas configuraciones espaciales, formas de vivienda, y sus negociaciones entre la economía del mercado y la del bosque. El evento concluirá con una reflexión sobre el futuro de la antropología en esta región y un espacio abierto de preguntas y respuestas. Durante el lanzamiento, se ofrecerá un ejemplar de cortesía del libro a uno de los asistentes, junto con descuentos para aquellos que deseen adquirir la versión digital o impresa.

PORTUGUÊS: Este evento marca o primeiro lançamento público de Entre a Floresta e a Estrada: A Luta Waorani por Viver Bem no Circuito Petrolífero Equatoriano (2023), no qual o trabalho será apresentado e discutido em forma de conversa, dialogando com publicações recentes que convidam a novas reflexões sobre o texto — particularmente Seremos Jaguares, publicado em 2024 pelo líder Waorani Nemonte Nenquimo, cujo trabalho oferece uma perspectiva crítica e complementar às representações anteriores do povo Waorani. Participará da conversa o Professor Casey High, um antropólogo com muitos anos de experiência trabalhando com os Waorani. Com base em temas desenvolvidos no livro, a discussão abordará a noção Waorani de waponi kewemonipa (vivemos bem), em contraste com os debates nacionais sobre buen vivir no Equador; concepções e práticas de saúde, especialmente durante a pandemia; a experiência da ecologia sensorial no contexto das estradas petrolíferas; bem como reflexões Waorani sobre sua transição entre novas configurações espaciais, arranjos habitacionais e suas negociações entre o mercado e a economia florestal. O evento será encerrado com reflexões sobre o futuro da antropologia na região e uma sessão aberta de perguntas e respostas. Durante o lançamento, um exemplar do livro será oferecido como cortesia a um dos participantes, juntamente com descontos para quem desejar adquirir a versão digital ou impressa.

ENGLISH: This event marks the first public launch of Between the Forest and the Road: The Waorani Struggle for Living Well in the Ecuadorian Oil Circuit (2023), in which the work will be presented and discussed in the form of a conversation, engaging with recent publications that invite new reflections on the text—particularly We Will Be Jaguars, published in 2024 by Waorani leader Nemonte Nenquimo, whose work offers a critical and complementary perspective on earlier representations of the Waorani people. Participating in the conversation will be Professor Casey High, an anthropologist with many years of experience working with the Waorani. Drawing on themes developed in the book, the discussion will address Waorani notion of waponi kewemonipa (we live well), in contrast to national debates on buen vivir in Ecuador; conceptions and practices of health, especially during the pandemic; the experience of sensory ecology in the context of oil roads; as well as Waorani reflections on their transition between new spatial configurations, housing arrangements, and their negotiations between the market and the forest economy. The event will conclude with reflections on the future of anthropology in the region and an open Q&A session. During the launch, a courtesy copy of the book will be offered to one of the attendees, along with discounts for those who wish to purchase the digital or printed version.


Translating Worlds, Defending Land: Collaborations for Indigenous Rights and Environmental Politics in Amazonia (Stanford University Press 2025)

Autor / Author: Casey High

Discussant: Andrea Bravo Díaz

ESPAÑOL: En 2019, tras décadas de daños ecológicos causados por la industria petrolera, el pueblo Waorani salió a las calles de la Amazonía ecuatoriana para protestar contra la explotación de petróleo en sus tierras ancestrales. En colaboración con activistas internacionales, abogados y otros pueblos indígenas, demandaron con éxito al gobierno por haber vendido concesiones petroleras sin su consentimiento previo. Al situar su lucha por la autonomía territorial en el centro de la atención mundial, esta victoria legal sin precedentes en materia de derechos medioambientales reflejó las nuevas formas de colaboración que están surgiendo en la Amazonía contemporánea. Translating Worlds, Defending Land explora cómo las alianzas de los Waorani —ya sea con ambientalistas o con investigadores académicos— abren nuevas posibilidades, pero también plantean retos y horizontes imaginativos. Casey High analiza qué significan estos compromisos para las comunidades indígenas y cómo ofrecen una reflexión crítica sobre la colaboración como concepto, método y práctica. Las alianzas, malentendidos y conflictos que emergen en estos contextos cuestionan la suposición de que una colaboración productiva requiere necesariamente propósitos compartidos, lo cual plantea implicaciones importantes para una antropología comprometida y dispuesta a reconsiderar qué constituye el conocimiento etnográfico y para quién se produce. A medida que algunos jóvenes adultos Waorani se convierten no solo en líderes comunitarios o defensores ambientales, sino también en investigadores y etnógrafos capacitados, traduciendo entre la comprensión indígena de la tierra y el lenguaje occidental de la conservación, emergen como una nueva y poderosa voz en la política medioambiental internacional. Este evento será una oportunidad para generar un diálogo en torno al libro y a otros contextos comparables en distintas zonas de las tierras bajas sudamericanas. Contará con los comentarios de Andrea Bravo Díaz, quien tiene una amplia trayectoria de investigación con las comunidades Waorani y es autora del libro Between the Forest and the Road: The Waorani Struggle for Living Well in the Ecuadorian Oil Circuit (2023).

PORTUGUÊS: Em 2019, após décadas de danos ecológicos causados ​​pelo petróleo, o povo Waorani foi às ruas da Amazônia equatoriana para protestar contra a perfuração em suas terras ancestrais. Trabalhando com ativistas internacionais, advogados e outros grupos indígenas, eles processaram com sucesso o governo por vender concessões petrolíferas sem consentimento prévio. Colocando sua luta por autonomia territorial em evidência global, essa vitória jurídica sem precedentes em prol dos direitos ambientais por um povo indígena refletiu as novas formas de colaboração emergentes na Amazônia contemporânea. Traduzindo Mundos, Defendendo a Terra explora como as colaborações Waorani, seja com ambientalistas ou pesquisadores acadêmicos, trazem novas possibilidades, desafios e horizontes imaginativos. Casey High questiona o que esses engajamentos significam para as comunidades indígenas e como eles oferecem uma reflexão crítica sobre a colaboração como conceito, método e prática. As alianças, mal-entendidos e conflitos que emergem nesses contextos desafiam a suposição de que colaborações produtivas refletem — ou exigem — propósitos compartilhados, gerando implicações importantes para uma antropologia engajada, aberta a reconsiderar o que constitui o conhecimento etnográfico e para quem ele se destina. À medida que alguns jovens adultos Waorani se tornam não apenas líderes comunitários ou cidadãos ambientais, mas também pesquisadores e etnógrafos qualificados, traduzindo a compreensão indígena da terra e a conservação da língua ocidental, eles criam uma nova voz poderosa na política ambiental internacional. Este evento será uma oportunidade para discutir o livro e contextos relacionados em outras partes das Terras Baixas da América do Sul. O debate contará com os comentários de Andrea Bravo Díaz, que possui vasta experiência em pesquisa com comunidades Waorani e é autora do livro “Entre a Floresta e a Estrada: A Luta Waorani por uma Vida Saudável no Circuito Petrolífero Equatoriano” (2023).

ENGLISH: In 2019, after decades of ecological damage from oil, Waorani people took to the streets of Amazonian Ecuador to protest drilling on their ancestral lands. Working with international activists, lawyers, and other Indigenous groups, they successfully sued the government for selling oil concessions without prior consent. Placing their struggle for territorial autonomy in the global spotlight, this unprecedented legal victory for environmental rights by an Indigenous people reflected the new forms of collaboration emerging in contemporary Amazonia. Translating Worlds, Defending Land explores how Waorani collaborations, whether with environmentalists or academic researchers, bring about new possibilities, challenges, and imaginative horizons. Casey High interrogates what these engagements mean for Indigenous communities and how they offer critical reflection on collaboration as a concept, method, and practice. The alliances, misunderstandings, and conflicts that emerge in these contexts challenge the assumption that productive collaborations reflect—or require—shared purposes, generating important implications for an engaged anthropology open to reconsidering what constitutes ethnographic knowledge and who it is for. As some young Waorani adults become not just community leaders or environmental citizens, but also skilled researchers and ethnographers, translating between Indigenous understandings of land and the Western language conservation, they create a powerful new voice in international environmental politics. This event will be an opportunity to discuss the book and related contexts elsewhere in Lowland South America. The discussion will feature the commentary of Andrea Bravo Díaz, who has extensive research experience with Waorani communities and is the author of the book Between the Forest and the Road: The Waorani Struggle for Living Well in the Ecuadorian Oil Circuit (2023).

Plurinationality and epistemic justice: The challenges of intercultural education in Ecuadorian Amazonia (Palgrave 2024)

Editors / editoras: Ruth Arias Gutierrez and Paola Minoia

ESPAÑOL: El libro, también disponible en acceso abierto, es una versión traducida del publicado por Abya Yala en 2023, titulado Plurinacionalidad y justicia epistémica. Retos de la educación intercultural en la Amazonía ecuatoriana. El volumen explora la interculturalidad en la educación ecuatoriana, situada en la encrucijada entre el legado colonial y la búsqueda de un modelo educativo descolonizador. Propone un enfoque transformador que se alinea con el compromiso de la Constitución ecuatoriana de construir un Estado intercultural y plurinacional, a la vez que fortalece el conocimiento ecológico esencial para la preservación de la naturaleza. Compuesto por nueve capítulos, el libro examina la implementación práctica de la educación indígena e intercultural en escuelas y universidades amazónicas. Las autoras analizan diversos desafíos, tanto pedagógicos como políticos, destacando las complejas relaciones entre el Estado y los territorios indígenas en la aplicación de la justicia epistémica en la educación. La sesión contará con la participación de tres autoras, Paola Minoia, Nathaly Pinto y Tuija Veintie, quienes presentarán su investigación tal como se detalla en los capítulos del libro. Sus presentaciones abordarán temas como la política educativa y experiencias educativas, como los calendarios vivenciales y el diseño participativo, destacando las fortalezas y los desafíos de la investigación colaborativa en la región amazónica. La sesión concluirá con las intervenciones de un ponente, seguidas de una sesión de preguntas y respuestas.

PORTUGUÊS: O livro, também disponível em acesso aberto, é uma versão traduzida do livro publicado por Abya Yala em 2023, intitulado “Plurinacionalidad y justicia epistémica. Retos de la educación intercultural en la Amazonía ecuatoriana”. O volume explora a interculturalidade na educação equatoriana, situada na encruzilhada entre um legado colonial e a busca por um modelo educacional descolonizador. Ele prevê uma abordagem transformadora que se alinha com o compromisso da Constituição equatoriana de construir um estado intercultural e plurinacional, ao mesmo tempo em que fortalece o conhecimento ecológico essencial para a preservação da natureza. Composto por nove capítulos, o livro examina a implementação prática da educação indígena e intercultural em escolas e universidades amazônicas. Os autores analisam diversos desafios, tanto pedagógicos quanto políticos, destacando as complexas relações entre o estado e os territórios indígenas na aplicação da justiça epistêmica na educação. A sessão envolverá três autoras, Paola Minoia, Nathaly Pinto e Tuija Veintie, que apresentarão suas pesquisas conforme detalhadas nos capítulos de seus livros. Suas apresentações abordarão temas como políticas educacionais e experiências educacionais como calendários vivenciais e design participativo, destacando pontos fortes e desafios na realização de pesquisas colaborativas na região amazônica. A sessão será encerrada com as observações dos debatedores, seguidas de perguntas e respostas.

ENGLISH: The book, also available in open access, is a translated version of the book published by Abya Yala in 2023, titled “Plurinacionalidad y justicia epistémica. Retos de la educación intercultural en la Amazonía ecuatoriana”. The volume explores interculturality in Ecuadorian education, situated at the crossroads between a colonial legacy and the pursuit of a decolonizing educational model. It envisions a transformative approach that aligns with the Ecuadorian Constitution’s commitment to building an intercultural and plurinational state, while also strengthening ecological knowledge essential for preserving nature. Comprising nine chapters, the book examines the practical implementation of Indigenous and intercultural education in Amazonian schools and universities. The authors analyze diverse challenges, both pedagogical and political, highlighting the complex relationships between the state and Indigenous territories in enforcing epistemic justice in education. The session will involve three authors, Paola Minoia, Nathaly Pinto and Tuija Veintie, who will present their research as detailed in their book chapters. Their presentations will cover topics including education politics, and on experiences of education such as experiential calendars (calendarios vivenciales), and participatory design, highlighting points of strength and challenges in doing collaborative research in the Amazonian region. The session will conclude with a discussant’s remarks followed by Q&As. 


Adición al programa:

Um dia na aldeia: comunidade Amondawa, Terra Indígena Uru Eu Wau Wau

Autores: Tabura Amondawa, Warina Amondawa e Amanda Villa

ESTE EVENTO HA SIDO CANCELADO

Sala / room: Agora

Martes / terça / Tuesday 15:10-16:50


The Shamanism of Eco-Tourism: History and Ontology among the Makushi in Guyana (Cambridge University Press 2025)

Author / autor: James Whitaker

ESPAÑOL: Se trata de la presentación del libro El chamanismo del ecoturismo: Historia y ontología entre los makushi de Guyana (Cambridge University Press, 2025). El evento comenzará con una breve descripción del libro, escrita por James Andrew Whitaker, quien inició el trabajo de campo etnográfico que sustenta esta obra en 2012. Posteriormente, se realizará una mesa redonda sobre el libro. Además del autor, participarán en la mesa Eliran Arazi, Elisa Frühauf Garcia y Matthias Lewy. Finalmente, habrá una sesión de preguntas y respuestas con el público.

“En el primer libro en inglés centrado específicamente en los Makushi de Guyana, James Andrew Whitaker examina cómo el chamanismo influye en las interacciones de los Makushi con forasteros en el contexto de la misionización histórica y el turismo contemporáneo. Los Makushi son un pueblo indígena que habla una lengua caribe y vive en Guyana, Brasil y Venezuela. Combinando etnohistoria, trabajo de campo etnográfico e investigación de archivo, este libro dilucida un marco chamánico presente en las interacciones de los Makushi con forasteros en el pasado y el presente. Muestra cómo este marco estructura las interacciones entre los grupos Makushi y diversos visitantes en Guyana. De forma similar a como los chamanes Makushi atraen a aliados espirituales, los grupos Makushi buscan forasteros humanos y forman alianzas estratégicas con ellos para obtener los recursos deseados, que luego utilizan con fines locales y en proyectos transformadores. El libro promueve la investigación reciente sobre las relaciones ontológicas en la Amazonía y se sitúa en la cúspide de los debates sobre las relaciones de la Amazonía con la alteridad.”

PORTUGUÊS: Este é o lançamento do livro “The Shamanism of Eco-Tourism: History and Ontology among the Makushi in Guyana” (Cambridge University Press, 2025). O evento começará com uma breve descrição do livro por James Andrew Whitaker. Em 2012, ele iniciou o trabalho de campo etnográfico em torno do qual este livro se centra. Em seguida, haverá uma mesa redonda sobre o livro. Além do autor, a mesa redonda contará com a participação de Eliran Arazi, Elisa Frühauf Garcia e Matthias Lewy. Por fim, haverá uma sessão de perguntas e respostas com o público próximo ao final do evento.

No primeiro livro em inglês a focar especificamente nos Makushi na Guiana, James Andrew Whitaker examina como o xamanismo influencia as interações Makushi com estrangeiros no contexto da missionação histórica e do turismo contemporâneo. Os Makushi são um povo indígena que fala uma língua caribã e vive na Guiana, no Brasil e na Venezuela. Combinando etno-história, trabalho de campo etnográfico e pesquisa em arquivos, este livro elucida uma estrutura xamânica presente nos engajamentos Makushi com estrangeiros no passado e no presente. Mostra como essa estrutura estrutura as interações entre grupos Makushi e diversos visitantes na Guiana. Semelhante à forma como os xamãs Makushi atraem aliados espirituais, os grupos Makushi buscam estrangeiros humanos e formam parcerias estratégicas com eles para obter os recursos desejados, que são utilizados para objetivos locais e projetos transformadores. O livro avança estudos recentes sobre as relações ontológicas na Amazônia e se posiciona no centro dos debates sobre as relações da Amazônia com a alteridade.”

ENGLISH: This is a book launch for The Shamanism of Eco-Tourism: History and Ontology among the Makushi in Guyana (Cambridge University Press, 2025). The event will begin with a brief description of the book by James Andrew Whitaker. In 2012, he began the ethnographic fieldwork around which this book is centred. There will then be a roundtable dialogue regarding the book. In addition to the author, the roundtable discussion will include Eliran Arazi, Elisa Frühauf Garcia, and Matthias Lewy. Finally, there will be a question and answer session with the audience near the end of the event. 

“In the first book in English to focus specifically on the Makushi in Guyana, James Andrew Whitaker examines how shamanism informs Makushi interactions with outsiders in the context of historical missionization and contemporary tourism. The Makushi are an Indigenous people who speak a Cariban language and live in Guyana, Brazil, and Venezuela. Combining ethnohistory, ethnographic fieldwork, and archival research, this book elucidates a shamanic framework that is seen in Makushi engagements with outsiders in the past and present. It shows how this framework structures interactions between Makushi groups and various visitors in Guyana. Similar to how Makushi shamans draw in spirit allies, Makushi groups seek human outsiders and form strategic partnerships with them to obtain desired resources that are used for local goals and transformative projects. The book advances recent scholarship concerning ontological relations in Amazonia and is positioned at the cusp of debates over Amazonian relations with alterity.”