O drama ritual da morte para os Sanöma (6-24-20)
O drama ritual da morte para os Sanöma
Sílvia Guimarães
6-24-20
No alto rio Auaris, onde vivem os Samöma, subgrupo Yanomami, a morte toma dimensões de “dramas sociais”. Por serem quase todas provocadas intencionalmente por alguém ou alguma criatura da floresta, as mortes que não resultaram de uma briga de fato expõem e reatualizam intensamente entre choros, mexericos e discursos irados os conflitos acumulados entre o morto e inimigos ou os perigos inerentes às criaturas da floresta. Os parentes do morto, ao procurar o culpado para realizar a vingança, buscam-no na história de vida do falecido, quando rememoram os atritos e embates em que se envolveu. Os xamãs, com o auxílio dos seus seres auxiliares, identificam o agressor e lançam a culpa em grupos longínquos, evitando, assim, a proximidade da vingança e [garantindo] o fim dessas lembranças.
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