Antropologia em tempo real: urgências etnográficas na pandemia (6-2-20)

Antropologia em tempo real: urgências etnográficas na pandemia

Sônia Weidner Maluf, UFSC/UFPB, INCT Brasil Plural

6-2-20

Boa tarde a todas e todos que estão assistindo. Queria começar agradecendo à profa. Isabel de Rose e à coordenação do PPGAS, professora Débora Allebrant em especial, pelo convite para esta aula inaugural. Eu fiquei feliz com o convite e ao mesmo tempo apreensiva com a ideia de dar aula pelo Instagram – eu espero que a nossa conexão funcione e que consigamos ficar ligadas até o final.

Mas o tempo é curto, então vamos lá. Esta não é uma aula como as outras a que eu estou acostumada a dar na antropologia. Não só por ser uma live no instagram, mas principalmente porque ela tem como objeto um acontecimento que atinge tanto os nossos sujeitos de pesquisa quanto nós, antropólogas e antropólogos. E ela ocorre em meio a esse acontecimento. De certo modo a gente pode pensar este momento a partir da noção de uma comunidade de destino em que a alteridade, tão central para pensar a teoria e a prática antropológicas, se dissolve aparentemente num grande comum: que é essa pandemia. E digo aparentemente porque a pandemia que atinge a população humana do planeta não atinge do mesmo modo; a quarentena e o isolamento social não acontecem da mesma maneira, as pessoas que adoecem não adoecem do mesmo modo, não são tratadas do mesmo modo e não morrem do mesmo modo. A gente pode dizer então com tranquilidade[2] que a Pandemia de Covid-19 é eminentemente social, tanto nos seus efeitos sobre a vida e a morte de pessoas, quanto sobre as relações sociais, as subjetividades e os modos de vida. Não são apenas nossos frágeis sistemas de saúde que uma epidemia desse porte coloca em evidencia, mas também as enormes desigualdades sociais.

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