Pela radiofonia, indígenas do Alto Rio Negro recebem informações de prevenção contra o coronavírus (4-23-20)
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São Gabriel da Cachoeira (AM) – Uma pequena sala na sede da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro (Foirn) tem guardado – e compartilhado – um poderoso recurso contra a pandemia do novo coronavírus, a Covid-19: a informação. Nesse espaço funciona a radiofonia, sistema que leva informação sobre a doença a pelo menos 200 comunidades do Alto Rio Negro, em São Gabriel da Cachoeira, no noroeste do Amazonas.
Na região do Alto Rio Negro não há registros de casos do novo coronavírus. Presidente da Foirn, Marivelton Baré explica como a organização está fazendo a prevenção pela radiofonia. Ele disse que há radiofonia em 210 comunidades e cada uma delas acaba atendendo a várias outras. “A radiofonia tem sido um modelo de comunicação eficaz no Rio Negro. Pela grande mobilidade que tem entre as comunidades, nas calhas, isso permite também elas irem repassando as informações”, diz.
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No Amazonas, segundo a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, de 13 de março até esta quinta-feira (23 de abril) foram confirmados 38 casos de Covid-19 entre indígenas atendidos pelos Distritos Sanitário Especiais (Dseis): Manaus (19 casos), Alto Solimões (12), Parintins (4) e Médio Purus (3). Três indígenas morreram vítimas do corovírus no Amazonas. eles são das etnias Kokama, Tikuna e Sateré-Mawé. A população indígena que mora nas áreas urbanas não são atendidas pelos distritos, por isso os dados de suas mortes não estão na estatística da Sesai.